sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

.: Com Selton Mello, “Anaconda” ri do próprio mito e se reinventa na selva


Por 
Helder Moraes Miranda, jornalista e crítico de cultura, editor do portal Resenhando.com

O cinema de aventura ganha fôlego renovado com a estreia de “Anaconda”, releitura irreverente da franquia que se tornou cult nos anos 1990 e que agora retorna às telas brasileiras misturando comédia, suspense e metalinguagem. Dirigido por Tom Gormican e protagonizado por Jack Black e Paul Rudd, o longa-metragem chega aos cinemas apostando menos no terror explícito e mais na autoconsciência narrativa, dialogando diretamente com o próprio imaginário do cinema industrial e seus bastidores.

Entre os destaques do elenco está a presença do ator brasileiro Selton Mello, que participa da produção em um momento especialmente simbólico de sua carreira. O ator brasileiro vem do reconhecimento internacional com o drama “Ainda Estou Aqui”, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, e também do enorme sucesso popular de “O Auto da Compadecida 2”, reafirmando sua versatilidade ao transitar entre registros dramáticos e cômicos. Em “Anaconda”, Selton se insere com naturalidade em uma produção de grande escala, com um personagem bem-humorado.

A história acompanha Doug (Jack Black) e Griff (Paul Rudd), dois amigos de longa data, cinéfilos assumidos e atravessando crises pessoais típicas da meia-idade, que decidem refazer o clássico “Anaconda” como forma de resgatar relevância e sentido para suas vidas. O projeto, inicialmente tratado como uma aventura quase nostálgica, leva a dupla até a Amazônia, onde as filmagens logo escapam do controle. O que começa como um exercício de homenagem irônica ao cinema dos anos 1990 se transforma em uma experiência de sobrevivência quando uma anaconda gigante real surge no set, impondo perigo concreto e elevando a tensão da narrativa.

Com roteiro assinado pelo próprio Tom Gormican em parceria com Kevin Etten, o filme investe em humor autorreferencial, brincando com clichês do gênero, os excessos das refilmagens hollywoodianas e a obsessão contemporânea por franquias recicladas. A proposta encontra eco em uma tendência recente do cinema comercial, que revisita sucessos do passado não apenas para explorá-los novamente, mas para comentá-los criticamente, ainda que sem abrir mão do entretenimento direto.

Ficha técnica
“Anaconda”
Gênero: comédia, aventura e suspense
Classificação indicativa: 14 anos
Ano de produção: 2025
Idioma: inglês
Direção: Tom Gormican
Roteiro: Tom Gormican e Kevin Etten
Elenco: Jack Black, Paul Rudd, Selton Mello
Distribuição no Brasil: Sony Pictures / redes exibidoras nacionais
Duração: 1h39
Cenas pós-créditos: não

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As principais estreias da semana podem ser assistidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

Cineflix Miramar | Santos | Sala  3
26/12/2025 a 30/12/2025 | Sessões dubladas | 14h00 e 16h20
26/12/2025 a 30/12/2025 | Sessões legendadas | 18h20 e 21h00
No Miramar Shopping | Rua Euclides da Cunha, 21 - Gonzaga - Santos/SP. Ingressos neste link.

Tags
#Anaconda #SeltonMello #JackBlack #PaulRudd #cinema

.: Nos cinemas, "A Empregada" expõe o terror escondido na rotina doméstica


Por 
Helder Moraes Miranda, jornalista e crítico de cultura, especial para o portal Resenhando.com

A Paris Filmes abre o calendário cinematográfico de 2026 com a estreia de “A Empregada”, suspense psicológico que chega oficialmente à Rede Cineflix e aos cinemas brasileiros em 1º de janeiro, após sessões antecipadas. Baseado no best-seller homônimo de Freida McFadden, o longa aposta na tensão construída dentro do espaço doméstico e nas relações de poder silenciosas para conduzir uma narrativa marcada por manipulação, segredos e reviravoltas.

Na trama, Millie, vivida por Sydney Sweeney, é uma jovem sem casa e sem alternativas concretas de sobrevivência que aceita trabalhar como empregada doméstica para a aparentemente perfeita família Winchester. A promessa de um recomeço logo se revela uma armadilha quando a rotina na mansão passa a expor fissuras inquietantes. Nina, a patroa interpretada por Amanda Seyfried, e Andrew, personagem de Brandon Sklenar, formam um casal cujo conforto material contrasta com a instabilidade emocional e os segredos perigosos que cercam a casa.

Dirigido por Paul Feig, conhecido por transitar entre a comédia e o suspense em títulos como "Um Pequeno Favor", o filme marca uma inflexão mais sombria em sua filmografia recente. O roteiro é assinado por Rebecca Sonnenshine, que adapta a narrativa literária preservando o clima claustrofóbico e o jogo psicológico que transformou o livro em fenômeno editorial internacional. O elenco conta ainda com Michele Morrone, ampliando o alcance comercial da produção.

“A Empregada” se insere em um movimento recente do cinema que revisita o suspense psicológico ambientado em espaços cotidianos, explorando o desconforto gerado por relações de trabalho marcadas por desigualdade social e dependência emocional. Críticos da imprensa internacional já destacaram a força da história original de McFadden justamente por deslocar o medo do extraordinário para o banal, fazendo da casa um território instável e da confiança um risco permanente. A adaptação cinematográfica segue essa linha, apostando menos no susto imediato e mais na construção gradual da tensão, sustentada pelas performances centrais e pela atmosfera de constante ameaça.


Ficha técnica
“A Empregada” | “The Housemaid”
Gênero: suspense psicológico.
Classificação indicativa: 16 anos.
Ano de produção: 2025.
Idioma: inglês.
Direção: Paul Feig.
Roteiro: Rebecca Sonnenshine.
Elenco: Sydney Sweeney, Amanda Seyfried, Brandon Sklenar, Michele Morrone.
Distribuição no Brasil: Paris Filmes.
Duração: 2h11min.
Cenas pós-créditos: não.

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Cineflix Miramar | Santos | Sala 2
26/12/2025 a 30/12/2025 | Sessões legendadas | Sala 4 | 20h50
No Miramar Shopping | Rua Euclides da Cunha, 21 - Gonzaga - Santos/SP. Ingressos neste link.

