Aumento do PIB será cada vez mais dependente da produtividade do trabalho
Divulgado nesta quinta-feira, 20, o primeiro volume da série Produtividade no Brasil, intitulado “Desempenho”, analisa sob diversas óticas a evolução dos indicadores de produtividade da economia brasileira. A publicação foi organizada por Fernanda De Negri, diretora de Estudos Setoriais de Inovação, Regulação e Infraestrutura (Diset) do Ipea, e Luiz Ricardo Cavalcante, consultor legislativo do Senado Federal, em uma parceria do Ipea com a ABDI e diversas universidades e instituições de pesquisa do país.
Uma das questões apontadas pelo livro é o baixo crescimento da produtividade no Brasil desde o final da década de 1970. Entre 2003 e 2010, a retomada do crescimento econômico e a melhoria dos termos de trocas internacionais possibilitaram a recuperação de ganhos relativamente elevados de produtividade. No entanto, um dos autores do livro, Régis Bonelli, afirma que o crescimento do PIB será cada vez mais dependente de aumentos na produtividade do trabalho.
Outro texto, de Gabriel Coelho Squeff e Fernanda De Negri, ambos do Ipea, revela que a produtividade da economia brasileira cresceu pouco não porque aumentou a participação de setores pouco produtivos na estrutura produtiva, mas porque a produtividade dentro dos setores econômicos cresceu pouco. De Negri, em artigo coassinado por Luiz Ricardo Cavalcante, mostra ainda que os fatores de maior impacto sobre a produtividade no Brasil são a tecnologia, a qualidade da mão de obra, as deficiências de infraestrutura e o ambiente de negócios.
Lucas Mation, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, detalha a questão do ambiente de negócios considerando que sua qualidade permaneceu praticamente estagnada entre 2003 e 2014, sem melhorias em quase nenhum indicador. Em um mundo em que a maioria dos países apresentou avanços significativos nesse ponto, a estagnação do Brasil piorou significativamente a posição relativa do país.
O livro também traz comparações entre Brasil, China, Estados Unidos, Alemanha e México em termos de produtividade do trabalho, analisa metodologias de mensuração da produtividade, aborda especificamente a situação do setor agrícola e o impacto do desenvolvimento tecnológico, e apresenta resultados de uma pesquisa com empresários. O segundo volume da obra em parceria entre Ipea e ABDI, intitulado “Determinantes”, tem lançamento previsto para o primeiro semestre de 2015.
Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada: www.ipea.gov.br
Fundação pública vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada fornece suporte técnico e institucional às ações governamentais - possibilitando a formulação de inúmeras políticas públicas e programas de desenvolvimento brasileiro - e disponibiliza, para a sociedade, pesquisas e estudos realizados por seus técnicos.
Divulgado nesta quinta-feira, 20, o primeiro volume da série Produtividade no Brasil, intitulado “Desempenho”, analisa sob diversas óticas a evolução dos indicadores de produtividade da economia brasileira. A publicação foi organizada por Fernanda De Negri, diretora de Estudos Setoriais de Inovação, Regulação e Infraestrutura (Diset) do Ipea, e Luiz Ricardo Cavalcante, consultor legislativo do Senado Federal, em uma parceria do Ipea com a ABDI e diversas universidades e instituições de pesquisa do país.
Uma das questões apontadas pelo livro é o baixo crescimento da produtividade no Brasil desde o final da década de 1970. Entre 2003 e 2010, a retomada do crescimento econômico e a melhoria dos termos de trocas internacionais possibilitaram a recuperação de ganhos relativamente elevados de produtividade. No entanto, um dos autores do livro, Régis Bonelli, afirma que o crescimento do PIB será cada vez mais dependente de aumentos na produtividade do trabalho.
Outro texto, de Gabriel Coelho Squeff e Fernanda De Negri, ambos do Ipea, revela que a produtividade da economia brasileira cresceu pouco não porque aumentou a participação de setores pouco produtivos na estrutura produtiva, mas porque a produtividade dentro dos setores econômicos cresceu pouco. De Negri, em artigo coassinado por Luiz Ricardo Cavalcante, mostra ainda que os fatores de maior impacto sobre a produtividade no Brasil são a tecnologia, a qualidade da mão de obra, as deficiências de infraestrutura e o ambiente de negócios.
Lucas Mation, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, detalha a questão do ambiente de negócios considerando que sua qualidade permaneceu praticamente estagnada entre 2003 e 2014, sem melhorias em quase nenhum indicador. Em um mundo em que a maioria dos países apresentou avanços significativos nesse ponto, a estagnação do Brasil piorou significativamente a posição relativa do país.
O livro também traz comparações entre Brasil, China, Estados Unidos, Alemanha e México em termos de produtividade do trabalho, analisa metodologias de mensuração da produtividade, aborda especificamente a situação do setor agrícola e o impacto do desenvolvimento tecnológico, e apresenta resultados de uma pesquisa com empresários. O segundo volume da obra em parceria entre Ipea e ABDI, intitulado “Determinantes”, tem lançamento previsto para o primeiro semestre de 2015.
Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada: www.ipea.gov.br
Fundação pública vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada fornece suporte técnico e institucional às ações governamentais - possibilitando a formulação de inúmeras políticas públicas e programas de desenvolvimento brasileiro - e disponibiliza, para a sociedade, pesquisas e estudos realizados por seus técnicos.
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