quarta-feira, 31 de dezembro de 2025

.: Crítica: "Valor Sentimental" reflete as confusões nas relações familiares

"Valor Sentimental" está em cartaz na Cineflix Cinemas de Santos


Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em dezembro de 2025


O drama "Valor Sentimental" costura a relação confusa e complexa entre duas filhas e um pai, Nora (Renate Reinsve, de "A Pior Pessoa do Mundo"), Agnes (Inga Ibsdotter Lilleaas, de "Uma Linda Vinda") e Gustav Borg (Stellan Skarsgård, de "Mamma Mia!"), respectivamente. Ele, um diretor de cinema conceituado, esbarra na atriz famosa do momento, Rachel Kemp (Elle Fanning, de "Malévola", "Predador: Terras Selvagens") tendo em mãos um grande projeto de produção. 

Ao convidar a filha Nora, atriz dedicada ao teatro, para protagonizar o próximo filme e ter uma negativa, tamanha oportunidade cai no colo da queridinha Rachel Kemp -que é mergulhada numa história familiar com direito a algumas mentiras. A casa da família agora sem a mãe, usada como alegoria, o que inicialmente remete ao longa "Aqui", com Tom Hanks e Robin Wright, é a causa do resgate das rusgas familiares, enquanto que as irmãs tentam esvaziar o lugar, uma vez que ali também será usado de cenário para o novo longa de Gustav. 

"Valor Sentimental" de Joachim Trier ("A Pior Pessoa do Mundo") vai muito além de "Aqui" de Robert Zemeckis ("Forrest Gump: O Contador de Histórias") ao focar na essência do título, desmembrando mágoas para religar pai e filhas. Assimdentro de 2 horas e 13 minutos de filme, aos trancos e barrancos, pai e filhas vão, apesar de muita resistência, aparando as arestas que os afastaram ao longo dos anos, uma vez que Gustav foi um pai ausente e nitidamente desinteressado em estabelecer qualquer vínculo emocional com as filhas. 

A produção norueguesa envolve com uma história de afetividade (e a falta dela, que é capaz de moldar diversas posturas de defesa e afastamento), assim como as dificuldades nas relações familiares, fatalmente conversando com o público em geral. Seja ao convidar cada um a se ver, nem que por um breve momento, no papel de Nora ou de Agnes, ou ainda, no de Gustav. Vale o ingresso de cinema!


O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no GonzagaConsulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.



"Valor Sentimental". (Sentimental Value). Direção: Joachim Trier. Roteiro: Eskil Vogt e Joachim Trier. Gênero: Drama, Comédia Duração: 2h 13. País de Origem: Noruega (coprodução internacional). Distribuição no Brasil: Retrato Filmes e MUBI. Elenco Principal: Renate Reinsve (Nora), Inga Ibsdotter Lilleaas (Agnes), Stellan Skarsgård (Gustav), Elle Fanning (Rachel Kemp), Anders Danielsen Lie. Sinopse: As complexas dinâmicas de uma família após a morte da matriarca. Gustav, um cineasta outrora renomado, tenta se reconciliar com as filhas, Nora (uma atriz de teatro) e Agnes, ao oferecer a Nora o papel principal em seu novo filme autobiográfico. Diante da recusa da filha, ele escala uma jovem estrela de Hollywood (Elle Fanning), o que desencadeia novos conflitos e revisita traumas do passado. 

Trailer de "Valor Sentimental"

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.: "O Auto da Compadecida 2"’ ganha exibição na Globo em formato de série


Com estreia marcada para 5 de janeiro, a série apresentará cenas inéditas. "O Auto da Compadecida 2". ganha exibição na TV Globo em formato de série. Na imagem, Matheus Nachtergaele como João Grilo. Foto: Laura Campanella/ Divulgação


A partir do dia 5 de janeiro, o público poderá revisitar Taperoá com a exibição de "O Auto da Compadecida 2" na TV Globo. A produção chega à TV aberta em formato de série, dividida em quatro episódios que prometem divertir, emocionar e surpreender, trazendo conteúdo inédito e aprofundando ainda mais as aventuras de seus icônicos personagens. Vinte anos após a primeira história, a trama acompanha Chicó (Selton Mello) em sua pacata rotina na cidade mítica do sertão nordestino, vivendo da venda de santinhos e narrando a ressurreição do amigo João Grilo (Matheus Nachtergaele) – até que ele reaparece cheio de planos mirabolantes para agitar Taperoá. A amizade entre os dois continua sendo o fio condutor da narrativa, idealizada por Guel Arraes em 2019 com o objetivo de apresentar personagens com ambições e dilemas que dialogam com os dias atuais. Como resultado, o enredo aborda novos conflitos e temas contemporâneos, como a busca pela fama e a adoração às celebridades. 

Além dos protagonistas, o elenco reúne nomes consagrados, com novidades que enriquecem a continuação da história. Taís Araujo assume o papel da Compadecida, antes interpretado por Fernanda Montenegro, enquanto Humberto Martins vive o Coronel Ernani, um fazendeiro influente com aspirações políticas. Eduardo Sterblitch interpreta Arlindo, dono da única rádio da cidade, e Enrique Diaz retorna como Joaquim Brejeiro. Entre os novos personagens, destacam-se Clarabela (Fabiula Nascimento), filha do Coronel, e Antônio do Amor (Luis Miranda), um carioca cheio de malandragem que chega para movimentar a cidade. 

A série também traz cenas inéditas nos episódios finais, que exploram o período em que João Grilo esteve no Rio de Janeiro, incluindo personagens exclusivos da versão televisiva, como Omar (Juliano Cazarré) e Iracema (Luellem de Castro). A produção preserva a essência da comicidade crítica de Ariano Suassuna, ao mesmo tempo em que dialoga com questões atuais, ambientada em um Nordeste mítico e estilizado. 

Produzida pela Conspiração e H2O Produções, "O Auto da Compadecida 2" é uma obra dirigida por Flávia Lacerda e Guel Arraes, e escrita por Guel Arraes e João Falcão, com colaboração de Adriana Falcão e Jorge Furtado. Com quatro episódios, a série vai ao ar na TV Globo a partir do dia 5 de janeiro, de segunda a quinta-feira, logo após "Três Graças". 

