"Percebi de cara que tevê e cinema não têm nada a ver...". - Rosanne Mulholland
Por Patrick Selvatti
Em agosto de 2008
Uma jovem atriz com oito filmes e sete peças teatrais no currículo. Rosanne Mulholland, protagonista da novela da Band, Água na Boca, fala sobre sua trajetória na carreira artística e do título de nova queridinha do cinema nacional.
A atriz brasiliense Rosane Mulholland, de 27 anos, se sente uma estreante, mesmo fazendo cursos de teatro desde os 12 anos de idade e tendo no currículo nada menos que oito filmes e sete peças teatrais. Depois de uma rápida participação na minissérie JK, em 2006, e de um papel de maior destaque na novela Sete Pecados, no ano passado, ela agora é a protagonista da nova novela da Band, Água na Boca, que estreou recentemente. Formada em psicologia, Rosane mudou-se para o Rio em 2003 e logo entrou para a disputada Oficina de Atores da Globo.
O papel na novela das sete surgiu por meio de um convite do autor Walcyr Carrasco e do diretor Jorge Fernando para encarnar a "bartender" Daniela. "Soube que eles me descobriram por uma matéria de jornal. Nem precisei fazer teste. Aceitei, feliz da vida", comemora. Filha do ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB), Timothy Mulholland, Rosanne - cujo sobrenome, de pronúncia difícil, é de origem irlandesa - fala, em entrevista exclusiva ao jornalista Patrick Selvatti, sobre o novo trabalho e o título de nova queridinha do cinema nacional.
RESENHANDO - Depois de debutar na tevê em uma participação tímida na minissérie "JK", seu primeiro papel de destaque aconteceu no ano passado em "Sete Pecados" e você já foi logo escalada para viver a protagonista de "Água na Boca", na Band. Como está sendo a responsabilidade de interpretar sua primeira protagonista logo em seu segundo trabalho na tevê?
ROSANE MULHOLLAND - Percebi de cara que tevê e cinema não têm nada a ver. Não adianta utilizar qualquer recurso de cinema, não dá certo. Ainda estou tentando entender o novo esquema. Mas estou tranqüila, me sinto confiante e bem amparada pela equipe da novela.
RESENHANDO - Fale um pouco mais sobre a sua personagem, Danielle.
RM - É uma garota bem pé-no-chão, que está chegando da Europa pra se preparar pra assumir o restaurante francês da família. Seguindo a tradição desta, ela será a substituta do avô como chef do 'Paris'. Ama o trabalho e segue todo o direcionamento da família em sua vida, até o dia em que conhece Luca, que vira seu coração de pernas pro ar.
RESENHANDO - Revelada em Brasília, sua ascensão no cinema nacional aconteceu rapidamente. Somente no ano passado, foram quatro filmes. Por conta disso, você está sendo apontada como a nova musa do cinema brasileiro. Como você enxerga isso?
RM - Na verdade, no ano passado, fiquei por conta da novela. Em 2006, filmei 5 longas: "O Magnata", de Johnny Araújo, "Nome Próprio", de Murilo Salles, "Meu Mundo em Perigo", de José Eduardo Belmonte, "Bellini e o Demônio", de Marcelo Galvão, e "Falsa Loira", de Carlos Reichenbach. Agora, mal posso esperar por mais um projeto com o Belmonte: "Se nada mais der certo". Quanto a essa fase, eu enxergo como uma fase muito boa, que pode ter um prosseguimento ou não. Vou lutar para que tenha.
RESENHANDO - "Falsa Loura" não é seu primeiro trabalho no cinema, mas é o filme que está te proporcionando a maior projeção popular. Que avaliação você faz do papel do cinema dentro da cultura popular brasileira e como essa mídia poderia atingir de forma mais eficaz a população?
RM - Acredito que o cinema brasileiro vem num crescente bastante positivo, mas ainda falta algo para ser chamado de popular. Percebo que os cineastas têm muita dificuldade em distribuir seus filmes, poucas pessoas têm a chance de acompanhar o cinema brasileiro. Além disso, o ingresso custa caro, boa parte da população fica excluída das salas de cinema.
RESENHANDO - O que há em comum entre Rosanne e Silmara?
RM - O amor pela família, a preocupação com os amigos e a força pra seguir em frente.
