“Talvez o principal (erro) seja ignorar as necessidades femininas. Aqueles corpinhos são bombas de hormônio. Temos que ser pacientes.” - Fábio Brunelli
Por: Helder Miranda
Em novembro de 2009
Em entrevista ao Resenhando.com o escritor Fábio Brunelli fala sobre o livro "Elas por ele" e sua carreira de jornalista. Saiba mais!
No mês em que completa 20 anos de telejornalismo, Fábio Brunelli revela ao site cultural Resenhando detalhes de seu primeiro romance, lançado pela Novo Século. Em outubro, milhões de brasileiros viram na TV a capa de Elas por Ele. O livro foi mostrado por Fausto Silva na vitrine do Domingão do Faustão. Agora, nesta entrevista ao Resenhando, o editor-chefe e apresentador do RJTV produzido pela TV Rio Sul, afiliada da Rede Globo, fala do jornalismo e do universo feminino na visão de um homem.
RESENHANDO – Como conseguiu, aos 20 anos, se tornar o âncora mais jovem da TV brasileira, em rede nacional?
FÁBIO BRUNELLI – Era novembro de 1989. No dia 9, um dos apresentadores do Jornal da Manchete 2ª edição ficou doente. Fui chamado às pressas para a apresentação. Nem tive tempo de sofrer por antecedência. Comecei a trabalhar na Rede Manchete dois meses antes, depois de conhecer o Jayme Monjardim – na época, diretor artístico da TV – e ser convidado para um teste. Nos anos seguintes, apresentei o Rio em Manchete, o Manchete Rural e o programa Free Jazz in Concert. Eventualmente, também apresentei outros telejornais em rede nacional, como o Edição da Tarde. Aprendi muito com toda a equipe: Alice Maria – a diretora de jornalismo, Ronaldo Rosas, Leila Richers, Leda Nagle, Carlos Bianchini e outros colegas com os quais dividi a bancada.
RESENHANDO – O que passou pela sua cabeça quando noticiou a queda do muro de Berlim?
FÁBIO BRUNELLI – 20 anos depois, ainda lembro da sensação de sorriso no meu rosto. Confesso que, talvez, mais pela estreia do que pela notícia. Eu era muito jovem na época. Ainda não tinha noção da dimensão daquele fato na história do mundo moderno. A queda do muro é o grande símbolo do fim da Guerra Fria.
RESENHANDO – Como o âncora mais jovem da TV brasileira vê a não obrigatoriedade do diploma no curso de Jornalismo?
FÁBIO BRUNELLI – Não creio que o diploma seja ferramenta primordial para formar um bom profissional. No meu ponto de vista, “bom senso”, por exemplo, é mais importante. Com raras exceções, percebo nos jornalistas recém-formados a falta do espírito investigativo, questionador. Essa deveria ser a função das universidades: ensinar os jovens a pensar de forma crítica. Nossas redações precisam desse tipo de profissional.
RESENHANDO – Por que escrever um livro sobre as mulheres de sua vida?
FÁBIO BRUNELLI – No meu ponto de vista, as mulheres são o que há de mais interessante no mundo. Escrever sobre elas é um prazer. Um dia, no fim de uma sessão de análise em que falei muito sobre as mulheres da minha vida, o terapeuta deu um "sorrisinho" e disse que minhas histórias dariam um bom livro. Voltei pra casa, liguei o computador e comecei a escrever.
RESENHANDO – Você acredita que a ótica masculina, sobre o sexo feminino, consegue deixar de ser machista? Por quê?
FÁBIO BRUNELLI – Esse é um grande desafio: entender que não somos melhores, nem piores do que elas. Homens e mulheres são seres complementares. Temos ritmos diferentes, sonhos distintos. “Elas por Ele” descreve várias dessas diferenças. O personagem principal, que já foi casado três vezes e teve inúmeras namoradas, analisa de forma bem humorada as características femininas. Aspectos que tornam as mulheres ainda mais apaixonantes.
RESENHANDO – As experiências das relações anteriores podem levar as pessoas a não cometerem os mesmos erros, em um novo relacionamento?