.: Na Cia. de Teatro Heliópolis, oficina gratuita com Miguel Rocha em 2026


O  encenador Miguel Rocha, fundador e diretor da Companhia de Teatro Heliópolis, ministra a Oficina de Teatro (primeira de uma série) que inicia no dia 15 de janeiro e segue até 28 de agosto. Foto: Bob Sousa

A Companhia de Teatro Heliópolis, sediada no Bairro do Ipiranga, em São Paulo, abre a programação de 2026 com oficinas de formação gratuitas e temporada do premiado espetáculo "Cárcere ou Porque As Mulheres Viram Búfalos", entre várias outras atividades e ações. O encenador Miguel Rocha, fundador e diretor da Companhia de Teatro Heliópolis, ministra a Oficina de Teatro (primeira de uma série) que inicia no dia 15 de janeiro e segue até 28 de agosto, às terças e quintas, às 19h00 (no total, serão oito meses com dois encontros semanais de três horas de duração). Os interessados, maiores de 18 anos, devem se inscrever pelo formulário disponível na Bio da página da companhia no Instagram - @ciadetetroheliópolis, até o dia 11 de janeiro.

A proposta da oficina é compartilhar os elementos do jogo cênico com os participantes e tornar acessível os recursos do teatro a fim de desenvolver habilidades artísticas e estéticas, além da busca de fluxos de comportamento orgânico úteis ao trabalho do artista, seja no teatro, na dança ou na performance. O resultado do processo de estudo e de criação será apresentado em um experimento artístico aberto ao público, quando também ocorrerá uma conversa entre participantes e plateia sobre as experiências vivenciadas durante a oficina, bem como na apresentação.

Esta ação integra o projeto Manutenção e Modernização Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho - Sede da Companhia de Teatro Heliópolis, Contemplado no Edital Nº 38/2024 Fomento CULTSP PNAB Módulo I, Nº de Inscrição: 38/2024-1725.0501.7433, cujo objetivo é a manutenção das atividades do espaço pelo período de 18 meses. Toda a programação será divulgada oportunamente, e poderá ser acompanhada pelas redes sociais da Companhia.


O projeto
Durante a execução do projeto Manutenção e Modernização Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho serão desenvolvidas diversas atividades de formação, difusão e intercâmbios, todas oferecidas ao público de forma gratuita. O projeto também prevê a modernização do espaço com de aquisição de equipamentos de luz, som e vídeo e móveis que vai proporcionar melhorias nas condições técnicas assim como na acolhida do público.

As Oficinas de Formação - Teatro, Voz, Produção Teatral, Corpo e Dança Afro - foram elaboradas com o propósito de oferecer aos participantes uma ampliação de seus repertórios e experiências artísticas. Também será realizada uma Oficina Formação Teatral em Escola Pública para alunos na EMEF Campos Salles, em Heliópolis.

A programação prevê ainda apresentação de Espetáculos Convidados conjugados a workshop ministrados por integrantes dos grupos, Rodas de Conversa para debater temas contemporâneos como as questões da negritude brasileira, a causa LGBTQI+ e o feminismo, entre outros, Residência Artística para grupos de teatro, uma Publicação Virtual com registros textuais e imagéticos dos participantes do projeto e uma curta temporada do espetáculo "Cárcere ou Porque As Mulheres Viram Búfalos" (texto de Dione Carlos e encenação de Miguel Rocha) com Desmontagem Comentada sobre o percurso criativo que originou a obra, além de expor as provocações éticas e escolhas estéticas feitas durante o processo.


Serviço
Oficina de Formação - Teatro

Ministrante: Miguel Rocha
De 15 de janeiro a 28 de agosto de 2026
Dias/horários: Terças e quintas, das 19h às 22h.
Indicada para interessados em artes cênicas, maiores de 18 anos.
Gratuita. 20 vagas.
Inscrições até 11 de janeiro - Formulário: instagram.com/ciadeteatroheliopolis/


Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho (Sede da Cia. de Teatro Heliópolis)

Rua Silva Bueno, 1.533 - Ipiranga / São Paulo
Telefone: (11) 2060-0318 (WhatsApp)
Transporte público - Metro Sacomã / Terminal de Ônibus Sacomã.
Instagram: @ciadeteatroheliopolis | Facebook: @companhiadeteatro.heliopolis



.: "Perdigoto" transforma podcast em arquivo vivo do teatro brasileiro


Com episódios semanais, projeto de Aury Porto e Leonardo Ventura reúne artistas, pesquisadores e grupos de todo o país para discutir memória, formação, políticas culturais e práticas cênicas. Podcast "Perdigoto" idealizado e apresentado por Aury Porto e Leonardo Ventura transforma o programa em arquivo vivo do teatro brasileiro contemporâneo. Aury Porto - Foto: Lenise Pinheiro


O cenário das artes cênicas brasileiras ganha um registro histórico de fôlego com a consolidação do podcast "Perdigoto". Idealizado, roteirizado e apresentado pelos atores Aury Porto e Leonardo Ventura, o projeto nasce de um esforço monumental de dez meses de pesquisa e escuta para documentar as memórias, práticas e pensamentos de quem constrói o teatro no Brasil hoje. Realizado pela mundana companhia no âmbito de sua residência artística no Instituto Capobianco, o podcast já acumula cerca de 165 horas de gravações com 55 convidados de todas as regiões do país, lançando episódios semanais que desafiam o apagamento histórico de territórios fora do eixo Rio–São Paulo.

A gênese do projeto remonta ao período da pandemia, quando Aury Porto percebeu o vácuo de conteúdos teatrais no universo dos podcasts - o que ele define como "rádio sob demanda". Para preencher essa lacuna, uniu-se a Leonardo Ventura e aos curadores Alexandre Mate e Wlad Lima, referências na crítica e na pesquisa acadêmica. O nome "Perdigoto" sintetiza o espírito da obra: a troca direta, a oralidade e a presença física. “'Perdigoto' é de falar e ouvir. É essa saliva que a gente produz tanto fazendo teatro quanto fazendo rádio”, explica Aury.

Desde o episódio de estreia, "As Vozes Insurgentes na História do Teatro Brasileiro", o programa estabelece um tom político ao questionar narrativas consagradas. Com as participações de Alexandre Mate, Valéria Andrade e Álvaro Assad, o debate denuncia como figuras populares foram excluídas dos registros oficiais. Essa investigação sobre a memória ganha contornos práticos no diálogo entre Marcos Malafaia (Grupo Giramundo/MG) e Lindolfo Amaral (Grupo Imbuaça/SE), que discutem a preservação material de acervos de bonecos e a transmissão sensível de saberes imateriais.

