terça-feira, 16 de setembro de 2014

.: Fazendo as pazes, por Mary Ellen Miranda

Por Mary Ellen Miranda
Em setembro de 2014


É curioso demais. A verdade é que não podemos cortar as nossas raízes. O máximo que conseguimos é nos afastar e deixar o barco correr para longe. Contudo, basta levar uma trombada da vida que... Sim! Lá está você retomando tudo o que deixou apenas adormecido. Querendo ou não.

A leitura e a escrita sempre foram os meus combustíveis, mas ao retornar à faculdade e cursar Letras, o esgotamento acabou me afastando deste amor. Logo, acreditei que ser professora era, de fato e exclusivamente, o meu único ânimo profissional. No entanto, nunca me deixei convencer por tal sentimento.

Eis que a vida nos apresenta desafios. Geralmente, olhamos estes danadinhos e constatamos que são muito maiores do que a nossa força, que jamais seremos capazes de superá-los. OK. Aproveito para confessar que a fase não é das melhores. Não há nada pior do que você ver quem você ama sofrendo os reflexos de uma grande injustiça. 

Em contrapartida, para levar para longe as nuvens negras do nosso cenário, surge um grande evento literário em São Paulo que muda tudo de figura: a 23ª Bienal Internacional do Livro. Ali, naquele espaço grande, no Pavilhão do Ibirapuera, notei perfeitamente que aquela fogueira, não estava, nem de longe, em cinzas, apenas continuava queimando discretamente. Após voltar a ter a alegria de viver todo este prazer de estar no meio cultural, só posso confirmar que fiz as pazes com o meu eu que ama o jornalismo. Estou de volta!
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