sexta-feira, 25 de julho de 2025

.: Entrevista: Pedro Guerra, o anti-herói da vez, desmonta mito do sucesso


Por Helder Moraes Miranda, especial para o portal Resenhando.com. Foto: Pablo Vitale

O Brasil da vida real - aquele que mistura açúcar refinado, modafinila, LinkedIn, TCC sobre estoicismo e colostomia - raramente aparece na literatura com a crueza e o sarcasmo que Pedro Guerra despeja em "O Maior Ser Humano Vivo", publicado pela editora Record. Neste romance, não há espaço para romantismo juvenil ou arroubos líricos de superação: o que temos é um protagonista cínico, hipervigilante e funcionalmente descompensado, tentando sobreviver no capitalismo tardio com um dry martini em uma mão e uma crise de ansiedade na outra.

Pedro, cearense que trocou o Nordeste pela selva de pedra paulistana, teve a audácia de tirar seu protagonista de um dos escritórios mais elitistas do país e jogá-lo direto no palco de um boteco caindo aos pedaços, onde o stand-up não serve só para fazer rir - mas para anestesiar a alma e expor as feridas. A prosa é ácida, rápida e perigosamente viciante. Nesta entrevista, o autor se senta no banco dos réus e responde por seus crimes literários: zombar da meritocracia, debochar da hipocrisia corporativa, rir da nossa fome de sentido. Compre o livro "O Maior Ser Humano Vivo" neste link.


Resenhando.com - O seu protagonista, Nilo, engole a vida como um dry martini - forte, amargo e cheio de sobressaltos. Até que ponto esse vício na intensidade é uma metáfora para a própria São Paulo contemporânea, ou para a geração que você retrata?
Pedro Guerra - 
Essa ideia de São Paulo, embora também estereotipada, é uma representação bastante fiel de um certo recorte da geração nascida no final do anos 70 e começo dos anos 80. São pessoas que aprenderam que aqui “é onde as coisas acontecem”. Os americanos têm Nova Iorque, que Frank Sinatra resumia nos versos “se você consegue vencer aqui, consegue vencer em qualquer lugar”. São Paulo é, por esse prisma, a nossa Nova Iorque.
 

Resenhando.com - O sucesso vertiginoso e a queda do protagonista caminham lado a lado com uma crise profunda de identidade e saúde mental. Você acredita que essa mistura de ambição e vulnerabilidade é o novo normal do jovem profissional brasileiro?
Pedro Guerra - Existe uma força, que é ao mesmo tempo opressora e sedutora, agindo sobre nós todos e principalmente sobre os mais jovens. A promessa de riqueza anda lado a lado com o fantasma do fracasso - e quando falo "fracasso" estou me referindo a essa ótica reducionista de quem não tem grana ou status. Embora essa seja uma força presente, eu sinto ao mesmo tempo uma reação a esse movimento que é bastante vibrante. Eu conheci dois influenciadores comunistas com centenas de milhares de seguidores nos últimos tempos, veja só. Isso era impensável anos atrás: alguém que angariasse uma audiência que abraçasse ideias comunistas, completamente avessas ao que se consome massivamente. Então, acho que o jogo é desigual, mas está longe de estar perdido.

Resenhando.com - O que o levou a escolher a profissão de advogado e o universo das fusões e aquisições como palco para essa odisseia de excessos e derrotas? Há um pouco de autobiografia ali ou é uma crítica a um mundo que você observa de fora?
Pedro Guerra - Na verdade, eu tinha três ambientes que eu poderia usar como pano de fundo para a odisseia do Nilo: uma agência de publicidade, um escritório de advocacia e um banco de investimentos - são três profissões comumente associadas a essa ambição desmedida de que eu queria falar no meu romance. Embora eu seja publicitário, eu já tinha criado um protagonista da minha área no meu primeiro livro “Avenida Molotov”, de modo que fiquei com apenas duas opções restantes. A preferência pelo campo do direito se deveu apenas ao fato de que eu tinha muitos amigos advogados que poderiam ser fonte mais próxima de pesquisa. 

Resenhando.com - O seu romance mergulha em temas como o uso indiscriminado de modafinila e o culto à performance máxima. Na sua visão, estamos todos nos tornando zumbis hiperprodutivos dispostos a sacrificar a saúde pela aparência do sucesso?
Pedro Guerra - O capitalismo nos empurrou pra isso, o capitalismo tardio é o paroxismo disso. Eu estava lendo o ensaio “A Sociedade do Cansaço”, do Byung Chul Han, que fala justamente do regime de escravidão a que nos submetemos por vontade própria quando estava pensando em fazer o romance. Ele foi o empurrãozinho que faltava.

Resenhando.com - Nilo migra da rigidez dos escritórios para o palco do stand-up - uma transição que parece simbolizar uma tentativa de ressignificação da vida. O humor, para você, é uma válvula de escape, uma arma de resistência, ou uma nova prisão para o protagonista?
Pedro Guerra - Uma válvula de escape e uma arma de resistência com certeza, embora até hoje dois anos depois de ter escrito o livro ainda não saiba se o Nilo tenha seguido pelo caminho que ele apontava ou não. 


Resenhando.com - A narrativa em primeira pessoa expõe a fragilidade e a autoironia do protagonista. Quais são os riscos e os ganhos para um autor ao se entregar tanto à voz de um personagem tão corrosivo e moralmente ambíguo?
Pedro Guerra - O risco maior é o escritor se policiar, acho. Como se o protagonista fosse uma representação dele mesmo. O ganho é poder vivenciar a vitória ou a debacle do seu protagonista de pertinho. Acredito que consegui não me censurar ou me cercear e testemunhar os percalços do Nilo de camarote.  

