terça-feira, 1 de abril de 2025

.: "Screamboat: Terror a Bordo": filme de rato famoso ganha pôster e trailer

Não é pegadinha de primeiro de abril! É oficial: "Screamboat: Terror a Bordo", novo longa dirigido por Steven LaMorte, acaba de ter seu trailer e pôster oficiais divulgados. O filme, que chega aos cinemas em 1º de maio com distribuição da Imagem Filmes, promete uma mistura eletrizante de terror, slasher e humor, trazendo uma experiência que deve agradar tanto aos amantes do gore quanto da comédia irreverente.

O filme é uma releitura sombria e irreverente do curta-metragem de animação de 1928, "Steamboat Willie", trazendo uma versão bizarra do rato mais famoso da cultura pop. Com uma abordagem voltada ao terror e ao gore cômico, "Screamboat: Terror a Bordo" transforma o icônico barco a vapor em palco de uma carnificina. Na trama, um passeio noturno de barco em Nova York se transforma em uma desesperada luta pela sobrevivência quando um rato impiedoso assume o controle da travessia. Agora, um grupo inusitado de passageiros precisa enfrentar a criatura sanguinária que tem um apetite especial por turistas desavisados.

O longa nasce da mente criativa de Steven LaMorte, conhecido por "O Malvado - Horror no Natal", e é produzido pela Sleight of Hand Productions, liderada pelo próprio LaMorte e sua esposa, Amy Schumacher. Esta é a mesma equipe de produção por trás de "Terrifier 2" e "Terrifier 3". Além disso, Willie é interpretado por David Howard Thornton, o ator que deu vida ao palhaço Art na franquia "Terrifier", e o filme conta com a participação de Tyler Posey, astro da série "Teen Wolf".

"Screamboat: Terror a Bordo" busca trazer um novo fôlego ao gênero de horror comédia. O filme promete mesclar momentos de puro pavor com sequências hilárias, criando um entretenimento diferenciado e explosivo para o público. Com um time apaixonado pelo gênero e uma premissa inusitada, o longa se posiciona como uma das estreias mais aguardadas do ano para os fãs do gênero.

"Screamboat: Terror a Bordo" estreia nos cinemas em 1 de maio, com distribuição da Imagem Filmes.

Sinopse: Na última balsa da noite em Nova York, passageiros e tripulantes são caçados por um rato impiedoso, e o que deveria ser uma travessia tranquila se transforma em um massacre sangrento. Parece o rato que você conhece, mas não se engane! Ele é muito mais perigoso. Cercados pela água e pelo medo, eles precisam encontrar um jeito de sobreviver antes que seja tarde demais.


Elenco: David Howard Thornton; Allison Pittel; Jesse Posey; Amy Schumacher; Kailey Hyman; Mike Leavy; Jesse Kove; Brian Quinn; Joe DeRosa;  Tyler Posey; Jarlath Conroy.

Ficha Técnica:

Direção: Steven LaMorte

Roteiro: Matthew Garcia-Dunn, Steven LaMorte

Produção: Steven LaMorte, Steven Della Salla, Martine Melloul, Amy Schumacher

Direção de Fotografia: Steven Della Salla

Trilha Sonora: Charles-Henri Avelange, Yael Benamour

Edição: Patrick Lawrence

País: Estados Unidos

Ano: 2025

Distribuição: Imagem Filmes

Assista ao Trailer



segunda-feira, 31 de março de 2025

.: Livro sobre saúde mental e armadilhas do nosso "crítico interno" chega ao Brasil


“Sou uma fraude, sou preguiçoso, preciso trabalhar mais. Preciso ser mais durão, mais divertido, mais calmo. Preciso ficar quieto, parecer bonito, parar de me exibir. Preciso dar preferência aos outros, preciso estar em primeiro lugar. Preciso ser perfeito. Preciso esconder quem sou de verdade...”. 
Se essas afirmações lhe parecem familiares, saiba que você não é o único a ouvi-las. 

Isso é o que afirma Neal Allen, ex-jornalista e executivo empresarial, com mestrado em Ciência Política pela Universidade de Columbia e em Clássicos Orientais pela St. John’s College, que largou sua carreira para se dedicar a ajudar as pessoas a encontrar a voz de seu crítico interno e aprender a lidar com ele de forma saudável. Em seu mais novo livro “A Arte de Viver Dias Melhores”, publicado pela editora Cultrix, Neal analisa um aspecto fundamental da psique humana que de modo geral é ignorado: o superego.

Fundamentado na ideia freudiana de que o superego forma necessariamente a consciência moral de uma pessoa, o autor explica como essa voz em sua cabeça se desenvolve na infância como um mecanismo de sobrevivência, mas, quando já não é necessária para proteção, se aloja na mente como uma espécie de “parasita pessoal”, algo impróprio para ela. Por meio de reflexões inteligentes e exercícios simples, Allen promete levar seus leitores ao encontro, ao confronto e, por fim, ao controle do crítico interno. 

Ao se livrar do fardo do superego e ao saber escutá-lo, sem ser tiranizado por ele, o autor afirma que “você poderá superar padrões desgastados de recompensa e punição, reduzir o falatório interno que o prejudica e, enfim, abrir espaço para a vida que merece – uma vida que seja mais tranquila e prazerosa”. O livro oferece ainda ao leitor exercícios e explorações simples e envolventes, capazes de levá-lo a encontrar confrontar e, finalmente, silenciar a voz punitiva que nos diz que não somos bons o suficiente. Leia um trecho do livro:


“Ouça a voz em sua cabeça, aquela voz que o perturba quando você não dá conta dos seus afazeres. Preste atenção nesse momento e ouça o que ela lhe diz. Quais são suas inflexões? Você já ouviu essas modulações antes? Elas lhe lembram alguém? Em minha experiência com clientes, a grande maioria percebe que a voz do superego soa como a voz da mãe quando irritada. Para outros, assemelha-se mais à do pai. Alguns não conseguem diferenciá-la da própria voz e alguns poucos não a ouvem. Mas ela está aí, e, na medida em que você tiver conflitos diários com outras pessoas, seu superego estará ativo nos bastidores. Os psicólogos chamam o processo que introduz um superego em nossa vida de “introjeção” [...] Enquanto isso, ouça a voz dele. Quanto mais você prestar atenção, mais potente ela se tornará e mais fácil será ouvi-la. Apenas ouça. Não reclame nem faça nada a respeito. Quando você captar sua inflexão, pare por um segundo e identifique-a. ‘Esse é o meu superego.’ Isso é tudo o que você precisa fazer. ”
  – Neal Allen


Sobre o autor
Neal Allen é escritor, orientador espiritual e palestrante que assumiu como missão principal remover os obstáculos do ego. Ex-jornalista e executivo empresarial, tem mestrado em Ciência Política pela Universidade de Columbia e em Clássicos Orientais pela St. John’s College. Reside com a esposa, a escritora Anne Lamott, no norte da Califórnia. Compre o livro “A Arte de Viver Dias Melhores” neste link.

Ficha técnica
Livro " A Arte de Viver Dias Melhores"
Autor: Neal Allen
Editora: Cultrix
Número de páginas: ‎222
Compre o livro neste link.