A pluralidade estética do Brasil é explorada ao aproximar o Teatro de Revista, em suas origens urbanas e musicais, das Dramistas do interior do Ceará - uma tradição majoritariamente feminina que preserva fábulas e histórias geracionais. O podcast revela como essas manifestações, embora distintas em origem, dialogam na construção de uma identidade cênica nacional.

O debate sobre o "fazer" e o "ensinar" ocupa lugar central. O Perdigoto promove o encontro entre a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (RS), representada por Tânia Farias, e a experiência universitária de Cláudio Cajaíba (UFBA), confrontando a liberdade dos cursos livres com o rigor acadêmico. Essa reflexão se estende ao encontro histórico entre Amir Haddad (Grupo Tá na Rua/RJ) e a diretora Maria Thaís. Apesar de pertencerem a gerações e estéticas diferentes, ambos convergem na defesa de uma pedagogia indissociável da criação e na figura do artista como um cidadão ativo, recusando perspectivas burguesas de produção.

A relação entre a universidade e o palco é aprofundada por Cibele Forjaz (SP) e Gisele Vasconcelos (MA), que analisam os ganhos da pesquisa acadêmica em contraste com as burocracias que muitas vezes engessam a liberdade criativa. O projeto percorre o Brasil profundo para ouvir Tácito Borralho (MA), criador do Laborarte, e Leidson Ferraz (PE), que traça um panorama dos grupos de Recife fincados em movimentos sociais e no legado de Hermilo Borba Filho. O podcast também documenta pesquisas decoloniais, como a busca de Lauande Aires por alternativas no Bumba meu Boi e as teorizações de Monilson Mony sobre o "Nego Fugido".

A realidade do teatro de rua é narrada pelas experiências do Grupo Ruante (RO) e do Grupo Teatro Revirado (SC). Já os desafios de continuidade em comunidades do Nordeste aparecem nas vozes do Clowns de Shakespeare (RN) e do Jucá de Teatro (CE), revelando como grupos inventam caminhos quando o apoio institucional falha. O mapeamento avança por territórios em conflito, com relatos de Fernando Cruz (Teatro Imaginário Maracangalha/MS) e Thiago Reis Vasconcelos (Cia Antropofágica/SP) sobre a ocupação poética em meio à violência urbana.

A diversidade de gêneros ganha voz com a mestre Iracema Oliveira (PA) e seu Teatro de Pássaros, e com Wyller Villacas (ES), inspirado na devoção do Congo. O fenômeno dos espaços não convencionais é analisado por Olinda Charone, que fala sobre o "teatro de porão" em Belém, e por Marcos Felipe, que detalha a efervescência do Teatro de Contêiner em São Paulo.

O financiamento e as políticas culturais também são esmiuçados, traçando um panorama desde o TBC, os CPCs e o Teatro de Arena até o movimento Arte contra a Barbárie. O debate sobre a descentralização dos recursos é instruído por Lela Do Cerrado (DF) e Cleber Ferreira (AM), que apresenta o conceito do "Fator Amazônico". No último episódio disponível, o "Perdigoto" homenageia os brasileiros "aguerridos" que investem recursos próprios na preservação de bens artísticos: do histórico no sertão cearense de Dane de Jade à atuação na metrópole paulistana de Roberto Capobianco.

Com trilha sonora de Ivan Garro, produção de Nana Yazbek e identidade visual de Mariano Mattos Martins, o Podcast Perdigoto se consolida como um documento vivo. “Nosso público é a própria gente do teatro: quem está se formando, quem já se formou, professores e alunos. A ideia é dividir esse material com todos”, resume Aury Porto.


Serviço
Podcast "Perdigoto"

Idealização e apresentação: Aury Porto e Leonardo Ventura
Curadoria: Alexandre Mate e Wlad Lima
Realização: Mundana Companhia e Instituto Capobianco
Episódios: disponíveis todas as quartas-feiras nas principais plataformas de áudio.
Link para acesso no Spotify: https://open.spotify.com/show/7MjlMtni0NqFwvc2XyMr3Q?si=NhddvPpjSCqT5GvPvcqVAA

.: "Peter Pan - O Musical" é atração no 42º Festival de Férias do Teatro Uol


De 5 de janeiro a 1º de fevereiro, o Teatro Uol, em São Paulo, recebe sete clássicos infantis que atravessam gerações e seguem vivos no repertório afetivo de muita gente. Dentro da programação do 42º Festival de Férias do Teatro Uol, às quartas-feiras, às 16h00, será apresentado "Peter Pan - O Musical". 

No espetáculo, em um antigo e acolhedor bairro de Londres, vive a adorável família Darling. Wendy, a filha mais velha, está num verdadeiro impasse: será que chegou a hora de crescer? Em uma noite, um visitante muito especial entra por sua janela: Peter Pan, o espírito da juventude. Por ser um grande admirador das histórias que Wendy conta, Peter a convida para conhecer a Terra do Nunca, um lugar onde nenhuma criança cresce. Um lugar onde a imaginação manda e a aventura nunca termina. Elenco: André Lau, Camila Vergasta, Lucas Godoy, Márcio Godoy e Bel Nobre. Texto: Ella Dalcin. Direção: Rodrigo Gomes.  Realização: Dos Clássicos Produções. De 7 a 28 de janeiro, quartas-feiras, às 16h00. Duração: 60 minutos. Classificação: livre - indicação a partir de dois anos.


Sobre o Festival de Férias do Teatro Uol
Graças a uma curadoria rigorosa e consistente desde a primeira edição, o Festival de Férias do Teatro Uol, que em 2026 completa 25 anos de atividade, consolidou-se como o mais longevo de São Paulo. Localizado no Shopping Pátio Higienópolis, o Teatro Uol oferece uma experiência completa, reunindo conforto, segurança e fácil acesso, criando um cenário ideal para um programa de férias completo: entrar na sala, desligar o celular, se encantar com as histórias e sair com a cabeça cheia de arte e imaginação.


Serviço
Festival de Férias do Teatro Uol
De 5 de janeiro a 1º de fevereiro
Ingressos: R$ 100,00 (inteira) | R$ 50,00 (meia-entrada)
Televendas: (11) / 3823-2423 / 3823-2737 / 3823-2323
Vendas on-linewww.teatrouol.com.br
Horário de funcionamento da bilheteria em janeiro: segundas e terças, das 14h00 às 16h00, quartas, quintas e sextas das 14h00 às 20h00, sábados, das 13h00 às 22h00, e domingos, das 13h00 às 20h00. Não aceita cheques. Aceita os cartões de crédito: todos da Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex.  Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais. Clube Uol e Clube Folha têm 50% desconto.