Resenhando.com - “O Maior Ser Humano Vivo” parece ironizar a própria ideia de grandeza e sucesso. Como você lida com o paradoxo de criar um anti-herói que é ao mesmo tempo amoral, generoso e destituído de preconceitos?
Pedro Guerra - Uma das minhas primeiras leitoras me mandou uma mensagem dizendo que odiou Nilo, o protagonista. Eu ri: boa parte dele foi baseada em mim. Ele reagia aos estímulos do jeito que eu imagino que eu reagiria. É óbvio que a personalidade do Nilo é apenas uma parte da minha personalidade, mas o fato é que grande parte dele eu retirei de mim mesmo. Essa facilidade de abraçar a minha parte amoral e, ao mesmo tempo generosa, é algo que eu gosto muito como pessoa e como escritor. Eu sou o que sou, nós somos o que somos. Embora eu goste de ser uma boa pessoa é importante saber que também não sou tão boa pessoa assim e tenho pensamentos não tão engrandecedores. 

Resenhando.com - A linguagem iconoclasta e ágil do livro não dá trégua ao leitor. Você vê essa “velocidade narrativa” como um reflexo do ritmo frenético da vida moderna? E isso já foi um desafio na hora de construir o texto?
Pedro Guerra - É algo que eu fui ensinado e aprendi a ser. Sou publicitário e tenho que criar diariamente mensagens sedutoras em 30 segundos. Os meus diálogos são muito rápidos, são "raquetadas". Também sou filho da televisão dos anos 80 e do cinema americano, especialmente o cinema independente. Difícil fugir desse poder gravitacional embora tendo o José Saramago, por exemplo, com seus parágrafos de páginas e páginas sem ponto final, como escritor preferido.

Resenhando.com - Em meio à São Paulo do século XXI, seu protagonista convive com personagens que trazem referências fortes, do dublê traficante ao advogado brilhante. Como você construiu essa galeria de “Faria Limers” para mostrar diferentes faces da cidade e da sociedade? 
Pedro Guerra - Gosto de pensar que, mais do que escritor, eu sou criador de personagens. O que talvez pode ser uma mentira porque eu também adoro colar palavras umas atrás das outras. Juntando esses dois conceitos, acho que os personagens no fundo são o que me fazem juntar as palavras. Para mim é muito enriquecedor pôr no mesmo círculo um advogado destrambelhado, um garçom-traficante, um sérvio chamado Zé Preto, um bando de suingueiros e um milionário desmoralizado com suas idiossincrasias, glórias e fracasso... Isso tudo me dá oportunidade de falar sobre aspectos muito variados do ser humano 


Resenhando.com - Se “O Maior Ser Humano Vivo” fosse um stand-up, qual seria a piada que você escolheria para resumir a odisseia do Nilo - e, de quebra, lançar um olhar crítico sobre o Brasil atual?
Pedro Guerra - De que vale ter um Patek Philipe no pulso e uma tornozeleira eletrônica?


.: Concerto: pianista Antonio Vaz Lemes une clássico e moderno em "Piano Solo"


O pianista Antonio Vaz Lemes utiliza exemplos de obras conhecidas para falar sobre música e convida o público a improvisar e experimentar o pensamento musical. Foto: Andre Moreira

Pianista paulistano, Antonio Vaz Lemes apresenta neste sábado, dia 26 de julho, às 20h00, no Sesc Santos, a aula-espetáculo "Piano Solo", que traz ao público um repertório em que o clássico e o contemporâneo se misturam. Também conhecido pelo canal PianoqueToca, ele apresenta um repertório que mistura temas de games de Koji Kondo, Nobuo Uematsu, Yu Peng-Chen, David Wise, com peças dos clássicos Debussy, Prokofiev, Brahms, Phillip Glass. 

A partir das semelhanças entre características das peças, o repertório dialoga entre os gêneros, levando a uma percepção profunda da experiência musical. A apresentação é gratuita, com retirada de ingressos, e integra a programação do projeto VEM - Venha Experimentar Música. O objetivo é proporcionar as múltiplas possibilidades no universo musical. Programação completa em sescsp.org.br/vem.

Neste encontro a música e o piano são meios de expressão e comunicação com a plateia. O repertório faz uma imersão ao universo da música instrumental. O clássico e o contemporâneo se misturam, unindo peças clássicas e temas de games. A partir das semelhanças entre caráteres das peças, o repertório dialoga entre os gêneros fluídos da linguagem musical, conduzindo o público a uma percepção profunda da experiência musical.

Pianista, professor e comunicador, o paulistano Antonio Vaz Lemes tem como sua missão maior, a ampla democratização do acesso a música clássica tem se concretizado nas redes sociais, através de seu canal PianoQueToca. Abordando temas de filmes, séries, animes, games, música brasileira, e relacionando-os a sentimentos e valores humanos, o canal também conecta seu público as obras dos grandes compositores da história da música clássica.


Serviço
Aula-espetáculo "Piano Solo", com Antonio Vaz Lemes
Sábado, dia 26 de julho, às 20h00
Grátis. Retirada de ingressos uma hora antes.
Área de convivência do Sesc Santos
Autoclassificação: livre

Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida
(13) 3278-9800
Site do Sesc Santos
Instagram. Facebook. @sescsantos

.: António Jorge Gonçalves e Ondjaki lançam “O Tempo do Cão”


Dupla homenageia J. Borges em sequência gráfica do livro. Foto: divulgação

Dentro das comemorações de seus 50 anos, a Pallas Editora lança “O Tempo do Cão”, mais uma obra feita a quatro mãos do ilustrador lisboeta António Jorge Gonçalves com o escritor angolano Ondjaki, reafirmando uma parceria que já rendeu “A Bicicleta que Tinha Bigodes” (2012), “Uma Escuridão Bonita" (2013) e “O Convidador de Pirilampos” (2018), todos premiados e lançados pela Pallas no Brasil. O livro nasceu a partir dos desenhos de Gonçalves e ele convidou Ondjaki para criar a narrativa verbal. Aliás, Ondjaki é muito celebrado pela sua prosa inventiva, já publicada em mais de dez idiomas.