RESENHANDO - Como foi a sensação de protagonizar cenas de sexo com galãs como Fábio Assunção, Maurício Mattar, Cauã Reymond e Paulo Vilhena?
RM - Num momento em que você se encontra com boa parte do corpo de fora, no meio de uma equipe com diretor, fotógrafo, maquiador, técnico de som e o resto da equipe te vendo no vídeo assist, nada é fácil. É sempre muito constrangedor.
RESENHANDO - Em alguns de seus filmes – "A Concepção" e "Falsa Loura" – você fica completamente nua em cena. Isso foi algum problema para você?
RM - Problema não, desde que as cenas sejam bem cuidadas e haja respeito. É sempre um momento sensível e tenso, mas acho que consigo administrar minha tensão de modo que pareço à vontade na cena.
RESENHANDO - Falando nisso, você teria algum problema em posar nua para uma revista?
RM - Acho que estar nua em um filme tem um contexto, uma história que justifica aquele momento e faz parte do meu trabalho. Posar nua para uma revista não faz parte dos meus planos.
RESENHANDO - Que mensagem você deixa para os jovens atores que estão batalhando por um reconhecimento maior de seu trabalho e para aqueles que desejam ingressar nessa carreira?
RM - Que estudem, lutem e sejam persistentes. Não pensem que vai ser fácil, comemorem cada conquista e que em cada trabalho lembrem por que estão fazendo aquilo ali.
CARREIRA
Na TV
2008 Água na Boca (Band) - Danielle Cassoulet
2007 Sete Pecados (Globo) - Daniela
2006 JK (Globo) - Maria Luísa Lemos Pinto
No cinema
2007 Meu Mundo em Perigo
2007 Falsa Loura - Silmara
2006 14 Bis - Lantelme
2006 Nome Próprio - Paula
2006 Bellini e o demônio - Gala
2006 O Magnata - Dri
2005 A Concepção - Liz
2004 Araguaya - Conspiração do Silêncio - Alice
No teatro
2007 O Mundo Maravilhoso de Dissocia
2005 A Glória de Nelson
2004 Amor com amor se paga
2003 Várias Maneiras de Enlouquecer um homem 2
2002 Várias Maneiras de Enlouquecer um homem
1998 A Casa de Bernarda Alba
1997 Romeu e Julieta
Por Patrick Selvatti
Em agosto de 2008
Uma jovem atriz com oito filmes e sete peças teatrais no currículo. Rosanne Mulholland, protagonista da novela da Band, Água na Boca, fala sobre sua trajetória na carreira artística e do título de nova queridinha do cinema nacional.
A atriz brasiliense Rosane Mulholland, de 27 anos, se sente uma estreante, mesmo fazendo cursos de teatro desde os 12 anos de idade e tendo no currículo nada menos que oito filmes e sete peças teatrais. Depois de uma rápida participação na minissérie JK, em 2006, e de um papel de maior destaque na novela Sete Pecados, no ano passado, ela agora é a protagonista da nova novela da Band, Água na Boca, que estreou recentemente. Formada em psicologia, Rosane mudou-se para o Rio em 2003 e logo entrou para a disputada Oficina de Atores da Globo.
O papel na novela das sete surgiu por meio de um convite do autor Walcyr Carrasco e do diretor Jorge Fernando para encarnar a "bartender" Daniela. "Soube que eles me descobriram por uma matéria de jornal. Nem precisei fazer teste. Aceitei, feliz da vida", comemora. Filha do ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB), Timothy Mulholland, Rosanne - cujo sobrenome, de pronúncia difícil, é de origem irlandesa - fala, em entrevista exclusiva ao jornalista Patrick Selvatti, sobre o novo trabalho e o título de nova queridinha do cinema nacional.
RESENHANDO - Depois de debutar na tevê em uma participação tímida na minissérie "JK", seu primeiro papel de destaque aconteceu no ano passado em "Sete Pecados" e você já foi logo escalada para viver a protagonista de "Água na Boca", na Band. Como está sendo a responsabilidade de interpretar sua primeira protagonista logo em seu segundo trabalho na tevê?
ROSANE MULHOLLAND - Percebi de cara que tevê e cinema não têm nada a ver. Não adianta utilizar qualquer recurso de cinema, não dá certo. Ainda estou tentando entender o novo esquema. Mas estou tranqüila, me sinto confiante e bem amparada pela equipe da novela.
