sexta-feira, 4 de junho de 2004

.: Resenha de "O paraíso na outra esquina", Mario Vargas Llosa

Diferenças semelhantes 
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em junho de 2004


O nome Mario Vargas Llosa já é sinônimo de uma literatura que promete. Um exemplo é O paraíso na outra esquina, a mais recente prova desta boa literatura. Esta obra, inédita, é lançada no Brasil pela Editora ARX, tendo recém-lançamento na Espanha.

Na história, Gauguin e a avó Flora Tristán são as personagens principais do romance, que apesar de diferentes, acabam tendo a história fundida. Flora, feminina e marxista e de Paul, pintor famoso pelos quadros dos Mares do Sul, conduzindo a narrativa de uma maneira leve e alternada, pois em um capítulo temos um e outro personagem mostrando a sua forma diferentes de viver.

Contudo, é possível perceber que entre avó e neto, algo é comum aos dois: o encontro com a felicidade. Ao longo do caminho, primeiro a avó, depois o neto, tentam germinar suas idéias e ideais, como por exemplo, promover uma revolução pacífica em meio a indiferença e a arrogância generalizada.

A história, que é ambientada no Taiti, começa com a avó Florita, Flora em Auxerre, em abril de 1844. "Abriu os olhos às quatro da madrugada e pensou: Hoje você começa a mudar o mundo, Florita". Não a intimidava a perspectiva de colocar em movimento a maquinaria que ao final de alguns anos transformaria a humanidade, fazendo desaparecer a injustiça".
No capítulo Um Demônio Vigia a Menina, estamos em Mataiea, abril de 1892, com Paul Gauguin. "O apelido de Koke ele devia a Teha'aman, sua primeira melhor da ilha, porque a anterior, Titi Peitinhos, essa gralha neozelandeza-maori com quem vivera seus primeiros meses no Taiti, primeiro em Papeete, depois em Paea, e finalmente em Mataiea, no fim não havia sido propriamente sua mulher, só amante. Nesse primeiros meses todo mundo o chamava de Paul". Este é um livro para ler e reler sempre que puder!

Livro: O paraíso na outra esquina
Título Original: El Paraíso en La Otra Esquina
Autor: Mario Vargas Llosa
496 páginas
Ano: 2003
Tradução: Waldir Dupont
Editora: ARX

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