A noite de autógrafos será na terça, 29 de julho, das 19h às 22h, no Cinema José Wilker em parceria com a Casa 11, em Laranjeiras, Rio de Janeiro. Um espetáculo de imagens e poesia será apresentado antes de os autores receberem o público. Livremente inspirado em uma viagem de Che Guevara feita ao Congo, em 1965, o livro é atravessado por imagens silenciosas que falam alto quando as palavras titubeiam. “O Tempo do Cão” evoca o imaginário de um cão que sonha com um guerrilheiro - ou será de guerrilheiro que está de olhos bem abertos ao lado de um cão? Nessa travessia visual e poética, o tempo se curva, suspenso, entre a memória coletiva e a amizade sem palavras entre as espécies. Guerra, liberdade e infância - temas recorrentes ao universo da dupla - costuram as entrelinhas da trama.

“A guerra civil do Congo, causa que moveu o Che na luta pela emancipação deste país, não endureceu o seu coração. E nem o do cão, protagonista deste conto. A luta e o amor são paixões adjacentes que movem os seres a seguir adiante, acreditando na solidariedade e num mundo melhor”, observa a editora Mariana Warth, leitora de primeira hora do autor angolano. Mariana representa a terceira geração da família no comando da Pallas Editora, que começou com o avô dela, em sociedade com amigos, publicando livros populares de simpatia.

Em branco sobre fundo lilás, as ilustrações de Gonçalves pegam o leitor no colo e o embalam até uma madrugada onírica, em que o real e o fantástico se confundem. Ninguém sabe bem se está dormindo ou bem desperto. A sequência gráfica que narra o sonho do cão e dos guerrilheiros é uma homenagem ao legado do gravurista pernambucano J. Borges (1935-2024).

“Eu queria tanto saber falar… Falar trazia riso aos guerrilheiros. Sorrir diminui o medo de todas as pessoas que já atravessaram um medo”, diz uma das passagens mais bonitas dessa delicadeza de obra. “O Tempo do Cão” não entrega respostas, mas revolve o solo para que as perguntas venham à tona, como um osso escondido pelo próprio cão no terreno de casa. É um livro para ser lido com tempo - o tempo que também é da arte: aquele capaz de nos transformar significativamente.

O ilustrador português António Jorge Gonçalves é cartunista, performer visual, ilustrador, cenógrafo e professor português. Produziu diversas novelas gráficas, e tem colaborado com diversos escritores, entre eles Ondjaki, Nuno Artur Silva e Mário de Carvalho, na criação de livros onde texto e imagem se relacionam. Criou o projeto “Subway Life”, desenhando pessoas sentadas nos trens do Metrô em dez cidades do mundo. Desde 2003, faz semanalmente cartoons políticos para o Inimigo Público, suplemento do jornal português Público). Estas criações são replicadas no jornal Le Monde e na revista e Courrier Internacional, ambos franceses. 

Já o angolano Ondjaki escreve romances, contos, poemas e livros para crianças. Recebeu diversos prêmios, incluindo o Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, e o Prêmio FNLIJ, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Pela Pallas Editora, lançou e relançou um total de 13 livros, contando com os três supracitados e este novíssimo: “Há Prendisajens com o Xão” (2011), Ombela (2014), “Os Vivos, o Morto e o Peixe-frito” (2015), “O Assobiador” (2017), “Os da Minha Rua” (2021), "Materiais para Confecção de Um Espanador de Tristezas” (2021), “A Estória do Sol e do Rinoceronte” (2021), “Verbetes para Um Dicionário Amoroso” (2021, coautor), “O Livro do Deslembramento” (2022), “Coisas Desalinhadas” (2023) e “Vou Mudar a Cozinha” (2023). Compre o livro “O Tempo do Cão” neste link.

.: "Eu Escreve: dilemas das Escritas de Si": limites das narrativas centradas no "eu"


Quando o "eu" fala em um texto, quem escreve? O mistério da voz narrativa e a relação que traça junto ao público leitor é um antigo debate teórico. A cumplicidade entre autor e leitor é, afinal, o fundamento de qualquer pacto literário, mas hoje, ao que parece, sua estabilidade se encontra em disputa. Essa inquietação levou Gabriela Aguerre e Natalia Timerman, escritoras e pesquisadoras, a organizar a coletânea "Eu Escreve: dilemas das Escritas de Si", publicado pela editora Record, que reúne, de forma inédita, textos de 23 autores e críticos contemporâneos sobre as narrativas em primeira pessoa, que estão por toda parte: de diários a teses, de autobiografias a postagens em redes sociais. O lançamento do livro será no dia 31 de julho, às 16h00, na Casa Record na Flip, com parte dos autores reunidos na mesa "Os Dilemas da Autoficção", seguida de sessão de autógrafos

Escrever a partir da primeira pessoa, as chamadas “escritas de si”, enseja paixões de especialistas e do público em geral. O debate, no entanto, usualmente se estabelece na dimensão afetiva, dos gostos pessoais. Para fugir da banalização do termo, que desponta como a marca da escrita do início do século, as organizadoras compilam alguns pontos para uma discussão mais proveitosa. No livro, estão reunidos grandes nomes que despontam no cenário literário brasileiro, escritoras e escritores, críticas e críticos interessados nos temas da autoficção, do relato, da escrevivência, da memória, entre outros. Na primeira parte desta coletânea, “Eu e Nós: gêneros Instáveis”, estão reunidos ensaios que revisam e testam a instabilidade das classificações. A segunda, “Eu Disputa: conceitos em Debate”, apresenta textos que tensionam a calcificação dos termos críticos. E, por fim, “Eu Escrevo: a Própria Voz” aproxima sujeito e verbo no enunciado para narrar à luz da própria experiência.

