Índios canibais e portugueses em meio a seus ricos costumes e tradições
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em março de 2006
Obra baseada na história de Frei José de Santa Rita Durão, mostra riqueza das lendas indígenas que constituem o retrato do Brasil colonial.
Lendas e mais lendas. Um Brasil recém-descoberto. Indígenas que temem a pólvora. Creio que tais pistas já o tenha situado a que livro aqui quero falar. Sim, O Caramuru. No entanto, não discursarei sobre a obra integral, mas, sim sobre "O Caramuru: Épico do Descobrimento da Bahia", a adaptação de Cecília Casas, publicada pela Landy Editora. O livro que por sua qualidade literária recebeu da FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infatil e Juvenil) o selo "Leitura Altamente Recomendada", não perde da narrativa original.
Tudo começa em 1510, com o naufrágio de Diogo Álvares. Nas costas da Bahia, ele e seus seis companheiros, alcançam a praia e deparam-se com índios canibais. Como assim? "Em 1510, logo após o descobrimento do Brasil, soçobrou nas costas da Bahia uma nau portuguesa, comandada por Diogo Álvares Correia, que viera ao Novo Mundo com a missão de povoar 'da nova Lusitânia, o vasto espaço'. [...] Os náufragos não reagiram quando aquela turba, armada de arcos, flechas, pedras, espada de pau-ferro, os despojaram e se apossaram de suas roupas molhadas. Depois receberam da bárbara gente batata, coco e inhame, que assim o fez, não por piedade ou intuito hospitaleiro, mas por gula: para cevá-los".
Contudo, para não virarem comida de canibais, Diogo, foi até a nau encalhada nos arrecifes e trouxe pólvora, balas e espingarda. Resultado: Com um tiro ele passa a ser chamado de Caramuru que significa filho do trovão, dragão do mar e homem de fogo. Após salvar a pele dos "visitantes" da fome dos índios, Diogo, passa a ser temido pelo indígenas, pois para eles o homem havia sido enviado por Tupá.
Neste meio tempo, eles firmam-se no local, iniciando uma colonização. O que eu disse? Disse que assim, realizou-se a conversão dos índios ao catolicismo, não alimentar-se mais de carne humana, entre outros.
A adaptação traz de forma condensada a narrativa do poeta e religioso Santa Rita Durão, mas preserva os significados da obra original. Não há dúvidas que a publicação oferece aos jovens uma excelente opção para aproximar-se e saber mais sobre o passado colonial do Brasil. Esta é uma excelente leitura para jovens interessados em ter um belo retrato dos costumes e tradições indígenas, assim como da natureza brasileira, sua fauna e flora e integra fatos da história do Brasil até fins do séc. XVIII.
Livro: O Caramuru: Épico do Descobrimento da Bahia
Autor: Cecília Casas
Categoria: Infanto-Juvenil
Ilustrações: Mozart Couto
88 páginas
Ano: 2003
Editora: Landy
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em março de 2006
Obra baseada na história de Frei José de Santa Rita Durão, mostra riqueza das lendas indígenas que constituem o retrato do Brasil colonial.
Lendas e mais lendas. Um Brasil recém-descoberto. Indígenas que temem a pólvora. Creio que tais pistas já o tenha situado a que livro aqui quero falar. Sim, O Caramuru. No entanto, não discursarei sobre a obra integral, mas, sim sobre "O Caramuru: Épico do Descobrimento da Bahia", a adaptação de Cecília Casas, publicada pela Landy Editora. O livro que por sua qualidade literária recebeu da FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infatil e Juvenil) o selo "Leitura Altamente Recomendada", não perde da narrativa original.
Tudo começa em 1510, com o naufrágio de Diogo Álvares. Nas costas da Bahia, ele e seus seis companheiros, alcançam a praia e deparam-se com índios canibais. Como assim? "Em 1510, logo após o descobrimento do Brasil, soçobrou nas costas da Bahia uma nau portuguesa, comandada por Diogo Álvares Correia, que viera ao Novo Mundo com a missão de povoar 'da nova Lusitânia, o vasto espaço'. [...] Os náufragos não reagiram quando aquela turba, armada de arcos, flechas, pedras, espada de pau-ferro, os despojaram e se apossaram de suas roupas molhadas. Depois receberam da bárbara gente batata, coco e inhame, que assim o fez, não por piedade ou intuito hospitaleiro, mas por gula: para cevá-los".
Contudo, para não virarem comida de canibais, Diogo, foi até a nau encalhada nos arrecifes e trouxe pólvora, balas e espingarda. Resultado: Com um tiro ele passa a ser chamado de Caramuru que significa filho do trovão, dragão do mar e homem de fogo. Após salvar a pele dos "visitantes" da fome dos índios, Diogo, passa a ser temido pelo indígenas, pois para eles o homem havia sido enviado por Tupá.
Neste meio tempo, eles firmam-se no local, iniciando uma colonização. O que eu disse? Disse que assim, realizou-se a conversão dos índios ao catolicismo, não alimentar-se mais de carne humana, entre outros.
A adaptação traz de forma condensada a narrativa do poeta e religioso Santa Rita Durão, mas preserva os significados da obra original. Não há dúvidas que a publicação oferece aos jovens uma excelente opção para aproximar-se e saber mais sobre o passado colonial do Brasil. Esta é uma excelente leitura para jovens interessados em ter um belo retrato dos costumes e tradições indígenas, assim como da natureza brasileira, sua fauna e flora e integra fatos da história do Brasil até fins do séc. XVIII.
Livro: O Caramuru: Épico do Descobrimento da Bahia
Autor: Cecília Casas
Categoria: Infanto-Juvenil
Ilustrações: Mozart Couto
88 páginas
Ano: 2003
Editora: Landy
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