“Eu sempre fui bom para fazer paródias e brincar com histórias. Enquanto lia (Crepúsculo, de Stephenie Meyer) tive tantas ideias engraçadas que resolvi fazer duas tirinhas. E ficaria só nisso.” - Robson Reis
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em agosto de 2009
Com muita simpatia e atenção, o criador de Crepusculinho, em entrevista EXCLUSIVA ao Resenhando.com fala sobre suas produções e planos na carreira de cartunista. Saiba tudo de Robson Reis!
O talento para desenhar é uma incrível ferramenta para dar vida a tudo o que a imaginação permite. O cartunista Robson Reis, esbanjando este talento, deu vida (em tirinhas) ao maior sucesso do mercado editorial da atualidade, a saga Crepúsculo, da escritora Stephenie Meyer, e conquistou mais fãs para as suas criações bem-humoradas. Sem pretensão, enquanto lia as obras da escritora, o cartunista teve ideias engraçadas e resolveu fazer duas tirinhas. Surgia então, o Crepusculinho. Em entrevista EXCLUSIVA ao Resenhando.com, o cartunista favorito dos jovens dá detalhes sobre a criação deste sucesso virtual, além de falar sobre outras produções, como Orkutonauta e planos para a carreira. Saiba mais de Robson Reis!
RESENHANDO - Você é o cartunista favorito dos adolescentes. Quando embarcou na magia das tirinhas?
ROBSON REIS - Acho meio surreal as pessoas terem gostado tanto da tirinha. Sou grato pela recepção, porque foi feito totalmente sem pretensão e a cada dia aumenta a proporção e a aceitação. Acho divertido interagir com o público, ver os comentários. Tento responder todo mundo que entra em contato comigo. Na época que lancei Crepusculinho eu trabalhava fazendo outra tirinha chamada Orkutonauta que satirizava as sorte do dia do Orkut (www.orkutonauta.blogspot.com). Embarquei na magia das tirinhas abrangendo mais a magia das histórias em quadrinhos quando ganhei meu primeiro gibi quando eu nem sabia falar direito. Tenho esse gibi até hoje. Era uma edição da revista do Mickey em que ele recebia a visita do seu amigo alienígena chamado Esqualidus.
RESENHANDO - Você é jovem. Pretende seguir nesta área? Por que?
ROBSON REIS - Desde criança sempre fui fascinado por histórias em quadrinhos e por volta dos 6 anos falei para a minha mãe: "- Mãe quero ser desenhista de história em quadrinhos e quero desenhar para sempre". Tenho a imagem desse dia e dessa decisão na minha cabeça como se tivesse acabado de acontecer. Nessa época eu desenhava o dia todo e nunca mais parei. Estou com 28 anos, nunca trabalhei fora da área e pretendo continuar. Trabalhei com agências de publicidade, fazendo freelance, e também ensinando desenho.
RESENHANDO - Quais cartunistas foram e continuam sendo fonte de inspiração no seu trabalho?
R. R. - Nossa! Foram vários. Eu sempre fui fã dos desenhistas brasileiros que desenhavam as edições dos gibis da Disney, porém, a política nacional de não dar crédito aos desenhistas me impediram de saber quem eram as pessoas que eu admirava. Sei que as histórias que gostava do Tio Patinhas eram desenhadas por Carls Barks. Dos gibis de super heróis sempre me agradaram desenhistas que conseguiam trabalhar de maneira bem limpa o traço, como Sal Buscema, John Romita e John Romita JR. A família Kirb e trabalhos europeus como Asterix e Tintin. Adoro trabalhos nacionais como os do Laerte, Glauco, também de chargistas como Quinho, Chico e Paulo Caruso. Sem contar que também tenho muita influência de anime e mangá, desde antes de ser moda. Meu estilo acaba sendo uma fusão, uma mistura de muita coisa que li, e de desenhos animados que assisti.
RESENHANDO - Você é fã da saga Crepúsculo? Como surgiu a ideia de "animar" as histórias de Stephenie Meyer?
R. R. - Eu li o primeiro livro da saga. Não sabia que existia toda essa horda de fãs, nem sabia de filme, nem nada. Aí terminei e achei interessante. Eu sempre fui bom para fazer paródias e brincar com histórias. Enquanto lia tive tantas ideias engraçadas que resolvi fazer duas tirinhas. E ficaria só nisso. Mandei para a amiga que me indicou o livro, ela viu adorou e disse que eu devia mandar para o Foforks (www.foforks.com.br) na sessão de fanart. Peguei e enviei. E foi uma bola de neve, me convidaram para participar do site como colaborador e as meninas que acessam o Foforks fizeram campanha pedindo que eu ficasse. Aceitei. Meio que entrei de gaiato na história que era muito maior do que eu poderia imaginar.
