Tim Burton "erra" feio em Alice
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em maio de 2010
Um longa sem a essência de Tim Burton. Saiba mais do visualmente belo, Alice no País das Maravilhas!
Trabalhar sob pressão não é bom para ninguém. O prejuízo pode chegar a grandes proporções, pois o resultado deste trabalho pode ser totalmente diferente das expectativas que provoca no público. Tim Burton, diretor importante e genial acabou mostrando que também pode fraquejar na questão êxito cinematográfico. Após tanto burburinho "Alice no País das Maravilhas" chegou aos cinemas brasileiros e não mostrou tudo o que prometia (considere trailers, imagens e tantas otras cositas que foram espalhadas pela internet), ou que, pelo menos, deu a entender que traria grande inovação aos filmes em 3D.
Não digo que a nova produção de Burton seja um fracasso, mas caiu na mesmice das outras produções em 3D: mil e um efeitos em uma história insossa (ou jogada de escanteio?). Nesse quesito Alice no País das Maravilhas, Avatar e Premonição 4 estão no mesmo patamar. Todos não tem um roteiro forte e envolvente e, por fim, pecam ao ignorar, por várias vezes a história que deu origem ao longa.
Nesta adaptação de textos do escritor Lewis Carroll, tudo começa quando Alice (Mia Wasikowska), aos 19 anos, vai a uma festa e é pedida em casamento diante de muitos convidados da alta sociedade. Confusa, ela pede um tempo para pensar e, causa maior espanto quando, no auge de sua indecisão, sai correndo e deixa o "quase noivo". Calma! Ela não corre sem motivos. Ela procura desesperadamente pelo coelho branco que passou pelos jardins da festa. É claro que o inevitável acontece: ela cai em um buraco e chega ao País das Maravilhas.
Entretanto, esta visita ao País das Maravilhas é uma revival, pois a mocinha já havia passado neste mundo, mas pensava se tratar de apenas um sonho. Aos poucos (devagar mesmo!) ela nota que muita coisa mudou e, para pior. A Rainha de Copas (Helena Bonham Carter) agora é quem dá as cartas, e continua disposta a cortar as cabeças daquele que a desagradar. O Chapeleiro Maluco (Johnny Depp) e a Rainha Branca (Anne Hathaway) esperam desesperadamente pela verdadeira Alice, esta que irá trazer de volta a paz e a harmonia do Mundo Subterrâneo. Entretanto, a garota começa a viver em um impasse: Não sabe se ela é a Alice verdadeira, ou seja, a essência da história é a mesma (da já conhecida em desenho, também dos Estúdios Disney), o autoconhecimento e as transformações da vida de uma garota para a vida adulta.
Legal? Pode até ser. Mas, e a criatividade inventiva de Tim Burton? Onde foi parar? Talvez tenha caído pelo buraco do País das Maravilhas (a soberana Walt Disney Company!?!?) e tenha ficado por lá. O toque especial do genial diretor ficou abafado, chegando a aparecer, mas de modo tímido. Talvez a culpa seja das tantas especulações e a força esmagadora da Disney que, no quesito filmes (não digo animações), sempre segue o mesmo roteiro insosso. De repente, nem existam tantas desculpas. Quem sabe este não tenha sido o primeiro erro cinematográfico de Tim Burton e só?
Para falar a verdade, Alice não chega aos pés de "Encantada" e passa longe da beleza de "O Estranho Mundo de Jack" ou "A Fantástica Fábrica de Chocolate". Caso fosse para fugir do estilo Tim Burton a Disney deveria ter feito um remake de Alice, levando somente o nome de Tim Burton. Eis que surge a pergunta: O que será das "novas produções cinematográficas"? Efeitos visuais que enchem os olhos e esvaziam a mente? É claro que é mais fácil segurar o público por meio de imagens impactantes, mas e a história? Afinal, se a história é fraca, o filme faz-se desnecessário. Quer sinceridade? Leia ou releia os livros, que ficará tudo certo, ou se preferir, adquira os produtos da linha, só para colecionar!
Filme: Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland, EUA)
Ano: 2010
Gênero: Aventura / Fantasia
Duração: 108 minutos
Direção: Tim Burton
Roteiro: Linda Wolverton
Elenco: Johnny Depp, Anne Hathaway, Helena Bonham-Carter, Crispin Glover, Alan Rickman, Mia Wasilkowska, Stephen Fry, Michael Sheen, Timothy Spall
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em maio de 2010
Um longa sem a essência de Tim Burton. Saiba mais do visualmente belo, Alice no País das Maravilhas!
