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quinta-feira, 17 de abril de 2025

.: Em SP, "O Palhaço Tá Sem Graça", com Fafy Siqueira e Fernando Vieira, estreia


Com texto de Daniel Torrieri Baldi, direção de Hudson Glauber e letras, músicas e direção musical de Thiago Gimenes, espetáculo acompanha os palhaços Murmúrio e Risadinha, que embarcam em um jornada interna em busca da própria essência. Foto: Heloísa Bortz


Até que ponto nos deixamos ser moldados pelos nossos erros e pelas expectativas e opiniões dos outros? A comédia musical "O Palhaço Tá Sem Graça", com texto de Daniel Torrieri Baldi e direção de Hudson Glauber, discute justamente essa questão ao acompanhar a jornada de autoconhecimento de dois palhaços. O espetáculo, que ainda tem direção musical, letras e músicas originais de Thiago Gimenes, tem sua temporada de estreia no Teatro Nair Bello, no 3º piso do Shopping Frei Caneca, de 2 de maio a 6 de julho, com sessões às sextas e aos sábados, às 20h00, e aos domingos, às 18h00.

Quem dá vida aos dois protagonistas são Fafy Siqueira (Risadinha) e Fernando Vieira (Murmúrio). E no elenco ainda estão Danilo Moura, Marilice Cosenza, Marcos Lanza, Camila Coutinho, Lucas Rodrigues e Tete Prezoto. E o coro também traz Clarah Passos, Gabriella Piacentini, Giovanne Lima, Isabella Votta, Lucas Corrêa, Marjorie Veras, Pedro Lourenço e Rique Vieira. Com muita poesia e música, a peça conta a história dos amigos palhaços: a Risadinha, que encara a vida com óculos de sol mesmo nos dias mais nublados e é capaz de tirar gargalhadas de todos; e o Murmúrio, que acha que nasceu para o drama, mas é uma comédia e não consegue ter a percepção disso.

Murmúrio carrega uma questão que nunca superou: desde pequeno, sonhou em ser cantor. Mas lá nos anos 80, tentou entrar para um famoso grupo musical infantil e não foi apenas recusado, mas humilhado. Desde então, aprendeu a rir de si mesmo antes que os outros pudessem rir dele. Entre frustrações e risadas, os dois amigos se veem diante de algo inesperado: um balão que os transporta para um lugar onde medos, sonhos e segredos se misturam em um espetáculo imprevisível.

É um verdadeiro rito de passagem, no qual Murmúrio vai encarar de frente seu sonho de cantar. E a Risadinha está ali pra dar aquele empurrãozinho. No palco do Circo das Maravilhas, os dois vão ter que enfrentar medos, emoções, sonhos e, quem sabe, umas perucas coloridas voando pelo ar. E, no final das contas, eles descobrem que a maior mágica de todas é aceitar quem são e transformar cada tropeço, cada desafio e cada gargalhada em uma chance de brilhar como nunca.

O autor Daniel Torrieri Baldi conta que, no musical, o circo é usado como uma metáfora para algo maior. “Quantas vezes fomos chamados de fracos, desajeitados, insuficientes? E quantas dessas palavras acabaram nos moldando, nos afastando daquilo que verdadeiramente somos? Murmúrio sabe bem como é carregar um nome que não escolheu e até o silenciou, e ele vai aprender a transformar suas frustrações em novas formas de brilhar”, revela.

O diretor artístico Hudson Glauber acrescenta que “O Palhaço Tá Sem Graça" é uma peça para toda a família. "Crianças, jovens, adultos e avós encontrarão fragmentos de si mesmos, de suas memórias e de seus silêncios”, afirma. Para contar essa história, o espetáculo mescla letras e músicas inéditas e clássicos nostálgicos dos anos 80. “Construímos este musical com uma linguagem intimista, que valoriza o talento dos atores, sua entrega emocional e a potência de suas vozes”, conclui Glauber.  “O musical vai emocionar, arrancar gargalhadas e fazer o público sair cantando: ‘É tão lindo, não precisa mudar... é tão lindo, deixa assim como está…’”, deseja Baldi.


Sinopse de "O Palhaço Tá Se\m Graça"
O espetáculo conta a história de dois amigos palhaços. Enquanto Risadinha faz o público gargalhar sem esforço, Murmúrio vive uma fase de bloqueio criativo, achando mais que nasceu para o drama por conta da frustração de não ter seguido sua vontade de virar cantor nos anos 80 após uma experiência nada agradável. Eis que, durante um ensaio, um balão mágico aparece do nada para transportá-los para um mundo interno, onde eles precisam enfrentar desafios, medos e muita confusão.

Ficha técnica
Musical "O Palhaço Tá Sem Graça"
Texto: Daniel Torrieri Baldi
Direção artística: Hudson Glauber
Direção musical, letras, músicas originais e colaboração dramatúrgica: Thiago Gimenes
Direção de movimento: Inês Aranha
Codireção: André Luiz Odin
Cenário: Kleber Montanheiro
Figurinos: Chico Spinosa
Visagismo: Claudinei Hidalgo
Coreografias: Davi Tostes
Iluminação: Beto Martins
Design de som: Alessandro Ayoama (Japa)
Letras “Balão Mágico”: Edgard Poças
Elenco: Fafy Siqueira, Fernando Vieira, Danilo Moura, Marilice Cosenza, Marcos Lanza, Camila Coutinho, Lucas Rodrigues E Tete Prezoto
Coro: Clarah Passos, Gabriella Piacentini, Giovanne Lima, Isabella Votta, Lucas Corrêa, Marjorie Veras, Pedro Lourenço e Rique Vieira

Serviço
Musical "O Palhaço Tá Sem Graça"
Temporada: 2 de maio a 6 de julho*
Às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h
*Sessões com audiodescrição e intérprete de Libras: nos dias 9, 10 e 11/5
Teatro Nair Bello - 3º Piso do Shopping Frei Caneca
Rua Frei Caneca, 569, Consolação
Ingressos: R$ 120,00 (inteira) e R$ 60,00 (meia-entrada)**
**Nos dias 2, 9, 16, 23 e 30 de maio há ingressos promocionais vendidos por R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada)
** Nos dias 9, 10 e 11 de maio, sessões com audiodescrição e intérprete de libras
Vendas on-line no Sympla
Bilheteria: abre duas horas antes de cada apresentação
Classificação: Livre
Duração: 85 minutos
Capacidade: 201 lugares
Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

segunda-feira, 14 de abril de 2025

.: "Nunca Desista de Seus Sonhos", com Nizo Neto, até dia 19, no Teatro Bor


Sucesso absoluto de público e crítica, comédia baseada no Best Seller de Augusto Cury, em turnê há quatro anos, retorna a São Paulo para curta nova temporada. Foto: Gilberto Rosa

“Vale a pena viver a vida, mesmo quando o mundo parece ruir aos nossos pés. Para isso, devemos usar nossos sonhos para temperar a existência, nossas dores para nos construir e não para nos destruir”. Esse pensamento de Augusto Cury, médico psiquiatra e considerado o autor mais lido da década, nos dá apenas um aperitivo do que o público pode esperar ao assistir à comédia reflexiva “Nunca Desista de Seus Sonhos”. A peça, baseada no livro homônimo de Cury, propõe ao público uma viagem de autoconhecimento, reflexão sobre a sua própria vida e sobre a necessidade de uma orientação psicológica diante de problemas auto sabotadores, além do entendimento de seus sonhos como objetivos a serem buscados em qualquer tempo.

No palco, os protagonistas Maximiliana Reis e Nizo Neto experimentam uma verdadeira salada de emoções, indo do riso à angústia, passeando por mensagens de resiliência, motivacionais e de muita esperança. Em busca da felicidade, mesmo quando tudo parece dar errado.  “Devemos gritar em silêncio que os melhores dias estão por vir, enfrentar os períodos mais tristes da vida não como pontos finais, mas como vírgulas para continuar a escrever nossa trajetória”, completa Cury, que adaptou o texto para a linguagem do teatro, ao lado de Ingrid Zavarezzi. A direção é assinada por Rogério Fabiano. No elenco, também estão Marília Machado e Murilo Cunha. A classificação é livre.

A trama conta a trajetória da psicóloga Carol, de 60 anos, que vive em pé de guerra com a filha, de 16, típica representante da Geração Z, mimada e viciada em redes sociais. Usando a metodologia do Dr. Cury, Carol tem um enorme sucesso nos tratamentos de seus pacientes, porém, ela não consegue aplicar esses ensinamentos para resolver a sua vida. Além de Carol, temos um leque de personagens: Breno, um empreendedor falido, que luta contra o estigma de ser um derrotado; uma senhora de mais de 80 anos que desistiu de viver; uma secretária, de 35, que sonha ser mãe, mas vive um casamento inter-racial e tem medo de colocar uma criança negra numa sociedade preconceituosa; um estudante de Medicina, de 32, que pensa em largar tudo por não concordar com a doutrina da faculdade; e um menino, de 12, que odeia estudar e começa a ter questionamentos sobre a vida e o futuro.

A história ainda mistura ficção com situações reais. Passagens de vida do próprio Cury, de Abraham Lincoln, Martin Luther King e Jesus Cristo ilustram a produção. Como, por exemplo, numa cena em que o Dr. Augusto Cury (vivido por Nizo Neto) conversa com o neto. “É uma obra que fala sobre a importância de sonhar com disciplina, tomar as rédeas da vida, entender que nosso universo pessoal não é uma ilha e que isso vale para todas as gerações. Grandes figuras da história da humanidade vivenciaram as mesmas dúvidas e problemas que nós, hoje, vivenciamos, e nossos personagens também”, detalha a autora e roteirista Ingrid, que, em 25 anos de carreira, coleciona trabalhos na TV, no teatro e na web. Entre os destaques: escreveu o seriado “Beijo me liga” para o Multishow (vencedor do prêmio Converge Mobile Marketing); foi autora de “Malhação conectados (Globo); e para a web, escreveu para o canal de humor teenager “Planeta das gêmeas”, com milhões de visualizações. Ela ainda recebeu o prêmio Profissão Entretenimento IATEC/ SENAC/ TV Globo na categoria Roteiro.


Sinopse de "Nunca Desista de Seus Sonhos"
A psicóloga Carol, de 60 anos, vive em pé de guerra com a filha adolescente, viciada em redes sociais. Seguidora da metodologia de Augusto Cury, tem sucesso no tratamento com seus pacientes, porém, ela mesma não consegue aplicar os ensinamentos para resolver a sua vida. Além de Carol, há outros personagens: um empreendedor falido, de 58, que luta contra o estigma de ser um derrotado; uma senhora, de 80, deprimida; uma secretária, de 35, que sonha ser mãe, mas vive um casamento inter-racial e tem medo de colocar uma criança negra numa sociedade preconceituosa; um estudante de Medicina, de 32, que quer largar tudo por não concordar com a doutrina da faculdade; e um menino, de 12, que odeia estudar e começa a ter questionamentos sobre a vida e o futuro.