RESENHANDO - O fato de ter se identificado com o personagem Emmett foi importante na criação de Crepusculinho?
R. R. - Eu me identifiquei com o Emmett, mas não acho que tenha influenciado muito na criação. A criação foi fluindo a cada semana, às vezes nem tenho ideia da tirinha, e ela nasce de acordo com o personagem que escolho.
RESENHANDO - Sabe se a escritora tem conhecimento de suas tirinhas? Afinal, sua produção está sendo divulgada fora do Brasil. Fale sobre o sucesso fora no exterior.
R. R. - Na verdade não sei se a Steph já viu as tirinhas. Sei que o perfil oficial dela e do ator Peter Facinelli (que interpreta Dr. Carlisle no filme) adicionaram o My Space do Crepusculinho. Tenho recebido recados do Japão, Portugal, Alemanha. Mas não tenho ideia de como está a repercussão fora do país. A meta é começar a lançar as tirinhas simultaneamente em português e em inglês para facilitar a divulgação. Gostaria de um dia saber se a autora viu a tirinha e o que achou.
RESENHANDO - Você criou outros personagens antes de Crepusculinho. Estes foram inspirados em pessoas reais ou em personagens?
R. R. - Tenho muitos outros personagens, histórias e situações criados por mim que ainda não foram lançados, é muito material para ser produzido que não tem nenhuma relação com Crepusculinho. Sempre fui bem inventivo. Crio personagens e histórias com facilidade, isso acaba sendo também um problema por que crio muito mais rápido do que sou capaz de produzir, agora estou tentando, paralelamente com Crepusculinho, começar a lançar minhas criações. Algumas foram inspiradas em pessoas reais, mas a maioria eu invento do nada. Gosto de imaginar pessoas, criar situações, ver como essa pessoa inventada reage e ver a vida do personagem nascer.
RESENHANDO - Quais as novidades que o público pode esperar para a saga Crepusculinho? Conta com algum projeto maior, como por exemplo, publicação impressa?
R. R. - Crepusculinho cresceu demais, e ainda não tenho muita noção do tamanho. Para conseguir atender as pessoas de modo satisfatório eu comecei a produzir uma história em quadrinhos com os personagens e vai ser lançada no Rio de Janeiro dia 13 de setembro no evento promovido pela loja Ice Queen e vai se chamar Crepusculinho in Rio. Vai ser impressa, não tem editora e vai ser independente vendida só pela internet ou em eventos.
RESENHANDO - Qual o processo de produção das tirinhas publicadas em seu blog? Quanto tempo precisa para produzi-las? Qual personagem de Crepúsculo é mais trabalhoso para ser produzido?
R. R. - Quando iniciei a tirinha não pensei que fosse durar muito e resolvi trabalhar com momentos chave da história e acabei não seguindo nenhuma cronologia. Quando vi que o público cresceu, resolvi começar a trabalhar uma linha de tempo parecido com a do livro e seguir alguns fatos. Com isso eu vejo em que ponto está a história e como posso trabalhar a situação. Então, faço um esboço e crio os diálogos. Se eu não rir, eu normalmente paro, e começo de novo do nada. E acho que o personagem mais difícil de ser feito é a Rosalie por que ela tem que estar sempre linda. Mas nada fora do normal, criei o estilo de desenhá-los para que não fosse complicado. Levo em média uma hora para preparar o desenho da tirinha, mas a idéia as vezes fico matutando por dias. Por que não basta ser engraçado, tem que ser fofo.
RESENHANDO - Qual o papel da internet no avanço de suas produções?
R. R. - Fundamental, antes para conseguir mostrar minhas criações eu tinha que além de desenhar, montar uma revista e imprimir, em xerox mesmo e tentar arranjar alguém que comprasse, eu tinha um público bom com meus fanzines, mas existia um gasto e pouco público. Agora com a internet eu produzo, coloco na web e o mundo todo pode ter acesso, por um custo mínimo.
RESENHANDO - Qual a sua dica para os pretendem seguir o seu caminho artístico?
R. R. - Ter persistência, não desistir e sempre tentar melhorar, por mais que falem que seu trabalho está ótimo. Sempre tente se superar. Só assim irá aprender e se conhecer como artista, além de ter consciência do que sabe ou não fazer e como resolver o desenvolvimento de sua obra. Quando receber um crítica negativa não pode se ofender e sim pegar e estudar como consertar. Muita gente não leva ilustradores e desenhistas a sério, mas muito disso vem do próprio artista que não se valoriza. Quem tem um sonho e pretende realizá-lo não pode desistir.
