Decidira ir até uma torre. Dirigiu-se digerindo as escadas. As palavras
ficaram cerradas, nas bordas da boca. Torta era ideia assumida e roca, a
provocação. Nisso, tudo se resumia.
Você não pode, não tem, não irá.
Caminhou até o extremo do cômodo. A lua inexistia, pesava entre o céu a
luz do dia. Nada podia arder, entretanto, como aquele frio. No pico do topo. Na
extremidade do mais celebrado contorno.
O não foi caindo como sentença falecida, perdendo força e garantia pelo
espaço. As estrelas também se mantinham escondidas no formalista ouro
pendurado. A luz racionalizava a flor e o mato. Aquele Deus, sendo julgado,
assim em luz tão fria, poder não poderia. As sombras eram poucas como doenças
em cristais salgados.
Todavia, imóvel se tornou o haver daquele tempo transfigurado em
percepção de clima.
Ficou olhando a imagem, rigidamente dissolvida, e nem todo o impacto
metódico da luz corrompia... aquela escuta pronunciava um sossego sem medidas.
O olho se multiplicou nos braços, cada brisa queimava num lacrimejar de
retinas. As pálpebras calculavam os pecados, os cílios discutiam os
significados vastos, nas sobrancelhas a significação surgia.
Uma formiga mordeu o lado da unha, na contramão daquela ida nua. E o que
sobrou daquela vertigem nula? Uma pergunta:
Sim ou não?
O nadir floresceu mais rápido que a queda das amoras. O meio do céu
colidiu no horizonte esburacado. Mas o buraco estava em subterfúgios passos,
aproximando-se lento, plácido. A figura foi adquirindo a cor escura, o cômodo
se fez receptáculo. A lua molhou o selo e o contrato. E o sentimento proclamou,
entre estrelas, a estréia do arteiro perdão das multidões, dos vários. Pendões
pendurando o inexplicável. Cuspindo na tradução de luz criminal. Germinou nos
olhos e braços uma centenas de dias e tal alguém se iluminou no mais fundo
escuro feito tinta que dizia.
Como era puro aquele sim profuso em nãos di vidas.
Não haveria preço nos valores das cavidades, nem calvos propósitos no
extenso das idades. Muito menos no enlaço curto de cada ida.
Sobre Diego Demanoqua
Nascido em Guarujá, São Paulo, desde muito cedo revelou apreço pela leitura e escrita. Fascinado por escritores como Herman Hesse, Machado de Assis, Borges, Rubem Alves, Mia Couto e Saramago, ama, com o verbo na borda do inevitável, os livros teóricos, por motivos que nem a ele foram explicados. Escreve incessantemente, lê intensivamente e acredita que as palavras não possuem nada de tão incrível quanto as indefinidas coisas que, nos interstícios, comunicam-se.
Nascido em Guarujá, São Paulo, desde muito cedo revelou apreço pela leitura e escrita. Fascinado por escritores como Herman Hesse, Machado de Assis, Borges, Rubem Alves, Mia Couto e Saramago, ama, com o verbo na borda do inevitável, os livros teóricos, por motivos que nem a ele foram explicados. Escreve incessantemente, lê intensivamente e acredita que as palavras não possuem nada de tão incrível quanto as indefinidas coisas que, nos interstícios, comunicam-se.
Lindo!!!!
ResponderExcluir