Teatro Uol
Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618, Terraço. Tel.: (11) 3823-2323 
Acesso para cadeirantes- Ar-condicionado- Estacionamento do Shopping: consultar valor pelo tel: 4040-2004- Venda de espetáculos para grupos e escolas: (11) 3661-5896, (11) 99605-3094 – Patrocínio do Teatro UOL: UOL, Folha de S. Paulo, Germed e Interfood.


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#PeterPanOMusical #FestivalDeFeriasDoTeatroUol #TeatroUol #teatro #teatroinfantil

terça-feira, 30 de dezembro de 2025

.: Crítica: "Anaconda" é pura diversão e ainda prega bons sustos

"Anaconda" está em cartaz na Cineflix Cinemas de Santos


Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em dezembro de 2025


"Anaconda" volta aos cinemas e está em cartaz na Cineflix Cinemas de Santos, com um reboot que foge da forma original, o terror lançado em 1997. Em 2025, a versão é uma comédia de ação metalinguística que deixa qualquer brasileiro que ama cinema feliz. Não somente por fazer o público rir bastante com os trocadilhos do roteiro, mas por trazer o querido ator Selton Mello -recebendo até certo destaque ainda que acabe sendo vítima do ser rastejante de grandes proporções.

Dirigido por Tom Gormican ("Um Tira da Pesada 4", 2024), a trama apresenta um grupo de amigos que fazia filmes caseiros quando jovens. Agora, passando por uma crise de meia-idade e batendo o fatídico questionamento a respeito do que fizeram na vida, o quarteto composto por Doug (Jack Black, de "Escola do Rock", "King Kong"), Ronald (Paul Rudd, de "Homem-Formiga", "Romeu e Julieta"), Kenny (Steve Zahn, de "Diário de Um Banana") e Claire (Thandiwe Newton, de "Crash: No Limite" e da série "Westworld") embarca na ideia de fazer um remake amador de "Anaconda".

Para tanto, pisam na floresta tropical do Brasil e esbarram no adestrador de animais e especialista em cobras, o brasileiro, Carlos Santiago (Selton Mello). Contudo, durante as gravações um acidente muda todo o rumo da trama, uma vez que o grupo precisa de um novo animal para seguir com as gravações e o destino coloca diante deles uma Anaconda original e de um tamanho extraordinário. De quebra, a portuguesa Daniela Melchior ("Guardiões da Galáxia Vol. 3") interpreta Ana, uma vilã armada e que também coloca o enredo de ponta-cabeça, dando mais agilidade e muita ação.

A produção que entrega puro entretenimento, garante ainda bons sustos e, numa boa farofa despretensiosa, consegue envolver o público de modo brilhante. O alvo acertado de "Anaconda" está em não se levar a sério criando novas possibilidades que prendem a atenção do público até o último minuto do longa. E, de fato, a cena final diz muito, não por, minutos antes, resgatar dois personagens importantes do filme de 97,  Ice Cube (interpretando a si mesmo) e um encerramento com Jennifer Lopez, sugerindo uma possível sequência. Há um tiro certo em não cortar um personagem que pode dar muito ainda para a franquia que agora mescla terror e muita graça. 

Para quem busca entretenimento puro e simples, aliado a uma trama de ficção científica com um toque de "Jurassic World" ou "King Kong", filme que também tem Jack Black na pele de um ambicioso "cineasta", a nova produção, é repleta de boas piadas e tem o tempero de um brasileiro indo além de seus papéis dramaticamente sérios. "Anaconda" é para ser assistido já. Vale o ingresso do cinema!

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no GonzagaConsulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


"Anaconda". (Anaconda). Direção: Derek Drymon Roteiro: Pam Brady, Matt Lieberman, Marc Ceccarelli. Gênero: Ação, Comédia, Terror, Aventura. Direção e Roteiro: Tom Gormican e Kevin Etten. País: Estados Unidos (EUA). Ano de Lançamento: 2025 (estreia em 25 de Dezembro nos EUA) Distribuição: Sony Pictures. Duração: 1h 39min. Estúdio: Columbia Pictures. Sinopse: Doug (Jack Black) e Griff (Paul Rudd) recriam seu filme favorito da juventude, mas uma anaconda gigante real surge, transformando a comédia em perigo mortal. A produção tenta satirizar a indústria de Hollywood e o filme original de 1997, com um ritmo rápido. 

Trailer de "Anaconda"


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.: Livro de João Constâncio explora paixão como loucura ou caminho


Em tempos de relacionamentos líquidos e amor digital, o filósofo português João Constâncio resgata uma das questões mais fundamentais da existência humana: o que é o amor? Em "Três Discursos sobre Eros: meditação sobre o Fedro de Platão", lançamento da Tinta-da-China Brasil, o autor oferece uma investigação filosófica e literária sobre a natureza contraditória do amor que atravessa milênios e segue atual. A obra integra a coleção Ensaio Aberto, que une filosofia e literatura. 

"Três Discursos sobre Eros" parte do diálogo Fedro, de Platão, para investigar como a paixão amorosa pode ser, simultaneamente, uma forma de loucura e uma experiência do divino em busca da verdade. Para desenvolver essa investigação, Constâncio se vale da poesia, da literatura e da filosofia, desde a Antiguidade até os dias contemporâneos. Assim, o autor conecta as imagens poéticas de Platão aos versos de Safo e às Confissões de Santo Agostinho, e demonstra como pensadores e escritores vieram interpretando eros ao longo dos séculos, como Hegel, Nietzsche, Heidegger, Marcel Proust no Em busca do tempo perdido, Thomas Mann em A morte em Veneza e Anne Carson em Eros: o doce-amargo. 

O resultado é uma obra híbrida que une rigor filosófico e fluidez literária, explorando temas universais como ciúme, temporalidade do amor, ilusão e autocontrole - questões ainda centrais na experiência humana contemporânea. “O leitor tem em mãos um precioso tesouro, que pode frequentar com deleite, cuja leitura é capaz de produzir arrebatamento, isto é, aquela loucura ou mania extática, que é condição tanto da filosofia como da poesia, e que pode nos conduzir para o que verdadeiramente somos”, afirma Oswaldo Giacoia Junior, que assina a orelha do livro. 