PING PONG
Gosto de: Pizza
Detesto: Interesse
Um livro: O caso da borboleta Atíria
Um escritor: Neil Gaiman
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em agosto de 2009
Com muita simpatia e atenção, o criador de Crepusculinho, em entrevista EXCLUSIVA ao Resenhando.com fala sobre suas produções e planos na carreira de cartunista. Saiba tudo de Robson Reis!
O talento para desenhar é uma incrível ferramenta para dar vida a tudo o que a imaginação permite. O cartunista Robson Reis, esbanjando este talento, deu vida (em tirinhas) ao maior sucesso do mercado editorial da atualidade, a saga Crepúsculo, da escritora Stephenie Meyer, e conquistou mais fãs para as suas criações bem-humoradas. Sem pretensão, enquanto lia as obras da escritora, o cartunista teve ideias engraçadas e resolveu fazer duas tirinhas. Surgia então, o Crepusculinho. Em entrevista EXCLUSIVA ao Resenhando.com, o cartunista favorito dos jovens dá detalhes sobre a criação deste sucesso virtual, além de falar sobre outras produções, como Orkutonauta e planos para a carreira. Saiba mais de Robson Reis!
RESENHANDO - Você é o cartunista favorito dos adolescentes. Quando embarcou na magia das tirinhas?
ROBSON REIS - Acho meio surreal as pessoas terem gostado tanto da tirinha. Sou grato pela recepção, porque foi feito totalmente sem pretensão e a cada dia aumenta a proporção e a aceitação. Acho divertido interagir com o público, ver os comentários. Tento responder todo mundo que entra em contato comigo. Na época que lancei Crepusculinho eu trabalhava fazendo outra tirinha chamada Orkutonauta que satirizava as sorte do dia do Orkut (www.orkutonauta.blogspot.com). Embarquei na magia das tirinhas abrangendo mais a magia das histórias em quadrinhos quando ganhei meu primeiro gibi quando eu nem sabia falar direito. Tenho esse gibi até hoje. Era uma edição da revista do Mickey em que ele recebia a visita do seu amigo alienígena chamado Esqualidus.
RESENHANDO - Você é jovem. Pretende seguir nesta área? Por que?
ROBSON REIS - Desde criança sempre fui fascinado por histórias em quadrinhos e por volta dos 6 anos falei para a minha mãe: "- Mãe quero ser desenhista de história em quadrinhos e quero desenhar para sempre". Tenho a imagem desse dia e dessa decisão na minha cabeça como se tivesse acabado de acontecer. Nessa época eu desenhava o dia todo e nunca mais parei. Estou com 28 anos, nunca trabalhei fora da área e pretendo continuar. Trabalhei com agências de publicidade, fazendo freelance, e também ensinando desenho.
RESENHANDO - Quais cartunistas foram e continuam sendo fonte de inspiração no seu trabalho?
R. R. - Nossa! Foram vários. Eu sempre fui fã dos desenhistas brasileiros que desenhavam as edições dos gibis da Disney, porém, a política nacional de não dar crédito aos desenhistas me impediram de saber quem eram as pessoas que eu admirava. Sei que as histórias que gostava do Tio Patinhas eram desenhadas por Carls Barks. Dos gibis de super heróis sempre me agradaram desenhistas que conseguiam trabalhar de maneira bem limpa o traço, como Sal Buscema, John Romita e John Romita JR. A família Kirb e trabalhos europeus como Asterix e Tintin. Adoro trabalhos nacionais como os do Laerte, Glauco, também de chargistas como Quinho, Chico e Paulo Caruso. Sem contar que também tenho muita influência de anime e mangá, desde antes de ser moda. Meu estilo acaba sendo uma fusão, uma mistura de muita coisa que li, e de desenhos animados que assisti.
RESENHANDO - Você é fã da saga Crepúsculo? Como surgiu a ideia de "animar" as histórias de Stephenie Meyer?
R. R. - Eu li o primeiro livro da saga. Não sabia que existia toda essa horda de fãs, nem sabia de filme, nem nada. Aí terminei e achei interessante. Eu sempre fui bom para fazer paródias e brincar com histórias. Enquanto lia tive tantas ideias engraçadas que resolvi fazer duas tirinhas. E ficaria só nisso. Mandei para a amiga que me indicou o livro, ela viu adorou e disse que eu devia mandar para o Foforks (www.foforks.com.br) na sessão de fanart. Peguei e enviei. E foi uma bola de neve, me convidaram para participar do site como colaborador e as meninas que acessam o Foforks fizeram campanha pedindo que eu ficasse. Aceitei. Meio que entrei de gaiato na história que era muito maior do que eu poderia imaginar.
RESENHANDO - O fato de ter se identificado com o personagem Emmett foi importante na criação de Crepusculinho?