FÁBIO BRUNELLI – Costumo dizer, brincando, que todo mundo deveria se casar três vezes, pelo menos. A gente só aprende vivendo. Certamente, a experiência das relações anteriores nos ajuda a evitar conflitos, a fazer escolhas cada vez mais conscientes. Com bom humor, o livro aponta caminhos interessantes que podem levar o leitor a uma saudável viagem em direção a autodescoberta. Esse é o nosso primeiro destino: nos perceber. Temos que nos dar conta dos nossos desejos, dos nossos medos. E assim, começar a tomar decisões mais conscientes do que realmente queremos.
RESENHANDO – Você afirmou que para dar realismo ao seu romance, a maioria das frases das personagens femininas foi ouvida ao longo de sua vida. Com base nisso, em que as mulheres se repetem mais?
FÁBIO BRUNELLI – Bem, muitas vão querer me matar agora. Mas, vamos lá: todas querem casar. As que já foram casadas, bem menos, é verdade. Mas se aparecer um homem especial, inteligente, carinhoso e “resolvido”, como elas dizem, por que não? Uma amiga me contou um segredo. Muito íntimo. Disse que só aceita um convite para jantar quando o homem preenche os requisitos necessários de um futuro marido. Mal sabe o anfitrião que a conta pode sair mais cara do que imagina...
RESENHANDO – Quais os erros que os homens sempre cometem nas relações amorosas?
FÁBIO BRUNELLI – Talvez o principal seja ignorar as necessidades femininas. Aqueles corpinhos são bombas de hormônio. Temos que ser pacientes. Elas precisam falar, precisam ser elogiadas, surpreendidas.
RESENHANDO – O que o homem pode aprender com a mulher, e vice e versa?
FÁBIO BRUNELLI – Já que somos seres complementares, só temos a aprender com as mulheres. E elas com a gente. Como numa boa terapia, escrever “Elas por Ele” me ajudou a refletir sobre a minha vida. Hoje, consigo perceber com mais clareza o porquê das escolhas que fiz no passado, e das que faço hoje. Depois de voltar meu olhar, por meses, para a observação das mulheres, me dei conta mais ainda da necessidade de valorizá-las, de respeitá-las, de amá-las.
RESENHANDO – Como foi, para você, conciliar o trabalho de editor-chefe e apresentador de um telejornal, com a literatura?
FÁBIO BRUNELLI – Levei três meses para escrever esse livro. Aproveitei um período em que estava solteiro e passei as madrugadas escrevendo, já que trabalho durante o dia. Mas o maior desafio foi deixar de lado meu olhar de "editor". No telejornal, acabo sendo uma espécie de sensor do trabalho dos repórteres. Quando comecei a escrever "Elas por Ele", fiz um trato comigo: teria que me deixar mais permissivo. Assim, restou apenas o prazer pela criação.
RESENHANDO – Sobre o que é seu próximo livro?
FÁBIO BRUNELLI – Já tenho um esboço do novo romance. Estou escrevendo sobre a vida. Na verdade, sobre a necessidade de se libertar da própria cultura para viver melhor. Mas, no momento, meu desejo é que os leitores se divirtam e se reconheçam nas páginas de "Elas por Ele". Torço para que sintam o mesmo prazer que tive ao escrevê-lo.
Sobre o lançamento da editora Novo Século - Elas por ele: Com bom humor e um olhar apaixonado, o jornalista e escritor Fabio Brunelli descreve o paradisíaco inferno das relações entre homens e mulheres. A história de Leonardo e Carolina, Vitória, Marina, Bruna, Júlia, Nina… mostra do que um homem é capaz na busca do par ideal.
A livraria e o cinema se tornam cenários para encontros amorosos. O romance moderno mergulha no Orkut. Alimenta paixões com e-mails instigantes. Inspira-se na música e no chocolate. O texto contemporâneo nos convida a uma análise pessoal. Os pensamentos de Leonardo o conduzem à autodescoberta, nosso primeiro destino. E, ao viver o presente, segue viagem rumo a novos amores eternos.
A sedução é um dos ingredientes da história. Com a experiência do telejornalismo, o autor livra o leitor da farsa dos adjetivos. Traça perfis e narra fatos num ritmo empolgante. Focaliza os detalhes para escrever a vida e interpretar os sonhos de um homem que acredita no amor.