.: "Finlândia" faz nova temporada no Teatro Uol a partir de 16 de abril


Premiado texto do francês Pascal Rambert tem versão brasileira protagonizada pelo casal Paula Cohen (APCA de Melhor Atriz de Televisão) e Jiddu Pinheiro. Com direção de Pedro Granato, a peça discute as relações familiares contemporâneas. Foto: José de Holanda


O drama de um casal em crise é retratado no espetáculo "Finlândia", que faz nova temporada no Teatro Uol de 16 de abril a 29 de maio, após temporada de sucesso no Teatro Vivo. A bem-sucedida montagem brasileira tem direção de Pedro Granato e é interpretada pelo casal Paula Cohen e Jiddu Pinheiro, que também assinam a tradução. A peça do francês Pascal Rambert estreou em 2022 em Madri, na Espanha, e, desde então, ganhou montagens de sucesso em Paris (França), Montevidéu (Uruguai), Cidade do México (México) e Santo Domingo (República Dominicana).

"Finlândia" coloca o espectador em um quarto de hotel em Helsinque, junto com o casal de atores Paula e Jiddu, que está em processo de separação e tenta estabelecer um diálogo sobre o futuro de seu relacionamento. A peça emerge das complexidades e desafios emocionais enfrentados por esse casal em crise, que ainda precisa encontrar um consenso sobre a criação e guarda da sua filha pequena.

E, nesse duelo de linguagem entre dois mundos aparentemente inconciliáveis, um espelho reflete o momento que vivemos, uma estrutura de padrões opressivos que está por ruir, um mundo em desconstrução que aponta novos caminhos. E, por consequência, junto com a mudança vem os conflitos, as quebras e as resistências.

“Eu acho que o texto traz muito essa nova onda feminista para dentro das relações em que os pais estão mais presentes, compartilham as tarefas do lar e cuidados com os filhos e não terceirizam os cuidados. E aqui há também uma certa inversão de papéis em alguns momentos, uma desconstrução, uma visão mais crítica dessas estruturas de poder dos homens, do que é violência e do que é respeito. O texto traz muito a filha para o centro da questão”, comenta o diretor Pedro Granato.

Já para a atriz Paula Cohen, a obra explora bastante a dicotomia entre o modo como as pessoas foram criadas para reproduzir os velhos padrões de se relacionar e a tentativa de romper com essas formas antigas a partir da mudança de tempos, olhares e valores. “Acho que a peça explora essas contradições colocando em perspectiva esses questionamentos, de maneira muito humana na boca dessas personagens. Esse casal passa por muitos assuntos que estão em pauta na sociedade e, por isso, encontra ressonância em muitas casas, em muitos lares, em outros países”, comenta.

E, sobre essa impressionante atualização na forma de olhar para os relacionamentos, Jiddu Pinheiro diz: “O debate sobre opressores e oprimidos no ambiente público e privado, o embate político-ideológico nos mais diversos fóruns, as lutas por igualdade de direitos de gêneros e representatividade feminina, a forma como a estrutura patriarcal moldou e molda subjetividades de homens e mulheres são pautas de primeira ordem neste momento. O texto de Rambert traz de forma brilhante esse imaginário e esse debate nas subjacências dos dizeres desses personagens fazendo com que tudo pareça orgânico e cotidiano".

A encenação explora o aspecto claustrofóbico do quarto de hotel em que a história se passa. “Deixamos a encenação diagonal, o que diminui o espaço do quarto e permite essa relação mais cinematográfica como se o espectador visse quase que um plano contraplano. E, assim, rompe-se um pouco com aquela ação mais frontal ou da quarta parede. Temos um caminho de usar elementos de forma mais minimalista para que se sobressaiam os atores e o texto”, revela Granato.

O diretor ainda conta que, para criar essa encenação, buscou diversas inspirações no cinema, como a série “Cenas de Um Casamento” (2021, HBO), e o original de Ingmar Bergman, “Closer” peça adaptada ao cinema de Patrick Marber e o filme “História de um Casamento” (2019), de Noah Baumbach. “Esses filmes têm um olhar bem intimista sobre casais em momentos cruciais. Eles nos inspiraram a pensar em como podemos trazer as questões das relações contemporâneas e, ao mesmo tempo, dialogar com um histórico de retratos de relacionamentos. Acho que Finlândia traz um olhar muito mais aguçado e renovado do que obras clássicas sobre o tema. E era isso o que buscamos até encontrarmos o texto. Então, isso vai ser ótimo de ver no palco, porque os casais vão se envolver muito com a história”, acrescenta.


Sobre Pascal Rambert
Nasceu em Nice, França, em 1962. É autor de teatro, diretor e coreógrafo. Atualmente, é considerado um dos mais aclamados dramaturgos do continente europeu e sua obra foi traduzida para vários idiomas (inglês, russo, italiano, alemão, japonês, chinês, holandês e outros). Foi contemplado com inúmeros prêmios importantes, entre eles o Prêmio Émile Augier de Literatura y Filosofía, por sua obra "Ensayo", em 2015, e o Prêmio de Teatro da Academia Francesa, pelo conjunto de sua obra, em 2016.

Recentemente estreou "Une Vie" na Comédie-Française. Além disso, dirigiu uma série de curtas-metragens, alguns deles premiados nos festivais de Pantin, Locarno e Paris. Em 2007, transformou o Théâtre de Gennevilliers «T2G» em um centro nacional de criação contemporânea. Desde janeiro de 2017 é artista residente do Théâtre des Bouffes du Nord em Paris, fundado por Peter Brook. Sua peça "Clôture de l'Amour", que estreou no Festival d'Avignon, em 2011, se tornou um sucesso mundial.

Sinopse de "Finlândia"
"Finlândia" coloca o espectador em um quarto de hotel junto com as personagens Paula e Jiddu, um casal em crise tentando estabelecer um diálogo. Numa narrativa pertinente para os tempos atuais, a peça emerge das complexidades e desafios emocionais enfrentados por um casal em crise. A mudança estrutural de papéis entre homens e mulheres dentro de uma relação nas últimas décadas, as responsabilidades de cada um na criação de uma filha e a relação com seus trabalhos colocam essa discussão de casal em compasso com temas contemporâneos urgentes.

Ficha técnica
Espetáculo "Finlândia"
Com Jiddu Pinheiro  e Paula Cohen
Direção: Pedro Granato
Texto: Pascal Rambert
Participação especial: Turí
Coordenação de produção: Erika Horn e Paula Cohen
Cenografia e desenho de luz: Marisa Bentivegna
Figurinos: Iara Wisnik
Cenotécnico: Urso Quina
Montagem e desmontagem: Diego Dac
Operação de som e vídeo: Nanda Cipola
Operação de luz: Rodrigo Damas
Fotografia: José de Holanda
Produção executiva: Erika Horn
Assistente de produção: Alana Carvalho
Assistentes de direção: Gabriela Lang e Joana langeani
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Tráfego on-line: Fábrica de Resultados
Designer gráfico: Pedro Inoue
Redes sociais: Diego Leo
Direçao audiovisual: Karina Ades
Assessoria jurídica: CSMV Advogados
Direção de fotografia: André Prata
Edição de vídeo: Pablo Pinheiro
Gestão de projeto e difusão: Dulcinéia Produções Artísticas e Horn Produções Artísticas
Realização: Dulcinéia Produções Artísticas
Apoio: Pequeno Ato
Patrocínio: Mobifacil e Vivo

Serviço
Espetáculo "Finlândia"
Dramaturgia: Pascal Rambert
Temporada: 16 de abril a 29 de maio de 2025
Quartas e quintas-feiras, às 20h00
Teatro Uol - Av. Higienópolis, 618 - Consolação/São Paulo
Ingressos: R$ 80,00
Duração:  90 minutos
Classificação: 16 anos
Capacidade: 300 lugares
Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

.: De Gabriel Chalita, musical "Território do Amor" estreia dia 5 de abril


"Musical Território do Amor" faz ode ao mais complexo dos sentimentos humanos a partir das canções de grandes vozes femininas da música mundial. Com texto de Gabriel Chalita, direção geral de José Possi Neto e direção musical de Daniel Rocha, espetáculo tem uma curta temporada de estreia no Teatro Sérgio Cardoso, de 5 a 27 de abril. Foto: Caio Gallucci


O que une as saudosas cantoras brasileiras Elizeth Cardoso, Maysa, Dalva de Oliveira e Dolores Duran com a norte-americana Maria Callas, as francesas Barbara e Edith Piaf, a argentina Mercedes Sosa e a alemã Marlene Dietrich? É justamente o fato de que todas elas, em seus diferentes tempos e sociedades, cantaram cada uma à sua maneira as delícias e dissabores do amor. 

