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terça-feira, 18 de março de 2025

.: "Não me Entrego, Não!" com Othon Bastos estreia no Sesc 14 Bis


Othon Bastos chega ao Sesc 14 Bis com seu primeiro monólogo, visto por mais de 40 mil espectadores, onde relembra vivências e fatos marcantes de sua trajetória. O espetáculo é vencedor em três premiações e indicado como Melhor Ator no Prêmio Shell (RJ) e em cinco categorias no Prêmio APTR. Foto: Beti  Niemeyer


Quando Flávio Marinho recebeu um calhamaço de escritos que Othon Bastos deixou sob sua diligência, confiada pela amizade de décadas dos dois, nenhum deles imaginava que o solo elaborado sob minuciosa pesquisa, posteriormente escrito e dirigido por Flávio levando em conta os principais acontecimentos da existência de Othon, seria o sucesso de público e crítica que se transformou “Não Me Entrego, Não!”.  O espetáculo estreia no Sesc 14 Bis, em São Paulo, de 20 de março a 21 de abril de 2025, de quinta a sábado, às 20h00, e domingo, às 18h00 e segunda (21, de abril), às 15h00.

Com a experiência de quem criou muitos tipos e começou histórias diversas tantas vezes ao longo da vida, o ator Othon Bastos repete o gesto com frescor e números expressivos. Às vésperas de completar 92 anos de vida e 74 anos de carreira, nos intervalos da temporada oficial Othon tem circulado com o trabalho em diversos estados do país, e já contabiliza mais de 40 mil espectadores e 100 apresentações. Dentre tantos méritos, o espetáculo recebeu láureas como o Prêmio FITA (Festa Internacional de Teatro de Angra), que premiou Flávio Marinho na categoria Melhor Autor e Othon Bastos com o Prêmio Oficial do Júri. 

A dupla foi ainda homenageada na 1ª edição do Prêmio Arte e Longevidade Rio 2024 e Othon, que está indicado na categoria Melhor Ator pelo júri carioca do Prêmio Shell, levou ainda o prêmio Cariocas do Ano da revista Veja Rio na categoria Teatro. Com a peça, Othon Bastos foi indicado ao Prêmio Shell de Melhor Ator. O espetáculo também concorre ao prêmio APTR em cinco categorias: dramaturgia e direção (Flávio Marinho), ator protagonista (Othon Bastos), espetáculo e produção não-musical.

Othon possui uma carreira de títulos marcantes no cinema (“Deus e o Diabo na Terra do Sol”, de Glauber Rocha) e no teatro (“Um Grito Parado no Ar”, de Gianfrancesco Guarnieri) que são relembrados em cena, propondo uma reflexão sobre cada momento da sua trajetória. É o mural de uma vida dividido em blocos temáticos - trabalho, amor, teatro, cinema, política etc. - cujas reflexões envolvem citações e referências de alguns dos autores mais importantes do mundo. A peça é uma lição de vida e de resiliência, de como enfrentar os duros obstáculos que se apresentam em nossa existência - e como superá-los.

O desejo de voltar à ribalta partiu do próprio Othon que, após assistir a montagem “Judy: o arco-íris é aqui”, ficou com a ideia de estar em cena relembrando suas histórias. “Eu pensei como é maravilhoso contar a vida de alguém no palco. E aí falei com o Flávio que eu queria fazer um espetáculo com ele sobre a minha vida - e entreguei umas 600 páginas de pensamentos escritos sobre coisas que eu gosto, autores, anotações... Ali tinha um resumo bom sobre mim. E fomos fazendo: ele leu, entendeu e foi montando o espetáculo. E é mais difícil me lembrar do texto, embora seja uma peça sobre a minha própria memória, porque ela chega editada, diferente das lembranças espontâneas”, confidencia Othon Bastos.

