Evento realizado no auditório do Museu, entre os dias 26 e 28 de novembro, discute a relação entre direitos humanos e práticas esportivas de todas as regiões do Brasil. No dia 29 as atividades acontecerão no Centro Cultural e Poliesportivo UNAS – Heliópolis
A relação do Brasil com o futebol vai muito além de ir ao estádio, torcer pela TV ou jogar com os amigos e amigas de rua ou colegas de trabalho. Em Manaus, todo ano, acontece o maior campeonato de várzea do mundo, nas praias de Maceió. Aos finais de semana, mais de 200 campos são montados na areia e, em Macapá, quando as águas do Rio Amazonas baixam, surge um campo de futebol.
Estas e outras práticas serão apresentadas no Encontro Futebol e Cultura, nos dias 26 (a partir das 14h), 27 e 28 de novembro (a partir das 9h), no Museu do Futebol – instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, localizada no estádio do Pacaembu. No dia 29 (às 10h) as atividades acontecerão no Centro Cultural e Poliesportivo UNAS – Heliópolis.
O evento contará com a presença do ex-jogador de futebol Afonsinho, primeiro atleta a conseguir o passe-livre no Brasil. Reconhecido por sua atuação dentro e fora dos gramados, Afonsinho discutirá sobre a estrutura burocrática do futebol. O debate prosseguirá com os representantes do Bom Senso Futebol Clube, convidados para a mesa “obstáculos e possibilidade para uma organização democrática e inclusiva no futebol profissional”.
Eleíson Leite, organizador do encontro, explica que o evento é um importante momento para troca de conhecimentos e descobertas de diferentes formas de se jogar e relacionar com o futebol no Brasil. “Queremos discutir o futebol através da sua dimensão colaborativa, capaz de agregar questões como conscientização social e política, organização comunitária e disseminação de valores fundamentais para o desenvolvimento humano.”
Ao todo serão apresentadas 16 práticas e experiências de todas as regiões do país. De Salvador, vem o Instituto de Cegos da Bahia, que tem uma das melhores equipes de futebol de cinco do país e a ONG Paciência Viva, cuja atuação une futebol, formação política e ambiental. Outro representante do Nordeste é o “Bate turmas”, grupos de amigos que jogam bola nas praias de Maceió.
Quem representa o Centro-Oeste são os jogos dos Povos Indígenas, torneio bianual, que reúne mais de 1.200 índios de todo o Brasil. O Sul é representado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) com o Programa Esporte Integral (PEI), que usa o futebol de rua para discutir estratégias de formação e organização política em comunidades e bairros. As palestras e oficinas do projeto atendem mais de 1.500 jovens por ano.
O Norte é representado pelo Peladão, campeonato de várzea com mais de 40 anos de existência que mobiliza praticamente todo o estado do Amazonas, realizando mais de 100 partidas em um só final de semana. Também da mesma região, o Futlama jogado de acordo com as regras do futsal, mas com a diferença de que o campo surge quando as águas do Rio Amazonas baixam, deixa o “terreno” pronto para as partidas.
A região Sudeste conta com maior número de participantes, em média 7. Do Rio de Janeiro, vêm o Esporte Seguro, processo de formação social e política que usa o futebol para criar laços com jovens da comunidade pacificada Morro dos Prazeres. Já São Paulo terá a participação do Autônomos F.C. e do Rosanegra Ação Direta, times de inspiração anarquista, que valorizam o futebol como ato político de resistência.
Os polos do futebol de rua, que praticam a metodologia do futebol de três tempos, sem juízes e com regras definidas pelos jogadores; o Negritude F.C., da Zona Leste, time que ressalta e valoriza a cultura e o orgulho de ser negro, são outros representantes paulistas. O Comitê Popular da Copa que conduziu uma série de ações e debateu a realização do Copa do Mundo também estará presente.
As mesas de debates e as apresentações acadêmicas são outras importantes atrações do Encontro. Nestes espaços serão discutidas questões como o futebol enquanto profissão e a necessidade de se garantir condições de trabalho adequadas - o papel das torcidas organizadas e a relação do esporte como a prática dos direitos humanos.
A inscrição para o evento pode ser feita através do link: http://bit.ly/inscricaofutebolecultura
Serviço
Encontro Futebol e Cultura
Local: Museu do Futebol (auditório com capacidade de 178 lugares)
Endereço: Praça Charles Miller
Quando: 26 a 28 de novembro
*No dia 29 de novembro as atividades acontecerão no Centro Cultural e Poliesportivo UNAS – Heliópolis
Quanto: Gratuito
Ingressos para visitar o museu: R$6 (meia para estudantes, professores e idosos)
*Estacionamento no local com Zona Azul – R$ 5,00 válido por três horas na bilheteria do Museu.