Sobre o autor
João Constâncio
é professor catedrático do Departamento de Filosofia da Universidade Nova de Lisboa (NOVA FCSH), onde se doutorou, em 2005, com uma dissertação sobre imagens e concepções da vida humana em Platão, e onde exerce os cargos de diretor do Instituto de Filosofia da Nova (IFILNOVA) e coordenador do Doutoramento em Filosofia. É autor do livro "Arte e Niilismo: Nietzsche e o Enigma do Mundo" (Tinta-da-china, 2013), bem como coorganizador de cinco livros sobre Nietzsche — incluindo, com Maria João Mayer Branco e Bartholomew Ryan, "Nietzsche and the Problem of Subjectivity" (Walter de Gruyter, 2015). Tem escrito e lecionado igualmente sobre questões fundamentais da estética, da antropologia filosófica e da filosofia da história nas obras de Platão, Kant, Hegel, Schopenhauer e Heidegger. Os seus projetos mais recentes incluem a publicação de um opúsculo sobre "As tentações de Sant’Antão", de Hieronymus Bosch (Sobre o absurdo, Documenta, 2024); a tradução e comentário - com uma introdução escrita em colaboração com Luisa Buarque - da peça Lisístrata, de Aristófanes (em curso de publicação); e a coorganização, com Simon May, de um volume de ensaios intitulado Who is Heidegger’s Nietzsche? (Cambridge University Press, previsto para 2026).


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.: Bela Vista Cultural lança livro sobre sustentabilidade no futuro


Em um cenário marcado pela crise climática e por uma crescente escassez de recursos naturais, a escola ganha um papel central na formação de cidadãos conscientes e comprometidos com a sustentabilidade. É nesse contexto que a Bela Vista Cultural apresenta sua mais recente obra: o livro "Ideias para Um Futuro Sustentável", elaborado em conjunto com alunos de escolas de diferentes estados do Brasil.

A obra busca alcançar todos que desejam ampliar seus conhecimentos sobre o desenvolvimento sustentável e compreender mais a fundo os desafios ambientais, econômicos e sociais envolvidos na construção de um futuro equilibrado. Em sua introdução, apresenta o conceito dos ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, integrantes da Agenda 2030 da ONU, para depois, no eixo ambiental, reunir informações sobre consumo responsável, poluição e degradação, preservação da natureza, práticas de reciclagem, economia circular, a relevância dos recursos hídricos e o papel do tratamento de resíduos sólidos na redução dos impactos ambientais. 

Em seguida, no aspecto social, o conteúdo contempla diversidade, inclusão, igualdade de oportunidades e convivência comunitária, entre outros temas. Por fim, a publicação mostra de que maneira a economia influencia a nossa rotina, sugerindo escolhas mais conscientes em relação ao consumo e à conservação. Apresenta ainda exemplos inspiradores de cidades pioneiras que adotaram tecnologias inovadoras para aprimorar a mobilidade urbana e elevar a qualidade de vida de moradores e visitantes.

A parte final reúne textos elaborados a partir de sugestões de estudantes de diferentes faixas etárias do ensino fundamental, sob a orientação da equipe pedagógica da editora. As produções surgiram em atividades formativas realizadas nos primeiros meses do ano em escolas de São Paulo, Rio de Janeiro e Maranhão. Nessas unidades de ensino, ocorreram palestras e encontros que estimularam a reflexão dos alunos sobre responsabilidades individuais e coletivas diante das questões sociais e ambientais. O resultado é um conjunto de relatos que expressam, em linguagem clara e objetiva, as percepções desses jovens a respeito dos principais temas ligados à sustentabilidade.

“Criar um livro em conjunto com os alunos foi uma experiência transformadora. Ao dar voz a eles, percebemos como a consciência ambiental já faz parte das novas gerações. Muitos deles relataram que passaram a discutir sustentabilidade em casa, incentivando familiares a rever hábitos. O que diferencia esta publicação de outros projetos da Bela Vista Cultural é justamente esse protagonismo estudantil: os jovens não apenas aprendem, mas também ensinam, mostrando que têm muito a dizer sobre o futuro do planeta”, afirma Renan Cyrillo, diretor executivo da Bela Vista Cultural.

O projeto conta com patrocínio do Zmax Blue Ship Group, Cinpal, Wilson Sons e Grupo Dass, além do apoio da Itabom, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). Para ampliar o alcance da publicação, também foram desenvolvidos materiais complementares de acesso gratuito, como kit pedagógico, audiolivro, versão em Libras e conteúdos com audiodescrição, assegurando a inclusão de pessoas com deficiência visual e auditiva. 

Parte da tiragem será distribuída gratuitamente a instituições de ensino e culturais, e exemplares estarão disponíveis para aquisição no site da Bela Vista Cultural (belavistacultural.com.br/loja) ao preço simbólico de R$50,00. Merece destaque o fato de que o lançamento do livro faz parte da campanha “Ideias para Um Futuro Sustentável”, que engloba todas as ações de divulgação e difusão do projeto.


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.: "Pinóquio - O Musical" na programação do 42º Festival de Férias do Teatro Uol


De 5 de janeiro a 1º de fevereiro, o Teatro Uol, em São Paulo, recebe sete clássicos infantis que atravessam gerações e seguem vivos no repertório afetivo de muita gente. Dentro da programação do 42º Festival de Férias do Teatro Uol, às terças-feiras, às 16h00, será apresentado "Pinóquio - O Musical". No espetáculo, em uma casinha iluminada dentro de um antigo vilarejo, vivia Gepeto, um talhador de madeira de grande talento e coração ainda maior. 

Entre cucos, caixinhas de música e brinquedos coloridos, havia um que era especialmente querido: Pinóquio, uma simpática marionete de madeira. Para felicidade de Gepeto, em uma noite muito especial surgiu no céu a brilhante Estrela dos Desejos, capaz de ouvir e realizar o sonho do coração das pessoas e o velho talhador tinha apenas um pedido: que seu querido Pinóquio pudesse se tornar um menino de verdade. Elenco:  Miguel Ryan, Lucas Godoy, Beto Macedo e Ariadne Okuyama. Texto: Ella Dalcin. Direção: Rodrigo Gomes.  Realização: Dos Clássicos Produções. De 6 a 27 de janeiro, terças-feiras, às 1600. Duração: 60 minutos. Classificação: livre - indicação: a partir de 2 anos.


