Por Fábio Roesler, Psicólogo e Neuropsicólogo com especialização em Neurofeedback pela INBIO (Instituto Nacional de Biofeedback)
Não há dúvidas de que a presença do pai é muito importante no desenvolvimento do filho. No entanto, não existe uma fórmula capaz de definir como um pai precisa se comportar. O ideal é proporcionar ao filho a segurança de que ele sempre será protegido, tanto no lado emocional como financeiro, mas sem deixar esquecer que pai também é um ser humano e, como tal, está sujeito a erros e acertos.
O pai passa a ser referência para os filhos a partir do período entre 04 a 06 meses de idade, no qual a criança consegue ver-se como separada e distinta da mãe. Neste momento, e até um ano de idade, o bebê passa a perceber, cada vez mais, que a atenção da mãe divide-se entre ele e o pai.
A maior referência paterna surge entre os 04 e 06 anos, período formador da personalidade. Tanto meninos como meninas passam a identificar-se com aspectos próprios do pai. Por outro lado, se houver uma relação conflitante entre ambos, o filho adquire comportamento e atitudes bem diferentes das do pai.
O período final da adolescência, entre os 16 e 18 anos, é uma fase em que a transgressão e a sensação de liberdade e de poder passam a imperar no pensamento do filho ou da filha. Winnicott, um psicanalista especializado em crianças, dizia que a adolescência normal é a adolescência com rebeldia.
Outro ponto é a mudança do estereótipo do pai que, antes, era o único ou maior responsável financeiro da casa, trabalhava a vida toda na mesma empresa e se casava apenas uma única vez. Nos dias atuais, não existe mais esse tipo de relação imperante. Hoje, muitos pais fazem o chamado home office, ou seja, trabalham em casa, ou possuem horários flexíveis na empresa. Há também os que se casam diversas vezes e multiplicam a família.
Enfim, não importa qual o estilo de vida ou as escolhas do pai, mas sim a importância de ele ser mais presente no dia-a-dia do seu filho, questionando-o sobre o significado de suas experiências cotidianas, mostrando-se mais aberto ao discurso do filho e participando, com frequência, do seu universo.
No caso de pais separados, não basta apenas ser um bom pai durante os dias em que está com a criança. É preciso ouvi-la diariamente e tentar participar o máximo possível de suas atividades, mesmo que não seja fisicamente, mas por telefone ou mensagens. O importante é demonstrar interesse e fazer com que o filho se sinta amado e admirado!
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