quinta-feira, 29 de março de 2012

.: Entrevista com Seu Jorge, cantor, “o cara mais legal do mundo”

“O samba é uma festa, é um encontro, uma reunião” - Seu Jorge


Da reportagem
Em março de 2012


Seu Jorge: “O cara mais legal do mundo” complementa a entrevista anterior.


Seu Jorge é dono de uma façanha que talvez apenas nomes como Roberto Carlos e Ivete Sangalo alcancem: ele conversa com todas as classes. Ele costuma apresentar em reuniões com publicitários os resultados de uma pesquisa de imagem que encomendou para constatar que fala com as classes A, B, C e D. “É uma figura que não tem rejeição. Homens, mulheres, jovens, velhos, gays, héteros: todos simpatizam com Seu Jorge”, revela Ralph Choate, diretor da agência de comunicação Bigman. Choate o contratou em 2009 para fazer duas campanhas da marca Pool, da Riachuelo.


RESENHANDO – Como surgiu o projeto do CD “Seu Jorge & Almaz”?
S.J. – Começou em 2008, nada foi focado. Descobrimos a sonoridade juntos, a gente tocava cantando, dando canja. O Antonio fez músicas para “Cidade de Deus”. Eu já tinha feito esse filme, e descobrimos a sonoridade juntos. A gente notou que, naquele momento, o Brasil não tinha muito, fora a “Nação Zumbi”, grupos que tinham essa preocupação com a música, sonoridade. A gente falou: “Vamos nos encontrar amanhã, depois do expediente. Cada um traz meia dúzia de cerveja, capitais do Vinícius, vamos ouvindo e a gente vai gravar”. Em uma semana gravamos, acho que umas 18 canções. E, em sete, oito dias, a gente gravou. Muito rápido e muito “relax”, era ao vivo, no estúdio do Antonio. É cômodo, confortável, o Pupillo estava em uma sala, eu, em outra, e Antonio e ele na cabine. Nós podíamos tocar ao vivo e as coisas, na maioria das vezes, foram tudo “good take". Tirando as músicas em inglês que ninguém fazia, não fala a língua, é complicado.

RESENHANDO - Foi difícil?
S.J. – Não, não foi, por que eu já tinha intimidade com as músicas. Mas tinha uma preocupação. O Antonio fala inglês desde criança, então ajudava na correção. O Mário Caldato, que é americano, ajudou na correção, no entendimento das palavras, e acho que foram só essas canções em particular que deram um pouquinho mais de trabalho, mas as outras saíram de primeiro take. O Mário adorou o projeto e fez a pós-produção, mas no momento, lá em 2008, eu, a Nação e o próprio Antonio tínhamos muitos compromissos, então tivemos que esperar um pouco e achar um momento. Quando foi em 2010, a “Now Again” com a “Stone Stroke” fizeram uma proposta. O Mário introduziu, o Lúcio sugeriu quem fizesse a capa e rapidamente acertamos e fomos para os Estados Unidos. Lançamos o disco lá depois tive a felicidade de soltar o disco no Brasil.


RESENHANDO - Como foi a receptividade do público com o “Almaz” no exterior?
S.J. – Incrível, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa. A surpresa particularmente foi ver a receptividade da imprensa nos Estados Unidos. O público, já imaginávamos, mas a imprensa foi uma bela e grata surpresa. A gente teve as melhores rádios dos Estados Unidos e o prestígio de tocar ao vivo nessas rádios com um público ouvindo na hora, e também mídia especializada de música. Os lugares que a gente tocou também criou uma boa impressão. Na Europa já era mais fácil. Eu, pelo menos, estava bem em casa na Europa. A França foi majestosa com a gente, Inglaterra, enfim... Em todos os lugares que a gente passou recebemos carinho. 