Ficha técnica
Espetáculo “Nunca Desista de Seus Sonhos”
Adaptação: Augusto Cury e Ingrid Zavarezzi
Direção: Rogério Fabiano
Elenco: Maximiliana Reis, Nizo Neto, Marília Machado e Murilo Cunha
Direção geral de produção: Luciano Cardoso
Cenário e criação de luz: Rogério Fabiano
Técnico responsável: Nando
Direção musical e Trilha Sonora: Miguel Briamonte
Produção administrativa financeira: Rafael Sandoli
Assistente de produção: Magnus Nicollas
Tour manager: Maximiliana Reis
Design gráfico: Lucas Peixoto
Edição de vídeo: Agência Alwa
Gestão Tráfego Digital: ATMKT
Assessoria jurídica: SVM Advocacia
Assessoria registro de marcas: Ranzolin - Propriedade Intelectual
Realização: Applaus Arte Y Alma


Serviço

Espetáculo “Nunca Desista de Seus Sonhos”
Direção: Rogério Fabiano
Elenco: Maximiliana Reis, Nizo Neto, Marília Machado e Murilo Cunha
Duração:  70 min
Recomendação: Livre
Gênero: Comédia
Temporada: de 5 a 19 de abril. Sábado, às 20h e domingos, às18h
Ingressos: entre R$ 40 e R4 140
Ingressos online: https://bileto.sympla.com.br
Local: Teatro Bor | 470 lugares
R. Domingos de Morais, 2970 - Vila Mariana, São Paulo
Telefone: (11) 5589-5444 | (11) 96312-6722

.: "Bárbara", com Marisa Orth, retorna ao Teatro Bravos para curta temporada


Com direção de Bruno Guida e dramaturgia de Michelle Ferreira, espetáculo é livremente inspirado no livro ‘A Saideira’, de Barbara Gancia, que acaba de ganhar uma nova edição ampliada e comemorativa. Foto: Bob Wolfenson


As tragicômicas histórias dos mais de 30 anos de dependência do álcool contadas pela jornalista Barbara Gancia na autobiografia “A Saideira: uma Dose de Esperança Depois de Anos Lutando Contra a Dependência” ganharam os palcos no solo Bárbara, que rendeu à Marisa Orth o prêmio Bibi Ferreira de Melhor Atriz em 2024. E para comemorar o recente relançamento do livro em edição ampliada pela Matrix Editora, o espetáculo ganha uma nova temporada no Teatro Bravos, de 23 de maio a 29 de junho. 

"Bárbara", que tem texto de Michelle Ferreira e direção e idealização de Bruno Guida, estreou em 2021 e, desde então, já circulou por 15 cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro, Uberlândia, Brasília, Porto Alegre, Fortaleza, Piracicaba, Salvador e Curitiba. Em sua celebrada autobiografia, Barbara Gancia expõe de peito aberto um tema de sua vida, que é tabu até hoje para muitos: a luta contra o alcoolismo. E a montagem ainda traz reflexões de Marisa em um texto emocionante e cheio de pitadas cômicas.

Dada a imensa repercussão que o livro causou desde seu lançamento, bem como as inúmeras e necessárias palestras que a autora tem feito sobre o tema nos últimos anos, o desafio da montagem sempre foi o de não realizar uma simples transposição para o palco. “Como encenar algo já definitivo e tão bem relatado em um livro? Ao mesmo tempo em que a gente pensava nisso, sempre houve a certeza de que ‘A Saideira’ possui uma força cênica e precisava ganhar o palco para tocar outros públicos”, revela a atriz.

A solução criada pelo diretor Bruno Guida apostou em recursos cênicos simples e no jogo com a plateia, elementos que somente o teatro pode oferecer. Com uma dramaturgia livremente inspirada no livro, Michelle Ferreira utiliza algumas situações extraídas da obra, bem como inventa outras histórias, para dar forma a essa "nova Barbara ficcional”. “Bárbara” ganhou, assim, uma encenação limpa, privilegiando o trabalho de atriz em um texto forte, cômico e ao mesmo tempo emocionante. 

Toda narrativa é de desconstrução e os elementos cênicos colaboram nesse sentido. O espetáculo ainda conta com direção de movimento e suporte cênico de Fabricio Licursi, direção de arte de Gringo Cardia, figurinos de Fause Haten, design de luz de Guilherme Bonfanti e trilha original de André Abujamra. A realização é da Palco 7 Produções, de Marco Griesi e Solo Entretenimento, de Daniella Griesi.

Uma das atrizes mais versáteis de sua geração, com imensa contribuição na TV, Teatro Musical, Cinema e Música, Marisa volta às suas origens para a encenação. "'Bárbara' é um exercício para mim de multitarefas, eu como atriz posso me exercitar, em tantas frequências: tem bastante humor, tem papo reto com a plateia, tem um trabalho de composição corporal, explorando coisas que eu sempre desejei fazer e mesmo assim é uma peça simples, é uma peça de 'contação' de uma história que a gente achou relevante, emocionante e que nos inspirou a criar uma outra história. Estou muito entusiasmada”, reflete.

Sinopse de "Bárbara"
Em sua celebrada autobiografia “A Saideira: uma Dose de Esperança Depois de Anos Lutando Contra a Dependência”, a jornalista Barbara Gancia expõe de peito aberto um tema de sua vida, que é tabu até hoje para muitos: os 30 anos de luta contra o alcoolismo. A montagem, estrelada por Marisa Orth, ainda traz reflexões da atriz em um texto emocionante e cheio de pitadas cômicas.

Ficha técnica
Monólogo “Bárbara”
Livremente inspirado a partir de “A Saideira: uma Dose de Esperança Depois de Anos Lutando Contra a Dependência” de Barbara Gancia
Idealização e direção: Bruno Guida
Dramaturgia: Michelle Ferreira
Direção de arte: Gringo Cardia
Cenografia: Anna Turra
Designer de luz: Guilherme Bonfanti
Figurino: Fause Haten
Visagismo: Eliseu Cabral
Trilha original: André Abujamra
Direção de movimento e suporte cênico: Fabricio Licursi
Assistente de direção: Mayara Constantino
Fotos: Bob Wolfenson
Operador de som: Randal Juliano
Operador de luz: André Pierre
Camareira: Rosa Passe
Diretor de palco: Denis Nascimento
Audiovisual e redes sociais: Arthur Bronzato e ⁠Gabriel Metzner (Gatú Filmes)
Designer: Kelson Spalato
Estratégia digital: Matheus Rezende | Motisuki PR
Coordenador de comunicação: André Massa
Coordenação de produção: Bia Izar
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Direção de produção: Marco Griesi e Daniella Griesi
Produção: Palco 7 Produções e Solo Entretenimento
Redes Sociais Bárbara: @barbaranoteatro
Redes Sociais Produção: @palco7producoes @soloentretenimento


Serviço
Monólogo "Bárbara", com Marisa Orth
Temporada: 23 de maio a 29 de junho de 2025
Às sextas, às 21h; aos sábados, às 17h e às 21h; e domingos, às 18h
Teatro Bravos - Rua Coropé, 88 - Pinheiros
Ingressos: Plateia Premium - R$ 180,00 (inteira) e R$ 90,00 (meia-entrada) | Plateia Baixa - R$ 140,00 (inteira) e R$ 70,00 (meia-entrada) | Mezanino - R$ 120,00 (inteira) e R$ 60,00 (meia-entrada)
Vendas on-line em Sympla: https://bileto.sympla.com.br/event/104408/
Classificação etária: 14 anos
Duração: 60 minutos
Capacidade reduzida: 621 lugares.
Site: https://teatrobravos.com.br/
Bilheteria: de terça a domingo das 13h às 19h ou até o início do último espetáculo.
Formas de pagamento aceitas na bilheteria: todos os cartões de crédito, débito e dinheiro. Não aceita cheques.
Outras informações: (11) 99008-4859.
O Teatro Bravo possui acessibilidade e ar-condicionado.

.: CCBB SP recebe espetáculo "Nebulosa de Baco", inspirado em Luigi Pirandello


Montagem da Cia.Stavis-Damaceno revela o conturbado processo de duas atrizes ao interpretar pai e filha no teatro. No elenco, estão Rosana Stavis e Helena de Jorge Portela. Foto: Renato Mangolin

Depois de passar pelo Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, "Nebulosa de Baco", o novo trabalho da premiada Cia.Stavis-Damaceno tem sua estreia paulistana no CCBB São Paulo, no dia 24 de abril, às 18h30. O espetáculo, com dramaturgia e direção de Marcos Damaceno e atuação de Rosana Stavis - atriz frequentemente apontada pela crítica como uma das melhores do teatro brasileiro - e Helena de Jorge Portela, segue em cartaz até 8 de junho, com sessões às quintas e sextas-feiras, às 19h00, e aos sábados e domingos, às 17h00.

Inspirada na obra do premiado autor italiano Luigi Pirandello, vencedor do Nobel de Literatura, e em relatos de “histórias reais”, a montagem, que se alterna entre o drama e a comédia, apresenta o difícil processo de duas atrizes ao interpretarem os papéis conturbados de uma filha e o seu pai. A encenação traz à cena uma atriz que não consegue chorar. Ajudada por outra artista mais experiente, ela se prepara para atuar em uma peça sobre a difícil relação entre uma filha e o seu pai. Trata-se de uma peça dentro de outra (uma dramática, a outra cômica) em que – como é próprio dos textos de Pirandello e muito atual para o tempo presente – são constantemente embaralhadas as noções entre o que é real e o que é inventado, entre o que é verdade e o que é mentira, entre o que é e o que parece, mas não é.

Essas duas mulheres, duas atrizes, estão em seu “habitat natural”, uma sala de ensaio, que é, nas palavras de Damaceno, “espaço fascinante de caos e criação, onde atrizes reconhecidamente fortes revelam suas fragilidades e inseguranças”. Nessa sala, elas tentam descobrir a melhor forma de interpretar em uma peça que se equilibra entre o riso e o choro e que, por vezes, levanta questões delicadas e difíceis de se lidar, como os traumas causados pela violência e o abuso sexual na infância. Uma peça que, como é comum nas montagens de Damaceno, chama a atenção para o contraste entre os momentos hilariantes e outros angustiantes e perturbadores.

A encenação reúne outras características que são próprias da companhia Stavis-Damaceno, como o ritmo vertiginoso de pensamentos aparentemente desordenados; o apreço pela dramaturgia contemporânea que nos apresenta novos olhares acerca das relações humanas em nossos dias; e a excelência do trabalho do elenco, trazendo ao público espetáculos contundentes que impactam quase que exclusivamente pela força dos atores e das palavras. “A Aforista” - que ganhou alguns dos principais prêmios do teatro brasileiro, entre eles o de Melhor Espetáculo, conferido pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) -, é um exemplo recente dessas características. 

O nome “Nebulosa de Baco” tem inspiração na astronomia e na mitologia. As nebulosas são onde nascem as estrelas; entre as mais conhecidas estão a Nebulosa de Orion e a Nebulosa Olho de Deus. Já Baco, na mitologia greco-romana, é não apenas o deus do vinho e do teatro: ele representa a fertilidade criativa e a dualidade humana entre controle e entrega. É ele quem inspira a transformação do caos interno em beleza e expressão.

“É para isso que nascem as atrizes, para mostrar, a cada noite, aos olhos do público, o mundo visto sob outra luz. Não a luz acachapante do sol, mas feito a delicadeza, a suavidade da luz da lua”, conclui Damaceno. A peça tem patrocínio do Banco do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).

Sinopse de "Nebulosa de Baco"
Inspirado na obra do Nobel de Literatura Luigi Pirandello, e em relatos de “histórias reais”, o espetáculo traz à cena uma atriz que não consegue chorar. Ajudada por outra atriz mais experiente, ela se prepara para atuar em uma peça sobre a conflituosa relação entre uma filha e o seu pai. Uma peça dentro de outra (uma dramática, a outra cômica) em que, como em nossos dias, são constantemente embaralhadas as noções entre o que é real e o que é inventado, entre o que é verdade e o que é mentira, entre o que é e o que parece, mas não é.

