quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

.: Resenha crítica de "Festival Rocky de Terror", The Rocky Horror Picture Show

Pesadelos da meia-noite
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em dezembro de 2010



Uma inovação entre os musicais. Festival Rocky de Terror é o crème de la crème da mescla de gêneros. Saiba mais!


Um filme com acontecimentos e personagens totalmente às avessas. Contudo, "Festival Rocky de Terror", produção de 1975 que narra uma história totalmente surpreendente e bastante apimentada, não foi um sucesso de bilheteria. Para comemorar os 35 anos que completa em 2010, o seriado musical Glee fez uma homenagem nesta segunda temporada, com o quinto episódio intitulado: "The Rocky Horror Glee Show". 

É certo que o seriado, ao elaborar este episódio especial de Halloween em homenagem ao filme somente provocou os jovens e/ou os curiosos de plantão. Afinal, que filme é esse? O longa dirigido por Jim Sharman é um misto de gêneros, pois nele há terror, romance, ficção científica com um toque de filmes de série B ao som de muito rock´n´roll. Após responder a primeira pergunta surge uma nova dúvida: "Como um seriado musical pode homenagear um filme de terror com um tom de pesadelo erótico?". A resposta é simples, o seriado do momento, Glee, cortou as cenas em que há insinuações provocantes e deu uma nova roupagem para a trilha sonora do filme que grudam na mente como chiclete.

"Festival Rocky de Terror" é uma película tão "abusada", que já na apresentação conhecidíssima do estúdio Fox há uma modificação sonora, ou seja, as batidas (Tam-tam-ram/Tam-tam-ram...) têm um ritmo diferente que coordenam com as músicas do filme. E a história de humanos e alienígenas? Bem, tudo começa com uma boca vermelhona apresentando um pouquinho do que o espectador terá diante de seus olhos (o seriado Glee reproduziu de modo idêntico). 

Após tal apresentação sem qualquer sentido ou noção, na área externa de uma igreja, os recém-casados Betty e Ralph atravessam a porta da casa de Deus -em meio à comemoração, pode-se notar que todos os atores do longa estão ali presentes, porém como integrantes da família dos noivos- para receber os cumprimentos. Eis que surgem os protagonistas: Brad (Barry Bostwick) e Janet (Susan Sarandon). Empolgada, Janet consegue pegar o buquê da noiva. 


Os noivos partem. Brad e Janet caminham pelo pequeno cemitério, ao lado da igreja, quando ele toma coragem e -em um dueto "rock romântico"- pede a mão da moçoila em casamento. Este é o ponta-pé inicial das loucuras que os jovenzinhos vão viver nos próximos minutos do longa. Após partirem de Denton, numa noitinha de novembro, para visitarem o Dr. Everett Scott, ex-tutor e amigo dos dois, devido a um tempestade, eles acabam se perdendo pelo caminho e pedem socorro para os moradores de um casarão nada convencional.

Vale a pena assistir "Festival Rocky de Terror"? Com toda certeza. Afinal, a Terra parou enquanto tudo isso aconteceu com Brad e Janet. O sucesso dos teatros em película somente desperta o desejo de participar da exibição especialmente espetacular. O que esta sessão tem de especial? Simples. Nela o público se fantasia, grita e arremessa refrigerante, pipoca... uns nos outros, ou seja, reproduzem algumas palavras da canção "Science Fiction Double Feat": "tarde da noite/ dupla apresentação do filme/ eu quero ir". Como no Brasil não são divulgadas exibições deste clássico da meia-noite, o jeito é ver e rever em casa!

Filme: Festival Rocky de Terror (The Rocky Horror Picture Show, E.U.A.)
Ano: 1975
Gênero: Musical/Comédia/Terror
Duração: 96 minutos
Direção: Jim Sharman
Roteiro: Richard O'Brien, Jim Sharman
Elenco: Tim Curry (Dr. Frank-N-Furter), Susan Sarandon (Janet Weiss), Barry Bostwick (Brad Majors), Richard O'Brien (Riff Raff), Patricia Quinn (Magenta), Nell Campbell (Columbia), Jonathan Adams (Dr. Everett Von Scott), Peter Hinwood (Rocky Horror), Meat Loaf (Eddie), Jeremy Newson (Ralph Hapschatt), Hilary Labow (Betty Munroe Hapschatt)


Trailer


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