O livro apresenta uma diversidade de escritas, com ensaios mais acadêmicos, outros mais poéticos, outros mais jornalísticos, todos contundentes, sobre os limites entre ficção e realidade, explorando os vários jeitos e conceitos de narrar centrados no "eu". Além das organizadoras, "Eu Escreve" traz ensaios de Adriano Schwartz, Amara Moira, Andrea Saad Hossne, Anna Faedrich, Bianca Santana, Bruna Mitrano, Camilo Gomide, Diana Klinger, Felipe Charbel, Ieda Magri, Isabela C. Lopes, Joselia Aguiar, Julián Fuks, Julio Pimentel Pinto, Lubi Prates, Luciene Azevedo, Mariana Delfini, Samara Lima, Tatiana Salem Levy, Trudruá Dorrico e Yasmin Santos. 

"Eu Escreve: dilemas das Escritas de Si" não traz respostas absolutas; em troca, oferece possibilidades para a compreensão de uma questão antiga, mas que, com especificidades contemporâneas, exige novas abordagens. Este é um convite para expandir as fronteiras da nossa observação e esgarçar os limites entre fato e ficção, para então refletir sobre quem, como, onde, por que e o que se escreve neste início de século. Compre o livro "Eu Escreve: dilemas das Escritas de Si" neste link.


Sobre as organizadoras
Gabriela Aguerre
é escritora, jornalista e professora de escrita criativa. Graduou-se em comunicação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, cursou linguística na Universidade de São Paulo, trabalhou por duas décadas na Editora Abril (foi diretora da revista Viagem e Turismo) e fez a pós-graduação de formação de escritores no Instituto Vera Cruz, onde atua como professora desde 2018. Em 2019 publicou seu primeiro romance, "O Quarto Branco" (Todavia), finalista do Prêmio Jabuti na categoria Romance Literário e do Prêmio São Paulo de Literatura na categoria Romance de Ficção de Estreia, ambos em 2020.

Natalia Timerman é médica psiquiatra pela Universidade Federal de São Paulo, mestra em psicologia pela Universidade de São Paulo e doutoranda em teoria literária e literatura comparada da mesma universidade. É autora da não ficção "Desterros: histórias de Um Hospital-prisão" (Elefante, 2017; Todavia, 2025), da coletânea de contos "Rachaduras" (Quelônio, 2019), indicada ao Prêmio Jabuti, e dos romances "Copo Vazio" (Todavia, 2021) e "As Pequenas Chances" (Todavia, 2023). Foi selecionada para a Art Omi: Writers, residência literária em Ghent, Nova York, em 2025. Compre o livro "Eu Escreve: dilemas das Escritas de Si" neste link.


.: "Madman" e "Príncipe das Trevas": Ozzy Osbourne, o legado permanece


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: divulgação 

É impossível dimensionar a importância de Ozzy Osbourne na história do rock, que faleceu aos 76 anos no dia 22. Ele não só ajudou a moldar as bases do que se convencionaria chamar de heavy metal, como ainda se tornou um dos vocalistas mais emblemáticos do mundo do rock.

Como integrante fundador do Black Sabbath, Ozzy ajudou a produzir discos antológicos que até hoje influenciam roqueiros iniciantes. Após sair da banda, em 1979, iniciou um bem sucedida carreira solo, que também emplacou momentos antológicos, como o seminal álbum de estreia, "Blizzard Of Ozz".

É certo que sua saída do Black Sabbath não ocorreu de forma normal. Seus excessos no uso de entorpecentes e bebida alcoólica não podiam mais ser tolerados e por isso os demais integrantes decidiram demitir Ozzy. Mesmo na carreira solo, Ozzy dava sinais de que não havia abandonado a fama de maluco. Era chamado de "Madman".

Colecionou várias lendas e fatos verídicos, como a mordida acidental em um morcego, que ele pensou ser de mentira durante um show ao vivo. Esteve em 1985 na primeira edição do Rock In Rio e contribuiu para a solidificação do estilo heavy metal. Mas é preciso ressaltar a performance dele ao vivo. Tinha um incrível poder de interpretação vocal, que justificava a sua fama de "Príncipe das Trevas".

Nos últimos anos enfrentava sérios problemas de saúde, agravados pelo mal de Parkinson. No recente concerto "Back to The Begininng", que se tornou a última performance dele ao vivo, ele se apresentou sentado em uma poltrona.

Mas engana-se quem imaginou uma performance abaixo da expectativa neste show. O "Madman" foi simplesmente magnífico na sua performance, inclusive com os integrantes originais do Black Sabbath. Se era para ser uma despedida, ela foi feita com louvor. Ozzy deixa um legado importante e insuperável para as futuras gerações de músicos e admiradores do rock em geral.

"Crazy Train"

"Mr. Crowley"

"Mama I´m Coming Home"

quinta-feira, 24 de julho de 2025

.: Crítica: "Quarteto Fantástico: Primeiros Passos" faz juz ao nome e impressiona


Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em julho de 2025


"Quarteto Fantástico: Primeiros Passos" faz juz ao adjetivo substantivo masculino de seu nome, entrega trama ágil, sem largar pontas soltas ou se atropelar. A produção Marvel, em cartaz na "Cineflix Cinemas", fascina do início ao fim, sem levar o público mais uma vez para reviver, no espaço, as distintas mutações sofridas pelos quatro cientistas, Reed/Senhor Fantástico (Pedro Pascal), Johnny/Tocha Humana (Joseph Quinn, de "Stranger Things"), Susan/Mulher Invisível (Vanessa Kirby, de "Napoleão") e Ben/Coisa (Ebon Moss-Bachrach, de "A Casa do Lago"), e assumem o nome "Quarteto Fantástico". 