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#AEmpregada #SydneySweeney #AmandaSeyfried #CineflixCinemas #cinema

.: "Bob Esponja 4" desce ao fundo do mar para provar que personagem cresceu

Por Helder Moraes Miranda, jornalista e crítico de cultura, especial para o portal Resenhando.com

A estreia de "Bob Esponja: em Busca da Calça Quadrada" recoloca nos cinemas o personagem mais longevo e reconhecível da Nickelodeon em um momento estratégico do calendário: o Natal, quando o público familiar domina as salas. Em cartaz na rede Cineflix e em cinemas de todo o Brasil, o longa aposta na combinação de aventura inédita, humor autorreferente e uma atualização estética que dialoga com a nova geração sem perder o vínculo afetivo com quem acompanha a série desde o fim dos anos 1990. Dirigido por Derek Drymon - veterano do universo do personagem e um dos responsáveis pela linguagem visual que consolidou a série -, o filme apresenta Bob Esponja às voltas com uma missão tão simbólica quanto literal: provar que é “um grandão”, enfrentando seus próprios limites ao seguir o enigmático Holandês Voador rumo às regiões mais profundas do oceano.

A trama se estrutura como um rito de passagem, algo recorrente nos filmes do personagem, mas aqui conduzido com maior ênfase no imaginário da aventura clássica, evocando narrativas marítimas e o fascínio pelo desconhecido. O roteiro, alinhado ao espírito nonsense que consagrou a franquia, alterna sequências de ação com comentários metalinguísticos e gags visuais que remetem tanto à série original quanto aos longas anteriores. A presença do Holandês Voador como eixo dramático não é casual: trata-se de um dos antagonistas mais populares da animação televisiva, resgatado aqui com contornos mais épicos, segundo anteciparam veículos da imprensa internacional ao destacar a ambição visual do projeto e a ampliação do universo subaquático.

No elenco de vozes original, o filme mantém os intérpretes clássicos, reforçando a continuidade afetiva da franquia, ao mesmo tempo em que abre espaço para participações especiais. Uma das curiosidades mais comentadas na imprensa cultural é a participação da rapper Ice Spice, que além de dublar uma personagem inédita, também assina a música “Big Guy”, usada como elemento narrativo e promocional do longa. A estratégia dialoga com movimentos recentes da indústria de animação, que busca integrar artistas pop ao storytelling para ampliar o alcance entre públicos mais jovens, algo já observado em produções de grandes estúdios nos últimos anos.


A campanha de divulgação no Brasil tem sido intensa. A Paramount Pictures Brasil promoveu o chamado “Yellow Day”, ação digital que tomou as redes sociais da distribuidora com intervenções do próprio personagem, antecipando o tom lúdico e interativo do filme. Paralelamente, parcerias comerciais - como a ação do Burger King®, que levou personagens da Fenda do Biquíni ao Combo King Jr.™ - reforçam a presença do longa no cotidiano do público, numa estratégia transmídia que a grande imprensa costuma associar à força mercadológica e simbólica da marca Bob Esponja.

Produzido pela Paramount Animation em parceria com a Nickelodeon Movies, Domain Entertainment e MRC, o filme aposta em tecnologia de animação atualizada, sem abandonar o traço caricatural que sempre definiu o personagem. Críticos estrangeiros que acompanharam prévias destacaram o equilíbrio entre nostalgia e renovação, apontando o longa como uma tentativa bem-sucedida de reafirmar Bob Esponja como um ícone pop capaz de atravessar gerações. 


Ficha técnica
“Bob Esponja: em Busca da Calça Quadrada” | “The SpongeBob Movie: Search for SquarePants” | “SpongeBob: à Procura das Calças Quadradas” (título em Portugal)
Gênero: animação, aventura, comédia.
Classificação indicativa: 10 anos.
Ano de produção: 2025.
Idioma: Inglês.
Direção: Derek Drymon.
Roteiro: equipe criativa da Nickelodeon (baseado nos personagens de Stephen Hillenburg).
Elenco: Tom Kenny, Bill Fagerbakke, Rodger Bumpass, Clancy Brown, entre outros.
Distribuição no Brasil: Paramount Pictures Brasil.
Duração: 1h36m.
Cenas pós-créditos: não.


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Cineflix Miramar | Santos | Sala 2
26/12/2025 a 30/12/2025 | Sessões legendadas | Sala 4 | 14h20
No Miramar Shopping | Rua Euclides da Cunha, 21 - Gonzaga - Santos/SP. Ingressos neste link.


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#BobEsponja4 #BobEsponja #BobEsponjaEmBuscaDaCalcaQuadrada #CineflixSantos #cinema 

.: “Libido da Alma”: Guilherme Arantes lança o primeiro single de seu novo álbum


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: Leo Aversa 

Chega às plataformas de música o single “Libido da Alma”, primeira amostra de "Interdimensional", o novo álbum de Guilherme Arantes. Gravada em seu estúdio na Espanha, a faixa retoma as referências musicais que marcaram a virada dos anos 1970 para os 1980, representadas no Brasil por nomes como Lincoln Olivetti e Robson Jorge, entre outros.

Esse universo é absolutamente familiar ao próprio Guilherme Arantes, que misturou soul e funk em peças de seu repertório que se tornaram clássicos da música brasileira, como “Aprendendo a Jogar” (lançado por Elis Regina), “Fio da Navalha" (tema da novela “Partido Alto”) e “Pedacinhos”, balada black-bossa que virou um dos grandes sucessos da carreira do cantor e compositor paulistano.

Com letra que celebra a possibilidade de ser feliz sozinho, “Libido da Alma” dá um passo adiante nessa brasilidade black. A gravação ressalta a melodia e o vocal aponta para o canto de João Gilberto, em emissão minimalista e delicada. O instrumental traz o swing das guitarras de Alexandre Blanc em diálogo com as percussões latinas e a bateria precisa de Gabriel Martini.

O arranjo combina timbres clássicos e contemporâneos, incluindo string machines reminiscentes de um Elka Rhapsody de 1974, órgão Hammond C3, Clavinet D3 Honner com wah wah, Rhodes Mark V, além do piano Yamaha CP70 com flanger Mutron, marca registrada do pop de Guilherme Arantes. Há ainda inserções em reverse áudio, típicas da era das fitas de gravação, e um coro de vozes rigorosamente soul, reforçando o caráter vintage e radiofônico da faixa. O baixo suingado com slaps é assinado por Milton Pellegrin, da banda de Ed Motta.