R. R. - Eu me identifiquei com o Emmett, mas não acho que tenha influenciado muito na criação. A criação foi fluindo a cada semana, às vezes nem tenho ideia da tirinha, e ela nasce de acordo com o personagem que escolho.
RESENHANDO - Sabe se a escritora tem conhecimento de suas tirinhas? Afinal, sua produção está sendo divulgada fora do Brasil. Fale sobre o sucesso fora no exterior.
R. R. - Na verdade não sei se a Steph já viu as tirinhas. Sei que o perfil oficial dela e do ator Peter Facinelli (que interpreta Dr. Carlisle no filme) adicionaram o My Space do Crepusculinho. Tenho recebido recados do Japão, Portugal, Alemanha. Mas não tenho ideia de como está a repercussão fora do país. A meta é começar a lançar as tirinhas simultaneamente em português e em inglês para facilitar a divulgação. Gostaria de um dia saber se a autora viu a tirinha e o que achou.
RESENHANDO - Você criou outros personagens antes de Crepusculinho. Estes foram inspirados em pessoas reais ou em personagens?
R. R. - Tenho muitos outros personagens, histórias e situações criados por mim que ainda não foram lançados, é muito material para ser produzido que não tem nenhuma relação com Crepusculinho. Sempre fui bem inventivo. Crio personagens e histórias com facilidade, isso acaba sendo também um problema por que crio muito mais rápido do que sou capaz de produzir, agora estou tentando, paralelamente com Crepusculinho, começar a lançar minhas criações. Algumas foram inspiradas em pessoas reais, mas a maioria eu invento do nada. Gosto de imaginar pessoas, criar situações, ver como essa pessoa inventada reage e ver a vida do personagem nascer.
RESENHANDO - Quais as novidades que o público pode esperar para a saga Crepusculinho? Conta com algum projeto maior, como por exemplo, publicação impressa?
R. R. - Crepusculinho cresceu demais, e ainda não tenho muita noção do tamanho. Para conseguir atender as pessoas de modo satisfatório eu comecei a produzir uma história em quadrinhos com os personagens e vai ser lançada no Rio de Janeiro dia 13 de setembro no evento promovido pela loja Ice Queen e vai se chamar Crepusculinho in Rio. Vai ser impressa, não tem editora e vai ser independente vendida só pela internet ou em eventos.
RESENHANDO - Qual o processo de produção das tirinhas publicadas em seu blog? Quanto tempo precisa para produzi-las? Qual personagem de Crepúsculo é mais trabalhoso para ser produzido?
R. R. - Quando iniciei a tirinha não pensei que fosse durar muito e resolvi trabalhar com momentos chave da história e acabei não seguindo nenhuma cronologia. Quando vi que o público cresceu, resolvi começar a trabalhar uma linha de tempo parecido com a do livro e seguir alguns fatos. Com isso eu vejo em que ponto está a história e como posso trabalhar a situação. Então, faço um esboço e crio os diálogos. Se eu não rir, eu normalmente paro, e começo de novo do nada. E acho que o personagem mais difícil de ser feito é a Rosalie por que ela tem que estar sempre linda. Mas nada fora do normal, criei o estilo de desenhá-los para que não fosse complicado. Levo em média uma hora para preparar o desenho da tirinha, mas a idéia as vezes fico matutando por dias. Por que não basta ser engraçado, tem que ser fofo.
RESENHANDO - Qual o papel da internet no avanço de suas produções?
R. R. - Fundamental, antes para conseguir mostrar minhas criações eu tinha que além de desenhar, montar uma revista e imprimir, em xerox mesmo e tentar arranjar alguém que comprasse, eu tinha um público bom com meus fanzines, mas existia um gasto e pouco público. Agora com a internet eu produzo, coloco na web e o mundo todo pode ter acesso, por um custo mínimo.
RESENHANDO - Qual a sua dica para os pretendem seguir o seu caminho artístico?
R. R. - Ter persistência, não desistir e sempre tentar melhorar, por mais que falem que seu trabalho está ótimo. Sempre tente se superar. Só assim irá aprender e se conhecer como artista, além de ter consciência do que sabe ou não fazer e como resolver o desenvolvimento de sua obra. Quando receber um crítica negativa não pode se ofender e sim pegar e estudar como consertar. Muita gente não leva ilustradores e desenhistas a sério, mas muito disso vem do próprio artista que não se valoriza. Quem tem um sonho e pretende realizá-lo não pode desistir.
PING PONG
Gosto de: Pizza
Detesto: Interesse
Um livro: O caso da borboleta Atíria
Um escritor: Neil Gaiman
0 comments:
Postar um comentário
Deixe-nos uma mensagem.