Desta vez, os defensores da humanidade diante dos perigosos, travam inicialmente uma batalha contra o malvado Harvey Elder, conhecido como Toupeira (Paul Walter Hauser, de "Cobra Kai"). Do alto de sua torre equipada com a mais alta tecnologia, os heróis mantém a Terra em perfeita segurança e vivem em harmonia com seus desejos pessoais. Até o dia em que uma visitante traz um recado nada agradável.

O longa de 1 hora e 55  minutos de duração, enche os olhos de quem testemunha a tudo -e garante uma experiência inesquecível. Assim, "Quarteto Fantástico: Primeiros Passos" acontece na Terra 828 (numeral escolhido por um motivo explicado antes da segunda e última cena pós-créditos), quando o esfomeado vilão Galactus (Ralph Ineson, de "Nosferatu"), assessorado pela Surfista Prateada (Julia Garner, de "A Hora do Mal" ameaça a vida de todos. Contudo, o interesse do insaciável muda quando percebe que a Mulher Invisível carrega um bebê.

Em meio a embates de tirarem o fôlego e empolgar a todos na sala de cinema, o longa entrega recortes de cenas estilo história em quadrinhos, remetendo, um pouco ao filme "Hulk" (2003). Contudo, a estética requintada da nova produção vai além, sempre apoiada predominantemente no azul em meio a outras cores, sempre pálidas, unindo o clássico e o moderno -inclusive no visual do quarteto de heróis.

Sem nitidamente anular a produção de 2005 e de 2007, "Quarteto Fantástico: Primeiros Passos" entrega uma novidade, com toque de reboot respeitoso que resulta na junção da transformação dos cientistas e a nova forma de vida deles na Terra, assim como o enfrentamento com o Surfista Prateado, que, na Terra 828, é uma mulher. O filme dois em um é impecável, ainda que deixe a desejar nos efeitos especiais, quando o Coisa carrega o pequeno Franklin no colo. Todavia, supera completamente o visual do recente "Superman" quando os heróis também estão diante de um buraco negro.

Em "Quarteto Fantástico: Primeiros Passos", dirigido por Matt Shakman ("WandaVision") com roteiro de Eric Pearson, Josh Friedman, Ian Springer e Jeff Kaplan, nada sobra ou falta. Tudo o que acontece faz sentido e se complementa, seja nas motivações do vilão ou a postura leoa da mamãe, Susan arrancando forças de onde não tem em nome de salvar seu filho -garantindo uma cena linda perto do fim. E, como não poderia deixar de ter, o filme apresenta a primeira cena pós-créditos, que conecta o grupo ao vilão Doutor Destino, sendo que a última cena é uma linda e emocionante homenagem ao artista Jack Kirby. Filmaço imperdível que faz valer cada centavo do ingresso de cinema! 


O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN


"Quarteto Fantástico: Primeiros Passos" ("The Fantastic Four: First Steps"). Ingressos on-line neste linkGênero: ação, ficção científicaClassificação: 12 anos. Duração: 1h55. Direção: Matt Shakman. Roteiro: Eric Pearson, Josh Friedman, Ian Springer e Jeff Kaplan. Elenco: Pedro Pascal, Joseph Quinn, Vanessa Kirby, Ebon Moss-Bachrach, Paul Walter Hauser, Ralph Ineson, Julia GarnerSinopse: Um grupo de astronautas passa por uma tempestade cósmica durante seu voo experimental. Ao retornar à Terra, os tripulantes descobrem que possuem novas e bizarras habilidades. Reed Richards pode esticar seu corpo. Sua noiva, Susan Storm, ganha a habilidade de se tornar invisível. Seu irmão mais novo, Johnny Storm, adquiriu o poder de controlar o fogo e voar. Já o piloto Ben Grimm foi transformado em um monstro rochoso. Ao tentar compreender seus poderes, eles têm que lidar com novas ameaças. Confira os horários: neste link

Trailer "Quarteto Fantástico: Primeiros Passos"



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Por 
Helder Moraes Miranda, especial para o portal Resenhando.com. Foto: Aline Grego

Em uma era em que os algoritmos decidem o que vale a pena ouvir, um show que se propõe a reviver a música de raiz soa como um manifesto. No próximo dia 14 de agosto, no Centro Cultural São Paulo, Cláudio Lacerda se une a Rodrigo Zanc para lançar o EP "Tributo a Pena Branca e Xavantinho" - um projeto que surgiu do afeto, atravessou o luto e chegou ao palco como resistência.

A apresentação celebra uma dupla que marcou a história da música brasileira com voz, viola e verdade. Mas por trás do repertório que passeia por Patativa do Assaré, Rolando Boldrin e Chico Buarque, há um gesto político e poético: o de lembrar que o Brasil ainda pulsa no interior, nos causos, nos bois de chifre e nas janelas sem vidro que abrem para a paisagem da memória.

Em entrevista exclusiva para o Resenhando.com Cláudio Lacerda - cantor, compositor e defensor incansável da cultura caipira - fala sobre o espetáculo, o peso simbólico de homenagear Pena Branca, e os dilemas de cantar o campo em um país que insiste em asfaltar a própria história.


Resenhando.com - Depois de cantar ao lado de Pena Branca em sua última apresentação em vida, vocês se tornaram guardiões involuntários de um legado. Quando é que a homenagem deixa de ser reverência e começa a virar responsabilidade sufocante?
Cláudio Lacerda - Entendemos que de certa forma a responsabilidade seja grande, mas não chega a ser sufocante pois além da gente, muitos outros artistas trabalham para preservar e valorizar a obra de Pena Branca e Xavantinho. Somos apenas mais dois artistas que têm consciência da importância do legado deles.