Com a missão de converter tantas lembranças e histórias, Flávio Marinho precisou condensar os anos de vivência do veterano ator em alguns minutos de espetáculo teatral. “À primeira vista, o que temos é o próprio Othon Bastos quem estará em cena contando histórias divertidas e dramáticas da sua vida pessoal e profissional. Isto seria, digamos, o esqueleto dramático da peça. Só que este esqueleto é recheado de diversas reflexões, frutos imediatos do tema abordado por Othon. Por exemplo, depois que ele encontra o amor da vida, com quem está casado há 57 anos, o texto passa a refletir o sentimento do amor através de diversas referências e citações”, adianta o autor e diretor, que trabalha com a mesma equipe teatral há mais de 35 anos, reunindo profissionais como Liliane Seco (Trilha Original), Paulo Cesar Medeiros (Iluminação), Fabio Oliveira (Administração), Ronald Teixeira (Direção de Arte), Beti Niemeyer (Fotografia), Bianca De Felippes (Produtora) e Gamba (Programação Visual). “Já somos considerados uma família”, conclui.

O mesmo se dá após Othon mencionar um fato político: a peça envereda por historietas e pequenas pensatas políticas - e assim por diante. “O Flávio escreveu maravilhosamente bem. Começa nos meus 11, 12 anos e vem até hoje. Nada foi fácil para mim, muitos dos meus principais papéis eu entrei substituindo outro ator. Se alguém me perguntar como comecei minha carreira, eu digo que comecei substituindo o Walter Clark, que era meu colega de turma de teatro, e depois muitas outras coisas aconteceram. O Chico Xavier já dizia que se uma coisa é sua, ela te encontra, não é preciso se preocupar”, pondera o homenageado, que terá a companhia de sua “memória” em cena, a atriz Juliana Medela trazendo observações às suas falas. “A ideia de ter a minha memória em cena foi minha, achei que seria interessante ter uma espécie de Alexa em cena. Ela entra para fazer descrições”, diverte-se Othon, numa alusão à assistente virtual desenvolvida pela Amazon.

“É um momento único, mesmo: meu primeiro monólogo e sobre a minha própria vida. É uma experiência muito forte eu ter que ser o meu próprio centro em cena. Mas não trazemos nenhuma lembrança amarga, apenas as alegres e divertidas, para levar curiosidades que vivi ao longo desses anos todos ao público, que saberá o que se passa com um ator – que é uma pessoa comum. Mas, quando se recebe um dom como esse, você tem a capacidade de doar o que recebeu. Então é isso que eu quero, me doar - e que as pessoas me leiam. Quero que elas vejam quem eu sou e como sou”, finaliza Othon Bastos.


Ficha técnica
Espetáculo "Não Me Entrego, Não!"
Elenco: Othon Bastos
Texto e direção: Flavio Marinho
Diretora assistente e participação especial: Juliana Medella
Direção de arte: Ronald Teixeira
Trilha original: Liliane Secco
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
Programação visual: Gamba Júnior
Fotos: Beti Niemeyer
Visagismo: Fernando Ocazione
Consultoria artística: José Dias
Assessoria de imprensa (Nacional): Marrom Glacê Comunicação – Gisele Machado e Bruno Morais
Assessoria de imprensa (SP): Canal Aberto - Márcia Marques, Daniele Valério e Flávia Fontes
Assessoria Jurídica: Roberto Silva
Coordenador de redes sociais: Marcus Vinicius de Moraes
Assistente de diretor de arte: Pedro Stanford
Assistente de produção: Gabriela Newlands
Administração: Fábio Oliveira
Produção local: Roberta Viana
Desenho de som e operação: Vitor Granete
Operador de luz: Luiza Ventura
Direção de produção: Bianca De Felippes
Produção:  Gávea Filmes
Idealização:  Marinho d’Oliveira Produções Artísticas
Realização:  Sesc São Paulo