O single foi mixado por Sylvia Massy (Oregon) e masterizado por Felipe Tichauer. A capa foi criada por Guilherme Arantes a partir de uma foto de Márcia Arantes. Interdimensional, o álbum completo, tem lançamento marcado para o dia 15 de janeiro de 2026.

"Libido da Alma"

.: #VivoLendo: “Ascensões e Descensos”, de Marcelo Tápia


Por Vieira Vivo, escritor e ativista cultural.

o ser é o que transita
nos limites do elástico

A leitura apurada de “Ascensões e Descensos” de Marcelo Tápia, publicado pela Editora Madamu, nos revela um aprimorado equilíbrio entre inúmeras vertentes literárias. Os versos traduzem, a cada página, toda a cultura poética do autor, trafegando entre versos livres e métricas concisas a desnudar suas memórias, reminiscências, experiências e fábulas e nos remetem aos escribas da Grécia clássica ao modernismo e aos meandros da metalinguagem. 

O aprimoramento técnico em redondilhas, terças rimas e decassílabos nos conduz a um bailado rítmico de tambores, compassadamente hipnóticos, a realçar os íctos fixos das sílabas métricas a direcionar o âmago das emoções e à dramaticidade contida pela respiração, a nos transportar aos primórdios da poesia falada na literatura teatral da antiguidade.

Entre a sabedoria exposta pelos saberes e sabores, nota-se na construção dos versos a vivência observadora e reflexiva do ser humano atento aos aromas, aos paladares, à passagem do tempo, aos frutos e alimentos e à presença dos desafortunados que transitam anônimos ao redor do escriba. Nos textos fabulares vemos os elementos da natureza, os animais, os rios e as plantas esbanjarem ensinamentos e ética e percebemos, ainda, as glórias homéricas dos vencedores e a capitulação fatal dos derrotados: "... as vozes ressurgindo dos silêncios".

O livro traz posfácio de Leonardo Antunes a nos orientar, em uma dissecação segura e precisa, dos pendores técnicos de Marcelo Tápia e sua marcante trajetória na literatura contemporânea e, ainda, a orelha escrita pelos editores Marcelo e Valéria Toledo. E mesmo após nos encantarmos com a grandeza e o teor poético e vivencial de “Ascensões e Descensos” percebemos implícito em cada poema a fragilidade fugaz de nossa existência e a consistência fugidia de nosso legado sob a contínua concepção dos tempos: "por que esperar ser algo além do nada?".

quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

.: Crítica: "A Empregada" é suspense psicológico cheio de reviravoltas



 "A Empregada" está em cartaz na Cineflix Cinemas de Santos


Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em dezembro de 2025


Um suspense psicológico que esbarra num drama com um desfecho plausível de atingir quaisquer mulheres. O romance "A Empregada", adaptado do livro de mesmo título assinado pela escritora Freida McFadden, começa com a jovem Millie (Sydney Sweeney, de "Madame Teia") tentado e conquistando a vaga de empregada na mansão de um casal rico, os Winchester. Desesperançada em relação a vaga, uma ligação é capaz de mudar tudo.

Contudo, assim que pisa na casa para iniciar a experiência de trabalho, os indícios de que a estadia ali seria um pesadelo assombroso são dados. Por outro lado, a jovem não tem condições de abandonar o posto conquistado. Assim, Nina (Amanda Seyfried, de "Meninas Malvadas" e "Mamma Mia!") começa um jogo psicológico ferrenho com Millie, espirrando no próprio marido, Andrew (Brandon Sklenar, de "É Assim Que Acaba") que se mostra um homem muito compreensivo. 

No meio da jogada, ainda estão a filha de Nina, a garotinha apática Cece (Indiana Elle) e até o jardineiro Enzo (Michele Morrone). Tudo deixa claro para Millie deixar a tal vaga, mas seu histórico a prende em tal história que vira exageradamente alucinada entregando novas reviravoltas impressionantes. A cada revelação e alteração no rumo da trama, o ritmo acelerado torna ao longa com duração de 2 horas e 11 minutos extremamente envolvente e capaz de fazer roer as unhas. 

Embora comece numa sequência no estilo conto de fadas, "A Empregada" alerta que o príncipe encantado personificado num homem lindo e com dinheiro escorrendo pelos dedos, pode ser sapo, mostrando sua verdade da noite para o dia, com defeitos gravíssimos -inclusive psicológicos. "A Empregada" é suspense cheio de reviravoltas que vale a ida ao cinema!

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no GonzagaConsulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


"A Empregada". (“The Housemaid"). Classificação indicativa: 16 anos. Gênero: suspense psicológico. Ano de produção: 2025. Idioma: inglês. Direção: Paul Feig. Roteiro: Rebecca Sonnenshine. Duração: 2h 11 min. Cenas pós-créditos: não. Elenco: Sydney Sweeney (Millie), Amanda Seyfried (Nina), Brandon Sklenar (Andrew). Sinopse: Suspense psicológico de sucesso, baseado no livro homônimo de Freida McFadden, que virou filme estrelado por Sydney Sweeney e Amanda Seyfried, estreando nos cinemas brasileiros em 1º de janeiro de 2026, com sessões antecipadas a partir de 19 de dezembro, sobre uma empregada com um passado turbulento que descobre segredos perigosos em uma mansão rica. A trama segue Millie (Sweeney), que arruma um emprego com o rico casal Winchester, Nina (Seyfried) e Andrew, mas logo percebe que Nina a manipula psicologicamente e esconde verdades sombrias por trás da fachada de família perfeita. 