Mais informações sobre a programação: www.futebolecultura.org.br
A relação do Brasil com o futebol vai muito além de ir ao estádio, torcer pela TV ou jogar com os amigos e amigas de rua ou colegas de trabalho. Em Manaus, todo ano, acontece o maior campeonato de várzea do mundo, nas praias de Maceió. Aos finais de semana, mais de 200 campos são montados na areia e, em Macapá, quando as águas do Rio Amazonas baixam, surge um campo de futebol.
Estas e outras práticas serão apresentadas no Encontro Futebol e Cultura, nos dias 26 (a partir das 14h), 27 e 28 de novembro (a partir das 9h), no Museu do Futebol – instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, localizada no estádio do Pacaembu. No dia 29 (às 10h) as atividades acontecerão no Centro Cultural e Poliesportivo UNAS – Heliópolis.
O evento contará com a presença do ex-jogador de futebol Afonsinho, primeiro atleta a conseguir o passe-livre no Brasil. Reconhecido por sua atuação dentro e fora dos gramados, Afonsinho discutirá sobre a estrutura burocrática do futebol. O debate prosseguirá com os representantes do Bom Senso Futebol Clube, convidados para a mesa “obstáculos e possibilidade para uma organização democrática e inclusiva no futebol profissional”.
Eleíson Leite, organizador do encontro, explica que o evento é um importante momento para troca de conhecimentos e descobertas de diferentes formas de se jogar e relacionar com o futebol no Brasil. “Queremos discutir o futebol através da sua dimensão colaborativa, capaz de agregar questões como conscientização social e política, organização comunitária e disseminação de valores fundamentais para o desenvolvimento humano.”
Ao todo serão apresentadas 16 práticas e experiências de todas as regiões do país. De Salvador, vem o Instituto de Cegos da Bahia, que tem uma das melhores equipes de futebol de cinco do país e a ONG Paciência Viva, cuja atuação une futebol, formação política e ambiental. Outro representante do Nordeste é o “Bate turmas”, grupos de amigos que jogam bola nas praias de Maceió.
Quem representa o Centro-Oeste são os jogos dos Povos Indígenas, torneio bianual, que reúne mais de 1.200 índios de todo o Brasil. O Sul é representado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) com o Programa Esporte Integral (PEI), que usa o futebol de rua para discutir estratégias de formação e organização política em comunidades e bairros. As palestras e oficinas do projeto atendem mais de 1.500 jovens por ano.
O Norte é representado pelo Peladão, campeonato de várzea com mais de 40 anos de existência que mobiliza praticamente todo o estado do Amazonas, realizando mais de 100 partidas em um só final de semana. Também da mesma região, o Futlama jogado de acordo com as regras do futsal, mas com a diferença de que o campo surge quando as águas do Rio Amazonas baixam, deixa o “terreno” pronto para as partidas.
A região Sudeste conta com maior número de participantes, em média 7. Do Rio de Janeiro, vêm o Esporte Seguro, processo de formação social e política que usa o futebol para criar laços com jovens da comunidade pacificada Morro dos Prazeres. Já São Paulo terá a participação do Autônomos F.C. e do Rosanegra Ação Direta, times de inspiração anarquista, que valorizam o futebol como ato político de resistência.
Os polos do futebol de rua, que praticam a metodologia do futebol de três tempos, sem juízes e com regras definidas pelos jogadores; o Negritude F.C., da Zona Leste, time que ressalta e valoriza a cultura e o orgulho de ser negro, são outros representantes paulistas. O Comitê Popular da Copa que conduziu uma série de ações e debateu a realização do Copa do Mundo também estará presente.
As mesas de debates e as apresentações acadêmicas são outras importantes atrações do Encontro. Nestes espaços serão discutidas questões como o futebol enquanto profissão e a necessidade de se garantir condições de trabalho adequadas - o papel das torcidas organizadas e a relação do esporte como a prática dos direitos humanos.
A inscrição para o evento pode ser feita através do link: http://bit.ly/inscricaofutebolecultura
Serviço
Encontro Futebol e Cultura
Local: Museu do Futebol (auditório com capacidade de 178 lugares)
Endereço: Praça Charles Miller
Quando: 26 a 28 de novembro
*No dia 29 de novembro as atividades acontecerão no Centro Cultural e Poliesportivo UNAS – Heliópolis
Quanto: Gratuito
Ingressos para visitar o museu: R$6 (meia para estudantes, professores e idosos)
*Estacionamento no local com Zona Azul – R$ 5,00 válido por três horas na bilheteria do Museu.
Mais informações sobre a programação: www.futebolecultura.org.br
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