RESENHANDO – E a receptividade em relação a esse novo trabalho, no Brasil e exterior?
S.J. – O CD vendeu bem lá fora, diferente da situação brasileira. A gente tem um mercado difícil, uma tributação muito alta, mas a pirataria é um aspecto que não podemos ignorar. Mas, com tudo isso, a gente tem muita fé de que no Brasil possamos expandir com esse trabalho, fazer mais concertos, expor, com nosso som, que o Brasil tem sua própria música, reconhecida no mundo inteiro. É o que eu digo para a gringalhada lá fora: “Nós não viemos vender caipirinha e feijoada, que vocês já conhecem, nós viemos mostrar uma sonoridade mais cosmopolita para o mundo todo, e a nossa proposta é mostrar que o Brasil também é um país com preocupações de primeira, além de ter problemas de terceiro mundo”.


RESENHANDO – Como foi o critério de seleção para as músicas que entraram nesse CD?
S.J. – O Pupillo botou a ideia de “Rock With You”. Cada um de nós tomava uma cervejinha, ouvia o som, e o vinil que trouxemos. A gente ouviu várias coisas, muitas ficaram, mas na seleção final entraram as que estão no CD. O Mário também sugeriu: “É, escolham essas. Acho que vai contar uma história bonita de vocês nessa junção”.


RESENHANDO - Qual música é a maior pérola resgatada no disco?
S.J. – Destaco “Saudosa Bahia”, que é uma das canções que traz uma restauração e um resgate bacana do Noriel Vilela. Ele é outro artista que também tem uma entrada forte na música brasileira, uma presença forte, porque ele fala muito da coisa africana e da religião negra, brasileira e baiana. Esse artista ficou diluído nesse processo da música brasileira que teve uma evolução muito rápida, virou gênero de primeira necessidade. Em muitos casos, ela até substitui a literatura e a gente sabe disso. É música cultural que a gente passa junto de pai pra filho. Noriel Vilela faz parte desse legado.


RESENHANDO - Vocês começaram o CD em 2008, mas quanto tempo levou pra fazer?
S.J. – Em 2010, quando estávamos conversando com os Estados Unidos, o disco já estava pronto. A gente tomou esse cuidado porque é uma junção nova e a gente não sabia como iam receber esse trabalho. Então, decidimos testar isso em uma praça neutra, onde não necessariamente as pessoas nos conheçam a gente possa chegar e expor esse trabalho.


RESENHANDO – Vocês se apresentaram na Turquia. Como os turcos receberam a música brasileira?
S.J. – Muito bem, muito legal! Fiquei até surpreso. Eles conhecem nossa música lá. Jogador brasileiro foi para lá, e o atleta futebolista regula quase tudo do Brasil no mundo todo. Ele é um dos porta-vozes de levar muito da nossa cultura. O Vagner Love é um dos caras, inclusive, que leva muito da nossa cultura. E só o fato de ele estar lá e levar o samba, o pessoal já fica ligado, já acessa a internet e vê “como é que é que faz isso com o pé”.


RESENHANDO - Seja em qualquer lugar, o passaporte brasileiro “tira onda”?
S.J. – Na Turquia, você “tira onda” porque lá você não paga visto pra entrar. O Brasil tem um acordo comercial com a Turquia e eu fiquei muito surpreso com isso. O nosso passaporte é muito bem vindo lá.


RESENHANDO – Para vocês, qual é o estilo predominante?
S.J. – Samba e um pouco de tudo. (risos) O samba, não necessariamente, tem que ser de cavaquinho, de pandeiro e de tamborim. O samba é uma festa, é um encontro, uma reunião. E se a capital do Brasil fosse Pernambuco, talvez o frevo fosse a música mais importante. Então, o samba representa muito. Os artistas do samba são magníficos, deixam uma história bonita para a gente e não renegamos nada disso, somente damos uma alimentada no sonho de estarmos mais abertos, porque a gente também comunica na linguagem deles. É bacana chegar à Inglaterra e ver o cara do “The Gard” virar e falar: “esse cara humilhou todos os guitarristas da Inglaterra”. Chegar à Inglaterra e quebrar os guitarristas de lá é sambar muito! Tem que sambar bem! (risos)