Ficha técnica
Espetáculo "Nebulosa de Baco"
Texto e direção: Marcos Damaceno
Elenco: Rosana Stavis e Helena de Jorge Portela
Iluminação: Beto Bruel e Ana Luzia Molinari de Simoni
Figurino: Karen Brusttolin
Visagismo: Claudinei Hidalgo
Cenário: Marcos Damaceno
Produção executiva: Bárbara Montes Claros
Produção de cenários: Carla Berri
Criação e produção: Cia. Stavis-Damaceno
Assistente administrativo/Financeiro: Edilaine Maciel
Produção local (São Paulo): Augusto Vieira
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil e Ministério da Cultura
Patrocínio: Banco do Brasil

Serviço
Espetáculo "Nebulosa de Baco", com Cia Stavis-Damaceno
Temporada: 24 de abril a 8 de junho de 2025*
Às quintas e sextas, às 19h00, e aos sábados e domingos, às 17h00
*Excepcionalmente na estreia, no dia 24/4, a apresentação acontece às 18h30
Local: Teatro CCBB SP (Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – São Paulo/SP)
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) disponível em bb.com.br/cultura e na bilheteria do CCBB | Meia-entrada: para estudantes, professores, profissionais da saúde, pessoa com deficiência - e acompanhante, quando indispensável para locomoção, adultos maiores de 60 anos e clientes Ourocard).
Classificação indicativa: 18 anos
Duração: 90 minutos


Informações CCBB SP
Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo  
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 - Centro Histórico | São Paulo/SP  
Funcionamento: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças    
Contato: (11) 4297-0600 | ccbbsp@bb.com.br 
Acessibilidade: espaço acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida
Estacionamento: o CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h às 21h.    
Van: ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h às 21h.    
Transporte público: o CCBB fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista.    
Táxi ou Aplicativo: desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).

sábado, 12 de abril de 2025

.: Sucesso de público e crítica, premiada "Tebas Land" volta a São Paulo


Com direção de Victor Garcia Peralta, peça é uma autoficção que acompanha os encontros entre um jovem parricida e um dramaturgo interessado em escrever a história do crime. Foto: Rodrigo Lopes

Ao retratar a instigante relação entre um jovem parricida e um dramaturgo interessado em escrever a história de seu crime, o espetáculo "Tebas Land", escrita pelo conceituado dramaturgo uruguaio Sergio Blanco, conquistou o público brasileiro desde a sua estreia, em 2018, ganhando temporadas em diversos cantos no país até a chegada da pandemia de covid-19. Agora, o espetáculo, dirigido por Victor Garcia Peralta e estrelado por Otto Jr. e Robson Torinni, está de volta a São Paulo para mais uma temporada no Teatro Vivo, de 15 de abril a 28 de maio, com apresentações às terças e quartas-feiras, às  20h. A nova temporada é realizada com recursos da Lei Rouanet, do Ministério da Cultura, e conta com o patrocínio da Vivo.

Sucesso de crítica, a peça conquistou os prêmios Shell RJ de melhor ator (Otto Jr.) e Botequim Cultural de melhor espetáculo, direção e ator (Robson Torinni). Também foi indicado ao Botequim Cultural de Melhor Ator (Otto Jr.) e Cesgranrio de Melhor Direção e Melhor Ator (Robson Torinni). Além disso, participou do Festival de Avignon, na França, um dos eventos de teatro mais importantes do mundo. “Tivemos que parar o espetáculo, com plateias lotadas, no começo da pandemia. E é com muita alegria que voltamos com esse texto, que ganhou adaptações premiadas em uma série de países”, celebra Torinni, idealizador da peça ao lado de Peralta. 

Na trama, em um presídio de segurança máxima, um dramaturgo coleta o relato de um jovem condenado por assassinar o próprio pai com 21 golpes de garfo. O cenário reproduz a quadra de basquete de uma prisão, onde ocorrem os encontros quase documentais entre os dois personagens, duas pessoas de mundos completamente distintos. Assim, começa uma peça dentro da peça, com Robson Torinni na pele tanto do jovem assassino quanto do ator que o representa. Com esse jogo de metalinguagem e autoficção, características tão marcantes nas obras de Blanco, a montagem propõe uma reflexão sobre a construção da dramaturgia, o universo teatral e os limites entre ficção e realidade.

“O texto nos cativou pelos dois diferentes planos, razão e emoção, e pelo processo criativo imbuído neles, em que a dramaturgia é construída durante a ação da peça, oscilando, quase que paralelamente, entre a discussão do fato ocorrido e a construção do texto da peça que será baseada no crime”, conta o diretor. O espetáculo é inspirado no mito do Édipo e na vida de São Martinho de Tours, santo europeu do século IV e também revisita textos que abordam o tema da paternidade, como “Os Irmãos Karamazov”, de Dostoievski; “Um Parricida”, de Maupassant; e “Dostoievski e o Parricídio”, de Freud. 

Como de praxe nas dramaturgias do autor, a peça nos faz refletir sobre problemas sociais, sempre com sensibilidade e inteligência, como a importância da paternidade, a falta de afeto na contemporaneidade, a solidão, as famílias disfuncionais e a falência dos sistemas prisionais. “A peça aborda uma questão que muito nos toca: as ligações com os pais. Nem todos podemos ser pais, mas todos somos filhos e, portanto, todos temos a experiência da descendência. É também um trabalho sobre a dinâmica do que é a engenharia da construção de uma peça, como o texto pode ser escrito”, define o dramaturgo Sergio Blanco. 

Tebas Land também nos alerta sobre as consequências dos abusos (físicos, sexuais e psicológicos) sofridos na infância, que perduram durante a vida toda das vítimas. No Brasil, um estudo revelou que, apenas no primeiro semestre de 2022, 84% das violações contra crianças de até 6 anos foram cometidas por familiares. Essas agressões têm impacto negativo a curto, médio e longo prazo na saúde física e mental das vítimas e em suas práticas parentais futuras. 

O sucesso da peça, para Peralta, deve-se justamente às reflexões e diálogos sobre esses temas sociais e culturais tão relevantes, promovendo a conscientização e estimulando o pensamento crítico. "Além disso, a história conecta duas pessoas de diferentes origens, criando um espaço de empatia pelo público. Acho que o espetáculo reforça a importância da arte como veículo de transformação social, influenciando positivamente a percepção coletiva e a compreensão dos desafios atuais”, acrescenta. 


Ficha técnica
Espetáculo "Tebas Land"
Autor: Sergio Blanco
Tradutor: Esteban Campanela, Robson Torinni e Victor Garcia Peralta
Direção: Victor Garcia Peralta
Atores: Otto Jr. e Robson Torinni
Cenógrafo: José Baltazar 
Iluminador: Maneco Quinderé
Figurino: Criação coletiva
Trilha sonora: Marcello H
Operador de luz: Rodrigo Lopes
Operador de som: Rodrigo Pinho
Assessoria de imprensa: Pombo Correio 
Designer gráfico: Alexandre de Castro
Fotografia: Rodrigo Lopes e billnog.biz 
Direção de produção: Sérgio Saboya e Silvio Batistela 
Produção: Galharufa Produções Culturais
Produção executiva: João Eizô Y Saboya
Realização: REG'S Produções Artísticas
Idealização: Robson Torinni e Victor Garcia Peralta


Serviço
Espetáculo "Tebas Land", de Sergio Blanco
Temporada: 15 de abril a 28 de maio. Às terças e quartas, às 20h.
Teatro Vivo - Av. Dr. Chucri Zaidan, 2460 - Vila Cordeiro, São Paulo
Ingressos: Preço Popular - R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada) | Ingressos regulares: R$ 120,00 (inteira) e R$ 60,00 (meia-entrada*)
*meia-entrada é válida para participantes do programa Vivo Valoriza (resgatar o voucher pelo app), estudantes, professores, idosos, pessoas com deficiências, funcionários Vivo mediante à apresentação de comprovante
Bilheteria: funciona apenas nos dias de peça e abre 2h antes da apresentação
Telefone: (11) 3279-1520
Capacidade: 274 lugares
Duração: 1h40 minutos
Classificação: 16 anos
Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.  Os ingressos dos assentos reservados para acessibilidade poderão ser adquiridos através de reserva pela bilheteria 11 3430-1524 - (Funcionamento somente nos dias de peça 2h antes da apresentação) ou pelo e-mail teatrovivo@trimitraco.com.br
*Obs. O ingresso Preçp Popular é válido para todos os clientes e segue o plano de democratização da Lei Rouanet, havendo uma cota deste valor promocional. O comprovante de meia entrada deverá ser apresentado na entrada do espetáculo.

domingo, 6 de abril de 2025

.: Marcelo Médici retorna aos palcos com “Cada Um Com Seus Pobrema”


O mês de abril contará com o retorno de Marcelo Médici ao teatro, na premiada comédia “Cada Um Com Seus Pobrema”. O espetáculo terá apresentações entre os dias 8 de abril a 27 de maio, no Teatro Frei Caneca, às terças-feiras, e os ingressos serão disponibilizados pela Bilheteria Express. No espetáculo, o ator dá vida a oito personagens marcantes.

Estão de volta o corintiano Sanderson (do "Vai que Cola"), a vidente Mãe Jatira (famosa no YouTube), a infantil Tia Penha e outros tipos hilários. Sucesso absoluto, a peça já fez mais de um milhão de pessoas rirem pelo Brasil, misturando improviso, crítica e muito carisma no palco.

Formado no Teatro Escola Célia Helena e no CPT (Centro de Pesquisas Teatrais), o artista é ator, autor e diretor. Já protagonizou grandes musicais e participou de novelas da Rede Globo, além da própria peça em cartaz ter ganhado muitos prêmios desde que estreou em 2004. Com um humor inteligente e dinâmico, a linguagem moderna do show contagia o público, que dá gargalhadas do início ao fim. Para adquirir os ingressos, basta acessar o link.


Serviço
Espetáculo “Cada Um Com Seus Pobrema”
De 8 de abril a 27 de maio, às terças-feiras, 20h00
Teatro Frei Caneca - R. Frei Caneca, 569 - Consolação
Inscrições: acessar o link.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

.: Gregório Duvivier estreia "O Céu da Língua" no Teatro Sérgio Cardoso, em SP

Depois de passar por Lisboa, Porto, RJ, Curitiba, Porto Alegre e interior de SP, O Céu da Língua, com texto e interpretação de Gregório Duvivier estreia em São Paulo no dia 1º de maio  Dirigido por Luciana Paes, espetáculo é uma comédia sobre a presença quase invisível da poesia no nosso cotidiano

Gregório Duvivier. Foto: Demian Jacob


"Uma ode à língua portuguesa e ao poder da palavra. É comédia da boa, apesar de por vezes ser difícil rir, estando tão assoberbados com tudo o que acontece em palco", - crítica Suzana Verde, no jornal O Observador.


Quem tem medo de poesia? Gregorio Duvivier não faz parte deste grupo e usa seu discurso sedutor para mostrar que esse assunto pode ser prazeroso e divertido no solo "O Céu da Língua". O espetáculo, que estreou em Portugal e já passou pelo Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre, agora desembarca em São Paulo para uma temporada no Teatro Sérgio Cardoso, de 1º de maio a 1º de junho, com sessões de quinta a sábado, às 19h, e aos domingos, às 16h.