O musical "Território do Amor", com texto de Gabriel Chalita, lança justamente um olhar para o que essas vozes poderosas e icônicas cantam a respeito desse que é o mais complexo dos sentimentos humanos. O espetáculo, que ainda tem direção geral de José Possi Neto e direção musical de Daniel Rocha, tem uma curta temporada de estreia no Teatro Sérgio Cardoso, na Sala Nydia Lícia , de 5 a 27 de abril, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h00, e aos domingos, às 16h00.

Com uma atmosfera onírica e poética, a peça reúne todas essas lendas da música mundial em uma mesma barca, com destino incerto. Conduzidas por um barqueiro à luz do luar, elas navegam aquelas águas misteriosas enquanto contam e cantam seus amores a partir dos grandes temas que foram eternizados em suas carreiras.

O grande personagem da peça, segundo Chalita, é o próprio amor. “Essas  mulheres fascinantes - tanto as brasileiras como as de outras línguas - surgem para serem ao mesmo tempo servas e senhoras do amor. E, graças ao jogo dramático, nós questionamos: para onde elas estariam indo? Para onde vamos quando o amor nos encontra?”, indaga.

Ainda de acordo com o autor, o musical é sobre a vida. “Ou sobre o amor que se vive na vida, o que permanece mesmo quando a vida que se conhece não permanece. Essas mulheres amaram seus amantes, a música e o cantar. Elas também sofreram de amor, mas é possível viver sem sofrer de amor? Enquanto pesquisava suas vidas e suas canções ficava mais fascinado com os percursos de dor e de superação de cada uma delas. Suas canções permaneceram”, acrescenta.

Para dar voz a essas homenageadas, estão no elenco Badu Morais (Elizeth Cardoso), Bianca Tadini (Maria Callas), Daniela Cury (Barbara), Fernanda Biancamanno (Edith Piaf), Ju Romano (Dalva de Oliveira), Larissa Goes (Dolores Duran), Maria Clara Manesco (Marlene Dietrich), Neusa Romano (Maysa), Tatiana Toyota (Mercedes Sosa) e Leticia Mamede (swing). Já o barqueiro é interpretado pelo ator, cantor e instrumentista Marco França.


A encenação
Para falar sobre um sentimento tão complexo e misterioso, a encenação explora essa atmosfera onírica e  surrealista. “A escrita do Gabriel Chalita é poética e não obedece aos cânones e à dramaturgia da Broadway. Isso nos dá uma grande liberdade para tradução visual e estética do espetáculo. Estamos trabalhando elementos do sonho, um tempo que não é da realidade imediata - já que muitas dessas vozes jamais se encontraram na realidade e estão unidas pela cena onírica e por suas músicas”, explica o diretor José Possi Neto.

Ele ainda conta que os sucessos das cantoras homenageadas também serviram para nortear o trabalho com as atrizes. “As músicas são a nossa grande referência para a minha direção e para a construção do espetáculo. Elas serviram como um guia para as atrizes construírem suas personagens, além de informações, registros, vídeos sobre a vida das cantoras. Mas encontramos uma disparidade muito grande na quantidade de material de pesquisa sobre elas. Há, por exemplo, poucos materiais sobre Dolores Duran. Então, também estudamos como se comportavam as mulheres na sociedade de cada uma delas”, conta Possi sobre a criação.  

Um dos principais desafios para a concepção musical do espetáculo, de acordo com Daniel Rocha, é a enorme diversidade de estilos musicais e sonoridades que marcaram a carreira de cada uma das homenageadas. “Temos desde o universo sinfônico de Câmera ao samba canção, ao chorinho e à marcha-rancho do carnaval do início do século 20. Então, tivemos que trabalhar com uma maestrina que toca teclado com timbres variados e uma banda formada por cinco multi-instrumentistas que tocam violoncelo, violão 7 cordas, cavaquinho, bandolim, guitarra, sax, clarinete, flauta, bateria, percussão, glockenspiel e outros”, antecipa o diretor musical.

“A maioria das canções tem comentários de todas as vozes. Eu acho que isso é o que une musicalmente todas as essas canções tão diversas assim, de tantos lugares diferentes e de estilos musicais diferentes, né?”, acrescenta. O espetáculo ainda tem coreografia de Kátia Barros, figurinos de Kleber Montanheiro, cenografia de Renato Theobaldo, desenho de som de Eduardo Pinheiro, desenho de luz de Wagner Freire, visagismo de Emi Sato e direção de produção de Marilia Toledo e Emilio Boechat.

"Território do Amor" é realizado pela Ice Cream And Drama Produções, apresentado pela Brasilcap e conta com patrocínio master de Yduqs, com apoio cultural de Vibra e com apoio de Hyundai  pela Lei Rouanet e Matriarca Café.


Sinopse de "Território do Amor"
Uma embarcação conduz mulheres que marcaram a história com suas histórias de amor e de dor. Com suas glórias e suas mágoas. Vidas que se cruzam em tempos e espaços diferentes. Vidas semelhantes no sentir. São elas Elizeth Cardoso, Maysa, Dalva de Oliveira e Dolores Duran. Que se encontram com Maria Callas, Barbara, Edith Piaf, Mercedes Sosa e Marlene Dietrich. 

As canções permeiam o espetáculo e o texto navega nos mais profundos sentimentos humanos. Na alegria da vida, o abandono. No prazer, o medo. Na chegada, a partida. A peça traz o mistério da morte e o mistério da vida. Tudo com a leveza musical, que compõe para alguns a recordação de lindas canções e para outros o aprendizado. O amor nunca sai de cena. 