Resenhando.com - Em tempos de algoritmos que premiam o descartável, lançar um EP com “Triste Berrante” e “Chuá Chuá” é quase um ato subversivo. Vocês acham que a música de raiz ainda tem chance de furar a bolha digital - ou está condenada ao rodapé da memória nacional?
Cláudio Lacerda - Adorei o subversivo! É improvável furar a bolha digital. O consumo de música, de cultura, está muito condicionado ao mainstream. Infelizmente é a realidade. Mas ainda são muitos os festivais de viola, são muitas as orquestras de viola e artistas queridos pela população nas cidades pequenas. Podemos ser rodapé, mas um rodapé que nunca vai sair de moda.


Resenhando.com - Pena Branca e Xavantinho sempre falaram do Brasil profundo. Como é lidar com esse Brasil hoje, onde o campo virou sinônimo de disputa política e o sertão, de esquecimento?
Cláudio Lacerda - Sim, sempre. Tanto que em todos os discos da dupla havia sempre ao menos uma Folia de Reis. Nos grandes centros é raro, mas as folias, congadas, jongos, as expressões populares têm sido vistas mais frequentemente nos rincões do Brasil. Pesquisadores como o Professor Ivan Vilela da USP também confirmam isso, o que nos enche de esperança.


Resenhando.com - Quando vocês sobem ao palco e tocam “Cálix Bento”, estão em busca de quê: fé, redenção ou apenas silêncio respeitoso da plateia?
Cláudio Lacerda - Acredito que estamos em busca da união da gente com o público, no sentido de comemorarmos a nossa cultura, que é rica, que é linda, e nos enche de orgulho e pertencimento. Andar com fé...sempre!


Resenhando.com - “Cio da Terra” e “Vide, Vida Marvada” são músicas que choram por dentro. Que dor do Brasil vocês ainda não conseguiram cantar?
Cláudio Lacerda - A dor mais “dilurida” hoje em nosso país é a desunião e polarização política. A música de Pena e Xavantinho suaviza e ajuda a mitigar essa segregação. A arte cura!


Resenhando.com - Já que o show nasce de uma despedida abrupta, me digam com franqueza: o que ficou engasgado naquele último encontro com Pena Branca?
Cláudio Lacerda - Pena Branca era um ser humano extremamente simples e gentil. Aquela noite fluiu docemente com sua presença. O que lamentamos foi não podermos ter realizado outras apresentações com ele. Foi tudo lindo.


Resenhando.com - Se Xavantinho estivesse vivo, o que ele detestaria no projeto de vocês — e o que, talvez, elogiasse com um meio sorriso?
Cláudio Lacerda - Não acredito que ele detestaria nada não. Provavelmente ele ficaria muito feliz em ver seus antigos companheiros com a gente. Falo dos músicos incríveis que o acompanhavam, e de quem somos muito amigos: Ricardo Zoyo, Priscila Brigante, Ana Rodrigues e Ed Graballos. E acho que ele elogiaria a inclusão da canção “Bandeira do Divino” do Ivan Lins e Victor Martins, que eles não cantavam. É uma folia mais moderna digamos, sabemos, mas eles eram mestres em fazer adaptações de canções da MPB para uma versão regionalista.


Resenhando.com - Vocês são músicos que resistem à pasteurização do sertanejo universitário. Como é manter a dignidade artística em um país onde o som do berrante foi trocado por um beat de TikTok?
Cláudio Lacerda - A dignidade é fácil de manter, pois a gente ama a cultura popular. Não é oportunismo ou estratégia. A gente gosta de verdade. Cada um com sua consciência!


Resenhando.com - Existe espaço para melodia sem maquiagem em um mundo que venera a estética autotune? Vocês já se sentiram tentados a trair a simplicidade por uns likes a mais?
Cláudio Lacerda - Somos totalmente contra o uso de VS (playback) em shows. Para ouvir músicos tocando de verdade, sem maquiagem, vão lá assistir a gente dia 14 de agosto no CCSP!


Resenhando.com - E se a alma caipira fosse, de fato, um espírito: onde ela ainda habita neste país rachado entre o concreto e o agronegócio?
Cláudio Lacerda - A alma caipira é um espírito sim, e muito presente por sinal na Paulistânia (área de aculturamento bandeirante). E esse espírito jamais será extinto. Se depender da gente e de um mundão de artistas, há de imperar.


Dia 14 de agosto, no Centro Cultural São Paulo, Cláudio Lacerda se une a Rodrigo Zanc para lançar o EP "Tributo a Pena Branca e Xavantinho". Foto: Adriano Rosa


Serviço
Tributo a Pena Branca e Xavantinho - com Cláudio Lacerda e Rodrigo Zanc
Centro Cultural São Paulo - Sala Adoniran Barbosa
Quinta-feira, dia 14 de agosto de 2025
Às 19h00 (duração: 90 minutos)
Rua Vergueiro, 1000 - Paraíso / São Paulo
Ao lado da Estação Vergueiro do Metrô
Entrada gratuita | Classificação: livre
Capacidade: 400 lugares (chegue cedo, sujeito à lotação)
Saiba mais: @claudiolacerdaoficial | @rodrigozanc

.: Gloria Groove em sessões especiais de “Wicked” no Teatro Renault

Artista retorna aos palcos dos musicais em papel icônico e conecta sua trajetória à poderosa mensagem da história das bruxas de Oz: ser quem se é. Foto: Carolina Demper


Gloria Groove recebeu o ticket esmeralda! A artista viverá Madame Morrible, em sessões limitadas do espetáculo "Wicked - A História Não Contada das Bruxas de Oz", no Teatro Renault, em São Paulo, sendo a primeira drag queen no mundo a interpretar o papel. As sessões com a artista ocorrem de 23 a 27 de agosto e de 30 de agosto a 3 de setembro, de sábado a quarta-feira, e marcam o reencontro da cantora com o universo dos musicais.