RESENHANDO - Fale um pouco mais sobre a sua personagem, Danielle.
RM - É uma garota bem pé-no-chão, que está chegando da Europa pra se preparar pra assumir o restaurante francês da família. Seguindo a tradição desta, ela será a substituta do avô como chef do 'Paris'. Ama o trabalho e segue todo o direcionamento da família em sua vida, até o dia em que conhece Luca, que vira seu coração de pernas pro ar.
RESENHANDO - Revelada em Brasília, sua ascensão no cinema nacional aconteceu rapidamente. Somente no ano passado, foram quatro filmes. Por conta disso, você está sendo apontada como a nova musa do cinema brasileiro. Como você enxerga isso?
RM - Na verdade, no ano passado, fiquei por conta da novela. Em 2006, filmei 5 longas: "O Magnata", de Johnny Araújo, "Nome Próprio", de Murilo Salles, "Meu Mundo em Perigo", de José Eduardo Belmonte, "Bellini e o Demônio", de Marcelo Galvão, e "Falsa Loira", de Carlos Reichenbach. Agora, mal posso esperar por mais um projeto com o Belmonte: "Se nada mais der certo". Quanto a essa fase, eu enxergo como uma fase muito boa, que pode ter um prosseguimento ou não. Vou lutar para que tenha.
RESENHANDO - "Falsa Loura" não é seu primeiro trabalho no cinema, mas é o filme que está te proporcionando a maior projeção popular. Que avaliação você faz do papel do cinema dentro da cultura popular brasileira e como essa mídia poderia atingir de forma mais eficaz a população?
RM - Acredito que o cinema brasileiro vem num crescente bastante positivo, mas ainda falta algo para ser chamado de popular. Percebo que os cineastas têm muita dificuldade em distribuir seus filmes, poucas pessoas têm a chance de acompanhar o cinema brasileiro. Além disso, o ingresso custa caro, boa parte da população fica excluída das salas de cinema.
RESENHANDO - O que há em comum entre Rosanne e Silmara?
RM - O amor pela família, a preocupação com os amigos e a força pra seguir em frente.
RESENHANDO - Como foi a sensação de protagonizar cenas de sexo com galãs como Fábio Assunção, Maurício Mattar, Cauã Reymond e Paulo Vilhena?
RM - Num momento em que você se encontra com boa parte do corpo de fora, no meio de uma equipe com diretor, fotógrafo, maquiador, técnico de som e o resto da equipe te vendo no vídeo assist, nada é fácil. É sempre muito constrangedor.
RESENHANDO - Em alguns de seus filmes – "A Concepção" e "Falsa Loura" – você fica completamente nua em cena. Isso foi algum problema para você?
RM - Problema não, desde que as cenas sejam bem cuidadas e haja respeito. É sempre um momento sensível e tenso, mas acho que consigo administrar minha tensão de modo que pareço à vontade na cena.
RESENHANDO - Falando nisso, você teria algum problema em posar nua para uma revista?
RM - Acho que estar nua em um filme tem um contexto, uma história que justifica aquele momento e faz parte do meu trabalho. Posar nua para uma revista não faz parte dos meus planos.
RESENHANDO - Que mensagem você deixa para os jovens atores que estão batalhando por um reconhecimento maior de seu trabalho e para aqueles que desejam ingressar nessa carreira?
RM - Que estudem, lutem e sejam persistentes. Não pensem que vai ser fácil, comemorem cada conquista e que em cada trabalho lembrem por que estão fazendo aquilo ali.
CARREIRA
Na TV
2008 Água na Boca (Band) - Danielle Cassoulet
2007 Sete Pecados (Globo) - Daniela
2006 JK (Globo) - Maria Luísa Lemos Pinto
No cinema
2007 Meu Mundo em Perigo
2007 Falsa Loura - Silmara
2006 14 Bis - Lantelme
2006 Nome Próprio - Paula
2006 Bellini e o demônio - Gala
2006 O Magnata - Dri
2005 A Concepção - Liz
2004 Araguaya - Conspiração do Silêncio - Alice
No teatro
2007 O Mundo Maravilhoso de Dissocia
2005 A Glória de Nelson
2004 Amor com amor se paga
2003 Várias Maneiras de Enlouquecer um homem 2
2002 Várias Maneiras de Enlouquecer um homem
1998 A Casa de Bernarda Alba
1997 Romeu e Julieta
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