RESENHANDO – Qual o papel da guitarra nesse CD?
S.J. – O mais bonito no trabalho do Lúcio, em minha opinião, é a possibilidade de espaço que é permitido também para as outras coisas acontecerem. Esse é conceito do disco também. Ela permite espaço, todo mundo jogando para o time, sabe?! Sem essa coisa assim de fiscalizar. A gente está muito longe de formatar a música como um grupo que estamos fazendo um gênero específico. ‘Ah, isso é psicodélico, isso é rock.’ Isso é o que você sentir, o que você quiser perceber. A gente dá espaço para você perceber a coisa. E os clichês, a gente não tem como evitar, mas de uma forma geral eu acredito que a gente procurou evitar ao máximo possível de clichês, de voz, de guitarra, de baixo, de bateria. A gente tentou jogar para o time, ser um time coeso. A gente tentou fazer uma coisa mais voltada para o espaço, para a atmosfera da música.


RESENHANDO - O Almaz tem a preocupação de ser uma big band com consistência e durabilidade ou são apenas quatro amigos que resolveram tirar um som?
S.J. – Não, temos consistência, temos coisas. Somos quatros amigos tirando um som, mas não há de ser uma big band. Nós somos quatro, cinco caras, é um power trio mesmo.


RESENHANDO - Vocês investiram em um som mais ao vivo ou fazem alguma coisa mais parecida da produção do CD?
S.J. – O show é igual ao disco. O som é igualzinho.Com Pediá, é fácil. É um pouco mais caro, mas é muito melhor. Para quem não sabe, Pediá é o meu técnico francês. Ele é maravilhoso, é um engenheiro ótimo. Aliás, nosso primeiro show foi na Irlanda, antes de lançarmos o disco. Fizemos um test drive na Irlanda, em Dublin, e foi o Pediá que fez e foi alucinante. Foi um espaço pequeninho, igual a esse que nós vamos fazer. E foi lá que eu conheci o Damien Rice. Ele foi ao show e me cumprimentou porque eu tinha feito o show com a Ana Carolina. Ele falou que vinha ao Brasil e veio mesmo, participar do meu DVD, o América Brasil.
Eu já tinha esquecido dessa história!


RESENHANDO - Vocês são os que mais “piram” o som brasileiro, na opinião de vocês?
S.J. – Eu posso dizer que não somos os que mais “piramos”, mas o mundo todo gosta da nossa música. O francês parece que é o que mais entende. A sensação que eu tenho é que são os que mais compreendem, não de música em geral, mas eles aceitam a história da música, das artes, ficam muitos envolvidos com isso. E se tem alegria na brincadeira, se a música é a alegre, aí é que eles querem mesmo. O show em Paris foi brincadeira. Estava com sold out há três semanas.


RESENHANDO - Vocês podem falar do curta The Model, que foi disponibilizado do Youtube. Como é que foi concebido?
S.J. – Olha, fizemos a tour e já estava na agenda. A gente parou um pouco, uma semana, para investigar. Saímos do Brasil com a ideia de filmar alguma coisa. Indo começar nos Estados Unidos, lá em Los Angeles, ou seja, a meca desse negócio, da música, do entretenimento, do show business. E a gente tinha um universo de relações, o Mário Caldato, Jack Jonhson e todos os amigos. Vindo da produtora da Sofia Copolla, eu, com a Stone Stroke e a Now Again, tivemos a proposta de fazer um vídeo, e eu falei logo: ‘Olha gente, eu sou ator e odeio esse negócio de vídeo fingindo que está cantando com a guitarra sem estar ligada no cabo. Não gosto dessa coisa, não suporto isso e acho que não tem nada a ver comigo, não fico bem com isso. Eu gosto de película, e se eu gostasse de vídeo, eu fazia novela, não vamos fazer uma coisa mais voltada pra isso”. Então, a gente resolveu contar uma historinha dessa modelo, desse cara que não dorme, que tem um sono prejudicado e que vive sonhando com essa pessoa. E dividimos em dois capítulos. O primeiro é um teaser com três músicas do álbum e era a história daquele cara sonhando com o ambiente da casa dele e as festas, os filhos, o encontro, a música, a comida... E ele descobre que tudo aquilo era sonho, que tudo aquilo era fantasia, e fica completamente perdido. Acho que o resultado ficou muito bonito, contanto com o pouco tempo que tivemos, dois dias pra fazer tudo, e o custo baixíssimo. A gente fez aquilo com, sei lá, três mil dólares.