Trailer de "A Empregada"



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.: Best-seller para superar a ansiedade social ganha edição no Brasil


Psicóloga clínica da Universidade de Boston coloca o foco em técnicas e práticas baseadas em terapia cognitivo-comportamental (TCC) para explicar como é possível reprogramar o cérebro para silenciar o "Crítico Interno"


A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o Brasil possui um dos maiores índices de ansiedade do mundo, onde mais de 18 milhões de brasileiros sofrem com esse tipo de transtorno. Nos últimos dois anos, observou-se que 43,5% dos brasileiros que passam mais de 3 horas por dia nas redes sociais apresentavam diagnóstico de ansiedade. Para servir como uma espécie de guia para quem diariamente enfrenta a ansiedade social, a Editora Cultrix lança no Brasil o livro “Como Ser Você Mesmo - Como Silenciar seu Crítico Interno e Superar a Ansiedade Social”, no qual a Dra. Ellen Hendriksen, Ph. D pela Universidade da Califórnia, afirma que “ser você mesmo” não significa estar 100% relaxado o tempo todo, mas sim agir com intenção, mesmo quando se sente vulnerável.

Por meio de seu trabalho como psicóloga clínica, “Como Ser Você Mesmo” oferece um mapa claro e compassivo para aqueles que lutam contra a ansiedade social – um dos transtornos mais comuns e incapacitantes da atualidade. Com base em anos de prática terapêutica e pesquisa científica, Hendriksen apresenta estratégias práticas para silenciar a voz do “crítico interno” - aquela vozinha incômoda que sussurra: “Todo mundo vai julgar você” - e enfrentar fobias sociais de forma gradual e autêntica, para construir interações baseadas na verdadeira essência de cada pessoa. Na obra, ela defende que “a chave para vencer a ansiedade não é se transformar em outra pessoa, mas sim agir com coragem, sendo exatamente quem você é”.

Por meio de uma linguagem acolhedora, exemplos reais de casos tratados por ela em seu consultório e exercícios de exposição controlada, ela traz técnicas de terapia cognitivo-comportamental (TCC) aplicadas à vida real; estratégias para desarmar o crítico interno e vencer a vergonha, além de métodos práticos para enfrentar e superar o medo do julgamento, tornando o livro um convite para se libertar das amarras sociais sem perder a autenticidade.

“Como Ser Você Mesmo” traz uma leitura essencial para quem busca viver com mais liberdade, autenticidade e confiança, sendo uma obra que já conquistou milhares de leitores globalmente e é recomendada por especialistas em saúde mental como uma ferramenta acessível e eficaz para o crescimento pessoal. Compre o livro “Como Ser Você Mesmo”, de Ellen Hendriksen, neste link.


Trecho do livro
“As redes sociais pioram ainda mais as coisas. Um estudo realizado na Universidade de Pittsburgh pesquisou quase dois mil jovens adultos, com idades entre 19 e 32 anos, e descobriu que, quanto mais redes sociais usavam, maior era a ansiedade. E não por causa do tempo que passavam nas redes; havia algo específico sobre esses meios. O que, exatamente? Bem, as redes sociais são uma espécie de julgamento social em público, incluindo a contagem numérica da aprovação dos outros. Especialmente para adolescentes e jovens adultos, as tarefas de construir a própria identidade e firmar a autoestima já são difíceis de realizar, mas ter amigos observando e comentando sua vida 24 horas por dia, todo dia, faz do mundo das redes sociais um ambiente hostil para se crescer.” - Ellen Hendriksen


O que disseram sobre o livro
“Ler 'Como Ser Você Mesmo' me fez sentir menos sozinha em minhas lutas contra a ansiedade social e me deu mais esperança de lidar com ela no futuro. A Dra. Ellen é uma pessoa maravilhosa e compassiva. O fato de ela também ter lutado contra a ansiedade social tornou este livro muito melhor do que outros que li sobre ansiedade social, porque sei que estou ouvindo alguém que entende exatamente como isso é. Tenho certeza de que este livro será relido sempre que eu estiver com problemas com minha ansiedade social. Muito obrigada por este livro, Ellen!!!” - Goodreads, resenha 5 Estrelas

“'Seja Apenas Você Mesmo!’ Provavelmente, você já ouviu esse conselho e pensou: ‘Tá, mas como?’ O livro de Ellen Hendriksen é para os milhares de pessoas que se consideram caladas, tímidas, introvertidas ou socialmente ansiosas. Com narrativa envolvente e fácil de acompanhar, a autora conduz seu público a uma viagem inspiradora, que começa mostrando como a ansiedade social se instala no cérebro e como podemos aprender a viver sem medo.”  – Susan Cain, autora de "O Poder dos Quietos", best-seller do The New York Times e do USA Today


Sobre a autora:
A Dra. Ellen Hendriksen é psicóloga clínica do Centro de Ansiedade e Transtornos Relacionados (Card, na sigla em inglês) da Universidade de Boston, nos Estados Unidos. Obteve seu Ph.D. pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA), e concluiu seu treinamento na Harvard Medical School. Seu trabalho recebeu destaque em várias publicações, entre as quais The New York Times; The Washington Post; BBC News; New York Magazine; The Guardian; Harvard Business Review; Scientific American; The Observer; New York Magazine; O, The Oprah Magazine; Psychology Today e Goop (marca e empresa de bem-estar e estilo de vida fundada pela atriz americana Gwyneth Paltrow). É autora de How To Be Enough: Self-Acceptance for Self-Critics and Perfectionists. Mora em Boston com a família. Compre o livro “Como Ser Você Mesmo”, de Ellen Hendriksen, neste link.

.: "{FÉ}STA", do Coletivo Prot{agô}nistas, celebra o circo negro no Sesc Pompeia


O trabalho torna o picadeiro em um altar de resistência e beleza, onde o corpo negro é eternamente fonte de criação. Elenco de "{FÉ}STA", com estreia marcada para o dia 16 de janeiro no Sesc Pompeia, em São Paulo. Foto: Sergio Fernandes


Transformando o circo negro em território de memória e invenção, o Coletivo Prot{agô}nistas estreia "{FÉ}STA" no dia 16 de janeiro de 2026, no Sesc Pompeia em São Paulo, abrindo a programação 2026 do teatro. A temporada, que segue até 8 de fevereiro, tem sessões às sextas e aos sábados, às 20h00, e aos domingos, às 18h00. Nas sextas-feiras dos dias 23 e 30 de janeiro e 6 de fevereiro, há sessões extras às 16h00.