Essa comédia poética estreou em Lisboa no contexto das comemorações ao aniversário de 500 anos de Luis de Camões e roubou a cena por lá. Gregorio Duvivier, que não estreava uma peça nova há cinco anos, fez essa peça para homenagear sua língua-mãe. 

E, ao fazer isso, encontrou uma legião de pessoas que compartilham dessa paixão. “A poesia é uma fonte de humor involuntário, motivo de chacota”, reconhece o ator, que cursou a faculdade de Letras na PUC do Rio de Janeiro e publicou três livros sobre o gênero literário. “Escrevi uma peça que pode ajudar alguém a enxergar melhor o que os poetas querem dizer e, pra isso, a gente precisa trocar os óculos de leitura”.  

A direção é da atriz Luciana Paes, que já foi parceira de Duvivier no espetáculo de improvisação Portátil e nos vídeos do canal Porta dos Fundos. Se no seu solo anterior, Sísifo (2019), escrito junto com Vinicius Calderoni, Gregorio subia uma grande rampa dezenas de vezes, agora, o que se tem é uma encenação desprovida de qualquer cenário. 

No palco, totalmente limpo, o instrumentista Pedro Aune cria ambientação musical com o seu contrabaixo, e a designer Theodora Duvivier, irmã do comediante, manipula as projeções exibidas ao fundo da cena. O resto é só o comediante e sua devoção pelas palavras. “Acredito que ele tem ideias para jogar no mundo e, com essa crença, a coisa me move independentemente de qualquer rótulo”, diz Luciana, uma das fundadoras da celebrada Cia. Hiato, que estreia na função de diretora teatral.   

"O Céu da Língua" não é um recital, mas não deixa de ser poética. “O stand-up comedy aqui é uma pegadinha pra falar de literatura”, como descreve a diretora. "A peça fica na esquina do poema com a piada", arremata o ator.

O Gregorio comediante está no palco ao lado do Gregorio intelectual com seu fluxo de pensamento ininterrupto e, por isso, a plateia embarca na proposta”, explica a diretora, que compartilha com o ator a paixão pelo nome das coisas. “Graças aos seus recursos de ator, ele pega o público distraído. Ninguém resiste quando é surpreendido por alguém apaixonado.

O humorista, desde a infância, carrega uma obsessão pela palavra, pela comunicação verbal, pela língua portuguesa. Assim, o protagonista brinca com códigos, como aqueles que, em sua maioria, só são decifrados por pais e filhos ou casais enamorados. 

As reformas ortográficas que tiram letras de circulação e derrubam acentos capazes de alterar o sentido das palavras inspiram o artista em tiradas bem-humoradas. O mesmo acontece quando ele comenta a ressurreição de palavras esquecidas, como “irado”, “sinistro” e “brutal”, que voltaram ressignificadas ao vocabulário dos jovens. E aquelas que só de ouvi-las geram sensações estranhas, a exemplo de afta, íngua, seborreia, ou outras, inventadas, repetidas à exaustão, como “atravessamento”, “disruptivo” ou “briefings”? Até destas, extrai humor.

Para o artista, a língua é algo que nos une, nos move, mas raramente damos atenção a ela. É só pensar nas metáforas usadas no cotidiano – “batata da perna”, “céu da boca”, “pisando em ovos”. Nesta hora, usamos a poesia e nem percebemos. Para provar que a poesia é popular, Gregório chama atenção para os grandes letristas da música brasileira, como Orestes Barbosa e Caetano Veloso, citados através das canções “Chão de Estrelas” (1937) e “Livros” (1997). 

A massa ainda há de comer o biscoito fino que fabrico", disse Oswald de Andrade. Infelizmente a literatura no Brasil nunca encheu estádios. Mas a palavra cantada, essa sim, ganhou multidões. “Foi a nossa música popular quem conseguiu realizar o sonho oswaldiano de levar poesia para as massas”, festeja o ator. 

Nesta cumplicidade com a plateia, Duvivier mostra gradativamente que a poesia não tem nada de hermética e que a nossa língua não deve nada a nenhuma outra. Muito pelo contrário. Temos um manancial de poesia desperdiçada em cada conversa jogada fora. 

"Minha pátria é a língua portuguesa", diz Fernando Pessoa. Caetano continua: "e eu não tenho pátria, eu tenho mátria e quero frátria". Gregorio constrói o espetáculo em torno dessa fraternidade, e nos lembra que, apesar de todas as nossas diferenças, temos uma língua em comum que nos irmana. E também pode nos fazer gargalhar. 


Ficha Técnica

Interpretação e Texto: Gregorio Duvivier

Direção e Dramaturgia: Luciana Paes

Assistência de Direção e projeções: Theodora Duvivier

Direção Musical e Execução da Trilha: Pedro Aune

Cenografia: Dina Salem Levy

Assistente de Cenografia: Alice Cruz

Figurino: Elisa Faulhaber e Brunella Provvidente

Iluminação: Ana Luzia de Simoni

Diretor Técnico: Lelê Siqueira

Diretor de Palco: Feee Albuquerque

Visagismo: Vanessa Andrea

Fotos de Divulgação: Demian Jacob

Fotos de Cena: Joana Calejo Pires e Raquel Pellicano

Design Gráfico Publicação: Estúdio M-CAU – Maria Cau Levy e Ana David

Identidade Visual Divulgação: Laercio Lopo

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Marketing Digital: Renato Passos

Redes Sociais: Lucas Lentini e Theodora Duvivier

Administração: Fernando Padilha e Lucas Lentini

Produção Executiva: Lucas Lentini

Direção de Produção: Clarissa Rockenbach e Fernando Padilha

Produção: Pad Rok 


Serviço

O Céu da Língua, de Gregorio Duvivier

Temporada: 1º a 25 de maio

De quinta a sábado, às 19h, e aos domingos, às 16h

Teatro Sérgio Cardoso - Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista

Sala Nydia Lícia (827 lugares)

Plateia: R$ 140,00

Balcão: R$ 100,00

Vendas online em Sympla

Bilheteria: vendas antecipadas, de terça a sábado, das 14h às 19h; e vendas para o espetáculo do dia, das 14h até o horário da atração.

Contato bilheteria: (11) 3288-0136

Duração: 85 minutos

Classificação: 12 anos

Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida


quarta-feira, 2 de abril de 2025

.: "Não Fossem as Sílabas do Sábado" no Teatro do Sesc Santos em abril


Carol Vidotti e Fábia Mirassos estão no espetáculo "Não Fossem as Sílabas de Sábado", que será apresentado no Sesc Santos nos dias 11 e 12 de abril. Foto: Tomas Franco

No Sesc Santos, o projeto "Da Palavra ao Palco" busca estreitar a conexão entre o teatro e a literatura. O espetáculo "Não Fossem as Sílabas do Sábado", uma adaptação teatral do romance homônimo de Mariana Salomão Carrara, com Carol Vidotti e Fábia Mirassos, narra a história de Ana e Madalena, vizinhas, moram no mesmo prédio, mas mal se conheciam até um fato trágico marcar suas vidas e mudar os rumos de suas histórias. Dias 11 e 12 de abril, sexta-feira e sábado, às 20h00. A partir de 14 anos. Ingressos: R$ 12,00 (credencial plena) a R$ 40,00 (inteira). Tradução em Libras no dia 12 de abril.

Carol Vidotti e Fábia Mirassos participam do bate-papo "A Personagem Encenada: construindo Ana e Madalena". As artistas falam de suas experiências para dar vida às personagens do espetáculo “Não Fossem as Sílabas do Sábado”. Dia 12 de abril, sábado, às 16h00. Auditório. A partir de 14 anos. Grátis. Tradução em Libras.

O espetáculo "Magnólia", livremente inspirado na música homônima de Jorge Ben Jor, tem concepção, direção e atuação de Marina Esteves. A peça narra a fábula sobre uma deusa astronauta que vive na dimensão azul e rosa, por entre estrelas e cometas. Dia 21 de abril, segunda-feira, às 19h00. A partir de 12 anos. Auditório. Ingressos: R$ 12,00 (credencial plena) a R$ 40,00 (inteira). 


Serviço
Venda de ingressos    
As vendas de ingressos para os shows e espetáculos da semana seguinte (segunda a domingo) começa na semana anterior às atividades, em dois lotes:         
On-line pelo aplicativo Credencial Sesc SP e portal do Sesc São Paulo:  às terças-feiras, a partir das 17h00      
Presencialmente, nas bilheterias das unidades: às quartas-feiras, a partir das 17h00

Bilheteria Sesc Santos - Funcionamento
Terça a sexta-feira, das 9h00 às 21h30 | Sábados e domingos, das 10h00 às 18h30   

Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida     
Telefone: (13) 3278-9800       
Site do Sesc SP   
Instagram. Facebook. @sescsantos     
YouTube /sescemsantos

.: "Não Tem Meu Nome", baseada em "O Avesso da Pele", estreia no teatro


Adelino Costa parte dos livros "O Avesso da Pele", de Jeferson Tenório, e "Pertencimento: uma Cultura do Lugar", de bell hooks, para criar o monólogo "Não Tem Meu Nome". Foto: Cristiano Pepi


Ator e personagem que se fundem na narrativa, que parte de relatos de sua vivência como pessoa periférica na infância e adolescência, evocando temas como o silenciamento de comunidades subalternizadas e o desprezo por meio de uma ideia falsa de visão universal. A peça propõe uma reflexão urgente a respeito das relações sociais e, sobretudo, humanas. 

Uma reflexão sobre intolerância, identidade periférica e a noção de pertencimento criada a partir da leitura do romance "O Avesso da Pele", de Jeferson Tenório e "Pertencimento: uma Cultura do Lugar", de bell hooks: esse é "Não Tem Meu Nome", monólogo escrito, dirigido e interpretado por Adelino Costa que faz curta temporada no Cemitério de Automóveis, em São Paulo, a partir do dia 2 de abril, quarta-feira, 20h30.

O espetáculo foi desenvolvido a partir da pesquisa de conclusão do curso de Pós-Graduação em Direção Teatral na FPA, sob orientação do Prof. Dr.Marcelo Soler. Adelino Costa, seu criador, é ator, produtor e diretor com mais de duas décadas de experiência nos palcos. A obra tem suas raízes na experiência pessoal de Adelino, que cresceu na COHAB de Guaíba, região metropolitana de Porto Alegre. 

Ao longo do processo criativo, o artista resgatou memórias de sua infância e observou os desafios enfrentados pela população local, como barreiras sociais, econômicas e geográficas. Essa imersão resultou em personagens inspirados em amigos de infância e no próprio autor, que exploram como as comunidades subalternizadas se adaptam para se encaixar em uma sociedade predominantemente burguesa e branca. A dramaturgia questiona a suposta universalidade dessa visão de mundo e revela suas camadas de opressão.

"Se o espetáculo conseguir provocar no público 10% da reflexão que o processo me proporcionou, aposto que sairá tocado pela proposta", afirma Adelino. Para viabilizar a montagem, o artista contou com o apoio da Galeria Olido e da Braapa Escola de Atores. A encenação se estrutura em uma linguagem minimalista, onde o ator interage com objetos, luz e trilha sonora para construir a narrativa.

Algumas das outras referências teóricas e literárias citadas por Adelino na criação do espetáculo são Conceição Evaristo ("Ponciá Vicêncio"), "Djamila Ribeiro" ("Pequeno Manual Antirracista"), Chimamanda Ngozi Adichie ("No Seu Pescoço"), Itamar Vieira Júnior ("Torto Arado"), Cida Bento ("O Pacto da Branquitude"), Zygmunt Bauman ("Identidade"), Grada Kilomba ("Memórias da Plantação") e Frantz Fanon ("Pele Negra, Máscaras Brancas"). Já na cinematografia, Adelino destaca os longas "Marte Um", de Gabriel Martins, e o documentário "A Negação do Brasil", de Joel Zito Araújo.