Sobre o Festival de Férias do Teatro Uol
Graças a uma curadoria rigorosa e consistente desde a primeira edição, o Festival de Férias do Teatro Uol, que em 2026 completa 25 anos de atividade, consolidou-se como o mais longevo de São Paulo. Localizado no Shopping Pátio Higienópolis, o Teatro Uol oferece uma experiência completa, reunindo conforto, segurança e fácil acesso, criando um cenário ideal para um programa de férias completo: entrar na sala, desligar o celular, se encantar com as histórias e sair com a cabeça cheia de arte e imaginação.


Serviço
Festival de Férias do Teatro Uol
De 5 de janeiro a 1º de fevereiro
Ingressos: R$ 100,00 (inteira) | R$ 50,00 (meia-entrada)
Televendas: (11) / 3823-2423 / 3823-2737 / 3823-2323
Vendas on-linewww.teatrouol.com.br
Horário de funcionamento da bilheteria em janeiro: segundas e terças, das 14h00 às 16h00, quartas, quintas e sextas das 14h00 às 20h00, sábados, das 13h00 às 22h00, e domingos, das 13h00 às 20h00. Não aceita cheques. Aceita os cartões de crédito: todos da Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex.  Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais. Clube Uol e Clube Folha têm 50% desconto.


Teatro Uol
Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618, Terraço. Tel.: (11) 3823-2323 
Acesso para cadeirantes- Ar-condicionado- Estacionamento do Shopping: consultar valor pelo tel: 4040-2004- Venda de espetáculos para grupos e escolas: (11) 3661-5896, (11) 99605-3094 – Patrocínio do Teatro UOL: UOL, Folha de S. Paulo, Germed e Interfood.


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.: Cineasta Mara Mourão adaptará livro "Adeus Sapiens" para o cinema


Obra futurista do brasileiro James Marins, que será lançada no mês de outubro, expõe o impacto do Homo economicus na destruição do planeta

A cineasta Mara Mourão, vencedora de dois Kikitos e indicada ao Emmy Awards pelo documentário "Doutores da Alegria", adaptará para as telas a obra "Adeus Sapiens",  livro do autor brasileiro James Marins. A obra, que mergulha na crise socioclimática enfrentada pela humanidade, faz um questionamento direto ao Homo economicus, o “filho ganancioso” do Homo sapiens, responsável por colocar o planeta em rota de uma crise climática sem precedentes. 

Longe de ser uma distopia, o trabalho propõe um plano de transformação e se apresenta como uma “eutopia” - uma visão positiva de futuro, baseada em valores realistas e alcançáveis. No livro, Marins demonstra coragem ao conceber alternativas para o fim de um “sistema obsceno de alta concentração de renda”, que alimenta o abismo da desigualdade social.

“O livro tem um formato de memórias fragmentadas, que são amarradas pela personagem Mariá, uma figura que funciona como confidente, testemunha e consciência externa”, explica Mara Mourão.  “Esse recurso é muito inteligente, porque permite que a narrativa salte no tempo e no espaço sem perder o fio condutor. É um formato que apresenta um desafio para a adaptação cinematográfica, porque os ritmos, flashbacks e flashforwards precisam criar um roteiro coeso, com estrutura de roteiro, climax e pontos de virada. Imageticamente, o livro apresenta imagens avassaladoras”, finaliza a cineasta.

Mara Mourão, que estreia nos cinemas em 2 de outubro o seu mais recente documentário, Muito Além do Lucro, une forças com James Marins para levar a poderosa mensagem de "Adeus  Sapiens", reforçando, por meio da arte, a urgência de repensarmos nosso modo de viver e nossa relação com o planeta.


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.: Primeiros filmes de Kléber Mendonça Filho ganham coleção especial


Curadoria reúne e contextualiza a fase inicial do diretor, em momento de repercussão internacional. "Eletrodoméstica" (2005), de Kléber Mendonça Filho. Foto: Divulgação / Porta Curtas

Enquanto o longa-metragem “O Agente Secreto”, em cartaz na Rede Cineflix e em cinemas de todo o Brasil, reafirma o prestígio internacional do cineasta Kléber Mendonça Filho - seu filme foi escolhido representante brasileiro no Oscar 2026 e celebrado pela crítica - cresce também o interesse por sua trajetória. Nesse contexto, o Porta Curtas (portacurtas.org.br) primeiro e maior site de exibição e catalogação de curtas-metragens do Brasil, traz de volta ao centro da programação seus primeiros curtas-metragens, reunidos na coleção especial “A Vida É Curta - Kléber Mendonça Filho”.

“A Vida é Curta” é a série do Porta Curtas voltada para os primeiros trabalhos de cineastas brasileiros. Os filmes já integram o acervo da plataforma, mas agora são compilados em uma pasta que destaca a fase inicial do diretor, permitindo uma visão mais clara de suas primeiras escolhas formais e narrativas. A proposta é oferecer um novo acesso a esses curtas, evidenciando afinidades, tensões e procedimentos que se consolidariam ao longo de sua carreira.

“Mais do que relançar filmes já disponíveis, queremos propor uma nova entrada para o cinema inicial do Kléber, mostrando como esses curtas permanecem vivos e continuam a reverberar no presente”, afirma a equipe de curadoria do Porta Curtas. Paralelamente à coleção, o Porta Curtas retomará nas redes sociais uma série de vídeos de arquivo - gravados há dez anos - em que Kléber comenta seus primeiros filmes. Esses registros voltam a circular como material complementar, oferecendo ao público outras perspectivas sobre essas produções.
 
Segundo a curadoria, os temas que mais tarde se tornariam marcantes - a política do cotidiano, a fabulação urbana, o humor estranho, as microtensões sociais - já estavam presentes nesses filmes. Para o Porta Curta, é importante manter a produção curta-metragista brasileira em circulação e diálogo. A curadora acredita que a coleção dedicada ao Kléber é parte desse esforço: recontextualizar, reorganizar e devolver ao debate obras que nunca deixaram de ser importantes.”

Confira os títulos da coleção:
"Recife Frio" (2009)
Uma sátira em forma de falso documentário que imagina Recife subitamente tomada por um microclima gelado.

"Vinil Verde" (2004)
Suspense doméstico filmado a partir de fotografias 35mm - hoje um dos curtas mais cultuados da década.

"Eletrodoméstica" (2005)
Crônica visual sobre consumo, cotidiano e os mecanismos que moldam a vida urbana.

"A Menina do Algodão" (2003)
Codirigido com Daniel Bandeira, revisita o imaginário do horror escolar brasileiro.

"Noite de Sexta, Manhã de Sábado" (2003)
Filmado em Kiev, acompanha uma história de amor atravessada por distâncias físicas e afetivas.
 