Ficha técnica
Musical "Território do Amor"
Texto: Gabriel Chalita
Encenação e direção de arte: José Possi Neto
Direção musical /Arranjos / Composições Adicionais: Daniel Rocha
Coreografia e direção de movimento: Kátia Barros
Figurinista: Kleber Montanheiro
Cenógrafo: Renato Theobaldo
Desenho de som: Eduardo Pinheiro
Desenho de luz: Wagner Freire
Visagismo: Emi Sato
Direção de produção: Marilia Toledo e Emilio Boechat
Elenco: Badu Morais (Elizeth Cardoso), Bianca Tadini (Maria Callas), Daniela Cury (Barbara), Fernanda Biancamanno (Edith Piaf), Ju Romano (Dalva de Oliveira), Larissa Goes (Dolores Duran), Leticia Mamede (swing), Maria Clara Manesco (Marlene Dietrich), Neusa Romano (Maysa), Tatiana Toyota (Mercedes Sosa) e Marco França (barqueiro).
Coro (selecionadas por audição do Instituto Baccarelli):. Gabriela Lira, Luciana Lira, Bárbara Viana,  Duda Garcez, Gabriela Evaristo e Gabrielly Neves.
Apresentado por: Brasilcap
Patrocínio master: Yduqs
Apoio cultural: Vibra
Apoio: Hyundai e Matriarca Café
Produção: Domínio Público
Realização: Ice Cream And Drama Produções


Serviço
Musical "Território do Amor"
Temporada: 5 a 27 de abril de 2025
Às sextas e aos sábados, às 20h00, e aos domingos, às 16h00*
*Não será permitida a entrada após o início do espetáculo.
Teatro Sérgio Cardoso (Sala Nydia Lícia)
Endereço: Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista / São Paulo


Ingressos
Plateia Lateral: R$ 150,00
Plateia Central: 200,00
Balcão: 100,00
Ingressos populares: de R$ 39,60
Vendas on-line em www.sympla.com.br
Classificação:livre
Duração: 2h15 (com 15 minutos de intervalo)
Capacidade: 827 lugares
Acessibilidade: teatro acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.
Acessibilidade para deficientes visuais: Audiodescrição
Acessibilidade para deficientes auditivos: Libras
Acessibilidade para deficientes intelectuais: Atendimento especial e oferecimento de abafadores de som pessoas neuro divergentes e com transtorno do espectro autista (TEA).

Bilheteria física - Sem taxa de conveniência
Rua Rui Barbosa, 153 - Bela Vista/São Paulo
Horário de funcionamento: de terça a sábado, das 14h às 19h. Em dias de espetáculo, das 14h até o horário de início da sessão.
Contato: (11) 3288-0136
Reservas de grupo: bilheteria@amigosdaarte.org.br e grupoentretenimentoecultura@gmail.com

.: "It's Me, Elton", em homenagem a Elton John, estreia no Teatro Unicid


Em agosto de 1990, o astro do pop Elton John se vê diante de uma triste realidade: a luta diária contra a cocaína. Já em reabilitação, se vê obrigado a escrever uma carta de despedida à “Dama de Branco” e, em um comovente relato confessional, retorna ao passado e resgata memórias de sua infância e juventude. "It's me: Elton", em curta temporada no Teatro Unicid, explora momentos e canções marcantes na trajetória do cantor, sem seguir necessariamente uma ordem cronológica. 

As apresentações acontecem sempre às quintas-feiras, às 20h30, dias 3, 10, 17, 24 de abril e 1° de maio. Com dramaturgia de Pedro Ruffo, direção de Daniela Stirbulov, direção musical de Gui Leal, o elenco formado por Ariel Moshe, Lívia Cubayachi, Mikael Marmorato e Pedro Ruffo sobe ao palco.

Embalados por sucessos como “Your Song”, “I’m Still Standing”, “Tiny Dancer", "Rocket Man" e outros, os dias de Elton no Hospital Luterano se fundem aos momentos de convivência com o pai, Stanley, o tio Reg, o melhor amigo Bernie Taupin, e o ex-namorado e produtor John Reid. Outros episódios vão se encadeando na cena. Além da própria trajetória do homenageado, o espetáculo aborda temas relevantes, como a liberdade, a opressão, a persistência e a vulnerabilidade da condição humana. 


Ficha técnica
Musical "It's Me, Elton"
Dramaturgia: Pedro Ruffo
Direção: Daniela Stirbulov
Direção musical: Gui Leal
Elenco: Ariel Moshe, Lívia Cubayachi, Mikael Marmorato e Pedro Ruffo
Figurinos: Uriel Orttiz
Designer de luz: Rafael Bernardino
Operação de Luz e Som: Elton Ramos
Assistência de direção: Allan Claudino
Produção executiva: Pedro Ruffo
Produção: Daniela Gonçalves e Pedro Ruffo
Duração: 60 minutos
Gênero: Drama musicado
Classificação: 14 anos


Serviço
Musical "It's Me, Elton"
Ingressos a partir de R$ 35,00 em www.diskingressos.com.br
Teatro Unicid - Av Imperatriz Leopoldina, 550, entrada lateral do teatro
Telefone de contato/whatsapp: (11) 3832 9100
Estacionamento no local: R$ 15,00

.: Doc "Cartas pela Paz" questiona segurança pública pelo olhar infantil


O curta estreia no Festival É Tudo Verdade, que acontece em abril, no Rio de Janeiro e em São Paulo, em meio à debates sobre a ADPF das Favelas. Cartaz Cartas pela Paz/crédito: Hebert Amorim (@artedeft)


O documentário “Cartas pela Paz” é um dos selecionados para o Festival É Tudo Verdade, onde fará sua estreia em sessões em São Paulo, nos dias 4 e 8 de abril, e no Rio de Janeiro, dias 7 e 10 de abril. A produção, que se apresenta no formato de filme-carta em curta-metragem, acompanha a rotina de cinco meninas e meninos que reivindicam o direito de brincar e estudar, em meio às operações policiais no Rio de Janeiro. Através de correspondências e desenhos endereçados ao Supremo Tribunal Federal (STF), eles pedem pelo direito de viver sem medo.  O curta é uma coprodução da Amana Cine, Jac Produções e Piloto Filmes, financiado pela RioFilme.

“A ideia do filme surgiu após a publicação de uma reportagem sobre a iniciativa de moradores do Complexo da Maré que recolheram 1.500 cartas de moradores e enviaram ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro pedindo que as operações policiais respeitassem os termos da Constituição Brasileira. Além disso, o filme também chega para jogar luz na ADPF 635, conhecida como a ADPF das Favelas, que foi criada  em 2019 e também luta pela regulamentação das operações policiais. É sabido que esse tipo de ação está em um crescente e, infelizmente, o uso de força letal nessas intervenções é uma realidade. Milhares de pessoas enfrentam todos os dias situações em que põem à prova suas próprias vidas. Elas merecem paz. Segurança é direito, mas medo não”, explica Mariana Reade, uma das diretoras do filme.

Luiz Fernando, de 14 anos, Kamile, de 11 anos, e Davi, Myllena e Thalles, de dez anos, representam tantas outras crianças que vivem em meio à insegurança. No documentário, os protagonistas compartilham experiências que já vivenciaram, parentes que perderam em operações e quais são seus sonhos para o futuro. Durante a leitura de suas cartas, eles visitam o Cais do Valongo e o Instituto Pretos Novos, ambos pontos importantes do Rio de Janeiro, para conhecer mais sobre ancestralidade e entender o racismo que permeia a sociedade há séculos.

“Cartas Pela Paz” terá quatro sessões no Festival É Tudo Verdade, que este ano comemora sua 30ª edição. Além disso, ele também é um festival que qualifica para o Oscar. A produção que ganhar o prêmio de melhor curta na mostra competitiva está automaticamente qualificada para concorrer a estatueta de melhor curta documentário, sendo o “Cartas pela Paz” um dos concorrentes. Em São Paulo, o curta será exibido nos dias 4 e 8 de abril no Cinesesc, às 15h00 e na Cinemateca, às 14h30, respectivamente. Já no Rio de Janeiro, a produção estará em cartaz nos dias 7 e 10 de abril, no Estação Net Botafogo, às 18h30, com a presença dos protagonistas e seus familiares, e no Estação Net Rio, às 16h, respectivamente.


