quinta-feira, 2 de dezembro de 2004

.: Resenha de "Harry Potter e a Pedra Filosofal", J. K. Rowling

Um bruxinho que encanta todos leitores
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em dezembro de 2004


Na contracapa de "Harry Potter e a Pedra Filosofal" está escrito: "Harry Potter é um garoto comum que vive num armário debaixo da escada da casa de seus tios". Estranho não? De início pode até parecer, mas ao passar das páginas conhecemos Harry. Ele que é apresentado no livro ainda bebê, quando é deixado à porta da família de trouxas (pessoas que não tem o dom da mágica), os Dursley, em um cesto. 

Nada demais, né? Contudo, no cesto, junto com o bebê Harry, está uma carta que explica quem ele é e mais alguns detalhes importantes. Tais "detalhes" são ignorados pelos trouxas. No entanto, quando o garoto completa 11 anos recebe um excelente presente: descobre que é um bruxo e que para isso precisa sair da família de trouxas, que sempre o tratavam como um nada, para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

Parece simples? Mas não é bem assim que acontece. O garoto fica meio perdido ao saber tudo sobre como seus pais morreram, como surgiu a marca de um raio na testa dele, que não se deve pronunciar o nome Voldemort, mas sim chamá-lo de Você-Sabe-Quem, entre outras coisas. 

É quando o jovem e inexperiente bruxo chega na  escola de bruxaria que as grandes aventuras são iniciadas. Já no trem, durante o trajeto para a escola, Harry conhece Rony, um garotinho magricela e ruivo. Tendo-o como companhia descobre muitas coisas sobre as famílias dos alunos e tem pela primeira vez o prazer de dividir algo com alguém, como o fez com os muitos doces que comprou em uma parada do trem.

Ainda no trem conhece a inteligente, mas 'metida' Hermione. Já na escola, após Hermione ser salva por Harry e Rony, de um trasgo, os três tornam-se grandes amigos. E como se não bastasse, os três acabam procurando encrenca, pois fazem de tudo para descobrir o que o cachorro Fofo guarda de tanto valor para Dumbledore. Não há necessidade de se falar, entre feitiçarias e confusões a história do bruxinho conquista a todos que o leêm.

O início - Tudo começou com Harry Potter e a Pedra Filosofal (Harry Potter and the Philosopher's Stone). A autora J. K. Rowling contou em 263 páginas como nasceu o bruxinho Harry. Seus pais, Lilian e Tiago Potter, eram bruxos excepcionais, que por sua vez, estudaram na escola de Bruxaria de Hogwarts. No entanto, o bebê ficou órfão, mas com grandes poderes que o ajudaram a sobreviver e fazer com que Você-Sabe-Quem, se afastasse misteriosamente do mundo dos bruxos.

Último livro - A última aventura de Harry Potter, a mais longa, tem 255 mil palavras, um completo calhamaço que fará muitas crianças darem horas e mais horas de sossego a seus pais. Nas quatro edições anteriores, a autora alcançou a marca de quase 200 milhões de cópias vendidas em 55 idiomas e 200 países.

Curiosidade - Os livros do bruxinho já consumiram quase 8 milhões de árvores. Por causa disso, a autora J.K. Rowling decidiu que os próximos dois serão impressos, obrigatoriamente, em papel reciclado ou, no máximo, em papel produzido a partir de reflorestamento sustentável (ou seja, florestas criadas pela indústria do papel para esse fim e constantemente repostas).

Contexto - Harry Potter cria inúmeras discussões metafísicas. Aborda o eterno confronto entre o bem e o mal, evidencia algumas mazelas da sociedade, como o preconceito, a divisão de classes através do dinheiro e do berço, a inveja, o egoísmo, a competitividade exacerbada, a busca pelo ideal - a necessidade de aprender, nem que seja à força, que a vida é feita de derrotas e vitórias e que isso é importante para a formação básica de um adulto.

Livro: Harry Potter e a Pedra Filosofal
Autora: J. K. Rowling
263 páginas
Editora: Rocco
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