Em abril de 2013, Antonio Chiarotto Filho, administrador de empresas e morador do bairro paulistano do Tatuapé, lançou-se como escritor com a obra "JP Um Sonho de... Presidente", em que, como toda boa ficção, o inusitado é um crescente ao longo de suas páginas.
Chiarotto, em setembro de 2012, após ler o artigo “Nós e Os Outros” do jornalista J. R. Guzzo, na revista Veja, cujo tema central era o gasto do governo com publicidade, teve o primeiro insight. No meio do texto, o jornalista colocou uma frase que foi o mote para que o livro fosse escrito: “a publicidade oficial ─ uma aberração só vista no Brasil”. Os números apresentados foram suficientes para que o pontapé inicial fosse dado. Por ser membro do conselho administrativo de três hospitais, o agora escritor Chiarotto, sabe muito bem qual é o custo aproximado para a construção de um hospital.
O protagonista da história é um homem simples oriundo de Minas Gerais que, por conta de um sonho estranho, acorda no quarto do presidente da república, em Brasília. Fazendo um paralelo entre a ficção e o que de fato acontece com o presidente de plantão no Palácio do Planalto, o leitor encontrará muitas situações similares, para não dizer idênticas.
Na obra, JP até que se sai bem no exercício da presidência da república. Como todo cidadão com o mínimo de bom senso e preocupado com a situação geral do país, apresenta uma proposta concreta para a presidência e os demais poderes da república. Para começar, a redução de 30% de todos os gastos oficiais do país. Com isso o custo Brasil cairá de 40% para 28% do PIB, aliviando assim a economia e o pescoço dos contribuintes. E imaginando a ficção invadindo o real, com coragem e determinação nossa presidente aceitando a proposta de JP poderá passar para a posteridade como uma verdadeira estadista.
É possível um Brasil com 28 ministérios, 54 senadores, 360 deputados federais, 2.250 deputados estaduais e aproximadamente 48 mil vereadores, extinguindo também 25 mil cargos de confiança? Esses números são absurdos? Saiba que eles representam exatamente os 70% do que temos hoje. E nem pense que cortando 30% do efetivo do governo teremos a fila do desemprego aumentada. A maioria destes que mamam descaradamente nas tetas do governo já estão com a vida arrumada. A ousadia de JP não para por aí. Temos ainda 27 governadores e perto de 5.600 prefeitos que deverão usar a mesma tesoura e cortar 30% de seus gastos.
O sonho estranho do mineiro, ex-gerente de uma empresa de ônibus urbano, pode vir a ser realidade. O gigante uma hora haverá de acordar.
“(...) Antonio Chiarotto nos leva, ao longo das páginas de sua obra, a uma visão simples e direta da realidade. Como é de seu feitio, não compactua, não transige e não tenta agradar ninguém. Coloca sobre o papel aquilo que lhe dita a consciência. Como patriota e cidadão exemplar, preocupa-se com todos os fatos e as ininterruptas crises que abalam o país. Espero que da mesma forma que eu, os leitores entendam o que Chiarotto expressa nas páginas desse seu primeiro livro. Não só isso, aguardo com ansiedade que ele nos brinde com uma longa série de outros trabalhos”, diz o escritor Pedro Abarca no prefácio. Impossível o cidadão antenado com a atual situação do país não se identificar com o sonho do simples JP.
0 comments:
Postar um comentário
Deixe-nos uma mensagem.