Sobre a ADPF
A estreia de “Cartas pela Paz” acontece em paralelo com a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, também conhecida como "ADPF das Favelas", uma ação protocolada na Suprema Corte em 2019. Seu objetivo é regulamentar as operações policiais nas favelas do Rio de Janeiro, garantindo a conformidade com a Constituição Brasileira, o respeito aos direitos fundamentais e a redução da violência e da mortalidade nessas intervenções. O julgamento teve início em 5 de fevereiro, com um voto parcialmente favorável do Ministro Relator e, após uma pausa, a Arguição continuará a ser votada a partir desta semana.   


Sinopse de "Cartas pela Paz"
"Parem de nos matar", pede Luiz Fernando, de 14 anos, em sua carta endereçada ao STF. Neste filme-carta, ele e outras quatro crianças moradoras de favelas reivindicam o direito de brincar e estudar, revelando seus sonhos e medos, em meio às operações policiais no Rio de Janeiro. A partir do olhar infantil, Cartas pela Paz discute a política de segurança pública do estado.


Ficha técnica
Filme “Cartas pela Paz”
Direção: Mariana Reade, Patrick Zeiger  e Thays Acaiabe
Roteiro: Mariana Reade e Thays Acaiabe
Produção executiva: Mariana Genescá
Equipe de produção: Jacqueline Melo  e Letícia Santiago
Montagem: Patrick Zeiger
Direção de fotografia: Tomás Camargo
Direção de arte e motion design: Reinaldo Marques
Finalização: Yellow Pós
Supervisão e Color Grading: Glauco Guigon
Conform e finalização: Gabriel Martino
Colorista assistente: Lucas Martinelli
Som direto e mixagem: David Valcarcel
Trilha sonora original : Daniel Mussatto
Imagens adicionais: Patrick Zeiger
Assistente de câmera e montagem: Manu
Assistente de câmera: Christian Woldmar Cunha
Produtor local: Carlos Marra e Rodrigo Felha
Pesquisa de personagem: Débora Nogueira
Controller: Tanize Cardoso
Ass. de controller: Patrícia Braga
Consultoria jurídica: Drummond, Neumayr, Ragonezi & Falcão Advocacia
Transporte: Translobo Transporte - Lobão, Hudson, Cláudio Pepino e Igor
Segurança: Flystar segurança - Alex Vitor Duarte e Luciano Marinho Jr.


Serviço
Estreia “Cartas pela Paz”

São Paulo
4 de abril - 15h00 - Cinesesc (Rua Augusta, 2075 - Cerqueira César)
8 de abril - 14:30 - Cinemateca (Largo Senador Raul Cardoso, 207 - Vila Clementino)

Rio de Janeiro
7 de abril - 18h30  - Estação Net Botafogo (Rua Voluntários da Pátria, 88 - Botafogo)
10 de abril - 16h00 - Estação Net Rio (Rua Voluntários da Pátria, 35 - Botafogo)

domingo, 30 de março de 2025

.: Nei Lopes no curso gratuito e on-line "Literatura e Tradições Afro-brasileiras"


Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com.

No mais recente curso gratuito da plataforma Sesc Digital, o renomado escritor e sambista Nei Lopes explora a afro-brasilidade por meio da palavra e da música. "Literatura e Tradições Afro-brasileiras" oferece uma introdução aos fundamentos da literatura e da música popular de matriz africana e afro-brasileira, utilizando como fio condutor a trajetória e a obra desse ilustre artista.

Ao longo de 15 aulas, o autor percorre diversos estilos literários, trazendo como base suas vivências e referências extraídas dos 40 livros que publicou ao longo de oito décadas. Em cada aula, ele aborda um gênero diferente, compartilhando suas influências, detalhando seu processo criativo e narrando histórias sobre a concepção de suas obras. Além disso, há a leitura de trechos selecionados, interpretados pela cantora Fabiana Cozza, revelando as múltiplas facetas dessa vasta produção, que ocupa um lugar de prestígio na literatura brasileira. Você pode se inscrever para o curso neste link.


Sobre Nei Lopes
Graduado em Direito e Ciências Sociais pela UFRJ, Nei Lopes deixou o campo jurídico para se dedicar à música, à literatura e à pesquisa sobre as línguas e culturas africanas. Com mais de 350 canções gravadas por grandes artistas da música brasileira, ele transita entre diversos gêneros, como samba, maracatu, jongo e choro. Também é coautor do "Dicionário da História Social do Samba", escrito em parceria com Luiz Antonio Simas, e vencedor do Prêmio Jabuti de 2016 na categoria Teoria/Crítica Literária, Dicionários e Gramáticas.  Compre os livros de Nei Lopes neste link.



Por trás das câmeras
Pode até parecer simples, mas são muitas as pessoas e equipes envolvidas numa produção como essa. Quer saber como o curso foi feito? Assista aos bastidores das gravações no YouTube.


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.: "Tudo Acontece numa Segunda-feira de Manhã" estreia no Itaú Cultural


Peça, que tem texto e atuação do próprio Vinícius (que contracena com Evas Carretero) e direção de Silvana Garcia, explora, de maneira ácida, os absurdos do mercado de trabalho contemporâneo. Cena de “Tudo Acontece numa Segunda-Feira de Manhã”. Foto: Danilo Ferrara - @_daniloferrara

Para refletir sobre a crueldade dos processos seletivos no campo profissional, o ator e escritor Vinícius Piedade criou o espetáculo “Tudo Acontece numa Segunda-Feira de Manhã”, o primeiro da "Trilogia Pessoas Trabalhando”. A peça faz as primeiras apresentações no Itaú Cultural nos dias 3, 4, 5 e 6 de abril, de quinta-feira a sábado, às 20h00, e, no domingo, às 19h00. Os ingressos são gratuitos. Depois segue para a Biblioteca Mário de Andrade nos dias 5, 12, 19 e 26 de maio, segundas-feiras, às 19h00.

Com direção de Silvana Garcia, a montagem mistura humor e ironia para expor os limites extremos que os candidatos enfrentam quando procuram uma vaga de emprego. Em um jogo metalinguístico, o espetáculo convida o público a refletir sobre as condições de trabalho, enquanto desenha um retrato provocador e irreverente do mercado.

“Essa questão sempre me intrigou. Afinal, passamos a maior parte da nossa vida no ofício, seja ele qual for. E, hoje, com as discussões sobre inteligência artificial, quais são os empregos que continuarão existindo? E qual será o impacto do fim de alguns trabalhos para as pessoas? Elas conseguirão se realocar? Precisarão se humilhar para ganhar uma oportunidade?”, defende Piedade.

Sobre a encenação
Em cena, os parceiros de longa data Vinícius Piedade e Evas Carretero interpretam atores em busca de um papel/trabalho. Eles participam de um teste para atuar em um espetáculo em que os personagens estão em busca de uma vaga e precisam enfrentar situações limite que beiram o absurdo.

Na primeira história, um homem que estava desempregado há muito tempo resolve ir na entrevista com uma bomba presa ao corpo para exigir sua contratação. Na segunda, um candidato precisa passar por diversas dinâmicas, correndo até o risco de perder a vida no processo.