Por: Helder Miranda
Em novembro de 2009
Em entrevista ao Resenhando.com o escritor Fábio Brunelli fala sobre o livro "Elas por ele" e sua carreira de jornalista. Saiba mais!
No mês em que completa 20 anos de telejornalismo, Fábio Brunelli revela ao site cultural Resenhando detalhes de seu primeiro romance, lançado pela Novo Século. Em outubro, milhões de brasileiros viram na TV a capa de Elas por Ele. O livro foi mostrado por Fausto Silva na vitrine do Domingão do Faustão. Agora, nesta entrevista ao Resenhando, o editor-chefe e apresentador do RJTV produzido pela TV Rio Sul, afiliada da Rede Globo, fala do jornalismo e do universo feminino na visão de um homem.
RESENHANDO – Como conseguiu, aos 20 anos, se tornar o âncora mais jovem da TV brasileira, em rede nacional?
FÁBIO BRUNELLI – Era novembro de 1989. No dia 9, um dos apresentadores do Jornal da Manchete 2ª edição ficou doente. Fui chamado às pressas para a apresentação. Nem tive tempo de sofrer por antecedência. Comecei a trabalhar na Rede Manchete dois meses antes, depois de conhecer o Jayme Monjardim – na época, diretor artístico da TV – e ser convidado para um teste. Nos anos seguintes, apresentei o Rio em Manchete, o Manchete Rural e o programa Free Jazz in Concert. Eventualmente, também apresentei outros telejornais em rede nacional, como o Edição da Tarde. Aprendi muito com toda a equipe: Alice Maria – a diretora de jornalismo, Ronaldo Rosas, Leila Richers, Leda Nagle, Carlos Bianchini e outros colegas com os quais dividi a bancada.
RESENHANDO – O que passou pela sua cabeça quando noticiou a queda do muro de Berlim?
FÁBIO BRUNELLI – 20 anos depois, ainda lembro da sensação de sorriso no meu rosto. Confesso que, talvez, mais pela estreia do que pela notícia. Eu era muito jovem na época. Ainda não tinha noção da dimensão daquele fato na história do mundo moderno. A queda do muro é o grande símbolo do fim da Guerra Fria.
RESENHANDO – Como o âncora mais jovem da TV brasileira vê a não obrigatoriedade do diploma no curso de Jornalismo?
FÁBIO BRUNELLI – Não creio que o diploma seja ferramenta primordial para formar um bom profissional. No meu ponto de vista, “bom senso”, por exemplo, é mais importante. Com raras exceções, percebo nos jornalistas recém-formados a falta do espírito investigativo, questionador. Essa deveria ser a função das universidades: ensinar os jovens a pensar de forma crítica. Nossas redações precisam desse tipo de profissional.
RESENHANDO – Por que escrever um livro sobre as mulheres de sua vida?
FÁBIO BRUNELLI – No meu ponto de vista, as mulheres são o que há de mais interessante no mundo. Escrever sobre elas é um prazer. Um dia, no fim de uma sessão de análise em que falei muito sobre as mulheres da minha vida, o terapeuta deu um "sorrisinho" e disse que minhas histórias dariam um bom livro. Voltei pra casa, liguei o computador e comecei a escrever.
RESENHANDO – Você acredita que a ótica masculina, sobre o sexo feminino, consegue deixar de ser machista? Por quê?
FÁBIO BRUNELLI – Esse é um grande desafio: entender que não somos melhores, nem piores do que elas. Homens e mulheres são seres complementares. Temos ritmos diferentes, sonhos distintos. “Elas por Ele” descreve várias dessas diferenças. O personagem principal, que já foi casado três vezes e teve inúmeras namoradas, analisa de forma bem humorada as características femininas. Aspectos que tornam as mulheres ainda mais apaixonantes.
RESENHANDO – As experiências das relações anteriores podem levar as pessoas a não cometerem os mesmos erros, em um novo relacionamento?