Depois de sete anos de trajetória e do impacto de primeira obra da companhia, Prot{agô}nistas - O Movimento Negro no Picadeiro, o coletivo aprofunda sua pesquisa entre circo, dança e música em "{FÉ}STA" e marca a presença do circo contemporâneo negro ocupando um dos palcos mais importantes da cidade. Com concepção e direção geral de Ricardo Rodrigues, a partir do argumento em parceria com Renato Ribeiro, Ricardo Rodrigues e Washington Gabriel, o espetáculo enaltece a música, a dança e as artes circenses com estética afro-diaspórica, permeada por poesia, humor e o risco inerente do circo que se entrelaça à força ancestral de quem celebra seus ritos.

O trabalho está amparado nos quatro eixos que atravessam a existência humana: morte, união, vida e fé. Tudo é abordado de maneira metafórica, imagética e sensorial. Nesse sentido, "{FÉ}STA" nasce como um convite para celebrar a vida em toda a sua totalidade. Entre acrobacias, música ao vivo e dança, a cena evoca a espiritualidade, a coletividade e o renascimento constante que marcam o caminhar da população negra. Cada gesto é atravessado por histórias coletivas que ecoam nas rodas, nos terreiros e nas ruas.

"Em linhas gerais, a morte é representada pela travessia. Estamos homenageando quem cruzou o Atlântico e chegou em Pindorama. A união está simbolizada pelo encontro em uma nova terra. A vida está expressa em números aéreos para mostrar a beleza do corpo. Aqui fé não tem rótulos: ela parte de uma roda de samba e caminha para o encanto sublime”, diz Rodrigues.


Sobre a encenação
Ao contrário do espetáculo anterior, "PROT{AGÔ}NISTAS - O Movimento Negro no Picadeiro", que deu foco à produção autoral dos integrantes, {FÉ}STA, desenvolve cenas coletivas. “Trabalhamos juntos para encontrar um repertório comum, pensando nessa força conjunta. Todos fazem acrobacias, dançam e cantam”, comenta Ricardo. São nove intérpretes no palco: Zanza Santos, Wilson Guilherme, Tatilene Santos, Robert Gomez, Ricardo Rodrigues, Keithy Alves, Jéssica Turbiani, Helder Vilela e Guilherme Awazu. Todos interagem com um andaime.

"Essa estrutura é nosso aparelho circense, que recebe as apresentações de dança e as acrobacias. Ele começa deitado, até que passa a desafiar à física ao ficar em várias outras posições, como em losango, em diagonal e em pé, além de girar”, conta o diretor. A trilha sonora é executada ao vivo em cena pelos artistas Guilherme Awazu, Jaque da Silva, Mariana Per, Melvin Santhana, Pitee Batelares e Vinícius Ramos. A direção musical é assinada por Melvin Santhana. O Figurino de Karine Lopes traz referências do afrofuturismo para ressaltar a elegância e realeza do elenco, apostando em tons claros que recebem o complemento do dramaturgismo na iluminação de Danielle Meireles, que ressalta cores e recria os ambientes da narrativa.

"{FÉ}STA" olha para o ciclo da vida não apenas como passagem, mas como permanência. Trata-se de um gesto político e poético que faz do circo um altar de resistência e beleza, onde o riso é fé, o encontro é renascimento, e o corpo negro, em sua travessia, é eternamente fonte de criação.


Oficinas
O Coletivo Prot{agô}nistas realiza uma série de oficinas formativas que atravessam circo, dança e música como linguagens integradas à cena contemporânea, tendo o corpo, o ritmo e o som como territórios de criação, memória e comunicação. As atividades propõem vivências práticas e reflexivas que articulam técnica, experimentação e expressividade, partindo de referências afrodiaspóricas e das pesquisas artísticas do coletivo. Destinadas a artistas, estudantes, pesquisadores, educadores e pessoas interessadas nas artes da cena, as oficinas convidam os participantes a explorar o corpo em movimento, a dança como celebração e a música como potência narrativa e política.

Na oficina "Acrobacias e Corpo em Movimento", os artistas circenses Wilson Guilherme e Tatilene Santos conduzem exercícios e jogos corporais que investigam apoios, rolamentos, tônus muscular e precisão do gesto, integrando preparação física e criação cênica. Já "Corpo em Festa: Dança e Ritmo", conduzida por Keithy Alves e Washington Gabriel, propõe uma imersão em ritmos da música preta - como samba rock, funk, step e gumboot dance - enfatizando musicalidade, ancestralidade e presença cênica. Encerrando o ciclo, "Som e Circo: o Processo de Criação Musical e Dramaturgia Sonora para a Cena" mergulha nas relações entre música, corpo e dramaturgia, com Melvin Santhana e Mariana Per, destacando o som como linguagem fundamental das artes cênicas e espaço de resistência, memória e criação coletiva.


Sobre o Coletivo Prot{agô}nistas
Com estreia em 2019, no Festival Internacional de Circo de São Paulo FIC-SP, Prot{agô}nistas - O Movimento Negro no Picadeiro, realizou a abertura do Projeto “Novos Modernistas” no Theatro Municipal de São Paulo, na noite de 8 de maio de 2019 com ingressos esgotados. A partir daí participou das principais programações do Mês da Consciência Negra: Sesc Pompéia, 1º Fórum de Performance Negra de São Paulo, SescTV, Centro de Memória do Circo, Teatros Paulo Autran, Anchieta, Antunes Filho, CCSP, entre outros.

Recebeu o troféu do Prêmio Arcanjo de Cultura em 2019 na categoria teatro como “Espetáculo Teatral que une as Artes Circenses a outras formas de Expressão Artística com Protagonismo Negro”. Em 2020, foi contemplado pela 1ª Edição do Fomento à Cultura Negra, e produziu o documentário “Estar Vivo é Nossa Maior Resistência''. Integrou os festivais como: FIC-SP 2020, Sesc Circos 2021, Mostra Bagaceira, Mostra Saruê, FIT-BH, Festival de Curitiba, Festival Folia de Circo, Festival Omodé e Festival Culturas Negras do SESCSP.

Em 2022, com patrocínio master da Unilever Brasil, realizou a Circulação Prot{agô}nistas em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife e São Paulo via Lei de Incentivo à Cultura. Em 2023, recebe o Prêmio Leda Maria Martins de Teatro Negro, na categoria Projetos Cênicos - Ancestralidade. Em 2024 comemorou cinco anos de existência com lançamento do Baile Black e atualmente, em 2025 realiza a circulação pelo projeto Viagem Teatral do SESI-SP, por cidades do interior paulista.