“'Tudo Acontece numa Segunda-Feira de Manhã' tem um quê de recomeço. É como um grande teste para um espetáculo, o que nos permitiu utilizar muitos elementos do teatro, como exercícios de atuação”, comenta o dramaturgo. Nesta peça, o foco de Piedade está nas consequências da ausência de emprego nos indivíduos. Além das dificuldades econômicas, essa condição pode acarretar problemas como ansiedade, depressão, baixa estima e falta de autoconfiança.

“A direção está centrada no jogo entre os atores, como se tudo fosse uma coreografia. A forma como Vinícius e Evas interagem é quase como uma partitura de tensões e distensões, com suas falas, pausas e movimentos. Meu papel foi dar ritmo ao texto. Por isso, optei por não ter trilha sonora”, conta Silvana. Já o cenário remete tanto a um teatro quanto a uma empresa. Sem elementos excessivos, o ambiente será composto por objetos como cadeiras, uma mesa e uma arara com roupas sociais. A luz é assinada por César Pivetti. “Queremos aproveitar tudo o que o palco pode nos oferecer, mas sempre deixando os atores em primeiro plano”, afirma Vinícius.


Sinopse
Peça mergulha no lado obscuro e hilariante do mercado de trabalho contemporâneo. Dois atores, no papel de candidatos desesperados, enfrentam testes insanos e absurdos em busca de um papel/emprego. Parte da Trilogia “Pessoas Trabalhando”, o trabalho mistura humor e ironia para expor os limites extremos que os candidatos enfrentam e as crueldades do processo seletivo.

Ficha técnica
Texto: Vinícius Piedade Direção: Silvana Garcia Elenco: Evas Carretero e Vinícius Piedade Desenho de luz: César Pivetti Figurino: Piedad Operação de som e luz: Márcio Baptista Registro Fotográfico: Danilo Ferrara Produção: Elenor Cecon Junior Assessoria de imprensa: Canal Aberto - Márcia Marques, Daniele Valério e Carol Zeferino

Serviço
“Tudo Acontece numa Segunda-Feira de Manhã”
Duração: 80 minutos Classificação indicativa: 14 anos

No Itaú Cultural
Dias 3, 4, 5 e 6 de abril, de quinta a sábado às 20h00, e, domingo às 19h00
Local: Itaú Cultural - Av. Paulista, 149 - Bela Vista
Ingresso: gratuito | Reservar no site a partir de 1° de abril (terça-feira), pela plataforma INTI (acesso pelo site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br)
Capacidade: 224 lugares
Telefone: 11 2168-1777

Na Biblioteca Mário de Andrade
Dias 5, 12, 19 e 26 de maio, segunda-feira, às 19h00
Endereço: R. da Consolação, 94 - República
Ingresso: gratuito | Retirado com uma hora de antecedência na bilheteria
Capacidade: 170 lugares

.: Cássio Zanatta capta a beleza dos instantes no livro "Então, Viver É Isso"


Com olhar sensível e um toque de ironia, o autor apresenta uma seleção de crônicas que transforma momentos cotidianos em reflexões sobre nostalgia, saudade, simplicidade, morte e a persistência da esperança. A poesia do cotidiano, o humor da observação e a delicadeza da memória dão o tom de "Então, Viver É Isso", novo livro de Cássio Zanatta, lançamento da Maralto Edições. Reunindo textos escritos entre 2018 e 2023, o autor apresenta uma seleção de crônicas que transitam por temas diversos, sempre guiadas pelo olhar atento e bem-humorado que marca sua escrita.

Entre lembranças do pai, as incertezas da covid-19, reflexões sobre a passagem do tempo e cenas inusitadas da vida urbana, Zanatta transforma acontecimentos corriqueiros em narrativas que provocam o leitor, traduzindo com simplicidade e lirismo a essência de estar vivo, que para ele é uma mistura de dor e alegria, risco e oportunidade.

“Procurei adotar dois critérios para a escolha dos textos”, explica o autor, “um, mais afetivo: escolhi aqueles que traduzem melhor minhas percepções e valores e que, mesmo se tratando de crônicas, têm a qualidade ou a pretensão de não serem tão efêmeros, de durarem um pouco mais; outro, mais objetivo: escolhi os que explicassem, ou dessem sentido ao título do livro. Que procurassem apontar – sem muito estardalhaço – por que, afinal de contas, é bom estar por aqui”.

As crônicas, que captam a beleza dos instantes aparentemente desimportantes, também propõe uma reflexão sobre os desafios da vida. O autor, que convive com a esclerose múltipla, poderia ter se rendido ao pessimismo, mas escolheu o espanto das pequenas maravilhas. Em “Continuo eu”, ele demonstra todo seu apreço pela simplicidade, a conexão com os outros e a aceitação de si mesmo:

Sigo alegre enquanto morrendo de saudades. De olho no que as nuvens e o vento podem aprontar. De butuca nas abelhas, buracos na calçada e na incompreensão entre os homens que nunca passa. Sempre atento às mixuruquices. Essa alma de tatu, a timidez que me amarra, as amizades de 50 anos, a aspereza nas mãos, a falta de foco agravada pelos olhos que decidiram ir cada um para um lado. De diferente, um certo andar de bêbado quando nada bebi e o despertar no meio da madrugada, quando custo um pouco a dormir, a máquina do pensamento posta a trabalhar com fúria na hora errada. Continuo nos filhos, tão bonitos e boas pessoas. Machado de Assis se chatearia comigo, mas transmiti a duas criaturas o legado de nossa miséria.

Então, viver é isso conta com ilustrações de José Carlos Lollo, amigo e parceiro de longa data de Zanatta. Em total liberdade criativa, ele traduz visualmente os textos, ampliando o universo das crônicas. “Desenhar para o Cássio é a coisa mais natural, é como se fizéssemos isso a vida inteira”, reflete Lollo. “O texto dele, mesmo que inédito, é familiar para mim, eu só tenho que buscar o que mostrar do que está escondido lá. A maioria dos desenhos foi feita com bico de pena e aquarela, mas também utilizei retalhos, linha de costura e um papel de carta antigo de um estoque dos anos 1950. Foram feitos vários estudos e, conversando com o Zanatta, fizemos uma seleção”.

Inspirado pela poesia e pela prosa de mestres como Rubem Braga, Fernando Sabino e Manuel Bandeira, Zanatta tece uma colcha de retalhos literária que acolhe o leitor e o convida para uma conversa despretensiosa – seja numa mesa de bar ou num banco de praça. “Eu convido o leitor a reparar nas grandes pequeninices da vida. E, se possível, fazê-lo abrir um sorriso de, no máximo, um centímetro de altura – já seria uma vitória. Como diria o psicoterapeuta argentino Fernando Ulloa, falar de ternura nestes tempos de ferocidades não é nenhuma ingenuidade. É um conceito profundamente político. É pôr o acento na necessidade de resistir à barbarização dos laços sociais que atravessa nossos mundos”, finaliza Cássio Zanatta.

"Então, Viver É Isso" já está à venda no e-commerce da Maralto Edições e em livrarias parceiras. A obra também faz parte do Programa de Formação Leitora Maralto, uma iniciativa direcionada para escolas de todo o país.


Sobre o autor
Cássio Zanatta nasceu em São José do Rio Pardo (SP) e já atuou como revisor, publicitário (redator e diretor de Criação) e sobretudo como cronista. Publica regularmente nas revistas Rubem e The São Paulo Times, além dos jornais Rascunho e A Tribuna. É autor dos livros de crônicas A menor importância (2016), O espantoso nisso tudo (2018) e O máximo que eu consegui (2021).


