domingo, 28 de dezembro de 2014

.: Conto de Natal: Os matadores da meia-noite, por Fernando Ferraz

Mikael estava sentado em sua poltrona, ao seu lado as luzes da pequena árvore iluminavam o espaço, vampiros não comemoravam o natal, mas Mikael junto dos outros estava ansioso, pois esse era o primeiro natal de Sophia e Willian, os dois pequenos olhavam curiosos para a árvore, para os embrulhos e caixas. 

O natal representa o nascimento de Cristo e como vampiros são seres das trevas, esse não era um dia para comemorar. 

- São quase dez da noite e hoje temos que ficar em casa. - fala Elizabeth. 

- Sim, hoje ficaremos em casa, se sairmos não vamos muito longe, Deus nos impedirá de fazer algum mal aos humanos. - fala Mikael. 

As luzes da mansão foram acesas e a decoração de natal iluminava até as outras casas da rua, uma pequena fortuna foi gasta naquilo. 

Willian e Sophia sairão na varanda para ver as luzes piscando, fazendo desenhos incríveis, como flocos de neve, ursos e renas. 

Aos poucos eles entraram e sentaram na sala, então Mikael pediu para trazerem o sangue. Um banquete foi servido e a tradição dos presentes mantida. 

O amigo secreto começou sem muita surpresa, afinal entre sete pessoas é simples saber quem saiu com quem. 

O relógio da sala badalou doze vezes, todos os vampiros trocaram cumprimentos, abraços e juras de amor. 

Mikael ergueu sua taça. 

- Meus amigos, filhos e irmãos, hoje não é um dia propício para nós vampiros, mas o Natal sempre foi para mim, um dia especial. Essa comemoração de hoje representa o carinho, o amor e a admiração em vocês. Estamos comemorando a amizade. 

Todos aplaudem e bebem seu líquido.

Sophia e Willian saem do colo da mãe e pulam em Mikael, que quase cai. Eles beijam a bochecha branca e fria do vampiro, que imediatamente vai às lágrimas. 

E pela última vez todos estavam presentes, em breve tempos difíceis conturbariam a vida desses vampiros.

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