Ficha técnica
Espetáculo "{FÉ}STA"
Criação: Coletivo Prot{agô}nistas
Argumento: Ricardo Rodrigues, Renato Ribeiro e Washington Gabriel
Direção geral: Ricardo Rodrigues
Assistência de direção: Washington Gabriel
Direção musical: Melvin Santhana
Desenho e operação de luz: Danielle Meireles
Técnica de som: Bia Santos
Figurino: Ocorre entre linhas | Karine Lopes
Cenografia: Ricardo Rodrigues
Serralheiros: Gilson Toquearte e Jovani Almeida
Visagismo: Fagner Saraiva
Preparação circense: Erickson Almeida

Artistas criadores
Circo: Guilherme Awazu, Helder Vilela, Jéssica Turbiani, Keithy Alves, Ricardo Rodrigues, Robert Gomez, Tatilene Santos, Wilson Guilherme e Zanza Santos
Música: Guilherme Awazu, Jaque da Silva, Mariana Per, Melvin Santhana, Pitee Batelares e Vinícius Ramos.
Composições: Ayo Kuntima, Jaque da Silva, Mariana Per, Melvin Santhana, Ricardo Rodrigues e Vinicius Ramos
Coreografias: Keithy Alves, Washington Gabriel, Wilson Guilherme e Zanza Santos
Social Mídia: Rafael Americo
Designer gráfico: Lais Oliveira
Fotografia: Sergio Fernandes
Assessoria de imprensa: Canal Aberto - Márcia Marques, Daniele Valério e Marina Franco
Produção geral e executiva: Jéssica Turbiani e Ricardo Rodrigues
Realização: Exuberante Arte


Serviço
"{FÉ}STA"
Data: 16 de janeiro a 8 de fevereiro, às sextas e aos sábados, às 20h00; e, aos domingos, às 18h00. Nas sextas, dias 23 e 30 de janeiro e 6 de fevereiro, também às 16h00 (sessão dupla)
*Atenção: 23 de janeiro, 30 de janeiro e 6 de fevereiro, sessões com intérprete de Libras às 20h00
Local: Sesc Pompeia - R. Clélia, 93 - Água Branca, São Paulo, SP
Ingresso: R$ 40,00 | R$ 20,00| R$ 12,00
Formativas/Oficinas: As oficinas terão a taxa de inscrição de R$ 10,00 | R$ 5,00 | R$ 3,00. Com inscrições via app e portal Sesc.
Duração: 1h15m
Classificação: livre


Oficinas do Coletivo Prot{agô}nistas
Oficina 1 - "Circo"
Acrobacias e Corpo em Movimento
Ministrantes: Wilson Guilherme e Tatilene Santos
Vagas: 20 | Público: A partir de 16 anos

Oficina 2 - "Dança"
Corpo em Festa: Dança e Ritmo
Ministrantes: Keithy Alves e Washington Gabriel
Vagas: 30 | Público: A partir de 16 anos

Oficina 3 - "Música"
Som e Circo: o processo de criação musical e dramaturgia sonora para a cena
Ministrantes: Melvin Santhana e Mariana Per
Vagas: 30 | Público: A partir de 16 anos

.: Otto apresenta show apocalíptico no Sesc Belenzinho em janeiro


O cantor pernambucano traz o show "Otto Apocalíptico" com músicas autorais criadas ao longo da sua carreira. Foto: Moric
 

Nos dias 9 e 10 de janeiro de 2026, o Sesc Belenzinho recebe o cantor Otto. As apresentações acontecem na sexta e sábado, às 20h30, na Comedoria da unidade. Os ingressos estão disponíveis no portal sescsp.org.br e nas bilheterias físicas das unidades Sesc, a R$ 60,00 (inteira), R$ 30,00 (meia-entrada) e R$ 18,00 (Credencial Sesc). O show "Otto Apocalíptico" tem músicas autorais, das marcantes até as apocalípticas, criadas ao longo de sua carreira. Com temas como vida, morte, esperança, saudade, paz, amor, guerras, questões climáticas e relações interpessoais, a apresentação busca explorar a essência humana na sociedade.

 Ao longo de quase três décadas de estrada, o cantor, percussionista e compositor nascido no agreste pernambucano experimentou diversos estilos - do maracatu à brega, passando por manguebeat, samba, rock, eletrônica e além -, criando uma sonoridade notavelmente peculiar. Sua trajetória artística iniciou-se há mais de 30 anos, quando era percussionista das bandas Mundo Livre e Chico Science e Nação Zumbi (precursoras do movimento Mangue Beat). 

O disco "Samba pra Burro" (1998), primeiro álbum após sua saída do Mundo Livre S/A, banda em que tocava percussão. Aclamado pela crítica, foi eleito o melhor disco do ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), com sua mistura arrojada entre música eletrônica, rap e ritmos folclóricos brasileiros. Cultuado até hoje, o trabalho motivou, em 2018, uma turnê em comemoração aos 20 anos do lançamento, com músicas simbólicas, como Ciranda de Maluco e Bob.

 Depois de dar as caras com seu “som do novo milênio”, como foi saudado à época, Otto lançou, em 2001, o sugestivo Condom Black. Movido pelo desejo de inovar, tomou um novo caminho e prestou sua homenagem à negritude brasileira. Flutuante, o Galego - como é chamado pelos mais íntimos - partiu para uma sonoridade mais ambiental, psicodélica e melódica em seu disco de 2003, "Sem Gravidade". Encerrando a trilogia iniciada com "Samba pra Burro" e seguida em "Condom Black", Otto revelou sua faceta mais densa e pensante. Composições inspiradas, "Como Lavanda", "Tento Entender", "Avisa Gil" e "Pra Quem Tá Quente" dão a tônica do álbum.

Após gravar seu primeiro DVD ("MTV Apresenta Otto"), em 2005, e carregando na bagagem trabalhos elogiados e apresentações em festivais como o Heineken Concerts, Otto já havia caído nas graças do Brasil com sua originalidade inata, mas ainda existia mais por vir: o mundo o aguardava. E isso aconteceu em 2009, com o lançamento de Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos.

