Por Helder Miranda
Em outubro de 2014
Todos queriam saber quem era aquela mulher e a curiosidade, que tinha tudo para ameaçar ainda mais a reputação de qualquer pessoa que tenha passado por algo semelhante, alçou Denise Leitão Rocha à fama, à capa da revista “PLAYBOY” e à sexta edição de “A Fazenda”, cuja vencedora foi Bárbara Evans. A participação desta bonita loira de olhar gateado e voz rouca, antes conhecida pelo apelido de “Furacão da CPI”, foi, indiscutivelmente, marcante.
Denise brigou, fez inimizades e amigos verdadeiros que preserva fora do confinamento até hoje, mas, sobretudo, mostrou uma personalidade tão forte quanto meiga... Essa combinação de tantas características em uma mesma personalidade arrebatou o público. Todos se curvaram ao charme desta advogada. Os telespectadores do programa, transmitido em horário nobre na rede Record, deram ao programa a oportunidade de conhecer quem era a mulher por trás daquele escândalo. Sorte a nossa, que pode acompanhar um jogo pautado pela lealdade e a ética de quem fala pela frente, olhos nos olhos, e não pelas costas, tudo o que pensa.
Nesta entrevista, realizada por telefone na tarde de quinta-feira passada, 9 de outubro, Denise se mostrou extremamente simpática, atenciosa e afetiva. Revelou ter, em nossa conversa, um carinho especial pelos fãs que até hoje a seguem pelas redes sociais, um carinho que ela retribui dedicando parte de seu tempo a estas pessoas. Se no reality show ela fez bonito, e fez história, na vida real, longe das câmeras, ela é ainda melhor.
RESENHANDO - Você é a vice campeã da sexta edição de “A Fazenda”. Chegou a se arrepender de alguma coisa que fez dentro do confinamento?
DENISE ROCHA - Não me arrependo de nada. Amizade eu tenho até hoje com a Ritinha (Cadillac), Scheila (Carvalho), a Ary (Aryane Steinkopf) e Márcio (Duarte, cantor). Dentro de “A Fazenda” só dá pra dizer quem é amigo aqui fora, pois lá dentro você não sabe que pensamento aquela pessoa tem e o que disse sobre você.
RESENHANDO - Durante o confinamento, uma frase sua era muito recorrente: “Quero minha vida de volta”. Você conseguiu recuperar a vida que você tanto queria?
D.R. – Não, porque ter a minha vida de volta era abrir o meu escritório de advocacia. Com o metro quadrado de Brasília é caríssimo, só daria para abrir o meu consultório de advocacia se eu ganhasse o prêmio (risos). Mas montei uma loja de comida natural, a “Alquimia”, e sempre estou atuando como advogada.
RESENHANDO - Como é a reação das pessoas, ao verem você, que ficou ainda mais conhecida depois de “A Fazenda”, atuando como advogada?
D.R. – Algumas pessoas se admiram de eu estar no ramo da advocacia. Tudo depende da postura, independente da área de atuação, seja na advocacia ou no ramo empresarial.
RESENHANDO - Um episódio que causou muita polêmica na sexta edição de “A Fazenda” foi a braçada que outra participante deu em você. O público chegou a pedir a expulsão dela. Você se sentiu agredida?
D.R. – Com certeza! O pessoal de lá não sabia argumentar e discutir qualquer assunto sem baixar o nível. Eu acho que cuspir em outra pessoa é pior do que dar um murro. Tive de me controlar muito ali.
RESENHANDO - Você disse, desde o início, que chegaria à final do programa, algo que se concretizou. A que você atribui isso?
D.R. – Essa era a minha meta. Eu falei desde o início que iria chegar à final, mas não desmereci os outros participantes. Nunca disse: “eu vou conseguir, mas você não”. Todos tinham a mesma chance de chegar à final, poderiam ter chegado. Esse era o meu objetivo desde o começo, o que fiz foi me focar nisso e conseguir.
