Foi inaugurada na tarde desta quarta-feira a escultura em homenagem ao "xerife" José Júlio La Porta, que durante 37 anos abriu e fechou o maior evento literário das Américas e o terceiro maior a céu aberto do mundo do gênero. La Porta morreu no dia 22 de outubro de 2013, em decorrência de complicações da doença de Alzheimer, às vésperas da 59ª edição do evento. Tinha 80 anos.
Construída com pedra basalto, a reprodução simbólica de um sino - instrumento que ele badalou entre 1976 e 2012, dando as boas-vindas e encerrando o evento – está eternizada na Praça da Alfândega, em frente à agência da Caixa Econômica Federal. A obra foi criada pelo escultor gaúcho João Bez Batti, a pedido do secretário da Cultura de Porto Alegre, Roque Jacoby, que sugeriu a concepção de uma escultura que lembrasse um sino para homenagear o "xerife".
A solenidade emocionou autoridades, convidados, familiares e público. Logo na abertura, o trompetista Jorge da Rosa tocou Garota de Ipanema. Para o presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Marco Cena, La Porta era o guardião da Feira. "O xerife sempre estava aqui, protegendo a praça". Marco conviveu com ele na Feira de 2012. "Vi a entrega que ele tinha. Um dia eu estava na feira com meu sobrinho, que disse: quando eu crescer, quero ser o xerife da praça". O patrono da Feira, Airton Ortiz, também participou do ato.
Para o prefeito da Capital José Fortunati, sem Júlio La Porta, o brilho da abertura ficou menor. "Estava faltando ele aqui", disse, ressaltando que a escultura é uma homenagem ao livro, ao gosto pela leitura e à cidade de Porto Alegre. O secretário municipal da Cultura, Roque Jacoby, recordou que no encerramento da Feira La Porta distribuía rosas para os livreiros.
Filho adotivo de La Porta, Frederico Evers, 64 anos, e a neta do xerife, Pâmela Evers, 31 anos, estavam felizes com o reconhecimento. Frederico estava com o sino utilizado pelo pai. A viúva de Júlio La Porta, Cecy Neves La Porta, morreu em fevereiro deste ano aos 87 anos. "Ele foi um ícone da cultura do Rio Grande do Sul. É uma homenagem que qualifica o ser humano", afirmou Frederico. No ano passado, alunos de uma escola da Capital promoveram um sinetaço em homenagem ao xerife.
Escultor explica a obra
Antes da inauguração, o escultor João Bez Batti conversou com um grupo de artistas e estudantes, na Pinacoteca Aldo Locatelli, sobre o processo de concepção da obra em homenagem ao Xerife. O bate-papo revelou detalhes e dificuldades no manuseio do material escolhido para o sino de pedra. "Foi um ano de trabalho árduo. Dormi somente 3 horas por noite, pensando, projetando e sonhando com a obra da minha vida", contou Bez Batti. "Estou honrado em ter uma escultura minha na Rua da Praia, e, principalmente prestando uma homenagem a um dos mais queridos entusiastas da Feira do Livro, como foi o La Porta". O presidente da Câmara do Livro, Marco Cena, e o secretário Roque Jacoby avalizaram os relatos de Bez Batti, que dedicou o último ano à produção do monumento.
Construída com pedra basalto, a reprodução simbólica de um sino - instrumento que ele badalou entre 1976 e 2012, dando as boas-vindas e encerrando o evento – está eternizada na Praça da Alfândega, em frente à agência da Caixa Econômica Federal. A obra foi criada pelo escultor gaúcho João Bez Batti, a pedido do secretário da Cultura de Porto Alegre, Roque Jacoby, que sugeriu a concepção de uma escultura que lembrasse um sino para homenagear o "xerife".
A solenidade emocionou autoridades, convidados, familiares e público. Logo na abertura, o trompetista Jorge da Rosa tocou Garota de Ipanema. Para o presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Marco Cena, La Porta era o guardião da Feira. "O xerife sempre estava aqui, protegendo a praça". Marco conviveu com ele na Feira de 2012. "Vi a entrega que ele tinha. Um dia eu estava na feira com meu sobrinho, que disse: quando eu crescer, quero ser o xerife da praça". O patrono da Feira, Airton Ortiz, também participou do ato.
Para o prefeito da Capital José Fortunati, sem Júlio La Porta, o brilho da abertura ficou menor. "Estava faltando ele aqui", disse, ressaltando que a escultura é uma homenagem ao livro, ao gosto pela leitura e à cidade de Porto Alegre. O secretário municipal da Cultura, Roque Jacoby, recordou que no encerramento da Feira La Porta distribuía rosas para os livreiros.
Filho adotivo de La Porta, Frederico Evers, 64 anos, e a neta do xerife, Pâmela Evers, 31 anos, estavam felizes com o reconhecimento. Frederico estava com o sino utilizado pelo pai. A viúva de Júlio La Porta, Cecy Neves La Porta, morreu em fevereiro deste ano aos 87 anos. "Ele foi um ícone da cultura do Rio Grande do Sul. É uma homenagem que qualifica o ser humano", afirmou Frederico. No ano passado, alunos de uma escola da Capital promoveram um sinetaço em homenagem ao xerife.
Escultor explica a obra
Antes da inauguração, o escultor João Bez Batti conversou com um grupo de artistas e estudantes, na Pinacoteca Aldo Locatelli, sobre o processo de concepção da obra em homenagem ao Xerife. O bate-papo revelou detalhes e dificuldades no manuseio do material escolhido para o sino de pedra. "Foi um ano de trabalho árduo. Dormi somente 3 horas por noite, pensando, projetando e sonhando com a obra da minha vida", contou Bez Batti. "Estou honrado em ter uma escultura minha na Rua da Praia, e, principalmente prestando uma homenagem a um dos mais queridos entusiastas da Feira do Livro, como foi o La Porta". O presidente da Câmara do Livro, Marco Cena, e o secretário Roque Jacoby avalizaram os relatos de Bez Batti, que dedicou o último ano à produção do monumento.
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