“Essa história me puxa de volta para um lugar que sempre sonhei. É como receber um ticket esmeralda, como a Elphaba, para viver algo que parecia impossível”, diz GG. A entrada de Gloria Groove em "Wicked" é carregada de simbolismo. Muito além do brilho e da imponência da Cidade das Esmeraldas, o musical traz uma mensagem central, que atravessa a vida e a arte de Gloria: a liberdade de ser quem se é.

No enredo, Madame Morrible é a diretora da Universidade de Shiz - a escola onde Elphaba e Glinda se conhecem. Figura imponente, articuladora e ambígua, a personagem é decisiva nos rumos da história, representando as estruturas de poder e influência. A força simbólica da personagem dialoga com o lugar de potência de Gloria Groove, que desafiou padrões e consolidou novos espaços de expressão na arte brasileira. Com trajetória nos palcos desde os sete anos de idade, Gloria Groove iniciou sua carreira como dublador e ator de musicais, antes de se consolidar como uma das principais vozes da música pop contemporânea.

Agora, aos 30 anos, ela celebra o retorno ao teatro musical com um papel de relevância na trama e significado pessoal. “Estou representando no palco os fãs de Wicked que estão na plateia. É como se tivessem puxado alguém da poltrona para viver essa oportunidade única”, afirma. Para a produção brasileira de "Wicked", a presença de Gloria Groove reafirma a potência da história que celebra a individualidade, a resistência e os sonhos que desafiam expectativas. Em cena, Madame Morrible (que na temporada regular é interpretada por Karin Hils) ganha novos contornos com a construção cênica da artista, que mergulhou em referências da Broadway para a composição do papel. Os ingressos para as sessões especiais de Wicked com Gloria Groove já estão à venda.

Serviço
Musical "Wicked - A História Não Contada das Bruxas de Oz” – com Gloria Groove como Madame Morrible
De 23 de agosto a 27 de agosto (de sábado a quarta-feira) e 30 de agosto a 03 de setembro (de sábado a quarta-feira).

Sessões
23 de agosto às 15h00; 24 de agosto às 14h00; 25 de agosto às 20h00; 26 de agosto às 20h00; 27 de agosto às 20h00; 30 de agosto às 15h00; 31 de agosto às 14h00; 1° de setembro às 20h00; 2 de setembro às 20h00; 3 de setembro às 20h00.

Teatro Renault (Av. Brigadeiro Luís Antônio, 411 - Bela Vista/São Paulo)
Ingressos: bilheteria Oficial no Teatro Renault (sem taxa de conveniência): de terça-feira a domingo, das 12h00 às 20h00, exceto feriados; site da Ticket for Fun.

.: Cinema: Lindsay Lohan e Jamie Lee Curtis trocam de corpo de novo na sexta


Por Helder Moraes Miranda, especial para o portal Resenhando.com. Foto: divulgação

Prepare-se: no dia 7 de agosto, o caos volta aos cinemas com “Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda” ("Freaky Friday 2", a aguardada continuação de "Sexta-Feira Muito Louca" (2003), sucesso da Disney que marcou uma geração. Vinte e dois anos depois, Jamie Lee Curtis e Lindsay Lohan retornam aos papéis de Tess e Anna Coleman - mãe e filha que, mais uma vez, trocam de corpos. Só que agora o feitiço vem recarregado: duas adolescentes também entram na dança, tornando o enrosco familiar ainda mais insano.

Dirigido por Nisha Ganatra, com roteiro de Jordan Weiss, o filme é baseado no livro "Que Sexta-feira Mais Pirada!", de Mary Rodgers, e amplia a fórmula consagrada do original com um elenco que reúne passado e presente. Além de Curtis e Lohan, estão de volta nomes queridos dos fãs, como Chad Michael Murray, novamente no papel de Jake, o ex-namorado de Anna, Mark Harmon, como Ryan, marido de Tess, e Rosalind Chao, que revive a gerente do restaurante chinês onde tudo começou.

Mas agora a magia ancestral não se limita a Tess e Anna. As trocas corporais também atingem Harper (Julia Butters), filha de Anna, e Lily (Sophia Hammons), filha de Eric (interpretado por Manny Jacinto), noivo de Anna. O elenco ainda conta com Vanessa Bayer, Maitreyi Ramakrishnan e outros nomes que ajudam a atualizar o universo para uma nova geração.

E por falar em nostalgia: a banda fictícia Pink Slip, que embalou o primeiro filme com o hino “Take Me Away”, também está de volta - com direito a uma versão nova da música disponível no Spotify, Apple Music e outras plataformas. Segundo Jamie Lee Curtis, em entrevista à People Magazine, foi ideia dela trazer a banda de volta, como uma forma de celebrar a relação das personagens e a devoção dos fãs, que pedem uma sequência há quase duas décadas.

As filmagens de "Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda" aconteceram em Los Angeles, entre junho e agosto de 2024, e a première oficial aconteceu no El Capitan Theatre, em Hollywood, no dia 22 de julho deste ano. O filme integra as comemorações de 70 anos da Disney, que celebrou a estreia com um evento especial nos parques da Califórnia, reunindo parte do elenco e fãs fantasiados como suas versões favoritas das personagens.

Este é o primeiro grande lançamento nos cinemas protagonizado por Lindsay Lohan desde 2007 - após anos afastada dos holofotes, ela vem retomando a carreira e, segundo entrevistas recentes, aceitou o papel assim que leu o roteiro, por considerar Tess e Anna “eternamente relevantes”. No novo enredo, Anna está prestes a se casar e tenta equilibrar maternidade, carreira e uma enteada cheia de atitude. Ao visitar o mesmo restaurante chinês da juventude, ela e a mãe voltam a viver um fenômeno sobrenatural que, dessa vez, se espalha para a geração seguinte. 

A mensagem continua clara: só conseguimos realmente entender o outro quando nos colocamos - literalmente - no lugar dele. E poucas fórmulas são tão eficazes em transmitir isso com humor, caos e empatia como a dessa comédia familiar. Se em 2003 o público aprendeu a rir (e chorar) com duas mulheres tentando sobreviver à troca de corpos, agora o desafio é multiplicado por quatro. 