Tido por muitos como sua grande obra-prima, o quarto álbum de estúdio do músico foi inspirado no clássico literário de Kafka ("A Metamorfose"). Com seu lirismo visceral, o disco converteu em poesia os lamentos de dor e desabafos pessoais do compositor, como "Crua", "Janaína", "6 Minutos" e "Filha", algumas das canções mais celebradas pelos fãs nos shows, fazem parte do disco.

Reunindo um pouco de tudo o que já tinha vivido, o pernambucano pariu, mais recentemente, em 2017, sua Ottomatopeia. Nela, Otto canta o amor e a política, tópicos aparentemente antagônicos, mas profundamente embrenhados em seus pensamentos, revelando-se mais maduro que nunca, porém ainda incansável. "Bala", "Carinhosa", "Meu Dengo" e "Atrás de Você" são algumas das principais faixas do álbum, que contou com participação de Roberta Miranda, Andreas Kisser e Zé Renato.

Durante a pandemia que acometeu todo o mundo, iniciou a criação e gravação do novo disco "Canicule Sauvage", este produzido e gravado pelo artista e seu fiel escudeiro Apollo 09 (o mesmo produtor musical de seu primeiro trabalho solo). A partir do aplicativo “garage band”, o inquieto e criativo artista, conseguiu tocar todos os instrumentos e criar músicas imersivas e dançantes como "Anna", "Você Pra Mim é Tudo" e "Canicule Sauvage", originando mais um respeitado trabalho em sua história musical. 

Neste ano encontra-se em turnê com o show "Otto Apocalíptico", verdadeiro espetáculo musical, permeado de músicas autorais, impactantes e proféticas criadas ao longo de carreira do artista. Temas musicais profundos como vida, morte, esperança, saudade, paz, amor, guerras, aspectos climáticos e relações interpessoais, revelarão as profundezas do homem em sua essência na sociedade. O repertório será baseado em músicas de sua extensa discografia, adentrando em outras obras de sua longeva carreira.


Serviço
Show "Otto Apocalíptico"
Dias 9 e 10 de janeiro de 2026. Sexta e sábado, às 20h30
Local: Comedoria (1000 lugares)
Valores: R$ 60,00 (inteira); R$ 30,00 (meia-entrada), R$ 18,00 (Credencial Sesc)
Ingressos à venda no portal sescsp.org.br e nas bilheterias das unidades Sesc
Classificação: 14 anos
Duração: 90 minutos
 
Sesc Belenzinho
Rua Padre Adelino, 1000 - Belenzinho / São Paulo
Telefone: (11) 2076-9700
 

Estacionamento
De terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às 18h.
Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional.

Transporte público
Metro Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m)

.: "Gertrude, Alice e Picasso" volta aos palcos em São Paulo no Teatro das Artes


Em 9 de janeiro de 2026, aniversário de Paulo Goulart, a nova temporada estreia no Teatro das Artes, com Vanessa Goulartt assinando a direção. A montagem reúne em cena Bárbara Bruno, Patrícia Vilela e Joca Andreazza, que dão vida a uma narrativa pulsante, poética e cheia de humor sobre relações humanas, arte e memória. Foto: 
Jamil Kubruk


A peça “Gertrude, Alice e Picasso”, escrita por Alcides Nogueira, retorna aos palcos para uma emocionante temporada no Teatro das Artes, no Shopping Eldorado, em São Paulo, na Sala Wilson Rodrigues, a partir do dia 9 de janeiro de 2026 - uma data profundamente simbólica: o aniversário de Paulo Goulart, pai de Bárbara Bruno, que integra o elenco, e avô de Vanessa Goulartt, que assina a direção. 

A montagem reúne em cena Bárbara Bruno, Patrícia Vilela e Joca Andreazza, que dão vida a uma narrativa pulsante, poética e cheia de humor sobre relações humanas, arte e memória. “Gertrude, Alice e Picasso” mergulha no universo vibrante do modernismo do início do século XX, recriando - com liberdade poética, humor e inteligência - encontros entre três figuras essenciais para a história da arte e da literatura. 

Gertrude Stein surge como o eixo intelectual da trama: escritora, poeta e uma das maiores mecenas do modernismo, ela foi responsável por reunir, em seu lendário ateliê parisiense, alguns dos artistas mais revolucionários da época. No espetáculo, sua presença é forte, irônica e afetiva, conduzindo o público a reflexões sobre criatividade, identidade e o poder da palavra.

Alice B. Toklas, companheira dela, aparece como contrapeso de ternura e precisão. Guardiã das memórias e dos bastidores de Gertrude, Alice carrega charme, inteligência e uma enorme capacidade de observar nuances. Na peça, ela transita entre a devoção e a autonomia, revelando camadas profundas dessa relação histórica e afetiva.

Pablo Picasso, gênio indomável das artes plásticas, completa o trio com sua irreverência, intensidade e visão disruptiva. Seu diálogo com Gertrude e Alice cria tensões criativas e cômicas, ao mesmo tempo em que evoca o período mais efervescente da arte moderna, quando cubismo, literatura experimental e novos modos de existir estavam sendo inventados. 

A peça costura esses encontros com liberdade ficcional, transformando fatos históricos em oportunidades cênicas de humor, poesia e choque criativo - mostrando como essas três figuras, cada uma à sua maneira, ajudaram a reinventar o século. A nova temporada chega celebrando legado, presença e continuidade - exatamente como Paulo Goulart sempre viveu o teatro. A simbologia da estreia, alinhada ao peso afetivo dessa data, marca esta volta como um tributo delicado e vibrante à história da família e às artes cênicas brasileiras.


Serviço
Espetáculo “Gertrude, Alice e Picasso”
Texto: Alcides Nogueira
Direção: Vanessa Goulartt
Elenco: Bárbara Bruno, Patricia Vilela e Joca Andreazza.
Teatro das Artes – Sala Wilson Rodrigues
Sextas e sábados, às 21h00. Domingos, às 19h00.
De 9 de janeiro a 8 de fevereiro.
Link para venda de ingressos

.: Cineflix: "A Empregada", "Bob Esponja", "Valor Sentimental" e "Anaconda"

A partir de 26 de dezembro de 2025, a unidade Cineflix Cinemas de Santos, localizada no Shopping Miramar, faz quatro estreias nas telonas. O suspense psicológico "A Empregada", a animação "Bob Esponja: Em Busca da Calça Quadrada", o drama "Valor Sentimental" e a comédia, com o ator Selton Mello, "Anaconda".

