Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em novembro de 2014
Ella não acreditava que o mal tivesse força para mexer no destino das pessoas. No dela? Obviamente que esta chance passava extremamente longe. No entanto, temia o pensamento negativo. Só de supor que alguém direcionava qualquer sentimento ruim a ela, ficava arrepiada e desgastava-se por dentro.
Certa vez, recebeu um pedido, que, por não poder, foi obrigada a negá-lo.
- Infelizmente, não tenho como lhe emprestar esta quantia, disse com sofrimento na voz e um olhar caído tal qual ao de um peixe morto.
A pedinte saiu pisando duro e resmungando.
- Não esperava isso de você!
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Pois bem, a verdade é que Ella trabalhava em dois lugares, tinha a responsabilidade da casa e o marido. Ele, que estava desempregado, mantinha o "bico", gerador da fonte de renda do casal e, ainda, cursava o último ano da segunda graduação. Enquanto ele vislumbrava um futuro na nova área, Ella contava com empolgação as duas última mensalidades a serem pagas.
Mesmo com a grana curta, chegava até a sobrar um pouco para entretenimento, mas a situação não estava nada fácil. Firmes no propósito de vencerem juntos, os dois sustentavam a promessa de que sempre resolveriam os problemas entre si. Logo, os outros apenas viam a união dos dois, sem imaginar qualquer dificuldade.
Para o azar de Ella, que não tinha outra pessoa para conversar sobre o que estava passando, chorar era a única solução. Tinha certeza de que as lágrimas lavavam a alma e, assim, eliminava todas as aflições. Mais leve, ela tinha a certeza de que cada plano para dar a volta por cima, daria certo.
Ah! O pensamento negativo direcionado a ela? Não tinha qualquer força, pois a fé e a perseverança passavam a ser o alvo de seu rumo.
Eu me emocionei. O final foi legal.
ResponderExcluirEmocionante
ResponderExcluirCriativo, real e singelo
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