No oitavo especial sobre o papel do ombudsman, profissional que deve ouvir e defender os interesses do leitor na redação, Dines e Porchat conversam sobre os desafios do jornalismo contemporâneo. Atualmente, o jovem roteirista apresenta, ao lado da atriz Tatá Werneck, o programa “Tudo Pela Audiência” em que critica o sensacionalismo das atrações da televisão.
“Onde a gente vai parar? Não tem fim. As pessoas fazem, de fato, tudo pela audiência, qualquer coisa, não importa o que seja. Em geral, elas não têm um tipo de análise, de autocrítica. É a possibilidade total e irrestrita. É irrefreável, é um caminhão descendo a ladeira em ponto morto”, observa sobre as tentativas de obter os "quinze minutos de fama". O artista é um dos criadores do "Porta dos Fundos", o canal de humor mais visto no YouTube e que está sendo disputado por várias emissoras de televisão.
Com bom humor e inteligência, Fábio Porchat critica o exercício da profissão de jornalista e comenta as sátiras que realiza. Para ele, é importante rir de si mesmo e não se levar tão a sério. Na entrevista com Alberto Dines na TV Brasil, o convidado ainda reflete sobre realização pessoal, opinião e os roteiros que redige.
“O problema é quando você está escrevendo para as pessoas gostarem, verem, lerem, mas você não quer escrever aquilo. Como qualquer arte, no jornalismo, você tem que escrever para você, fazer o que acredita. Se é contra todo o mundo, ninguém mandou você ter essa opinião. Se é a sua opinião, acredite nela”, sugere Porchat.
Série debate o papel do ombudsman, cargo que existe há 25 anos no país
Na série especial “A Voz dos Ouvidores”, o programa "Observatório da Imprensa" discutiu a função do ombudsman, cargo que alcança a marca de 25 anos no Brasil em 2014. O apresentador Alberto Dines dialogou com profissionais experientes como o jornalista Caio Tulio Costa, o primeiro ombudsman da imprensa brasileira, o escritor Mário Magalhães, o biógrafo Lira Neto e o cineasta Jorge Furtado que recentemente lançou o filme “O Mercado de Notícias”, documentário sobre o tema.
“A série analisa a função do representante do leitor e a evolução que o jornalismo sofreu neste quarto de século. Mostramos as características e debatemos o cargo, criado nos Estados Unidos e que chegou ao Brasil em setembro de 1989”, explica o experiente jornalista Alberto Dines.
Ao todo, foram convidados, dez ombudsman que trabalham ou já trabalharam no jornal Folha de S. Paulo, primeiro jornal a adotar a função no país. Além desses profissionais, Alberto Dines conversou também com dois ombudsman do jornal O Povo, de Fortaleza (CE), que mantém a função há 20 anos.
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