Sobre o Porta Curtas
Com um acervo diverso, o Porta Curtas - lançado de forma pioneira em 2002, antes do YouTube - oferece a possibilidade de assistir a filmes completos na correria do dia a dia. São produções ideais para serem conferidas em salas de espera, no transporte público ou aproveitando momentos de intervalo. Além dos 1000 títulos disponíveis, o Porta Curtas possui um cerca de 12 mil produções catalogadas que podem ser acessadas através do mecanismo de busca do site.Quem é assinante Claro tv+ acessa gratuitamente todo o conteúdo do Porta Curtas. Quem não é e quer fazer parte, é só acessar o site neste link, se cadastrar e assinar o serviço que tem o valor de R$ 6,90 ao mês.


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.: James Cameron já filmou grandes sucessos de Hollywood, saiba quais


Premiado no Oscar e dono da maior bilheteria da história, cineasta revolucionou a ação e a ficção científica nas telonas

Poucos cineastas têm uma carreira tão brilhante quanto James Cameron. Em uma trajetória que já dura mais de 40 anos, o diretor de "Titanic" (1997), "Avatar" (2009) e muito mais, construiu uma filmografia que coleciona troféus no Oscar e lidera o ranking da maior bilheteria de todos os tempos. Mesmo com todos esses recordes e honrarias, ele não planeja parar tão cedo e atualmente pode ser visto em  "Avatar: fogo e Cinzas", um dos filmes mais esperados de 2025, em cartaz na Rede Cineflix e em cinemas de todo o Brasil.

A história de Cameron começa como a de muitos trabalhadores do cinema: de forma independente. Inspirado pelo lançamento do primeiro filme de "Star Wars", em 1977, ele se juntou ao amigo Randall Frakes para escrever e dirigir "Xenogenesis", curta de ficção científica financiado por dentistas e filmado na sala de casa. O projeto trouxe temas e ideias que Cameron veio a explorar no futuro – como o convívio entre humanos e robôs, alienígenas azuis e mais –, mas é mais lembrado por tê-lo levado ao lendário diretor, roteirista e produtor Roger Corman.

Na produtora de Corman, o jovem James Cameron teve seus primeiros trabalhos formais na indústria, indo desde miniaturas e efeitos especiais à direção de arte. Essas experiências renderam ao cineasta a chance de mostrar a que veio em "Piranha II: assassinas Voadoras" (1982), em que trabalharia como diretor de efeitos especiais, mas assumiu o comando quando o diretor original deixou o projeto por diferenças criativas. Infelizmente, o próprio Cameron teve sua cota de problemas com os produtores e ficou tão descontente com o resultado final que o renega ao ponto de não considerá-lo sua estreia em longas-metragens.

Se você perguntar a Cameron, ele vai dizer que estreou como diretor em "O Exterminador do Futuro" (1984). Inspirado pelo slasher "Halloween - A Noite do Terror" (1978) e por um pesadelo envolvendo um tronco metálico armado por facas, o cineasta criou a história de Sarah Connor (Linda Hamilton), uma jovem perseguida em 1984 pelo "Exterminador" (Arnold Schwarzenegger), um ciborgue enviado de 2029 para matá-la e impedir que ela dê à luz ao futuro salvador a humanidade da extinção pelas mãos das máquinas.


Arnold Schwarzenegger em "O Exterminador do Futuro"
O filme fez enorme sucesso, catapultando as carreiras do elenco e, principalmente, do diretor, que usou o reconhecimento de crítica e bilheteria para convencer executivos a deixá-lo comandar a continuação de "Alien: o Oitavo Passageiro" (1979). Ciente de que seria impossível recapturar a magia do primeiro, um clássico instantâneo do terror, ele decidiu incrementar o novo capítulo com a combinação entre ação e suspense que havia dominado no longa anterior.

O resultado foi "Aliens: o Resgate" (1986), que mostra o despertar de Ellen Ripley (Sigourney Weaver) décadas após o encontro com o Xenomorfo. Traumatizada e desacreditada, ela acaba de frente com os alienígenas novamente quando precisa embarcar em uma missão para investigar a perda de comunicação com uma colônia humana na Lua onde os ovos dos alienígenas assassinos foram encontrados.

Não é exagero dizer que James Cameron dobrou a intensidade, a tensão e o escopo em relação a "O Exterminador do Futuro", ao ponto de Aliens ser um raro caso em que a sequência é tão boa - se não melhor - que o antecessor. Todo esse capricho compensou com sucesso de público, com uma bilheteria que dobrou a de Exterminador, e de crítica, sendo o primeiro filme da carreira do diretor a ser indicado ao Oscar, levando os troféus de Melhor Edição de Som e Melhores Efeitos Visuais.


Sigourney Weaver em "Aliens: o Resgate"
Com o prestígio de "Aliens: o Resgate", James Cameron decidiu explorar uma ideia antiga sobre uma de suas paixões: o fundo do mar. "O Segredo do Abismo" (1989) é um suspense que acompanha um grupo da marinha dos EUA investigando o misterioso desaparecimento de um submarino norte-americano. Porém, em vez de um possível crime de guerra, eles se deparam com algo ainda mais sinistro: alienígenas.

Assim como outros títulos da filmografia do diretor, o longa é resultado de uma produção tão ambiciosa quanto grandiosa, com 40% do filme situado embaixo d’água. Essa escolha criativa levou a desafios práticos, que vão desde gravações em gigantescos tanques de água em uma usina nuclear abandonada até um trabalho de computação gráfica que levou as possibilidades da técnica ao limite da época. Um trabalho que depois foi reconhecido no Oscar, que deu a O Segredo do Abismo o prêmio de Melhores Efeitos Visuais.

Ed Harris e Mary Elizabeth Mastrantonio em "O Segredo do Abismo"
Após explorar o fundo do mar, James Cameron voltou para a superfície e, mais específicamente, para o universo que lhe abriu as portas em Hollywood. Em 1991, chegou aos cinemas "O Exterminador do Futuro 2: o Julgamento Final" (1991), que nasceu da inusitada ideia de transformar o exterminador em herói e mostrá-lo unindo forças a Sarah Connor e seu filho, John (Edward Furlong), o jovem destinado a destruir o império das máquinas que novamente tenta matá-lo enviando um ciborgue do futuro.

O longa marcou um novo auge na carreira do diretor em praticamente todos os sentidos, o que se refletiu na maior bilheteria de sua carreira até ali e a vitória em quatro categorias no Oscar, incluindo na tradicional categoria de Melhores Efeitos Visuais. A produção também firmou uma nova parceria entre o cineasta e Arnold Schwarzenegger, justamente a estrela de seu filme seguinte.

