A Morte e a Morte de Quincas Berro D'Água em audiolivro é atraente ao público em geral
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em setembro de 2006
Os ingredientes são: texto integral, uma voz com entonação e firmeza, 2 CDs, um leitor de CD e bons ouvidos para receber cada palavra. Ok. Você não entendeu, não é? Estou falando da inovação que o selo Livro Falante, da Cores & Letras Editora, que chega ao mercado editorial em grande estilo: o audiolivro de "A Morte e a Morte de Quincas Berro D'Água", de Jorge Amado.
Sim, basta fechar os olhos e viajar na leitura de Nevolanda Pinheiro, que não está por acaso nesta publicação, ela estudou teatro e ainda se dedica ao estudo e à divulgação da poesia. Realmente, não há muito o que falar! Sobram apenas elogios, não pela qualidade do produto no geral, mas também pela coragem da Editora em inovar no mercado disputado dos livros.
Tudo começa com a voz forte da atriz Nevolanda apresentando o CD, o título e ouve-se então: "Até hoje permanece certa confusão entorno da morte de Quincas Berro D´Água. Dúvidas por explicar, detalhes absurdos, contradições nos depoimentos das testemunhas, lacunas diversas. Não há clareza sobre hora, loca e frase derradeira. A família apoiada por vizinhos e conhecidos, mantém-se intransigente na versão da tranqüila morte matinal".
Uma boa história, com uma boa narração. Sem dúvidas este audiolivro é uma boa opção não só para os leitores e ouvintes já grandinhos, mas também para os pequenos, pois a forma de Nevolanda narrar atrai muito bem a atenção das crianças. Sem deixar de falar que toda a magia, o ambiente e o mistério é construído a cada palavra dita.
Deixo aqui duas dicas de utilização para este CD: aos pais, em casa, junto a seus filhos, mesmo que a cada dia escute-se um trecho, até a conclusão da história. Já para os professores é utilizar em sala de aula, de trecho em trecho até chegar-se ao fim da história do funcionário público que deixa a sem-graça vida em família e passa a viver ao seu modo: correndo atrás dos prazeres da vida.
É com sua morte que descobre-se os valores e sentimentos da família, dos amigos e da própria sociedade. Surgem então, as perguntas: Quem é o defunto? É o respeitável funcionário Joaquim? Ou o vagabundo beberrão que vagava pelas ruas de Salvador? Por que a fama de Quincas correu o mundo? De onde veio o apelido de Berro D'Água? Quem eram seus amigos, sua família e sua companheira? Por fim, como foi que Quincas morreu?
Vale a pena conferir e utilizar de maneia didática. Com certeza os leitores e ouvintes mirins vão aproveitar esta grande oportunidade de apreciar a literatura brasileira.
Mais sobre o audiolivro: Esta obra foi escolhida para ser a primeira do selo Livro Falante sobretudo por sua qualidade literária ou, melhor que isso, artística. Se arte é, sem entrar em discussões conceituais, ao menos abarcar com força os seres humanos, mudá-los de lugar, fazê-los sentir cheiros e gostos, ter novos questionamentos e anseios, então, não há dúvidas, A Morte e a Morte de Quincas Berro D'Água é uma obra de arte da maior grandeza.
O ligeiro sotaque da atriz Nevolanda Pinheiro, também nascida na terra de Jorge Amado, encarrega-se de ressaltar o recheio de humor e lirismo que o escritor baiano usa para contar direitinho como tudo aconteceu. Por que a fama de Quincas correu o mundo? De onde veio o apelido de Berro D'Água? Quem eram seus amigos, sua família e sua companheira? Por fim, como foi que Quincas morreu?
Próximos lançamentos
Autor: Jorge Amado nasceu em Itabuna, Bahia, em 10 de agosto de 1912. Passou a infância em Ilhéus e fez os estudos secundários em Salvador, onde iniciou sua atividade literária. Publicou seu primeiro romance, O País do Carnaval, em 1931. Formou-se pela Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro, em 1935. Militante comunista, foi obrigado a exilar-se na Argentina e no Uruguai, entre 1941 e 1942, e, mais tarde, viveu na França e na Checoslováquia. De volta ao Brasil, afastou-se da militância política e passou a se dedicar inteiramente à literatura. Em 1961, foi eleito para a cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras. Seus livros já foram traduzidos em 55 países para 49 idiomas. Morreu em Salvador, no dia 6 de agosto de 2001.
Por que Quincas? - Publicada pela primeira vez em 1959, na revista Senhor, esta curta obra logo recebeu vestes de romance - hoje está prestes a atingir sua 100 ª edição em livro - e conquistou produtores de música, teatro, balé e televisão, além de consagrados artistas plásticos, como Carybé, Floriano Teixeira e Di Cavalcanti. As adaptações para teatro não aconteceram só no Brasil - já chegaram aos palcos do Uruguai, da França e da Espanha.