RESENHANDO - E o projeto? Vamos falar dos vídeos...
S.J. – O démodé é a mesma história, só que em dois capítulos. Um é esse teaser com três faixas, e a óltima já vem contando a história do Marcelo, que é esse cara que não dorme. É um curta.

RESENHANDO - Você acredita que ainda tem pessoas que fazem a distinção entre sons afros e europeus? 
S.J. – Acredito que não tem como hoje em dia você ficar engessado em um gênero. 


RESENHANDO - Você acha importante manter a história de uma origem sem renegar o que esta por vir, ou você deixa se fundir e vira o que virá?
S.J. – Acho que tudo tem de se fundir, e tudo vai acabar se fundindo mesmo. Mas a distinção que eu acho que tem que existir entre uma coisa e outra fica em um departamento mais clássico. No que está em um departamento mais alternativo, está tudo misturado. Porque o que é clássico, o que está colocado como clássico, a música clássica europeia, a música rítmica africana e, em algum momento, o cenário alternativo vai pegar o fundamento disso tudo e vai fundir, misturar. Eu acredito muito na mistura das coisas, não vejo essa coisa de separar mais, não. Vejo a música se fundindo e as pessoas se relacionando. Os sites de relacionamento fazem isso, por que a musica não vai fazer?



RESENHANDO - Quando vocês fizeram o CD “Seu Jorge & Almaz”, foi feito na intenção do Brasil primeiramente?
S.J. – A gente nem sabia que ia sair, na real. A gente falou ‘Vamos fazer um CD para gente vender e colocar em uma gravadora. A gente fez um disco de sonoridades e passou dois anos, conseguimos uma companhia que, por acaso, era lá fora. Mas, podia ter sido aqui no Brasil, alguém ter feito uma proposta para gente. Mas como o Mário estava lá, mostrou para uns amigos deles e o cara se interessou, batemos um papo, encontrei com a turma, e acertamos tudo. A gente já estava feliz de gravar juntos e quando ia sair, por quem ia sair, toda maneira aconteceu. A gente deixa na mão de Deus.


RESENHANDO - Esse é um projeto puramente genuíno. Como foi o encontro da sonoridade deste projeto?
S.J. – A gente já tinha a base de algumas coisas gravadas. Eu lembro que estava sentado de frente e me mostraram “Errare Humanum Est”. Eu nunca tinha ouvido aquilo! Era Jorge Ben! A minha fase Jorge Ben era outra, era mais “W/Brasil” pra cá, a coisa mais antiga eu não tinha ouvido. Eu achei da pesada! Ele, o Pupilo e o Antonio me mostraram a música. E já tinha toda a base pronta da outra música que eu gravei, que era “Juízo Final”. E assim, eu fui me adequando porque a sonoridade já é muito deles. Só faltava a minha voz para dar uma coisa diferente ali e eu tentei me comportar de acordo. E eu gostei do que eu estava fazendo, da sonoridade que estava rolando, da minha participação com eles. Eu não precisava falar nada porque é diferente, é trabalhar com artista. Eu não preciso dizer o que o Lúcio precisa fazer na guitarra dele. Ele toca e eu gosto. Antonio toca, eu me amarro. Eu estou cantando, e eles se amarram também. Isso foi muito valioso no processo. Acho que o encontro da sonoridade foi isso, encontrar com artistas, gente que pensa como você e não necessariamente ter que dizer o que precisa ser feito.

RESENHANDO - Quem exatamente trouxe o Michael Jackson para o projeto?
S.J. – Pupillo. Ele falou “Eu acordo todo dia de manhã com essa música e tomo banho” (risos). Legal, então vamos nessa. Vamos gravar “Rock With You”.