Sinopse de "Não Tem Meu Nome"
Em "Não Tem Meu Nome", o público é recebido pelo ator e personagem que se fundem na narrativa. A partir de relatos de sua vivência como pessoa periférica na infância e adolescência, o performer apresenta uma dramaturgia que mistura ficção com elementos e fatos reais, trazendo questões como o silenciamento de comunidades subalternizadas por uma visão particular de mundo que mascara a violência, desprezo e crueldade por meio de uma ideia falsa de visão universal. 

O ator solitário no palco, utiliza-se de elementos narrativos para contar relatos que propõem uma reflexão urgente a respeito das relações sociais e, sobretudo, humanas. Colocadas todas as reflexões, ao fim, em um depoimento pessoal, revela-se a sua principal necessidade de criação desta obra.

Sobre Adelino Costa
Pós-Graduado em Direção Teatral. Ator e produtor há 22 anos. Gaúcho radicado em São Paulo desde 2010. Integrou a Cia Teatro di Stravaganza, de Porto Alegre, entre 2007 e 2012. Ao10 longo da carreira, dirigiu três espetáculos e atuou em mais de 15 produções. Em 2008, com a montagem de "A Comédia dos Erros", venceu a categoria de Melhor Espetáculo no Prêmio Braskem e também no Prêmio Açorianos de Teatro, nesse foi indicado como melhor ator coadjuvante e produtor.

Como produtor, contribuiu em três edições do Festival Internacional Porto Alegre Em Cena, onde teve oportunidade de trabalhar com grandes nomes do teatro mundial e nacional, como Ariane Mnouchkine, Bob Wilson, Peter Brook, Pina Bausch, Antunes Filho, Zé Celso e Grace Passô. Trabalhou ainda, em cinco edições da Feira do Livro de Porto Alegre, além das Produtoras Opus Promoções, Chaim Produções e Fixação Cultural. Em 2012, produziu a Ópera "Pelléas e Mélisande", direção de Ivacov Hillel, no Teatro Municipal de São Paulo.


Ficha técnica
Espetáculo "Não Tem Meu Nome"
Atuação/direção/dramaturgia: Adelino Costa
Iluminação/operação de luz: Thatiana Moraes
Orientação coreográfica: Fefê Marques
Confecção figurinos: Paula Gascon
Fotos: Cristiano Pepi
Assessoria de imprensa: Pevi 56
Produção executiva: Natália Sanches e Adelino Costa


Serviço
Espetáculo "Não Tem Meu Nome"
Temporada: 2 a 30 de abril, quartas-feiras, 20h30
Local: Cemitério de Automóveis – Rua Francisca Miquelina, 155
Duração: 80 minutos
Classificação: 16 anos
Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada). À venda pelo Sympla.

segunda-feira, 31 de março de 2025

.: "Finlândia" faz nova temporada no Teatro Uol a partir de 16 de abril


Premiado texto do francês Pascal Rambert tem versão brasileira protagonizada pelo casal Paula Cohen (APCA de Melhor Atriz de Televisão) e Jiddu Pinheiro. Com direção de Pedro Granato, a peça discute as relações familiares contemporâneas. Foto: José de Holanda


O drama de um casal em crise é retratado no espetáculo "Finlândia", que faz nova temporada no Teatro Uol de 16 de abril a 29 de maio, após temporada de sucesso no Teatro Vivo. A bem-sucedida montagem brasileira tem direção de Pedro Granato e é interpretada pelo casal Paula Cohen e Jiddu Pinheiro, que também assinam a tradução. A peça do francês Pascal Rambert estreou em 2022 em Madri, na Espanha, e, desde então, ganhou montagens de sucesso em Paris (França), Montevidéu (Uruguai), Cidade do México (México) e Santo Domingo (República Dominicana).

"Finlândia" coloca o espectador em um quarto de hotel em Helsinque, junto com o casal de atores Paula e Jiddu, que está em processo de separação e tenta estabelecer um diálogo sobre o futuro de seu relacionamento. A peça emerge das complexidades e desafios emocionais enfrentados por esse casal em crise, que ainda precisa encontrar um consenso sobre a criação e guarda da sua filha pequena.

E, nesse duelo de linguagem entre dois mundos aparentemente inconciliáveis, um espelho reflete o momento que vivemos, uma estrutura de padrões opressivos que está por ruir, um mundo em desconstrução que aponta novos caminhos. E, por consequência, junto com a mudança vem os conflitos, as quebras e as resistências.

“Eu acho que o texto traz muito essa nova onda feminista para dentro das relações em que os pais estão mais presentes, compartilham as tarefas do lar e cuidados com os filhos e não terceirizam os cuidados. E aqui há também uma certa inversão de papéis em alguns momentos, uma desconstrução, uma visão mais crítica dessas estruturas de poder dos homens, do que é violência e do que é respeito. O texto traz muito a filha para o centro da questão”, comenta o diretor Pedro Granato.

Já para a atriz Paula Cohen, a obra explora bastante a dicotomia entre o modo como as pessoas foram criadas para reproduzir os velhos padrões de se relacionar e a tentativa de romper com essas formas antigas a partir da mudança de tempos, olhares e valores. “Acho que a peça explora essas contradições colocando em perspectiva esses questionamentos, de maneira muito humana na boca dessas personagens. Esse casal passa por muitos assuntos que estão em pauta na sociedade e, por isso, encontra ressonância em muitas casas, em muitos lares, em outros países”, comenta.

E, sobre essa impressionante atualização na forma de olhar para os relacionamentos, Jiddu Pinheiro diz: “O debate sobre opressores e oprimidos no ambiente público e privado, o embate político-ideológico nos mais diversos fóruns, as lutas por igualdade de direitos de gêneros e representatividade feminina, a forma como a estrutura patriarcal moldou e molda subjetividades de homens e mulheres são pautas de primeira ordem neste momento. O texto de Rambert traz de forma brilhante esse imaginário e esse debate nas subjacências dos dizeres desses personagens fazendo com que tudo pareça orgânico e cotidiano".

A encenação explora o aspecto claustrofóbico do quarto de hotel em que a história se passa. “Deixamos a encenação diagonal, o que diminui o espaço do quarto e permite essa relação mais cinematográfica como se o espectador visse quase que um plano contraplano. E, assim, rompe-se um pouco com aquela ação mais frontal ou da quarta parede. Temos um caminho de usar elementos de forma mais minimalista para que se sobressaiam os atores e o texto”, revela Granato.

O diretor ainda conta que, para criar essa encenação, buscou diversas inspirações no cinema, como a série “Cenas de Um Casamento” (2021, HBO), e o original de Ingmar Bergman, “Closer” peça adaptada ao cinema de Patrick Marber e o filme “História de um Casamento” (2019), de Noah Baumbach. “Esses filmes têm um olhar bem intimista sobre casais em momentos cruciais. Eles nos inspiraram a pensar em como podemos trazer as questões das relações contemporâneas e, ao mesmo tempo, dialogar com um histórico de retratos de relacionamentos. Acho que Finlândia traz um olhar muito mais aguçado e renovado do que obras clássicas sobre o tema. E era isso o que buscamos até encontrarmos o texto. Então, isso vai ser ótimo de ver no palco, porque os casais vão se envolver muito com a história”, acrescenta.


Sobre Pascal Rambert
Nasceu em Nice, França, em 1962. É autor de teatro, diretor e coreógrafo. Atualmente, é considerado um dos mais aclamados dramaturgos do continente europeu e sua obra foi traduzida para vários idiomas (inglês, russo, italiano, alemão, japonês, chinês, holandês e outros). Foi contemplado com inúmeros prêmios importantes, entre eles o Prêmio Émile Augier de Literatura y Filosofía, por sua obra "Ensayo", em 2015, e o Prêmio de Teatro da Academia Francesa, pelo conjunto de sua obra, em 2016.

Recentemente estreou "Une Vie" na Comédie-Française. Além disso, dirigiu uma série de curtas-metragens, alguns deles premiados nos festivais de Pantin, Locarno e Paris. Em 2007, transformou o Théâtre de Gennevilliers «T2G» em um centro nacional de criação contemporânea. Desde janeiro de 2017 é artista residente do Théâtre des Bouffes du Nord em Paris, fundado por Peter Brook. Sua peça "Clôture de l'Amour", que estreou no Festival d'Avignon, em 2011, se tornou um sucesso mundial.

Sinopse de "Finlândia"
"Finlândia" coloca o espectador em um quarto de hotel junto com as personagens Paula e Jiddu, um casal em crise tentando estabelecer um diálogo. Numa narrativa pertinente para os tempos atuais, a peça emerge das complexidades e desafios emocionais enfrentados por um casal em crise. A mudança estrutural de papéis entre homens e mulheres dentro de uma relação nas últimas décadas, as responsabilidades de cada um na criação de uma filha e a relação com seus trabalhos colocam essa discussão de casal em compasso com temas contemporâneos urgentes.

Ficha técnica
Espetáculo "Finlândia"
Com Jiddu Pinheiro  e Paula Cohen
Direção: Pedro Granato
Texto: Pascal Rambert
Participação especial: Turí
Coordenação de produção: Erika Horn e Paula Cohen
Cenografia e desenho de luz: Marisa Bentivegna
Figurinos: Iara Wisnik
Cenotécnico: Urso Quina
Montagem e desmontagem: Diego Dac
Operação de som e vídeo: Nanda Cipola
Operação de luz: Rodrigo Damas
Fotografia: José de Holanda
Produção executiva: Erika Horn
Assistente de produção: Alana Carvalho
Assistentes de direção: Gabriela Lang e Joana langeani
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Tráfego on-line: Fábrica de Resultados
Designer gráfico: Pedro Inoue
Redes sociais: Diego Leo
Direçao audiovisual: Karina Ades
Assessoria jurídica: CSMV Advogados
Direção de fotografia: André Prata
Edição de vídeo: Pablo Pinheiro
Gestão de projeto e difusão: Dulcinéia Produções Artísticas e Horn Produções Artísticas
Realização: Dulcinéia Produções Artísticas
Apoio: Pequeno Ato
Patrocínio: Mobifacil e Vivo

Serviço
Espetáculo "Finlândia"
Dramaturgia: Pascal Rambert
Temporada: 16 de abril a 29 de maio de 2025
Quartas e quintas-feiras, às 20h00
Teatro Uol - Av. Higienópolis, 618 - Consolação/São Paulo
Ingressos: R$ 80,00
Duração:  90 minutos
Classificação: 16 anos
Capacidade: 300 lugares
Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

.: De Gabriel Chalita, musical "Território do Amor" estreia dia 5 de abril


"Musical Território do Amor" faz ode ao mais complexo dos sentimentos humanos a partir das canções de grandes vozes femininas da música mundial. Com texto de Gabriel Chalita, direção geral de José Possi Neto e direção musical de Daniel Rocha, espetáculo tem uma curta temporada de estreia no Teatro Sérgio Cardoso, de 5 a 27 de abril. Foto: Caio Gallucci


O que une as saudosas cantoras brasileiras Elizeth Cardoso, Maysa, Dalva de Oliveira e Dolores Duran com a norte-americana Maria Callas, as francesas Barbara e Edith Piaf, a argentina Mercedes Sosa e a alemã Marlene Dietrich? É justamente o fato de que todas elas, em seus diferentes tempos e sociedades, cantaram cada uma à sua maneira as delícias e dissabores do amor. 