O texto de Jorge Amado inspirou também outras manifestações artísticas, como a canção Quincas Berro D'Água, composta em 1974 por Ildásio Tavares e Carlos Lacerda; e a montagem de um balé em 1980, no Rio de Janeiro, com coreografia de Gilberto Motta e música para orquestra composta por Francisco Mignone. Na televisão, teve duas montagens: em 1968 e em 1978.
A Morte e a Morte de Quincas Berro D'Água tem proporcionado, aos estudiosos, assunto para inúmeras teses, dissertações e monografias. Depois de tudo isso, não é preciso explicar porque Quincas em audiolivro. Divirta-se.
Autoridade para falar: Nevolanda Pinheiro, nascida em Salvador, estudou teatro na Universidade Federal da Bahia e atualmente vive em Ilhéus, onde participa de um grupo que se dedica ao estudo e à divulgação da poesia. Ela traz em seu currículo, entre outros trabalhos, a honra de ter interpretado a primeira Chica da Silva no teatro nacional, em 1959, dirigida por Gianni Ratto, na peça O Tesouro da Chica da Silva, de Antonio Callado.
Nevolanda, com a autoridade que lhe conferem a cidadania baiana e a experiência de atriz, leva o ouvinte a passear pelo universo de Quincas Berro D'Água. A cada personagem, dos amigos beberrões à empolada família, Nevolanda dedica uma surpreendente inflexão de voz. Para cada mundo, da insossa vida familiar de Joaquim Soares da Cunha ao universo sensual e exuberante de Quincas, a atriz reserva timbres e registros variados. O resultado final é um painel de vozes multicolorido, como a própria Bahia de Jorge Amado.
O selo: A literatura em áudio sempre encantou os homens. Poetas da prosa e do verso de todos os tempos dedicaram-se a declamar em público; atores e atrizes de todas as gerações tomaram emprestados textos literários para subir aos palcos. Com a tecnologia, vieram o rádio, as radionovelas cheias de efeitos sonoros e a transmissão de mais e mais histórias. A capacidade de envolver dos programas de áudio chegou ao máximo, em 1938, quando os norte-americanos entraram em pânico acreditando que fosse verdade o anúncio de uma invasão de extraterrestres na Terra. Tratava-se apenas de uma transmissão radiofônica intitulada A Guerra dos Mundos, de Orson Welles.
Livro: A Morte e a Morte de Quincas Berro D'Água
Autor: Jorge Amado
Formato: audiolivro - 2 CDs
Texto integral: na voz da atriz Nevolanda Pinheiro
Tempo total aproximado: 120 minutos
Selo: Livro Falante
Editora: Cores & Letras Editora
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em setembro de 2006
Os ingredientes são: texto integral, uma voz com entonação e firmeza, 2 CDs, um leitor de CD e bons ouvidos para receber cada palavra. Ok. Você não entendeu, não é? Estou falando da inovação que o selo Livro Falante, da Cores & Letras Editora, que chega ao mercado editorial em grande estilo: o audiolivro de "A Morte e a Morte de Quincas Berro D'Água", de Jorge Amado.
Sim, basta fechar os olhos e viajar na leitura de Nevolanda Pinheiro, que não está por acaso nesta publicação, ela estudou teatro e ainda se dedica ao estudo e à divulgação da poesia. Realmente, não há muito o que falar! Sobram apenas elogios, não pela qualidade do produto no geral, mas também pela coragem da Editora em inovar no mercado disputado dos livros.
Tudo começa com a voz forte da atriz Nevolanda apresentando o CD, o título e ouve-se então: "Até hoje permanece certa confusão entorno da morte de Quincas Berro D´Água. Dúvidas por explicar, detalhes absurdos, contradições nos depoimentos das testemunhas, lacunas diversas. Não há clareza sobre hora, loca e frase derradeira. A família apoiada por vizinhos e conhecidos, mantém-se intransigente na versão da tranqüila morte matinal".
Uma boa história, com uma boa narração. Sem dúvidas este audiolivro é uma boa opção não só para os leitores e ouvintes já grandinhos, mas também para os pequenos, pois a forma de Nevolanda narrar atrai muito bem a atenção das crianças. Sem deixar de falar que toda a magia, o ambiente e o mistério é construído a cada palavra dita.
Deixo aqui duas dicas de utilização para este CD: aos pais, em casa, junto a seus filhos, mesmo que a cada dia escute-se um trecho, até a conclusão da história. Já para os professores é utilizar em sala de aula, de trecho em trecho até chegar-se ao fim da história do funcionário público que deixa a sem-graça vida em família e passa a viver ao seu modo: correndo atrás dos prazeres da vida.
É com sua morte que descobre-se os valores e sentimentos da família, dos amigos e da própria sociedade. Surgem então, as perguntas: Quem é o defunto? É o respeitável funcionário Joaquim? Ou o vagabundo beberrão que vagava pelas ruas de Salvador? Por que a fama de Quincas correu o mundo? De onde veio o apelido de Berro D'Água? Quem eram seus amigos, sua família e sua companheira? Por fim, como foi que Quincas morreu?
