sábado, 30 de agosto de 2014

.: Entrevista com Antônio Ribeiro, o "Homem Livro"

"Hoje eu sou um colecionador de pensamentos." - Antônio Ribeiro, o "Homem Livro"


Por: Helder Miranda
Em agosto de 2014


Entrevistamos o espetacular "Homem Livro", o colecionador de pensamentos, na Bienal de São Paulo!



Especialista em marketing, Antônio Ribeiro, mais conhecido como o "Homem Livro", veio de Curitiba para a 23ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, no último sábado do evento. O objetivo era divulgar "O Livro da Alegria", obra recém-lançada que integra a série "Aula de Vida", com 11 livros assinados, até agora, assinados por ele, e publicados pela editora Raiar. As temáticas são as mais variadas possíveis. Há livros com pensamentos sobre sexo, sonhos, dinheiro, vida, felicidade, amizade, ajuda, sucesso, amor e pensar. A próxima obra, "O Livro do Saber", já está no prelo. Presente na Bienal, o Resenhando se deparou com o "Homem Livro" e realizou esta entrevista

RESENHANDO: Por que "Homem Livro"?
ANTÔNIO RIBEIRO: O nome é por conta do marketing pessoal que adotei, em função de já ter 43 livros publicados, em diversas áreas. Foi uma maneira de fazer este trabalho com os livros motivacionais ficar mais conhecida. O detalhe do "Homem Livro" é que uso um jaleco com as capas impressas dos livros de pensamentos motivacionais que fazem parte da série "Aula de Vida".

RESENHANDO: Como você se tornou este personagem?
A.R.: Existe a "Mulher Melancia", a Mulher Moranguinho, a Mulher Pêra e várias outras frutas... Daí surgiu a ideia de "por que não o Homem Livro?". Sou especialista em marketing e busquei exatamente uma forma de impactar as pessoas. Estou com 63 anos, falta um para me aposentar. Estava procurando alguma coisa para me ocupar depois de me aposentar. Coincidindo com isso, recebi uma herança dos meus pais. Decidi não aplicar em alguma coisa material e, sim, deixando um legado que seria a vontade deles, que foram bons leitores e pensadores. Fui fazendo estes livrinhos com esta herança que recebi. O "Homem Livro" surge quando eu coloco o colete com as capas dos livros que escrevi e vou aos bares e restaurantes de Curitiba para vendê-los. O valor de cada livro é simbólico: dez reais.


RESENHANDO: Com as pessoas reagiram?
A.R.: Com curiosidade e aprovação. Eu já sou conhecido no meio odontológico por ter, há 42 anos, uma livraria especializada em odontologia. É daí que surge a minha ligação com o livro. Além destes 11 livros de pensamentos, tenho 32 outros publicados, incluindo obras sobre humor, turismo e drogas. Na área da odontologia, como autor, também sou bem conhecido.  

RESENHANDO: E sobre "O Livro da Alegria", o que pode nos dizer?
A.R.: São 365 pensamentos, um por dia, todos retirados de frases de grandes nomes da humanidade. Para escrever os livros, sempre procuro um conteúdo positivo para elevar a autoestima das pessoas.

RESENHANDO: Como surgiu a ideia de escrever livros motivacionais com pensamentos?
A.R.: Tenho uma empresa no setor odontológico que, quando completou 35 anos, me deu a oportunidade de fazer com que eu optasse entre comprar um brinde para clientes, fornecedores e amigos, ou fazer um livro só de pensamentos. Escolhi a segunda opção. Logo, lancei "O Livro do Pensar". Como agradou todo mundo, fiz mil exemplares, que foram distribuídos em pouco mais de um mês. Todos gostaram e eu também gostei desta história, tanto que continuei.O segundo foi "O Livro do Amor", que seguiu a mesma linha. Comecei a fazer os livros há dois anos e, com a aceitação deles, passei a lançar um a cada dois meses. Hoje eu sou um colecionador de pensamentos.

RESENHANDO: Como começou a colecionar pensamentos?
A.R.: Hoje eu contabilizo 17 mil pensamentos. Eu escrevo sobre marketing, gestão, administração e sucesso profissional. Todos os capítulos dos meus livros sempre começam com um pensamento pertinente ao assunto do capítulo. Como ministrador de palestras e cursos para profissionais da saúde, passei a observar. Participo de congressos e, nestes, eu vou nas livrarias ajudar a vender os livros, fazer dedicatórias. Várias vezes eu vi pessoas folheando os livros, e lendo só os pensamentos. Ao invés de ficar bravo, eu agradeci a ideia e, a partir disto, decidi fazer os livros só com pensamentos.

RESENHANDO: E não enfrenta algum problema com os direitos autorais?
A.R.: Não. Publico desde os pensadores famosos até os da idade média. Sempre cito o pensador e, no final, sempre indico a bibliografia.


RESENHANDO: Com que objetivo você lança estes livros?
A.R.: Eu quero dar os motivos da alegria. Então, o que faço é escrever um livro com um apanhado de ideias sobre determinado assunto. A ideia central é: a maioria das pessoas não são leitoras habituais. Uns não gostam e outros não têm tempo. As frases curtas são especialmente indicadas para estas pessoas que, lendo os pensamentos destes grandes autores, vão se despertar para conhecer o trabalho deles. 

RESENHANDO: Qual será o próximo livro?
A.R.: O primeiro foi "O Livro do Pensar". Distribuí ele de graça, acreditando que não iria vender por se tratar de algo muito filosófico, com temas demasiadamente teóricos. A maioria das pessoas hoje não está habituada a pensar. Achei que este livro não fosse ter sucesso comercial, mas estava errado, teve muita aceitação. Agora nos últimos meses, eu tenho feito um trabalho de divulgação nas livrarias e, para minha surpresa, é "O Livro do Pensar" o que mais vende. Com esta informação, não perdi tempo: terminei na semana passada "O Livro do Saber", que é exatamente na mesma linha, mas com um mais foco na educação.

RESENHANDO: E qual é o seu pensamento favorito?
A.R.: Procuro não me prender a isso. Mas já que estou falando com um jornalista, o meu pensamento favorito é o de Paulo Francis: "Quem não lê, mal ouve, mal fala e mal vê".
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2 comentários:

  1. Helder, foi uma honra esta entrevista. Agradeço e incentivo que continues divulgado livros. Abraço

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