O musical "Território do Amor", com texto de Gabriel Chalita, lança justamente um olhar para o que essas vozes poderosas e icônicas cantam a respeito desse que é o mais complexo dos sentimentos humanos. O espetáculo, que ainda tem direção geral de José Possi Neto e direção musical de Daniel Rocha, tem uma curta temporada de estreia no Teatro Sérgio Cardoso, na Sala Nydia Lícia , de 5 a 27 de abril, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h00, e aos domingos, às 16h00.

Com uma atmosfera onírica e poética, a peça reúne todas essas lendas da música mundial em uma mesma barca, com destino incerto. Conduzidas por um barqueiro à luz do luar, elas navegam aquelas águas misteriosas enquanto contam e cantam seus amores a partir dos grandes temas que foram eternizados em suas carreiras.

O grande personagem da peça, segundo Chalita, é o próprio amor. “Essas  mulheres fascinantes - tanto as brasileiras como as de outras línguas - surgem para serem ao mesmo tempo servas e senhoras do amor. E, graças ao jogo dramático, nós questionamos: para onde elas estariam indo? Para onde vamos quando o amor nos encontra?”, indaga.

Ainda de acordo com o autor, o musical é sobre a vida. “Ou sobre o amor que se vive na vida, o que permanece mesmo quando a vida que se conhece não permanece. Essas mulheres amaram seus amantes, a música e o cantar. Elas também sofreram de amor, mas é possível viver sem sofrer de amor? Enquanto pesquisava suas vidas e suas canções ficava mais fascinado com os percursos de dor e de superação de cada uma delas. Suas canções permaneceram”, acrescenta.

Para dar voz a essas homenageadas, estão no elenco Badu Morais (Elizeth Cardoso), Bianca Tadini (Maria Callas), Daniela Cury (Barbara), Fernanda Biancamanno (Edith Piaf), Ju Romano (Dalva de Oliveira), Larissa Goes (Dolores Duran), Maria Clara Manesco (Marlene Dietrich), Neusa Romano (Maysa), Tatiana Toyota (Mercedes Sosa) e Leticia Mamede (swing). Já o barqueiro é interpretado pelo ator, cantor e instrumentista Marco França.


A encenação
Para falar sobre um sentimento tão complexo e misterioso, a encenação explora essa atmosfera onírica e  surrealista. “A escrita do Gabriel Chalita é poética e não obedece aos cânones e à dramaturgia da Broadway. Isso nos dá uma grande liberdade para tradução visual e estética do espetáculo. Estamos trabalhando elementos do sonho, um tempo que não é da realidade imediata - já que muitas dessas vozes jamais se encontraram na realidade e estão unidas pela cena onírica e por suas músicas”, explica o diretor José Possi Neto.

Ele ainda conta que os sucessos das cantoras homenageadas também serviram para nortear o trabalho com as atrizes. “As músicas são a nossa grande referência para a minha direção e para a construção do espetáculo. Elas serviram como um guia para as atrizes construírem suas personagens, além de informações, registros, vídeos sobre a vida das cantoras. Mas encontramos uma disparidade muito grande na quantidade de material de pesquisa sobre elas. Há, por exemplo, poucos materiais sobre Dolores Duran. Então, também estudamos como se comportavam as mulheres na sociedade de cada uma delas”, conta Possi sobre a criação.  

Um dos principais desafios para a concepção musical do espetáculo, de acordo com Daniel Rocha, é a enorme diversidade de estilos musicais e sonoridades que marcaram a carreira de cada uma das homenageadas. “Temos desde o universo sinfônico de Câmera ao samba canção, ao chorinho e à marcha-rancho do carnaval do início do século 20. Então, tivemos que trabalhar com uma maestrina que toca teclado com timbres variados e uma banda formada por cinco multi-instrumentistas que tocam violoncelo, violão 7 cordas, cavaquinho, bandolim, guitarra, sax, clarinete, flauta, bateria, percussão, glockenspiel e outros”, antecipa o diretor musical.

“A maioria das canções tem comentários de todas as vozes. Eu acho que isso é o que une musicalmente todas as essas canções tão diversas assim, de tantos lugares diferentes e de estilos musicais diferentes, né?”, acrescenta. O espetáculo ainda tem coreografia de Kátia Barros, figurinos de Kleber Montanheiro, cenografia de Renato Theobaldo, desenho de som de Eduardo Pinheiro, desenho de luz de Wagner Freire, visagismo de Emi Sato e direção de produção de Marilia Toledo e Emilio Boechat.

"Território do Amor" é realizado pela Ice Cream And Drama Produções, apresentado pela Brasilcap e conta com patrocínio master de Yduqs, com apoio cultural de Vibra e com apoio de Hyundai  pela Lei Rouanet e Matriarca Café.


Sinopse de "Território do Amor"
Uma embarcação conduz mulheres que marcaram a história com suas histórias de amor e de dor. Com suas glórias e suas mágoas. Vidas que se cruzam em tempos e espaços diferentes. Vidas semelhantes no sentir. São elas Elizeth Cardoso, Maysa, Dalva de Oliveira e Dolores Duran. Que se encontram com Maria Callas, Barbara, Edith Piaf, Mercedes Sosa e Marlene Dietrich. 

As canções permeiam o espetáculo e o texto navega nos mais profundos sentimentos humanos. Na alegria da vida, o abandono. No prazer, o medo. Na chegada, a partida. A peça traz o mistério da morte e o mistério da vida. Tudo com a leveza musical, que compõe para alguns a recordação de lindas canções e para outros o aprendizado. O amor nunca sai de cena. 


Ficha técnica
Musical "Território do Amor"
Texto: Gabriel Chalita
Encenação e direção de arte: José Possi Neto
Direção musical /Arranjos / Composições Adicionais: Daniel Rocha
Coreografia e direção de movimento: Kátia Barros
Figurinista: Kleber Montanheiro
Cenógrafo: Renato Theobaldo
Desenho de som: Eduardo Pinheiro
Desenho de luz: Wagner Freire
Visagismo: Emi Sato
Direção de produção: Marilia Toledo e Emilio Boechat
Elenco: Badu Morais (Elizeth Cardoso), Bianca Tadini (Maria Callas), Daniela Cury (Barbara), Fernanda Biancamanno (Edith Piaf), Ju Romano (Dalva de Oliveira), Larissa Goes (Dolores Duran), Leticia Mamede (swing), Maria Clara Manesco (Marlene Dietrich), Neusa Romano (Maysa), Tatiana Toyota (Mercedes Sosa) e Marco França (barqueiro).
Coro (selecionadas por audição do Instituto Baccarelli):. Gabriela Lira, Luciana Lira, Bárbara Viana,  Duda Garcez, Gabriela Evaristo e Gabrielly Neves.
Apresentado por: Brasilcap
Patrocínio master: Yduqs
Apoio cultural: Vibra
Apoio: Hyundai e Matriarca Café
Produção: Domínio Público
Realização: Ice Cream And Drama Produções


Serviço
Musical "Território do Amor"
Temporada: 5 a 27 de abril de 2025
Às sextas e aos sábados, às 20h00, e aos domingos, às 16h00*
*Não será permitida a entrada após o início do espetáculo.
Teatro Sérgio Cardoso (Sala Nydia Lícia)
Endereço: Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista / São Paulo


Ingressos
Plateia Lateral: R$ 150,00
Plateia Central: 200,00
Balcão: 100,00
Ingressos populares: de R$ 39,60
Vendas on-line em www.sympla.com.br
Classificação:livre
Duração: 2h15 (com 15 minutos de intervalo)
Capacidade: 827 lugares
Acessibilidade: teatro acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.
Acessibilidade para deficientes visuais: Audiodescrição
Acessibilidade para deficientes auditivos: Libras
Acessibilidade para deficientes intelectuais: Atendimento especial e oferecimento de abafadores de som pessoas neuro divergentes e com transtorno do espectro autista (TEA).

Bilheteria física - Sem taxa de conveniência
Rua Rui Barbosa, 153 - Bela Vista/São Paulo
Horário de funcionamento: de terça a sábado, das 14h às 19h. Em dias de espetáculo, das 14h até o horário de início da sessão.
Contato: (11) 3288-0136
Reservas de grupo: bilheteria@amigosdaarte.org.br e grupoentretenimentoecultura@gmail.com

.: "It's Me, Elton", em homenagem a Elton John, estreia no Teatro Unicid


Em agosto de 1990, o astro do pop Elton John se vê diante de uma triste realidade: a luta diária contra a cocaína. Já em reabilitação, se vê obrigado a escrever uma carta de despedida à “Dama de Branco” e, em um comovente relato confessional, retorna ao passado e resgata memórias de sua infância e juventude. "It's me: Elton", em curta temporada no Teatro Unicid, explora momentos e canções marcantes na trajetória do cantor, sem seguir necessariamente uma ordem cronológica. 

As apresentações acontecem sempre às quintas-feiras, às 20h30, dias 3, 10, 17, 24 de abril e 1° de maio. Com dramaturgia de Pedro Ruffo, direção de Daniela Stirbulov, direção musical de Gui Leal, o elenco formado por Ariel Moshe, Lívia Cubayachi, Mikael Marmorato e Pedro Ruffo sobe ao palco.

Embalados por sucessos como “Your Song”, “I’m Still Standing”, “Tiny Dancer", "Rocket Man" e outros, os dias de Elton no Hospital Luterano se fundem aos momentos de convivência com o pai, Stanley, o tio Reg, o melhor amigo Bernie Taupin, e o ex-namorado e produtor John Reid. Outros episódios vão se encadeando na cena. Além da própria trajetória do homenageado, o espetáculo aborda temas relevantes, como a liberdade, a opressão, a persistência e a vulnerabilidade da condição humana. 


Ficha técnica
Musical "It's Me, Elton"
Dramaturgia: Pedro Ruffo
Direção: Daniela Stirbulov
Direção musical: Gui Leal
Elenco: Ariel Moshe, Lívia Cubayachi, Mikael Marmorato e Pedro Ruffo
Figurinos: Uriel Orttiz
Designer de luz: Rafael Bernardino
Operação de Luz e Som: Elton Ramos
Assistência de direção: Allan Claudino
Produção executiva: Pedro Ruffo
Produção: Daniela Gonçalves e Pedro Ruffo
Duração: 60 minutos
Gênero: Drama musicado
Classificação: 14 anos


Serviço
Musical "It's Me, Elton"
Ingressos a partir de R$ 35,00 em www.diskingressos.com.br
Teatro Unicid - Av Imperatriz Leopoldina, 550, entrada lateral do teatro
Telefone de contato/whatsapp: (11) 3832 9100
Estacionamento no local: R$ 15,00

domingo, 30 de março de 2025

.: "Tudo Acontece numa Segunda-feira de Manhã" estreia no Itaú Cultural


Peça, que tem texto e atuação do próprio Vinícius (que contracena com Evas Carretero) e direção de Silvana Garcia, explora, de maneira ácida, os absurdos do mercado de trabalho contemporâneo. Cena de “Tudo Acontece numa Segunda-Feira de Manhã”. Foto: Danilo Ferrara - @_daniloferrara

Para refletir sobre a crueldade dos processos seletivos no campo profissional, o ator e escritor Vinícius Piedade criou o espetáculo “Tudo Acontece numa Segunda-Feira de Manhã”, o primeiro da "Trilogia Pessoas Trabalhando”. A peça faz as primeiras apresentações no Itaú Cultural nos dias 3, 4, 5 e 6 de abril, de quinta-feira a sábado, às 20h00, e, no domingo, às 19h00. Os ingressos são gratuitos. Depois segue para a Biblioteca Mário de Andrade nos dias 5, 12, 19 e 26 de maio, segundas-feiras, às 19h00.