FÁBIO BRUNELLI – Costumo dizer, brincando, que todo mundo deveria se casar três vezes, pelo menos. A gente só aprende vivendo. Certamente, a experiência das relações anteriores nos ajuda a evitar conflitos, a fazer escolhas cada vez mais conscientes. Com bom humor, o livro aponta caminhos interessantes que podem levar o leitor a uma saudável viagem em direção a autodescoberta. Esse é o nosso primeiro destino: nos perceber. Temos que nos dar conta dos nossos desejos, dos nossos medos. E assim, começar a tomar decisões mais conscientes do que realmente queremos.
RESENHANDO – Você afirmou que para dar realismo ao seu romance, a maioria das frases das personagens femininas foi ouvida ao longo de sua vida. Com base nisso, em que as mulheres se repetem mais?
FÁBIO BRUNELLI – Bem, muitas vão querer me matar agora. Mas, vamos lá: todas querem casar. As que já foram casadas, bem menos, é verdade. Mas se aparecer um homem especial, inteligente, carinhoso e “resolvido”, como elas dizem, por que não? Uma amiga me contou um segredo. Muito íntimo. Disse que só aceita um convite para jantar quando o homem preenche os requisitos necessários de um futuro marido. Mal sabe o anfitrião que a conta pode sair mais cara do que imagina...
RESENHANDO – Quais os erros que os homens sempre cometem nas relações amorosas?
FÁBIO BRUNELLI – Talvez o principal seja ignorar as necessidades femininas. Aqueles corpinhos são bombas de hormônio. Temos que ser pacientes. Elas precisam falar, precisam ser elogiadas, surpreendidas.
RESENHANDO – O que o homem pode aprender com a mulher, e vice e versa?
FÁBIO BRUNELLI – Já que somos seres complementares, só temos a aprender com as mulheres. E elas com a gente. Como numa boa terapia, escrever “Elas por Ele” me ajudou a refletir sobre a minha vida. Hoje, consigo perceber com mais clareza o porquê das escolhas que fiz no passado, e das que faço hoje. Depois de voltar meu olhar, por meses, para a observação das mulheres, me dei conta mais ainda da necessidade de valorizá-las, de respeitá-las, de amá-las.
RESENHANDO – Como foi, para você, conciliar o trabalho de editor-chefe e apresentador de um telejornal, com a literatura?
FÁBIO BRUNELLI – Levei três meses para escrever esse livro. Aproveitei um período em que estava solteiro e passei as madrugadas escrevendo, já que trabalho durante o dia. Mas o maior desafio foi deixar de lado meu olhar de "editor". No telejornal, acabo sendo uma espécie de sensor do trabalho dos repórteres. Quando comecei a escrever "Elas por Ele", fiz um trato comigo: teria que me deixar mais permissivo. Assim, restou apenas o prazer pela criação.
RESENHANDO – Sobre o que é seu próximo livro?
FÁBIO BRUNELLI – Já tenho um esboço do novo romance. Estou escrevendo sobre a vida. Na verdade, sobre a necessidade de se libertar da própria cultura para viver melhor. Mas, no momento, meu desejo é que os leitores se divirtam e se reconheçam nas páginas de "Elas por Ele". Torço para que sintam o mesmo prazer que tive ao escrevê-lo.
Sobre o lançamento da editora Novo Século - Elas por ele: Com bom humor e um olhar apaixonado, o jornalista e escritor Fabio Brunelli descreve o paradisíaco inferno das relações entre homens e mulheres. A história de Leonardo e Carolina, Vitória, Marina, Bruna, Júlia, Nina… mostra do que um homem é capaz na busca do par ideal.
A livraria e o cinema se tornam cenários para encontros amorosos. O romance moderno mergulha no Orkut. Alimenta paixões com e-mails instigantes. Inspira-se na música e no chocolate. O texto contemporâneo nos convida a uma análise pessoal. Os pensamentos de Leonardo o conduzem à autodescoberta, nosso primeiro destino. E, ao viver o presente, segue viagem rumo a novos amores eternos.
A sedução é um dos ingredientes da história. Com a experiência do telejornalismo, o autor livra o leitor da farsa dos adjetivos. Traça perfis e narra fatos num ritmo empolgante. Focaliza os detalhes para escrever a vida e interpretar os sonhos de um homem que acredita no amor.
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