Trabalhar sob pressão não é bom para ninguém. O prejuízo pode chegar a grandes proporções, pois o resultado deste trabalho pode ser totalmente diferente das expectativas que provoca no público. Tim Burton, diretor importante e genial acabou mostrando que também pode fraquejar na questão êxito cinematográfico. Após tanto burburinho "Alice no País das Maravilhas" chegou aos cinemas brasileiros e não mostrou tudo o que prometia (considere trailers, imagens e tantas otras cositas que foram espalhadas pela internet), ou que, pelo menos, deu a entender que traria grande inovação aos filmes em 3D.
Não digo que a nova produção de Burton seja um fracasso, mas caiu na mesmice das outras produções em 3D: mil e um efeitos em uma história insossa (ou jogada de escanteio?). Nesse quesito Alice no País das Maravilhas, Avatar e Premonição 4 estão no mesmo patamar. Todos não tem um roteiro forte e envolvente e, por fim, pecam ao ignorar, por várias vezes a história que deu origem ao longa.
Nesta adaptação de textos do escritor Lewis Carroll, tudo começa quando Alice (Mia Wasikowska), aos 19 anos, vai a uma festa e é pedida em casamento diante de muitos convidados da alta sociedade. Confusa, ela pede um tempo para pensar e, causa maior espanto quando, no auge de sua indecisão, sai correndo e deixa o "quase noivo". Calma! Ela não corre sem motivos. Ela procura desesperadamente pelo coelho branco que passou pelos jardins da festa. É claro que o inevitável acontece: ela cai em um buraco e chega ao País das Maravilhas.
Entretanto, esta visita ao País das Maravilhas é uma revival, pois a mocinha já havia passado neste mundo, mas pensava se tratar de apenas um sonho. Aos poucos (devagar mesmo!) ela nota que muita coisa mudou e, para pior. A Rainha de Copas (Helena Bonham Carter) agora é quem dá as cartas, e continua disposta a cortar as cabeças daquele que a desagradar. O Chapeleiro Maluco (Johnny Depp) e a Rainha Branca (Anne Hathaway) esperam desesperadamente pela verdadeira Alice, esta que irá trazer de volta a paz e a harmonia do Mundo Subterrâneo. Entretanto, a garota começa a viver em um impasse: Não sabe se ela é a Alice verdadeira, ou seja, a essência da história é a mesma (da já conhecida em desenho, também dos Estúdios Disney), o autoconhecimento e as transformações da vida de uma garota para a vida adulta.
Legal? Pode até ser. Mas, e a criatividade inventiva de Tim Burton? Onde foi parar? Talvez tenha caído pelo buraco do País das Maravilhas (a soberana Walt Disney Company!?!?) e tenha ficado por lá. O toque especial do genial diretor ficou abafado, chegando a aparecer, mas de modo tímido. Talvez a culpa seja das tantas especulações e a força esmagadora da Disney que, no quesito filmes (não digo animações), sempre segue o mesmo roteiro insosso. De repente, nem existam tantas desculpas. Quem sabe este não tenha sido o primeiro erro cinematográfico de Tim Burton e só?
Para falar a verdade, Alice não chega aos pés de "Encantada" e passa longe da beleza de "O Estranho Mundo de Jack" ou "A Fantástica Fábrica de Chocolate". Caso fosse para fugir do estilo Tim Burton a Disney deveria ter feito um remake de Alice, levando somente o nome de Tim Burton. Eis que surge a pergunta: O que será das "novas produções cinematográficas"? Efeitos visuais que enchem os olhos e esvaziam a mente? É claro que é mais fácil segurar o público por meio de imagens impactantes, mas e a história? Afinal, se a história é fraca, o filme faz-se desnecessário. Quer sinceridade? Leia ou releia os livros, que ficará tudo certo, ou se preferir, adquira os produtos da linha, só para colecionar!
Filme: Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland, EUA)
Ano: 2010
Gênero: Aventura / Fantasia
Duração: 108 minutos
Direção: Tim Burton
Roteiro: Linda Wolverton
Elenco: Johnny Depp, Anne Hathaway, Helena Bonham-Carter, Crispin Glover, Alan Rickman, Mia Wasilkowska, Stephen Fry, Michael Sheen, Timothy Spall
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