Sobre o ilustrador
José Carlos Lollo
é desenhista, diretor de arte, autor de livros infantis e ilustrador. Trabalhou em importantes agências de propaganda e recebeu vários prêmios nacionais e internacionais. Publicou mais de 60 livros, entre eles: "O Livro das Coincidências" (com Rosana Rios, de 2007), "A Menina que Pescava Estrelas" (com José Carlos Aragão, de 2011), "O Caçador de Palavras" (com Ilan Brenman, de 2023). Com a escritora Blandina Franco, sua parceria é extensa, com livros como "Quem Soltou o Pum?" (2015) e "Avó Perfeita" (2017). Com essa parceira, o ilustrador conquistou vários prêmios: o Jabuti, o Selo Cátedra 10 da Unesco e uma Menção Honrosa do Bologna Ragazzi Digital Award.


Ficha técnica
Livro "Então, Viver É Isso"
Editora: Maralto Edições
Páginas: 176
Autor: Cássio Zanatta
Ilustrações: José Carlos Lollo
Vendas: www.maralto.com.br e livrarias parceiras

.: "A Travessia da Terra Vermelha": Odete Roitman está de volta - e tinha lado bom


Com a nova versão da icônica vilã, público relembra a atriz Beatriz Segall que marcou gerações e seu legado que vai muito além da teledramaturgia. Na imagem, a atriz Beatriz Segall ao lado do autor Lucius de Mello. Foto: Luly Zonta


A icônica vilã Odete Roitman, imortalizada por Beatriz Segall em 1988, volta a ser assunto em todo o país com a nova versão da personagem que estreia na televisão nesta segunda-feira, dia 31 de março. Mas, ao mesmo tempo, em que o público se prepara para conhecer a nova interpretação da megera mais famosa da dramaturgia nacional, o legado de Segall volta a ser celebrado, relembrando não apenas sua marcante atuação na teledramaturgia, mas também seu engajamento social.

A eterna Odete Roitman nunca deixou de ser referência. Mesmo após mais de três décadas da novela "Vale Tudo", a personagem continua no imaginário popular. No entanto, o que poucos sabem é que Beatriz Segall carregou sua vilã por onde passou, mas fez questão de mostrar ao público que era muito mais do que a milionária cruel da ficção. Em 2017, já com quase 91 anos, em uma de suas últimas aparições, a atriz participou da leitura dramática do livro "A Travessia da Terra Vermelha", publicado pela Companhia Editora Nacional e assinado pelo jornalista e escritor Lucius de Mello, sobre os refugiados judeus que escaparam do nazismo e vieram ao Brasil.

"O nazismo foi uma coisa tão extraordinariamente trágica, que você não pode deixar de se manifestar sempre que surge uma oportunidade. Porque você tem que lembrar para as pessoas que é a História que faz o tempo, agora", declarou Beatriz Segall na época, demonstrando seu comprometimento com causas humanitárias. A leitura aconteceu na Livraria Cultura, em São Paulo, e foi um dos últimos trabalhos da atriz antes de seu falecimento, em 2018.

Para Lucius de Mello, que teve a chance de trabalhar ao lado de Segall nesse projeto, a experiência foi marcante. "Beatriz Segall foi tocada por essa história que ela ainda não conhecia. Nossos encontros eram repletos de curiosidade e emoção. Ela se interessava pelos detalhes, pela vida dura que os refugiados judeus enfrentaram, e queria saber mais sobre esse trem brasileiro que salvou tantas vidas", relembra o autor.

O documentário gerado a partir dessa leitura segue disponível na internet e continua emocionando quem tem acesso a ele. Com depoimentos de descendentes de refugiados e cenas que resgatam momentos históricos, o material reafirma o impacto que Beatriz Segall teve, tanto na arte quanto na luta por justiça e memória histórica. "Ela conseguiu estilhaçar a imagem fria e perversa da vilã que a acompanhou por tantos anos", destaca Lucius.

Agora, com a nova versão de Odete Roitman prestes a conquistar uma nova geração de telespectadores, o nome de Beatriz Segall volta ao centro das conversas. Mais do que um ícone da teledramaturgia, ela foi uma mulher que soube usar sua voz para causas maiores. Enquanto os fãs aguardam para conhecer a nova vilã, uma coisa é certa: a original sempre terá um lugar especial na história da TV brasileira e no coração do público.


Sobre o livro
Durante o Terceiro Reich, um plano engenhoso garante a famílias judaicas passagem para o sertão do Paraná, numa elaborada fuga da perseguição antissemita do governo alemão. A chance de um recomeço trouxe a adaptação a uma rotina de trabalho árduo e simplicidade no interior do Brasil, onde tiveram que aprender o idioma e superar as limitações da vida rural. Isolados, passaram a obter notícias do resto do mundo por meio de cartas escassas e de um único rádio, utilizado para acompanhar o andamento da guerra. "A Travessia da Terra Vermelha" reconta a saga destes refugiados, apresentando em detalhes os acontecimentos dos arredores da cidade de Rolândia antes, durante e após a Segunda Guerra Mundial. Ao longo da narrativa, o leitor se emocionará com os perigos passados pelos imigrantes ao conviver com nazistas e com a pressão das limitações criadas pelo governo brasileiro a imigrantes de países do Eixo após sua entrada no conflito. Mais ainda: saberá dos anseios, sonhos e desejos secretos destes homens e mulheres que viveram toda uma vida no exílio. Compre o livro "A Travessia da Terra Vermelha" neste link.


Sobre o autor
Lucius de Mello é Mestre em Letras pelo programa de estudos judaicos e árabes da Universidade de São Paulo, Lucius de Mello é pesquisador do Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação (LEER) e do Arquivo Virtual sobre Holocausto e Antissemitismo (ARQSHOAH), ambos da USP. Jornalista de formação, acumulou experiência como repórter, editor e roteirista de TV por mais de duas décadas, com passagens pela Rede Globo, SBT, Fundação Roberto Marinho e Record. Lucius foi vencedor do Prêmio OCESP de jornalismo em 2005, finalista do Prêmio Líbero Badaró de Jornalismo, em 1997 e 1998 e segundo lugar no Prêmio Jabuti, em 2003, na categoria melhor reportagem-biografia com o livro "Eny e o Grande Bordel Brasileiro". Também é autor de "Um Violino para os Gatos", "Mestiços da Casa Velha", "Crônicas do Grande Bordel" e do ensaio "'Dois Irmãos' e Seus Precursores: o Mito e a Bíblia na obra de Milton Hatoum". Garanta o seu exemplar de "A Travessia da Terra Vermelha" neste link.

Beatriz Segall e o livro "A Travessia da Terra Vermelha"


.: "A Vida Começa aos 60": teatro de Aguinaldo Silva traz à tona a reinvenção


Com personagens que representam uma geração ativa, dona de seus próprios desejos e direitos, a história celebra a reinvenção pessoal e a coragem de se permitir viver intensamente, independentemente do número de anos vividos. Foto: Luiz Nicolau


Na sociedade contemporânea, em que as gerações mais velhas estão cada vez mais ativas, engajadas e com novos desejos, histórias como a de "A Vida Começa aos 60" se tornam essenciais para quebrar estigmas e preconceitos, celebrando o direito de sentir e viver o amor com intensidade, sem vergonha ou medo do julgamento. O espetáculo tem texto de Aguinaldo Silva, adaptação de Virgílio Silva, é estrelado por Luiza Tomé e Julio Rocha, e direção de Maciel Silva. A estreia será no dia 12 de abril, na Casa das Artes, e promete marcar a temporada teatral de 2025.

