terça-feira, 2 de setembro de 2014

.: Os princípios de eficiência para jovens gestores

Como desatar os nós das organizações? Nos três “P´s” que compõem qualquer organização: pessoas, processos e produtos, naturalmente têm nós. Tais disfunções quando não detectadas e tratadas se acumulam e geram perturbações nos processos e problemas na organização. Para desatá-los é necessário que o gestor adote e mantenha uma postura permanente de alerta.
De fato, é isso o que acontece na rotina das pessoas e das organizações, problemas com subproblemas, seja no âmbito pessoal ou profissional.

Vivendo há décadas este cenário nas organizações empresariais, foi que Frederico Martinelli usou todo seu conhecimento para escrever o livro "Desatando Nós – Princípios de eficiência para jovens gestores".

 “Nossos nós pessoais são por extensão

os nossos nós organizacionais.” (Pág. 14)


Por meio de suas observações e experiências profissionais que já somam 35 anos, o autor apresenta princípios de como um líder ser eficiente, como produzir e dirigir reuniões proveitosas, eliminar os ruídos da comunicação e tomar decisões embasadas.

“Tempo é dinheiro. Prefiro dizer que tempo não é só dinheiro. Tempo é vida. Dinheiro ganhamos e trocamos. Vida nascemos com tempo determinado. Portanto, tempo é o nosso recurso mais precioso. Não é um recurso de prateleira”. (pg. 52)

A publicação mostra de forma prática também como gerenciar as tarefas do seu dia, dividindo-as em classificações: tarefas Neutras (N); Importantes (I) e Urgentes (U) e que para formar esta divisão não é necessário muito tempo, aos poucos se torna uma ação automática, mental e que fará muita diferença na rotina dos profissionais.

Este guia é dividido em duas partes. Na primeira, ele trata de temas ligados às pessoas e seus comportamentos, assuntos que não podem passar despercebidos para um jovem gestor: o planejamento do dia; priorizações de tarefas, as várias linguagens, os ruídos de comunicação, a importância da criatividade, a absorção pela empresa das lições aprendidas, gestão do tempo, a comunicação honesta e muitos outros tópicos interessantes.

“Quando um indivíduo despreparado abre uma discussão, ele sabe que implicitamente ficará exposto. Neste momento é natural que um complexo mecanismo psicológico de defesa entre alerta e se inicie. É quando o ego vai falar mais alto que a questão de interesse em si”. (Pág.42)

Já na segunda parte do livro, o foco é todo destinado ao “timing”, levando o leitor para uma análise sobre sua estruturação e formação: a escolha, objetivação, delegação, condução do grupo, equipes e times. Também aborda a importância dos pontos cegos causadores dos nós e, consequentemente, dos desvirtuamentos de metas, dos riscos não previsíveis e segue evoluindo o pensamento, até a gestão de contratos. 

 Os parágrafos são numerados para que o leitor permita-se organizar nestas ideias e linkar um insight ao outro. Há uma coluna para anotações das reflexões em cada página do livro.

“Este livro tem a pretensão de ser um trabalho, antes de qualquer coisa, útil ao leitor. Por isso, apresenta uma rápida forma de montar um autodiagnóstico da sua organização, para você”. (contra capa)

Esta obra é considerada um verdadeiro manual para o desenvolvimento das carreiras de todos os jovens deste país. Uma excelente leitura para os que desejam atrelar conhecimento à eficiência.
Todos os direitos autorais são doados ao GRAAC (Grupo de Apoio ao Adolescente e a Criança com Câncer) numa síntese objetiva e muito direta, composta por 144 páginas.


Entrevista com o autor:

1. Como ter foco hoje com o uso desenfreado de instant messaging e mídias sociais? Como o gestor deve se portar para bloquear este volume de informações que chegam diariamente até ele?
Frederico Martinelli: Bloquear é ir contra a corrente, o gestor deve sim, assumir seu tempo e a realidade que se apresenta e se ver como pessoa pública de vez. Portanto, deve se portar aumentando sua capacidade de processar informações e de ser seletivo ao mesmo tempo, pois grandes oportunidades podem estar aí escondidas. Ser seletivo, ter profunda convicção do seu foco naquele momento para discernir o que serve agora e o que poderá servir mais a frente, é a chave. Tudo é útil, toda informação traz algum conhecimento em seu conteúdo que deve ser captado e armazenado. O que pode ser feito é trocar nossos antigos processadores mentais por outros mais velozes.


2. Como um novo líder deve se portar ao dar sugestões e ordens quando se refere a profissionais que estão a mais tempo do que ele na empresa e estes não concordam em serem subordinados?
Frederico Martinelli: Falo em meu livro que liderar é ser admirado. Admiração nasce da observação pelos liderados da coerência nas atitudes e da força das argumentações do líder, não tem relação com anterioridade ou subordinação hierárquica. O novo líder deve perseguir estes dois objetivos e se tornará um líder escolhido e não imposto.

3. No seu livro, você fala sobre ética. Por que ser ético nesta guerra da concorrência que é tão importante para os profissionais se manterem no mercado?
Frederico Martinelli: Até as guerras precisam de regras... Não que ética seja regra para as guerras, mas, são regras para que as guerras não se estabeleçam. Em uma guerra a disputa é ver quem perde menos. Ética são as regras do convívio inteligente, colaborativo e pacífico, marca de uma sociedade e civilização evoluída. Sem ética nada de bom será possível.


4.  Psicólogos americanos analisaram que a adolescência atualmente vai até os 25 anos pela falta de maturidade que existe nos jovens. Você acredita que isso é realmente verdade? Acha que com seu manual as pessoas possam amadurecer um pouco e enfrentar melhor as exigências do mercado?
Frederico Martinelli: A complexidade do tecido social tem se elevado exponencialmente, quanto mais se organiza a sociedade, mais ela se setoriza e abriga pontos de vistas conflitantes. São tantas leis, normas, regulamentações, que qualquer atividade fica sendo assunto para especialistas. Preparar-se para entrar no mercado cada vez mais, exige tempo, exige mais maturidade e estudo. Na sociedade pré-informática, se liamos éramos alfabetizados. Na de hoje, sem um diploma de terceiro grau com especialização, sem um segundo idioma e sem noção de informática, somos mesmo assim, analfabetos funcionais. Meu livro pretende ser um acelerador em indicar como se comportar meio a tanta complexidade.

5.  Quais são os cinco conselhos primordiais que você deixa para o jovem gestor acreditar no potencial que nele existe e não desistir no primeiro obstáculo?​
Frederico Martinelli: 1. Primeirissimamente, não temer aos problemas. Gestores são resolvedores de problemas, deles vivem e para isso se preparam; 2. Crer que sempre há saídas, se não a vermos é por que temos de construí-la; 3. Ter formado um time de excelência para apoiar suas decisões, pois quando somados somos maiores que quando separados; 4. Ser criativo e intuitivo – pensar fora da caixa e crer no seu conhecimento; 5. Amar o seu País e ver que nele também existe e há tanto potencial como em si.

Sobre o autor:
Frederico Martinelli é engenheiro, administrador de empresas e pós-graduado como Mestre em Engenharia. Em 2014 publicou seu livro Desatando nós.

Ficha técnica:
Livro: Desatando Nós – Princípios de eficiência para jovens gestores.
Páginas: 144 páginas
Editora: LCTE Editora
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