Com direção de Silvana Garcia, a montagem mistura humor e ironia para expor os limites extremos que os candidatos enfrentam quando procuram uma vaga de emprego. Em um jogo metalinguístico, o espetáculo convida o público a refletir sobre as condições de trabalho, enquanto desenha um retrato provocador e irreverente do mercado.

“Essa questão sempre me intrigou. Afinal, passamos a maior parte da nossa vida no ofício, seja ele qual for. E, hoje, com as discussões sobre inteligência artificial, quais são os empregos que continuarão existindo? E qual será o impacto do fim de alguns trabalhos para as pessoas? Elas conseguirão se realocar? Precisarão se humilhar para ganhar uma oportunidade?”, defende Piedade.

Sobre a encenação
Em cena, os parceiros de longa data Vinícius Piedade e Evas Carretero interpretam atores em busca de um papel/trabalho. Eles participam de um teste para atuar em um espetáculo em que os personagens estão em busca de uma vaga e precisam enfrentar situações limite que beiram o absurdo.

Na primeira história, um homem que estava desempregado há muito tempo resolve ir na entrevista com uma bomba presa ao corpo para exigir sua contratação. Na segunda, um candidato precisa passar por diversas dinâmicas, correndo até o risco de perder a vida no processo.

“'Tudo Acontece numa Segunda-Feira de Manhã' tem um quê de recomeço. É como um grande teste para um espetáculo, o que nos permitiu utilizar muitos elementos do teatro, como exercícios de atuação”, comenta o dramaturgo. Nesta peça, o foco de Piedade está nas consequências da ausência de emprego nos indivíduos. Além das dificuldades econômicas, essa condição pode acarretar problemas como ansiedade, depressão, baixa estima e falta de autoconfiança.

“A direção está centrada no jogo entre os atores, como se tudo fosse uma coreografia. A forma como Vinícius e Evas interagem é quase como uma partitura de tensões e distensões, com suas falas, pausas e movimentos. Meu papel foi dar ritmo ao texto. Por isso, optei por não ter trilha sonora”, conta Silvana. Já o cenário remete tanto a um teatro quanto a uma empresa. Sem elementos excessivos, o ambiente será composto por objetos como cadeiras, uma mesa e uma arara com roupas sociais. A luz é assinada por César Pivetti. “Queremos aproveitar tudo o que o palco pode nos oferecer, mas sempre deixando os atores em primeiro plano”, afirma Vinícius.


Sinopse
Peça mergulha no lado obscuro e hilariante do mercado de trabalho contemporâneo. Dois atores, no papel de candidatos desesperados, enfrentam testes insanos e absurdos em busca de um papel/emprego. Parte da Trilogia “Pessoas Trabalhando”, o trabalho mistura humor e ironia para expor os limites extremos que os candidatos enfrentam e as crueldades do processo seletivo.

Ficha técnica
Texto: Vinícius Piedade Direção: Silvana Garcia Elenco: Evas Carretero e Vinícius Piedade Desenho de luz: César Pivetti Figurino: Piedad Operação de som e luz: Márcio Baptista Registro Fotográfico: Danilo Ferrara Produção: Elenor Cecon Junior Assessoria de imprensa: Canal Aberto - Márcia Marques, Daniele Valério e Carol Zeferino

Serviço
“Tudo Acontece numa Segunda-Feira de Manhã”
Duração: 80 minutos Classificação indicativa: 14 anos

No Itaú Cultural
Dias 3, 4, 5 e 6 de abril, de quinta a sábado às 20h00, e, domingo às 19h00
Local: Itaú Cultural - Av. Paulista, 149 - Bela Vista
Ingresso: gratuito | Reservar no site a partir de 1° de abril (terça-feira), pela plataforma INTI (acesso pelo site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br)
Capacidade: 224 lugares
Telefone: 11 2168-1777

Na Biblioteca Mário de Andrade
Dias 5, 12, 19 e 26 de maio, segunda-feira, às 19h00
Endereço: R. da Consolação, 94 - República
Ingresso: gratuito | Retirado com uma hora de antecedência na bilheteria
Capacidade: 170 lugares

.: "A Vida Começa aos 60": teatro de Aguinaldo Silva traz à tona a reinvenção


Com personagens que representam uma geração ativa, dona de seus próprios desejos e direitos, a história celebra a reinvenção pessoal e a coragem de se permitir viver intensamente, independentemente do número de anos vividos. Foto: Luiz Nicolau


Na sociedade contemporânea, em que as gerações mais velhas estão cada vez mais ativas, engajadas e com novos desejos, histórias como a de "A Vida Começa aos 60" se tornam essenciais para quebrar estigmas e preconceitos, celebrando o direito de sentir e viver o amor com intensidade, sem vergonha ou medo do julgamento. O espetáculo tem texto de Aguinaldo Silva, adaptação de Virgílio Silva, é estrelado por Luiza Tomé e Julio Rocha, e direção de Maciel Silva. A estreia será no dia 12 de abril, na Casa das Artes, e promete marcar a temporada teatral de 2025.

Com personagens que representam uma geração ativa, dona de seus próprios desejos e direitos, a história celebra a reinvenção pessoal e a coragem de se permitir viver intensamente, independentemente do número de anos vividos. No tempo em que a sociedade valoriza a juventude como o ápice da beleza e da felicidade, histórias como a de Lourdes e Amaro mostram que a maturidade pode ser uma fase de descobertas ainda mais ricas e gratificantes.

Lourdes, a protagonista feminina, questiona os valores e estigmas que a sociedade impõe aos mais velhos, especialmente quando se trata de relacionamentos. Amaro, o protagonista masculino, reacende em Lourdes o sentimento de ser desejada. O que se segue é uma linda jornada de autodescoberta, onde os dois personagens, através de suas fragilidades e forças, demonstram que o amor não tem prazo de validade e que nunca é tarde para se apaixonar, namorar ou casar.

"A Vida Começa aos 60" é um convite à diversão ao retratar o romance entre dois personagens que ultrapassam as barreiras da idade e se entregam ao desejo e à paixão, a peça nos ensina que o amor e o prazer podem ser vividos em qualquer fase da vida. Basta querer!


Sinopse
A paixão entre Lourdes e Amaro, já na casa dos 60 anos, abre espaço para o questionamento dos valores e estigmas que a sociedade, e a família, impõe aos mais velhos. O que se segue é uma linda jornada de autodescoberta, onde os dois personagens, através de suas fragilidades e forças, demonstram que o amor não tem prazo de validade.


Ficha técnica
Espetáculo "A Vida Começa aos 60"
Texto: Aguinaldo Silva
Adaptação: Virgílio Silva
Direção: Maciel Silva
Elenco: Luiza Tomé, Júlio Rocha, Glaura Lacerda, Natália Amaral, Tomás Vasconcelos, Xico Garcia
Elenco de apoio: Welligtton Firmino
Assistente de direção: Fellipe Calixto
Diretor de produção: Francisco Patrício
Produção executiva: Ronny Vieira
Assistente de produção: Roberta Viana
Assessoria de imprensa: Flavia Fusco Comunicação
Administração: Izabela Santté
Produção: Casa de Artes


Serviço
Espetáculo "A Vida Começa aos 60"
Classificação: 14 anos
Duração: 75 minutos
Gênero: comédia
Temporada: de 12 de abril a 11 de maio. Sábados, às 20h, e domingos, às 18h.
Ingressos: Sympla
Valores: R$ 50,00 | R$ 25,00
Casa de Artes - Rua Major Sartório 476 - Vila Buarque / São Paulo

sábado, 29 de março de 2025

.: “Cartas Libanesas: Ayuni”, de Duca Rachid, estreia no Sesc Ipiranga


Em comemoração aos dez anos de estreia do espetáculo “Cartas Libanesas: Ayuni”, uma nova montagem chega aos palcos, transformando o então monólogo num diálogo amoroso entre um homem e sua mulher, agora juntos em cena. O espetáculo estreia na próxima sexta-feira, dia 4 de abril, às 20h00, no Sesc Ipiranga, em São Paulo. 

A dramaturgia inédita da premiada autora Duca Rachid, em diálogo com o texto inicial de José Eduardo Vendramini e direção de Georgette Fadel e Luaa Gabanini, traz o ponto de vista feminino da saga do mascate libanês que imigrou para o Brasil nos anos 1910 em busca de uma vida melhor, deixando a esposa grávida no oriente.

Em cena, os atores Ana Cecília Costa e Eduardo Mossri, que também estiveram juntos vivendo personagens árabes na novela “Órfãos da Terra”, de Duca Rachid, contemplada com o Emmy Internacional, o Rose D’Or e o Seoul Internacional Awards, abordando o tema da migração e o drama de pessoas em situação de refúgio.


Ficha técnica
Espetáculo “Cartas Libanesas: Ayuni”
Idealização: Eduardo Mossri 
Texto: Duca Rachid e José Eduardo Vendramini 
Direção: Georgette Fadel e Luaa Gabanini 
Elenco: Ana Cecília Costa e Eduardo Mossri
Iluminação: Marisa Bentivegna 
Trilha sonora: Gregory Slivar
Direção de arte: A Equipe
Figurino feminino: Marichele Artisevskis
Figurino masculino: Fause Haten
Assistente de direção: Sergio Siviero 
Pesquisadora: Muna Omran
Preparadora vocal: Sonia Goussinsky  ​


Serviço
Espetáculo “Cartas Libanesas: Ayuni”
Estreia dia 4 de abril, sexta-feira, às 20h00
Sesc Ipiranga - Rua Bom Pastor, 822 – Ipiranga / São Paulo 
Ingressos: https://www.sescsp.org.br/programacao


sexta-feira, 28 de março de 2025

.: "Rita Lee - Uma Autobiografia Musical" fica em cartaz no Teatro Porto até dia 15

Essa é a última chance para o público paulistano ver o espetáculo que já atraiu mais de 75 mil espectadores em mais de 150 apresentações com ingressos esgotados. Mel Lisboa acaba de levar o Prêmio Shell de Melhor Atriz por este trabalho, além de ter sido indicada aos prêmios APCA e DID na mesma categoria. A montagem recebeu o Prêmio Arcanjo Especial e, no Prêmio PRIO do Humor, teve duas indicações. Fotos de cena: João Caldas


Em maio de 2025, o Teatro Porto comemora uma década de atividades e, para marcar a celebração, anuncia a última prorrogação da temporada do espetáculo Rita Lee: Uma Autobiografia Musical que vai até o dia 15 de junho deste ano. Em cartaz desde abril de 2024, a produção, que já conquistou milhares de espectadores, ganha novas sessões para celebrar um ano de sucesso nos palcos e a trajetória do teatro.

Com direção de Marcio Macena e Débora Dubois, Rita Lee – Uma Autobiografia Musical tem roteiro e pesquisa de Guilherme Samora e direção musical de Marco França e Marcio Guimarães. O musical traz Mel Lisboa (que acaba de vencer o prêmio Shell de Melhor Atriz) no papel de Rita Lee e revisita momentos marcantes da vida e da obra da artista, em um espetáculo que mescla música, teatro e memória.