Vale a pena conferir e utilizar de maneia didática. Com certeza os leitores e ouvintes mirins vão aproveitar esta grande oportunidade de apreciar a literatura brasileira.
Mais sobre o audiolivro: Esta obra foi escolhida para ser a primeira do selo Livro Falante sobretudo por sua qualidade literária ou, melhor que isso, artística. Se arte é, sem entrar em discussões conceituais, ao menos abarcar com força os seres humanos, mudá-los de lugar, fazê-los sentir cheiros e gostos, ter novos questionamentos e anseios, então, não há dúvidas, A Morte e a Morte de Quincas Berro D'Água é uma obra de arte da maior grandeza.
O ligeiro sotaque da atriz Nevolanda Pinheiro, também nascida na terra de Jorge Amado, encarrega-se de ressaltar o recheio de humor e lirismo que o escritor baiano usa para contar direitinho como tudo aconteceu. Por que a fama de Quincas correu o mundo? De onde veio o apelido de Berro D'Água? Quem eram seus amigos, sua família e sua companheira? Por fim, como foi que Quincas morreu?
Próximos lançamentos
Autor: Jorge Amado nasceu em Itabuna, Bahia, em 10 de agosto de 1912. Passou a infância em Ilhéus e fez os estudos secundários em Salvador, onde iniciou sua atividade literária. Publicou seu primeiro romance, O País do Carnaval, em 1931. Formou-se pela Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro, em 1935. Militante comunista, foi obrigado a exilar-se na Argentina e no Uruguai, entre 1941 e 1942, e, mais tarde, viveu na França e na Checoslováquia. De volta ao Brasil, afastou-se da militância política e passou a se dedicar inteiramente à literatura. Em 1961, foi eleito para a cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras. Seus livros já foram traduzidos em 55 países para 49 idiomas. Morreu em Salvador, no dia 6 de agosto de 2001.
Por que Quincas? - Publicada pela primeira vez em 1959, na revista Senhor, esta curta obra logo recebeu vestes de romance - hoje está prestes a atingir sua 100 ª edição em livro - e conquistou produtores de música, teatro, balé e televisão, além de consagrados artistas plásticos, como Carybé, Floriano Teixeira e Di Cavalcanti. As adaptações para teatro não aconteceram só no Brasil - já chegaram aos palcos do Uruguai, da França e da Espanha.
O texto de Jorge Amado inspirou também outras manifestações artísticas, como a canção Quincas Berro D'Água, composta em 1974 por Ildásio Tavares e Carlos Lacerda; e a montagem de um balé em 1980, no Rio de Janeiro, com coreografia de Gilberto Motta e música para orquestra composta por Francisco Mignone. Na televisão, teve duas montagens: em 1968 e em 1978.
A Morte e a Morte de Quincas Berro D'Água tem proporcionado, aos estudiosos, assunto para inúmeras teses, dissertações e monografias. Depois de tudo isso, não é preciso explicar porque Quincas em audiolivro. Divirta-se.
Autoridade para falar: Nevolanda Pinheiro, nascida em Salvador, estudou teatro na Universidade Federal da Bahia e atualmente vive em Ilhéus, onde participa de um grupo que se dedica ao estudo e à divulgação da poesia. Ela traz em seu currículo, entre outros trabalhos, a honra de ter interpretado a primeira Chica da Silva no teatro nacional, em 1959, dirigida por Gianni Ratto, na peça O Tesouro da Chica da Silva, de Antonio Callado.
Nevolanda, com a autoridade que lhe conferem a cidadania baiana e a experiência de atriz, leva o ouvinte a passear pelo universo de Quincas Berro D'Água. A cada personagem, dos amigos beberrões à empolada família, Nevolanda dedica uma surpreendente inflexão de voz. Para cada mundo, da insossa vida familiar de Joaquim Soares da Cunha ao universo sensual e exuberante de Quincas, a atriz reserva timbres e registros variados. O resultado final é um painel de vozes multicolorido, como a própria Bahia de Jorge Amado.
O selo: A literatura em áudio sempre encantou os homens. Poetas da prosa e do verso de todos os tempos dedicaram-se a declamar em público; atores e atrizes de todas as gerações tomaram emprestados textos literários para subir aos palcos. Com a tecnologia, vieram o rádio, as radionovelas cheias de efeitos sonoros e a transmissão de mais e mais histórias. A capacidade de envolver dos programas de áudio chegou ao máximo, em 1938, quando os norte-americanos entraram em pânico acreditando que fosse verdade o anúncio de uma invasão de extraterrestres na Terra. Tratava-se apenas de uma transmissão radiofônica intitulada A Guerra dos Mundos, de Orson Welles.
Livro: A Morte e a Morte de Quincas Berro D'Água
Autor: Jorge Amado
Formato: audiolivro - 2 CDs
Texto integral: na voz da atriz Nevolanda Pinheiro
Tempo total aproximado: 120 minutos
Selo: Livro Falante
Editora: Cores & Letras Editora
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