quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

.: Final "A Fazenda" - Porque não voto em Babi Rossi ou Heloisa Faissol






Por: Helder Miranda
Em dezembro de 2014


Eu não entendo, absolutamente não entendo, como dentro do confinamento duas mulheres tão interessantes quanto Babi Rossi e Heloisa Faissol não despertaram a mesma paixão que elas conquistaram aqui fora. Nem um mísero participante apaixonado! Sob o ponto de vista de um comentarista, é raro duas mulheres tão diferentes despertarem os mesmos sentimentos, tão nobres entre si, quanto o afeto e a vontade de proteger que se tem visto aqui fora. Como comentarista, não como homem, pois sou casado, estou apaixonado por elas e é por isso que meu coração está dividido: se voto em uma, sinto que estou traindo a outra, e vice e versa. Logo, optei por não votar em nenhuma. 

Que vença, não a melhor, pois ambas são boas demais para serem resumidas a votos de reallity show, mas a que estiver predestinada a vencer o prêmio. E há torcidas enlouquecidas e com sangue nos olhos para fazer uma delas sagrar-se campeã. E eu realmente, hoje, não sei quem vai vencer. Porque quando penso em Babi liderando as enquetes, também percebo a torcida de Helô bem quietinha, na maciota, votando silenciosamente. Mas, desta vez, não é permitido dividir votos, pessoal. Quem gosta da Babi, que vote nela, e quem gosta da Helô, a mesma coisa. A palavra de ordem é: não dividam votos, porque senão DH pode surpreender e tomar o lugar de uma das duas merecedoras. E, por incrível que pareça, as torcidas estão se tratando com respeito e cordialidade, como deve ser, pois as participantes dentro do confinamento são amigas. 

Duas grandes mulheres, dividindo a mesma atenção e, quase sem saber, a luta pelo maior prêmio. Porque, se pararmos para pensar, "A Fazenda" é um programa movido por grandes mulheres que movem o programa em torno de si mesmas. Denise Rocha, Andressa Urach, Monique Evans, Nicole Bahls, Viviane Araújo, Joana Machado, Janaína Jacobina, Gretchen e ainda algumas que marcaram presença mesmo com pouco tempo de confinamento, como Babi Xavier, Bombom e Renata Banhara, que mereciam uma segunda chance para mostrar a que vieram. 

Essa, inclusive, foi a edição das mulheres fortes, senhoras de si mesmas, mesmo que não soubessem disso. São protagonizadas por elas duas das cenas mais fortes da edição. A primeira é a de Marlos Cruz, falando para a miss, Debora Lyra, então namorados, entre dentes, que ela poderia ficar e tomar banho com quem quisesse... Foi quando ela o desmascarou pela primeira vez e nos mostrou o que era o casal #Darlos. "Então você não gosta de mim". 

A outra cena, que chocou demais, foi Léo Rodriguez tripudiando em cima de Babi quando ela chorava debaixo do edredon porque se sentiu usada por ele. Aquele "foi gostosinho" cafajeste me fez lembrar de uma telenovela  antiga, "O Dono do Mundo", de Gilberto Braga, em que o vilão Felipe Barreto (Antonio Fagundes) apostava uma garrafa de champanhe com o amigo ao afirmar que levaria Márcia (Malu Mader), uma noiva virgem, para a cama, antes da noite de núpcias dela. 

Se antes Léo Rodriguez confundia o público ao passar a imagem de um rapaz bom que estava sendo ludibriado pelos "crápulas" da equipe Ovelha, quando todos saíram um a um - aliás, jamais contrate Diego Cristo para consultor de RH, porque, né? - e ele mais uma vez se juntou com os participantes errados, percebi que o problema dele, enquanto participante, não era tolice, mas caráter. E, se tripudia diante das câmeras de uma moça com beleza acima da média e famosa, imagine com as fãs, menos bonitas e anônimas... Podemos dizer que o desprezo pelas mulheres é problema da criação que ele teve, mas é alarmante saber que ele foi criado por uma mãe, possivelmente machista, que aplaudiu tudo, assim como inúmeras fãs. A maior lição para Léo Rodriguez, assim como para Pepê e Neném, foi não estar como parte integrante desta final.

Mas voltando às finalistas, tão iguais e tão diferentes, elas se traduzem pela alma. Heloisa Faissol é bonita à segunda vista e se caracteriza pela sutileza. Tudo nela é delicado, embora traga para si uma energia que emana ser "povão" por todos os poros. Helô é uma força da natureza, irreparável, irrepreensível e bailarina, com corpo mignon, fala malandra, mas sensível a uma demonstração de afeto. Com tanta profundidade interior, e um olhar de jabuticaba por vezes cabisbaixo, passando um olhar de timidez, ela esconde, muitas vezes, que é uma linda mulher também por fora.

Babi Rossi já se impõe à primeira vista. É indiscutivelmente bela e deve até assustar no primeiro contato. É linda e sabe ser linda, mesmo que inconscientemente. Mas o que mais surpreende em Babi é o que ela é por dentro. Babi é grande. Mais na grandiosidade de seu coração do que nas medidas de seus seios e bumbum. É mais do que isso e só percebeu após voltar de sucessivas berlindas, pela vontade popular, que realmente é isso tudo. Ambas tão diferentes e complementares, tão íntegras e tão grandes mulheres. É por isso que hoje não voto nem em Babi, nem em Heloisa. Pois, qualquer uma das duas, hoje, ganhando ou perdendo, será a campeã moral desta edição. 

Um comentário:

  1. Texto maravilhoso. Captou a essência dessas duas maravilhosas mulheres. Que vença a melhor!!! :o))

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