Cameron deu sequência a "Exterminador 2" com "True Lies" (1994), filme inspirado no francês "La Totale!" (1991), em que misturou ação e comédia para contar a história de Harry Tasker (Schwarzenegger), um espião do governo dos EUA que está no encalço de um grupo terrorista. Porém, durante a missão, ele descobre que a persona chata que usa como disfarce o afastou da esposa, Helen (Jamie Lee Curtis), que está cada vez mais entediada e descontente com o casamento. Harry decide levá-la na missão, em tentativa desesperada de salvar o mundo e seu relacionamento ao mesmo tempo.

Assim como "O Segredo do Abismo", "True Lies" é ofuscado por estar entre dois grandes clássicos da carreira de James Cameron. Afinal, três anos após essa comédia de ação descompromissada, o cineasta lançou nos cinemas outra de suas obras primas: "Titanic" (1997). Baseado na tragédia real do naufrágio do RMS Titanic em 1912, o longa conta o improvável romance de Rose (Kate Winslet) e Jack (Leonardo DiCaprio), casal que se conhece e vive uma avassaladora história de amor a bordo do navio. Isso é, até ele colidir com um iceberg, causando uma intensa luta por sobrevivência da qual parte da tripulação não sai com vida.

Quase 30 anos depois, o filme dispensa apresentações e isso se deve ao nível de espetáculo trazido à tela. O épico que mistura romance e desastre arrebatou o público e se tornou a maior bilheteria da história – até ser superado por outro projeto do diretor anos depois. A crítica também se rendeu ao longa, que venceu 11 Oscars, incluindo Melhor Filme e Melhor Direção. Impressionante por si só, esse número deu a "Titanic" o posto de maior vencedor da história da premiação ao lado de "Ben-Hur" (1967) e "O Senhor dos Anéis: o Retorno do Rei" (2003), que também levaram 11 troféus para casa.


Leonardo DiCaprio e Kate Winslet em "Titanic"
Após o bombástico sucesso de "Titanic", James Cameron voltou suas atenções a duas coisas distintas. A primeira foi a direção de documentários, começando com "Fantasmas do Abismo" (2003), em que explorou os destroços do RMS Titanic com tecnologia 3D e utilizou as imagens atuais para reconstituir a aparência original do navio. O projeto foi seguido por Criaturas das Profundezas (2005), em que se uniu a cientistas da NASA e biólogos para explorar o sistema montanhoso localizado no fundo do mar para investigar como vivem criaturas nesse ambiente e como essas condições poderiam moldar espécies alienígenas.

Por trás das câmeras, Cameron se dedicou ao desenvolvimento de tecnologias cinematográficas potentes o suficiente para realizar um projeto que estava em sua mente desde a década de 1990: "Avatar". Novamente inspirado por um sonho e por histórias clássicas de aventura e ficção científica, o cineasta criou Pandora, uma lua que se torna alvo de colonização por parte dos humanos, que querem extrair uma substância valiosa. O plano colonizador coloca em risco toda a vida no local, o que leva os nativos Na’Vi a se levantarem contra a exploração com a ajuda de Jake Sully (Sam Worthington), um humano que passa a habitar um corpo Na’Vi graças ao avançado Programa Avatar.

"Avatar" chegou aos cinemas em 2009 trazendo um espetáculo que transpira trabalho e criatividade. Além do impressionante aspecto tecnológico, que possibilitou uma exibição em 3D com qualidade nunca antes vista e a criação de um mundo fantástico com uma inigualável riqueza de detalhes, a produção conta com designs de encher os olhos e até trouxe uma língua própria desenvolvida pelo renomado linguista Paul Frommer. Um trabalho que levou o público em massa aos cinemas, transformando-o na maior bilheteria de todos os tempos. Prestígio que chegou também ao Oscar, que deu ao longa três estatuetas, incluindo um prêmio de Melhores Efeitos Visuais que nunca foi tão merecido.

Zoe Saldaña e Sam Worthington em "Avatar"
Apaixonado por esse universo e seus personagens, James Cameron passou a se dedicar quase exclusivamente às aventuras em Pandora. O cineasta e sua equipe começaram a trabalhar para expandir o longa não em uma, mas em quatro sequências, focadas em desenvolver a épica jornada de Jake e sua esposa, a Na’vi Neytiri (Zoe Saldaña), enquanto exploram novos locais e culturas do planeta. A primeira continuação foi "Avatar: o Caminho da Água" (2022), que chegou aos cinemas mais de uma década após o longa original e provou que o público está mais do que disposto a acompanhar o cineasta em sua saga sci-fi. Situado anos após Avatar, a sequência acompanha Jake, Neytiri e seus filhos buscando abrigo no Povo da Água após o retorno dos humanos.

O longa abocanhou o Oscar de Melhores Efeitos Visuais e arrecadou dinheiro o suficiente para se tornar a terceira maior bilheteria da história – unindo-se a um top 5 que inclui o primeiro "Avatar" (1º) e "Titanic" (4º).


Zoe Saldaña e Sam Worthington em "Avatar: o Caminho da Água"
Felizmente, os fãs não precisam esperar mais de uma década para conferir o novo capítulo dessa saga. Três anos após "O Caminho da Água", a franquia que retornou em dezembro de 2025 com "Avatar: fogo e Cinzas", longa que mostrará a família Sully lidando com o perigoso Povo das Cinzas, que renegou a pacífica cultura dos Na’Vi em favor de um caminho mais sombrio que os leva a unir força com os humanos, ainda interessados em explorar Pandora.


Ficha técnica
“Avatar: Fogo e Cinzas” | “Avatar: Fire and Ashes” (título original)

Gênero: ficção científica, aventura, ação
Classificação indicativa: 12 anos
Ano de produção: 2025
Idioma: Inglês (dublado e legendado em português no Brasil)
Direção: James Cameron
Roteiro: James Cameron, Rick Jaffa e Amanda Silver
Elenco: Sam Worthington, Zoe Saldaña, Sigourney Weaver, Stephen Lang, Kate Winslet
Distribuição no Brasil: Walt Disney Studios Motion Pictures Brasil / 20th Century Studios
Duração: 3h17m
Cenas pós-créditos: não 


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#Avatar #AvatarFogosECinzas #FernandaMontenegro #JamesCameron #Cinema

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