Essa é a última chance para o público paulistano ver o espetáculo que já atraiu mais de 75 mil espectadores. Desde a estreia, a montagem tem conquistado o público, com sessões esgotadas e quatro prorrogações de temporada, totalizando mais de 155 apresentações.

Mel Lisboa, que interpreta a roqueira a pedido da própria Rita, acaba de levar o Prêmio Shell de Melhor Atriz, além de ter sido indicada aos prêmios APCA e DID na mesma categoria. A montagem recebeu o Prêmio Arcanjo Especial e, no Prêmio PRIO do Humor, foi indicada nas categorias direção e atriz (Débora Reis) por sua atuação como Hebe Camargo.

O elenco também conta com interpretações marcantes de grandes nomes da MPB: Bruno Fraga (Roberto de Carvalho), Fabiano Augusto (Ney Matogrosso), Carol Portes (Censora Solange), Flavia Strongolli (Elis Regina), Yael Pecarovich (Gal Costa), Antonio Vanfill (Arnaldo Baptista e Charles Jones), Gustavo Rezende (Raul Seixas) e Roquildes Junior (Gilberto Gil).


Trajetória do espetáculo

Tudo começou quando Mel Lisboa pisou pela primeira vez em cena como Rita Lee, em 2014, no musical Rita Lee Mora ao Lado. Ela não poderia prever algumas coisas: primeiro, que seriam meses de casa cheia em um dos maiores teatros de São Paulo. Segundo, que a própria Rita Lee apareceria sem avisar, abençoaria sua performance e ainda voltaria para assistir ao espetáculo. Trabalho, aliás, que rendeu a Mel prêmios como melhor atriz e a colocou de vez entre os maiores nomes do teatro nacional, com uma frutífera e diversificada carreira. 



Desta vez, Mel conta a história de Rita com base no livro da cantora, lançado em 2016 e um dos maiores sucessos editoriais do Brasil. O livro narra os altos e baixos da carreira de Rita com uma honestidade escancarada, a ponto de ter sido apontado como “ensinamento à classe artística” pelo jornal O Estado de São Paulo. 


A ideia do novo musical surgiu quando Mel gravou a versão em audiolivro, como Rita, em 2022.  O texto de Rita, numa narrativa envolvente e perfeita para um musical biográfico, conta do primeiro disco voador avistado por ela ao último porre. Sem se poupar, ela fala da infância e dos primeiros passos na vida artística; de Mutantes e de Tutti-Frutti; de sua prisão em 1976, na ditadura; do encontro de almas com Roberto de Carvalho; das músicas e dos discos clássicos; do ativismo pelos direitos dos animais; dos tropeços e das glórias.


“A vida de Rita precisa ser contada e recontada. Sua existência transformou toda uma geração. E continua a conquistar fãs cada vez mais jovens. Rita não é ‘somente’ a roqueira maior. Ela compôs, cantou e popularizou o sexo do ponto de vista feminino em uma época em que isso era inimaginável. Ousou dizer o que queria e se tornou a artista mais censurada pela ditadura militar. Na época, foi presa grávida. Deu a volta por cima e conquistou uma legião de ‘ovelhas negras’. Se tornou a mulher que mais vendeu discos no país e a grande poetisa da MPB”, declara a Mel Lisboa.


Como diz Rita no livro, seu grande gol é ter feito um monte de gente feliz. E Mel, no palco como Rita, leva a sério essa missão: todas as vezes em que interpreta Rita, as pessoas se comportam como se estivessem num show. Cantando junto, batendo palma e, não raras as vezes, correndo para dançar na frente do palco no “bis” do espetáculo. 



Rita Lee – Uma Autobiografia Musical mostra todas as facetas dessa grande cantora, compositora, multi-instrumentista, apresentadora, atriz, escritora e ativista dos direitos humanos e uma das maiores artistas brasileira.



Ficha Técnica: 


Roteiro e Pesquisa: Guilherme Samora. Texto: Márcio Macena. Direção Geral: Débora Dubois e Márcio Macena. Direção Musical: Marco França e Marcio Guimarães. Coreografia: Tainara Cerqueira. Assistente de Coreografia: Priscila Borges. Figurinista: Carol Lobato e Giu Foti. Iluminação: Wagner Pinto. Elenco: Mel Lisboa, Bruno Fraga, Fabiano Augusto, Carol Portes, Debora Reis, Flavia Strongolli, Yael Pecarovich, Antonio Vanfill, Gustavo Rezende e Roquildes Junior. Coordenação de Produção: Edinho Rodrigues. Realização: Brancalyone Produções.



SERVIÇO


Rita Lee – Uma Autobiografia Musical 


Estreou em 26 de abril de 2024.


Sextas e sábados, às 20h; Domingos, às 17h.



Ingressos esgotados.



Classificação: 12 anos.


Duração: 120 minutos.



TEATRO PORTO 


Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo.


Telefone (11) 3366.8700


 


Capacidade: 508 lugares.


Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos.


Estacionamento no local: Gratuito para clientes do Teatro Porto.


 


O Teatro Porto oferece a seus clientes uma van gratuita partindo da Estação da Luz em direção ao prédio do teatro. O local de partida é na saída da estação, na Rua José Paulino/Praça da Luz. No trajeto de volta, a circulação é de até 30 minutos após o término da apresentação. E possui estacionamento gratuito para clientes do teatro.


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segunda-feira, 24 de março de 2025

.: Espetáculo "Copo Vazio" com direção de Bruno Perillo faz nova temporada


Adaptação teatral do livro da escritora Natália Timerman tem direção de Bruno Perillo e dramaturgia de Angela Ribeiro; peça reflete sobre responsabilidade afetiva nos relacionamentos contemporâneos. Foto: Lígia Jardim

Em 2021, a psiquiatra e escritora brasileira Natalia Timerman lançou o livro "Copo Vazio" pela editora Todavia. É um romance dedicado a falar sobre uma experiência de abandono a partir de uma perspectiva contemporânea. Criada a partir da própria experiência da autora com um ghosting (termo atualmente usado para designar o término repentino de um relacionamento com uma pessoa sem quaisquer explicações ou aviso), a obra é uma ficção e ganha sua primeira adaptação teatral homônima. A nova temporada acontece no Teatro Itália entre os dias 1º e 30 de abril, com sessões às terças e quartas-feiras, às 20h00 Nos dias 29 e 30 de abril haverá bate-papo após a sessão com a escritora Natalia Timerman e elenco.

Com idealização de Carolina Haddad e direção de Bruno Perillo, o espetáculo reflete sobre a necessidade de se desenvolver a responsabilidade afetiva. Para trazer o livro para o universo do teatro, a dramaturgia de Angela Ribeiro coloca em cena uma atriz e um ator, que tentam reconstruir a trajetória de Mirela e Pedro, personagens do romance que viveram um intenso relacionamento por três meses até um deles sumir de maneira repentina.   

A narrativa explora o ponto de vista de Mirela, uma mulher inteligente e bem-sucedida que acaba submergida em afetos perturbadores quando se apaixona por Pedro, que a abandona. “Pedro desaparece de sua vida sem nenhum motivo aparente e Mirela precisa lidar com esse sentimento que é pior do que uma simples rejeição. Vemos uma mulher angustiada, buscando nas suas memórias algum sinal de que ela cometeu algum erro durante a relação. A vida dela vai acontecendo e ela está sempre às voltas com esse fantasma”, conta Carolina.  

Enquanto o livro está focado na vulnerabilidade da protagonista, na peça, os atores vão tentando recriar essa história, levantando questionamentos sobre os personagens do livro. Dessa forma, a peça convoca a uma discussão coletiva sobre a superficialidade dos relacionamentos contemporâneos. O trabalho suscita uma série de questionamentos, entre eles: será que o medo de sofrer está impedindo as pessoas de apostarem no amor? Ou o fato de o ser humano estar, de uma certa forma, refém do mundo virtual, está deixando-o ainda mais solitário? Fato é que a peça não se propõe a trazer respostas exatas, já que amar é se colocar em risco e  não simplesmente uma teoria. 

“Nosso foco é mostrar para as pessoas que ter responsabilidade afetiva é o básico para qualquer relacionamento. Somos seres dotados de sentimentos e não podemos perder a empatia. Afinal, as pessoas podem estar lidando com situações que nem imaginamos e simplesmente sumir da vida de alguém, como acontece na história, pode disparar gatilhos bem ruins”, defende Carolina.   


Sobre a encenação
Do ponto de vista narrativo, a peça é estruturada sem uma ordem cronológica, assim como no romance. Presente, passado e futuro se misturam a todo o momento, conduzindo a plateia a um labirinto de sensações vertiginosas, como se Mirela de fato tivesse sido lançada num abismo.

Para dar conta de toda essa complexidade, os intérpretes Carolina Haddad e Jorge Guerreiro alternam-se em momentos em que são atriz e ator discutindo sobre os personagens, e em que são os personagens vivendo a história. E, algumas vezes, seus corpos estão em um tempo e suas vozes em outro.  

O espetáculo é metalinguístico e faz uso de recursos como vídeo-projeções mapeadas, trilha sonora, canto, dança, elementos cenográficos e iluminação para multiplicar os planos de percepção do público. “Quisemos transportar o tom da prosa poética  da narrativa original para os palcos”, diz Perillo. 


Sinopse
A partir da obra homônima de Natalia Timerman, a peça "Copo Vazio" coloca em cena uma atriz e um ator ensaiando e refletindo sobre seus personagens, Mirela e Pedro. O tema que perpassa a obra é a responsabilidade afetiva nos relacionamentos contemporâneos, pois Pedro desaparece da vida da Mirela após três meses de intenso relacionamento, num fenômeno caracterizado nos dias atuais como "ghosting".


Ficha técnica
Espetáculo "Copo Vazio"
Dramaturgia: Angela Ribeiro (livremente inspirada no livro Copo Vazio da autora Natalia Timerman, Ed. Todavia)
Elenco: Carolina Haddad e Jorge Guerreiro
Direção: Bruno Perillo
Direção de movimento: Marina Caron
Cenografia: Chris Aizner
Cenotecnia: Casa Malagueta
Desenho de luz: Gabriele Souza
Operação de luz: Letícia Rocha
Trilha sonora: Pedro Semeghini
Operação de som: Pedro Semeghini
Direção de imagem e videomapping: André Grynwask e Pri Argoud (Um Cafofo)
Operação de vídeo: Rodrigo Chueri
Figurinista: Anne Cerutti
Assistente de figurino: Luiza Spolti
Fotos: Bruna Massarelli, Caio Oviedo, Kim Leekyung e Ligia Jardim
Redes sociais: Madu Arakaki, Livia Gioia, Gabriela de Sá
Produção: CM Haddad Produções e Corpo Rastreado – Letícia Alves
Assistência de produção: Madu Arakaki
Assessoria de imprensa: Canal Aberto - Márcia Marques, Flávia Fontes e Daniele Valério
Idealização: Carolina Haddad


Serviço
Espetáculo "Copo Vazio"
Teatro Itália - Av. Ipiranga, 344 - República, São Paulo - SP, CEP 01046-010
De 1º a 30 de abril de 2025
Terças e quartas, às 20h00
Sessões com libras dias 8 e 23 de abril
Sessão com bate papo com a escritora Natalia Timerman e elenco dias 29 e 30 de Abril
Ingressos: Inteira: R$ 100,00 | Meia: R$ 50,00
Vendas pela Sympla: bileto.sympla.com.br/event/102109
Classificação etária: 16 anos
Duração: 80 minutos

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