RESENHANDO - Com esse conhecimento forte que vocês têm de cinema, quando escuto o Seu Jorge e Almaz, é claro que vocês vão receber convite para fazer trilhas sonoras. O que vocês acham disso?
S.J. – Na nossa música está muito associada à imagem, tem tanta cor...


RESENHANDO - A última frase do Tropa de Elite 2 é: “O sistema é foda”. Como podemos inverter isso com a música?
S.J. – Acho que tem que colocar muita responsabilidade na música. Os músicos podem ser embaixadores de uma ideia nova no Brasil e para o sistema. Os artistas, músicos e cidadãos em geral são importantes na construção do seu país, na soberania do país e na indenização do mesmo. É muito triste o que a gente vive, entendendo que o Brasil é um país do futuro e sempre foi dito isso. A gente cresceu aprendendo e acreditando que a gente vive em um país do futuro, mas quer ver este resultado na prática. Hoje, me parece um Brasil muito mais propenso a ser um país grande, melhor para o seu povo, que influencia na qualidade de vida dos seus filhos, da sua nação. Tem tudo para atravessar um bom momento e assumir o seu lugar de gigante pela própria natureza. É importante no território da América do Sul porque ele pode espelhar coisas para nossos vizinhos, como a Venezuela, a Colômbia e o Equador que vivem ainda ditaduras. 


RESENHANDO - Como que a música pode ter um impacto no sistema para deixar de ser foda ou ser foda no bom sentido?
S.J. – O aspecto democrático do Brasil pode ser muito útil, mas é necessário também que efetivamente a gente tenha resultados mais eficazes no que diz respeito ao aspecto social. E o sistema não está favorecendo uma igualdade social, ainda é necessária uma reforma política no Brasil; e essa reforma política só se dará com uma reforma no Legislativo. Então, há uma série de etapas a se pensar, a se construir, para a gente poder ter uma dimensão e um país melhor do que é a prospecção de futuro, do que é positivo para o Brasil e do que é negativo e que não a gente não deseja mais. 


RESENHANDO – O que falta, então?
S.J. – Cidadania é necessário. Formação é fundamental. Educação, saúde, todas essas coisas são necessárias para gente melhorar o nosso sistema. Mas a gente tem que conceituar o Brasil melhor, o país ainda não tem um conceito armado, não se sabe no que vai dar. A gente está muito feliz com a liberdade, com a permissão de muitas coisas, entre essas coisas, coisas boas e coisas ruins. Eu acho que esse sistema que não é bom, de permissão a todo direito. Acho que a gente tem que ver o que é bom para ser permitido e o que não é.


RESENHANDO - Você está otimista com o governo?
S.J. – Eu tenho fé no governo, na posição da mulher, do que a gente pode permitir, que essa mulher e o homem acertem as contas. Se as contas públicas tiveram uma redução, já está bom...Tem um êxodo de repatriação muito grande. A gente sabe que o Brasil vai bem, mas muito por conta do detrimento do mundo, das hostilidades que estão rolando na Europa e nos Estados Unidos... A própria inglesa de um programa de televisão e de rádio que nós fomos fazer, falou: “Qualquer hora vocês vão comprar tudo na Inglaterra. Vocês têm tudo para comprar tudo aqui na Inglaterra”. Eu quero isso, quero chegar lá e empreender, ter um negócio, empresas abrindo suas filiais lá fora, eu vejo esse país crescendo. Eu vejo empresas também muito interessadas no Brasil. Agora a gente precisa melhorar nossa capacitação, nossa infraestrutura. Isso vai levar um pouquinho de tempo, mas a gente tem esse caminho lateral. O mundo está olhando
para a gente com bons olhos. Saiu na CNN as 12 nacionalidades mais legais do mundo e o Brasil está em primeiro lugar. E adivinha quem é o ícone do povo? Eu! Engraçado os caras colocarem lá que Seu Jorge representa os 190 milhões e o Brasil é o povo mais legal do mundo, ou seja, o mais legal sou eu. Eu fiquei amarradão.
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