D.R. – Depende. No meu caso, entrei no programa depois de uma coisa muito ruim ter acontecido comigo. Eu cheguei na “Fazenda” com um apelido e saí do programa sendo chamada pelo meu nome, recebendo um carinho enorme do público e tendo conquistado muitos fãs.
RESENHANDO - Como foi voltar para a vida real?
D.R. – Para mim, foi difícil, porque me acostumei a viver naquele ambiente, sou muito mais rural do que urbana, prefiro o campo à cidade grande. Eu adorei ficar lá, digo, ficar na fazenda, não convivendo com a maioria daquelas pessoas.
RESENHANDO - E a relação com o público?
D.R. – Fiquei surpresa com a quantidade de pessoas que se identificaram comigo, pessoas que têm a mesma personalidade que eu. Nunca gostei de grupinho e, por não participar deles, achei que não iria agradar o público. Fiquei muito feliz em saber que existe tanta gente “geniosa” como eu.
D.R. – Tenho acompanhando como telespectadora e digo a você: é muito melhor do que como participante. Dentro do programa, a pressão é muito grande, é tudo muito puxado. Durante o confinamento, as emoções são muito mais intensas, você sente tudo dobrado. O estresse no dia a dia é outro, e o emocional fica abalado.
RESENHANDO - Quais os participantes desta edição você está torcendo?
D.R. – Estou gostando da Babi (Rossi), da Heloisa (Faissol), do DH e da dupla Peném (Pepê e Neném). Os que eu não me identifico são os participantes do grupo “Ovelha”. Não é que eu não goste deles, só acho que não têm o perfil, ou a personalidade de quem vai vencer o programa.
RESENHANDO - O que pensa sobre os participantes que mais se identifica?
D.R. – Posso falar um por um. A Babi é daquele jeito mesmo, conheço, não é de brigar, é tranquila e realmente muito meiga. Ela não está fazendo tipo. Da Heloisa, eu gosto do jeito: é nervosa, mas mantém uma postura coerente diante de todos. O DH é o mais inteligente. Pena que o Diego (Cristo) saiu, porque nas brigas entre os dois o DH crescia. Ele dá cada resposta que a pessoa fica sem ter o que falar, eu me identifico! E as Peném são as que mais precisam. Não que na “Fazenda” ganhe quem mais estiver precisando, se a pessoa é rica ou pobre, o que vale é o caráter. Mas elas são engraçadas, divertidíssimas, adoro as meninas!
RESENHANDO - O que pensa sobre a declaração de Felipeh Campos sobre a dupla, durante a votação?
D.R. – Eu fiquei nervosa com aquilo... O público só eliminou o Diego (Cristo) porque era muito mais fácil ele voltar como fazendeiro nas outras provas, de força ou habilidade, e ficaria mais difícil para o público ter outra chance de eliminá-lo depois. O público aproveitou essa roça para eliminar o Diego, porque sabe que é mais fácil o Felipeh cair em outra roça. Ele voltou pensando que estava certo, mas o público não o isentou do que ele falou sobre as gêmeas.
RESENHANDO - Você acredita que há participantes que estão atuando?
D.R. – Muita gente ali está atuando... e com um script pronto! Mas quem está fazendo isto não vai sustentar durante três ou quatro meses, dá para perceber que é tudo muito forçado. O que estes participantes que fazem tipo não entendem é que o público não vai torcer só porque alguém briga. Eu não brigava sem motivo, mas quando não considerava algo injusto ou errado. Essas pessoas brigam por tudo, e com todos, como se fossem metralhadoras ambulantes!
RESENHANDO - As brigas que acontecem no programa são reais?
D.R. – Quando eu saí do programa, eram tantas brigas que as pessoas tinham a mesma dúvida. Antes não fosse verdade, mas aquilo tudo foi real.
RESENHANDO - O que você gosta de ler e ouvir?
D.R. – Eu gosto de ler romances... E gosto de músicas de vários tipos, sertanejo... Sertanejo de raiz então, sempre gostei! Tenho um gosto muito eclético. Só não gosto de rock pesado.
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