Com personagens que representam uma geração ativa, dona de seus próprios desejos e direitos, a história celebra a reinvenção pessoal e a coragem de se permitir viver intensamente, independentemente do número de anos vividos. No tempo em que a sociedade valoriza a juventude como o ápice da beleza e da felicidade, histórias como a de Lourdes e Amaro mostram que a maturidade pode ser uma fase de descobertas ainda mais ricas e gratificantes.

Lourdes, a protagonista feminina, questiona os valores e estigmas que a sociedade impõe aos mais velhos, especialmente quando se trata de relacionamentos. Amaro, o protagonista masculino, reacende em Lourdes o sentimento de ser desejada. O que se segue é uma linda jornada de autodescoberta, onde os dois personagens, através de suas fragilidades e forças, demonstram que o amor não tem prazo de validade e que nunca é tarde para se apaixonar, namorar ou casar.

"A Vida Começa aos 60" é um convite à diversão ao retratar o romance entre dois personagens que ultrapassam as barreiras da idade e se entregam ao desejo e à paixão, a peça nos ensina que o amor e o prazer podem ser vividos em qualquer fase da vida. Basta querer!


Sinopse
A paixão entre Lourdes e Amaro, já na casa dos 60 anos, abre espaço para o questionamento dos valores e estigmas que a sociedade, e a família, impõe aos mais velhos. O que se segue é uma linda jornada de autodescoberta, onde os dois personagens, através de suas fragilidades e forças, demonstram que o amor não tem prazo de validade.


Ficha técnica
Espetáculo "A Vida Começa aos 60"
Texto: Aguinaldo Silva
Adaptação: Virgílio Silva
Direção: Maciel Silva
Elenco: Luiza Tomé, Júlio Rocha, Glaura Lacerda, Natália Amaral, Tomás Vasconcelos, Xico Garcia
Elenco de apoio: Welligtton Firmino
Assistente de direção: Fellipe Calixto
Diretor de produção: Francisco Patrício
Produção executiva: Ronny Vieira
Assistente de produção: Roberta Viana
Assessoria de imprensa: Flavia Fusco Comunicação
Administração: Izabela Santté
Produção: Casa de Artes


Serviço
Espetáculo "A Vida Começa aos 60"
Classificação: 14 anos
Duração: 75 minutos
Gênero: comédia
Temporada: de 12 de abril a 11 de maio. Sábados, às 20h, e domingos, às 18h.
Ingressos: Sympla
Valores: R$ 50,00 | R$ 25,00
Casa de Artes - Rua Major Sartório 476 - Vila Buarque / São Paulo

.: Como surgiram as cantigas de roda? Não sei, só sei que foi assim...

Contrarides, o homem mais mal-humorado da Ilha de Marajó, sonhou com uma profecia e foi resgatar a amada. Viu uma jovem indígena em apuros nas águas e a salvou, junto de seus animais de estimação: dois sapos-cururu, que passaram a viver à beira do rio. Já na Catalunha, Araquídia  era conhecida pelas estranhas promessas. Um dia, disse que a paróquia da cidade precisava estar pronta em um ano, mas, poucos minutos antes do prazo, percebeu um sino faltando no topo. Ela então propôs uma torre humana e a escalou para cumprir com o horário. Depois disso, foi apelidada de Dona Aranha. Como essas situações se tornaram cantigas de roda? Não sei... Só sei que foi assim.

Com uma homenagem a Ariano Suassuna e às mirabolantes histórias de Chicó, Fernanda de Oliveira torna a famosa frase de “Auto da Compadecida” em título de um projeto literário dividido em dois volumes. Além de Sapo-Cururu e Dona Aranha, "Só Sei que Foi Assim, Vol. 2" – a publicação mais recente da saga – narra as origens de Papagaio Louro, Alecrim Dourado, Terezinha de Jesus, Na Bahia Tem, Borboletinha, A Galinha do Vizinho e Carneirinho, Carneirão. Também há um conto surpresa sobre Ninoca, uma telefonista com talento nato para as anedotas e que criou tantas outras canções. Compre o livro "Só Sei que Foi Assim, Vol. 2" neste link.

Dizem que o casal deu às filhas os mesmos nomes das galinhas, para lhes prestar uma homenagem, pois graças às penosas é que puderam conviver mais em seus quintais abertos, acabando por se apaixonar. Bom, os nomes das gêmeas serem Crizelda e Tibúrcia já acho meio difícil, mas que as duas compuseram juntas a música “A galinha do vizinho”, aí eu tenho garantia. E entre certezas que se avizinham dela, só sei que foi paralelamente assim. ("Só Sei que Foi Assim, Vol. 2", p. 55)

As peripécias narradas em tom de fofoca celebram a diversidade brasileira ao ambientar enredos em todas as regiões, de Norte a Sul. Com 21 xilogravuras de J. Borges, um dos mais importantes artistas populares do país, e de Pablo Borges, a obra destaca a figura dos ciganos, a trajetória dos bandeirantes, a influência espanhola no país, as práticas alimentares e os diferentes dialetos.

Produzido a partir de uma extensa pesquisa sobre os hábitos de várias partes do Brasil, o livro dá continuidade ao primeiro volume e busca unir famílias ao dialogar com uma memória musical compartilhada por todos desde a infância. Para isso, as páginas apresentam QR Codes que conduzem às cantigas. Com arranjos de Giordano Pagotti e voz da própria Fernanda de Oliveira, as canções também homenageiam a cultura ao atravessar gêneros como xote, frevo, forró, maxixe, catira, baião, samba e toada.

Os textos valorizam o repertório estético do leitor, da criança ao adulto, por trazer uma linguagem rica e até rebuscada. “É um projeto que visita a história de cada brasileiro, quando envolvemos a produção da pamonha e do sabão, quando falamos da nossa caatinga, nossas lendas, nossa natureza, das grandes fazendas do interior, das ladeiras de Salvador, dos búfalos de Marajó, entre outros”, explica a autora. Também conhecida comFê Liz, ela faz jus ao apelido por sempre trazer um final feliz, típico do universo extraordinário e inocente da infância.


Sobre a autora
Conhecida como Fê Liz, Fernanda de Oliveira é escritora, compositora, cantora e produtora de peças de teatro com mais de 25 anos dedicados ao público infantojuvenil. Nascida em Brasília, atualmente mora em Copenhague, na Dinamarca, e realiza atividades culturais de aproximações entre o Brasil e diversos lugares do mundo. É autora de 37 obras infantojuvenis e já foi reconhecida por importantes instituições e projetos, como a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), o Selo Cátedra Unesco de Leitura da PUC-RIO, o PNLD e o selo AEILIJ, da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil. Por meio dos livros "Só Sei que Foi Assim, Vol. 1" e "Só Sei que Foi Assim, Vol. 2", promoveu uma exposição homônima no Consulado-Geral do Brasil em Barcelona, que também será feita na Embaixada do Brasil em Copenhague. Foto: Divulgação/Bruna Nacarato. Garanta o seu exemplar de "Só Sei que Foi Assim, Vol. 2" neste link.


Ficha técnica
Livro 
"Só Sei que Foi Assim, Vol. 2"
Autora: Fernanda de Oliveira
Editora: Melhoramentos
ISBN: ‎978-6555397857
Número de páginas: 72
Compre o livro neste link.

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