Prepare-se para um festival de mal-entendidos, referências aos anos 2000, conflitos geracionais, reencontros emocionantes e uma trilha sonora que promete bater forte no coração de quem cresceu com o filme original. "Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda" estreia em 7 de agosto nos cinemas brasileiros com distribuição da Disney. E, se depender do entusiasmo do público, essa sexta-feira vai entrar para a história - de novo. Em Portugal, o filme se chama "Mais Uma Sexta-feira Muito Louca".


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As principais estreias da semana e os melhores filmes em cartaz podem ser assistidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

.: Mais de 3 milhões de brasileiros já assistiram "Superman" nos cinemas


Primeiro longa da DC Studios dirigido por James Gunn se mantém como o filme número 1 no país desde a estreia, e já arrecadou R$ 66.6 milhões em bilheteria

"Superman" segue conquistando o coração do público brasileiro. Desde a estreia no dia 10 de julho, o filme se mantém como a produção número 1 nos cinemas do país, ultrapassando a marca de 3 milhões de espectadores. O longa já arrecadou R$ 66.6 milhões em bilheteria, considerando as sessões antecipadas que aconteceram nos dias 8 e 9 de julho. Primeiro longa da DC Studios dirigido por James Gunn a chegar às telonas, "Superman" leva ao público uma aventura emocionante com cenas de ação de tirar o fôlego, combinação perfeita para as férias de julho. 

“O filme é aspiracional, e acho que James (Gunn) criou não tanto uma adaptação cinematográfica de um personagem de gibi, mas a sensação de um ótimo gibi ganhar vida na tela grande, com atores reais e ótimos efeitos”, conta David Corenswet, que dá vida a Superman/Clark Kent no novo filme. “E você pode ver isso nas maiores telas que existem, em vez de só numa página pequena na sua frente”, completa. 

Dirigido por Gunn, que produz o longa ao lado de Peter Safran, "Superman" também é estrelado Rachel Brosnahan (Lois Lane) e Nicholas Hoult (Lex Luthor).  O filme está em cartaz nos cinemas de todo o país, também em IMAX e com versões acessíveis. Para mais informações, consulte a programação do cinema de sua cidade. 


Sobre o filme 
"Superman" é o primeiro longa-metragem da DC Studios a chegar às telonas, com sua estreia marcada para 10 julho nos cinemas de todo o mundo. Distribuído pela Warner Bros. Pictures, James Gunn, em seu estilo característico, assume a nova história do super-herói original, no recém-imaginado universo DC, com uma combinação singular de ação épica, humor e coração, um Superman movido pela compaixão e por uma crença inerente na bondade da humanidade. Os CEOs da DC Studios, Peter Safran e Gunn, produziram o longa-metragem, com direção e roteiro de Gunn, baseado nos personagens da DC. Superman foi criado por Jerry Siegel e Joe Shuster.  

O filme é estrelado por David Corenswet (“Twisters”, série “Hollywood”) no papel duplo de Superman/Clark Kent; Rachel Brosnahan (série “The Marvelous Mrs. Maisel”) como Lois Lane, e Nicholas Hoult (os filmes “X-Men”, “Jurado Nº 2”) como Lex Luthor. Coestrelam Superman os atores Edi Gathegi (série “For All Mankind”); Anthony Carrigan (séries “Barry”, “Gotham”); Nathan Fillion (os filmes “Guardiões da Galáxia”, “O Esquadrão Suicida”); Isabela Merced (“Alien: Romulus”); Skyler Gisondo (“Licorice Pizza”, “Fora de Série”); Sara Sampaio (“At Midnight”); María Gabriela de Faría (série “The Moodys”); Wendell Pierce (“Selma: Uma Luta pela Igualdade”; série “Jack Ryan”); Alan Tudyk (série “Andor”); Pruitt Taylor Vince (“Bird Box”); e Neva Howell (“Greedy People: Pessoas Gananciosas”). 

Os produtores executivos de Superman são Nikolas Korda, Chantal Nong Vo e Lars Winther. A equipe de produção criativa de James Gunn nos bastidores inclui seus colaboradores frequentes como o diretor de fotografia Henry Braham, a designer de produção Beth Mickle, a figurinista Judianna Makovsky, e o compositor John Murphy, ao lado dos editores William Hoy (“Batman”), Jason Ballantine (filmes “IT”, “The Flash”) e Craig Alpert (“Deadpool 2”, “Besouro Azul”).


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Programação do 
Cineflix Santos

“Superman” | Sala 3
Classificação:
 PG13. Ano de produção: 2025. Idioma: inglês. Direção: James Gunn. Elenco: David Corenswet, Rachel Brosnahan, Nicholas Hoult e outros. Duração: 2h09. Cenas pós-créditos: sim. Cineflix Santos | Miramar Shopping | Rua Euclides da Cunha, 21 - Gonzaga - Santos/SP.


Dublado
24/7/2025 - Quinta-feira: 15h20
25/7/2025 - Sexta-feira: 15h20
26/7/2025 - Sábado: 15h20
27/7/2025 - Domingo: 15h20
28/7/2025 - Segunda-feira: 15h20
29/7/2025 - Terça-feira: 15h20
30/7/2025 - Quarta-feira: 15h20


Legendado
24/7/2025 - Quinta-feira: 18h10 e 20h50
25/7/2025 - Sexta-feira: 18h10 e 20h50
26/7/2025 - Sábado: 18h10 e 20h50
27/7/2025 - Domingo: 18h10 e 20h50
28/7/2025 - Segunda-feira: 18h10 e 20h50
29/7/2025 - Terça-feira: 18h10 e 20h50
30/7/2025 - Quarta-feira: 18h10 e 20h50

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