A Cineflix Cinemas de Santos também exibe a ficção científica, "Avatar: Fogo e Cinzas", a sequência de animação Disney "Zootopia 2" e a produção brasileira premiada, "O Agente Secreto". Compre antecipadamente os ingressos aquihttps://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Estão disponíveis para venda os baldes colecionáveis, do longa "Wicked - Parte II", da animação "Zootopia 2", do infantil "D.P.A." e de "Avatar: Fogo e Cinzas"A unidade de Cinemas Cineflix Santos, fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga.

"A Empregada". (The Housemaid). Gênero: Suspense Psicológico, Thriller. Direção: Paul Feig. Roteiro: Rebecca Sonnenshine, Freida McFadden. Ano de Lançamento: 2025. Data de Estreia (Brasil): 18 de Dezembro de 2025. País: EUA. Idioma: Inglês. Duração: 2h11m. Elenco Principal: Sydney Sweeney (Millie), Amanda Seyfried (Nina), Brandon Sklenar (Andrew), Michele Morrone. Baseado em: Livro de Freida McFadden. Sinopse: A história segue Millie Calloway, que, após sair da prisão, consegue um emprego como empregada na casa dos ricos Nina e Andrew Winchester, mas logo percebe a natureza perturbadora de Nina e as dinâmicas disfuncionais da família, levando a situações de manipulação e suspense, enquanto Millie tem seus próprios segredos. 

"Bob Esponja: Em Busca da Calça Quadrada". (The SpongeBob Movie: Search For SquarePants). Direção: Derek Drymon Roteiro: Pam Brady, Matt Lieberman, Marc Ceccarelli Elenco (Vozes originais): Tom Kenny, Clancy Brown, Rodger Bumpass Gênero: Animação, Aventura. Duração: 1h 28. Distribuidor: Paramount País de Origem: Estados Unidos  Sinopse: A história acompanha um Bob Esponja que descobre ter crescido e agora tem 36 mariscos de altura, querendo provar que não é mais um bebê, embarcando em uma aventura com o Holandês Voador para conseguir um certificado de aventureiro, o que o leva a uma jornada inesperada em Santa Monica.

"Valor Sentimental". (Sentimental Value). Direção: Joachim Trier. Roteiro: Eskil Vogt e Joachim Trier. Gênero: Drama, Comédia Duração: Aproximadamente 132 minutos País de Origem: Noruega (coprodução internacional). Distribuição no Brasil: Retrato Filmes e MUBI. Elenco Principal: Renate Reinsve (Nora) Inga Ibsdotter Lilleaas (Agnes) Stellan Skarsgård (Gustav) Elle Fanning (Rachel Kemp) Anders Danielsen Lie. Sinopse: As complexas dinâmicas de uma família após a morte da matriarca. Gustav, um cineasta outrora renomado, tenta se reconciliar com as filhas, Nora (uma atriz de teatro) e Agnes, ao oferecer a Nora o papel principal em seu novo filme autobiográfico. Diante da recusa da filha, ele escala uma jovem estrela de Hollywood (Elle Fanning), o que desencadeia novos conflitos e revisita traumas do passado. 

"Anaconda". (Anaconda). Direção: Derek Drymon Roteiro: Pam Brady, Matt Lieberman, Marc Ceccarelli. Gênero: Ação, Comédia, Terror, Aventura. Direção e Roteiro: Tom Gormican e Kevin Etten. País: Estados Unidos (EUA). Ano de Lançamento: 2025 (estreia em 25 de Dezembro nos EUA) Distribuição: Sony Pictures. Duração: 1h 39min. Estúdio: Columbia Pictures. Sinopse: Doug (Jack Black) e Griff (Paul Rudd) recriam seu filme favorito da juventude, mas uma anaconda gigante real surge, transformando a comédia em perigo mortal. A produção tenta satirizar a indústria de Hollywood e o filme original de 1997, com um ritmo rápido. 

"Avatar: Fogo e Cinzas". (Avatar: Fire and Ash). Gênero: Ação, Aventura, Drama, Ficção Científica, Fantasia.  Diretor: James Cameron. Ano de Lançamento: 2025. Data de Estreia (Brasil): 18 de Dezembro de 2025. País: EUA. Idioma: Inglês. Duração: Aproximadamente 195 minutos (3h 15min). Distribuidora: Disney/Walt Disney Studios. Elenco Principal: Sam Worthington, Zoe Saldaña, Stephen Lang, Sigourney Weaver, Kate Winslet, Oona Chaplin. Sinopse: Após conflitos anteriores, Jake Sully e Neytiri enfrentam uma nova tribo Na'vi agressiva, os "Povos das Cinzas", que controlam o fogo e representam um desequilíbrio para Pandora.

"Zootopia 2". (Zootopia 2). Direção: Direção: Jared Bush, Byron Howard. Produção: Walt Disney Animation Studios. Roteiro: Will Tracy. Gênero: Animação, Aventura, Comédia. Duração: 108 minutos. Elenco: Ginnifer Goodwin como Judy Hopps, Jason Bateman como Nick Wilde, Ke Huy Quan como Gary, a Cobra, Fortune Feimster como Castor Nibbles, Idris Elba. Sinopse: Zootopia 2 é um futuro filme de animação digital do gênero comédia de aventura americano produzido pela Walt Disney Animation Studios e distribuído pela Walt Disney Studios Motion Pictures. 

"O Agente Secreto". Gênero: thriller, drama. Diretor: Kleber Mendonça Filho. Elenco: Wagner Moura, ao lado de Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone. Sinopse: Em 1977, Marcelo trabalha como professor especializado em tecnologia. Ele decide fugir de seu passado violento e misterioso se mudando de São Paulo para Recife com a intenção de recomeçar sua vida. Marcelo chega na capital pernambucana em plena semana do Carnaval e percebe que atraiu para si todo o caos do qual ele sempre quis fugir. Para piorar a situação, ele começa a ser espionado pelos vizinhos. Inesperadamente, a cidade que ele acreditou que o acolheria ficou longe de ser o seu refúgio.


O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no GonzagaConsulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


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