Serviço
Espetáculo "Não Me Entrego, Não!"
Elenco: Othon Bastos
De 20 de março a 21 de abril de 2025
Quintas a sábados, às 20h e domingos, às 18h e dia 21/4, segunda-feira, às 15h.
Ingressos: R$ 70,00 (inteira) / R$ 35,00 (meia-entrada) / R$ 21,00 (credencial Sesc)
Classificação Indicativa: 12 anos | Duração: 100 minutos
Sesc 14 Bis – Teatro Raul Cortez
Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – Bela Vista – São Paulo – SP
Informações: www.sescsp.org.br/14bis
Instagram: @othonbastosnoteatro / @sesc14bis

terça-feira, 11 de março de 2025

.: "O Figurante" com Mateus Solano é prorrogado no Teatro Renaissance

A peça retrata o cotidiano de um figurante no audiovisual, que passa a questionar sua própria existência e enfrentar um intenso embate consigo mesmo. A direção é de Miguel Thiré, que volta a colaborar com Mateus Solano após o sucesso de Selfie — espetáculo que lotou teatros de 2014 a 2018 — em uma parceria inédita na dramaturgia com Isabel Teixeira. Foto: Dalton Valerio


Devido ao sucesso de público, a temporada de "O Figurante" foi prorrogada até 29 de junho, no Teatro Renaissance, em São Paulo. As apresentações seguem às sextas-feiras, às 21h, aos sábados, às 19h, e aos domingos, às 17h.  

A comédia dramática traz o ator Mateus Solano em seu primeiro monólogo, no papel de um figurante que passa a questionar sua própria existência e seu lugar em um mundo que parece mantê-lo em segundo plano.   

Com direção de Miguel Thiré que contou com a colaboração na dramaturgia de Mateus Solano e Isabel Teixeira, a trama mergulha na rotina de Augusto, um figurante que luta para encontrar a si próprio em meio a uma rotina pobre de sentido, que o mantém num lugar muito aquém da sua potência como ser humano.    

"O Figurante" reflete sobre a dificuldade de se conectar com a própria essência e sobre os desafios de assumir o controle da própria narrativa. “Somos um animal que cria histórias para viver e um mundo para acreditar. Na ânsia em fazer parte desse mundo, acabamos por nos afastar de nós mesmos a ponto de não saber se somos protagonistas ou figurantes de nossa própria história”, reflete Mateus Solano.  

A dramaturgia foi construída a partir do método Escrita na Cena, desenvolvido por Isabel Teixeira, que estimulou o ator a explorar sua própria criatividade por meio de improvisos. As cenas criadas por Mateus foram gravadas, transcritas e reelaboradas por Isabel para compor o texto final, preservando a autenticidade das reflexões do personagem.  

“Atores e atrizes escrevem no ar da cena, onde vírgula é respiração e texto é palavra dita e depois encarnada no papel. Essa é a tinta de base usada para escrever ‘O Figurante’. Partimos de improvisos de Mateus Solano e posteriormente mergulhamos no árduo e delicioso trabalho de composição e estruturação dramatúrgica. ‘O Figurante’ coloca no centro o que normalmente é deixado de lado, ampliando o olhar para o que muitas vezes passa despercebido”, explica Isabel Teixeira.  

A peça dá continuidade à pesquisa de linguagem desenvolvida há anos por Miguel Thiré e Mateus Solano: uma encenação essencial, que se vale basicamente do corpo e da voz como balizas do jogo cênico. No palco nu, Mateus dá vida ao Figurante e demais personagens através do trabalho mímico.   

“Sempre acreditei em um teatro que debate direto com a sociedade, que toca o público. O que queremos dizer? Como vamos dizer? Neste quinto trabalho juntos, ao invés de dividirmos o palco, passo eu para esse lugar de ‘espectador profissional’ que é a direção. Acompanho o trabalho desse brilhante ator (Mateus Solano) que dá vida a um outro ator (o personagem) que, por sua vez, não consegue brilhar. “O Figurante busca colocar o foco onde normalmente não há. O trabalho é fazer este personagem quase desaparecer, estar fora de foco, ser parte do cenário”, explica Miguel Thiré, diretor.  

A montagem chegou em São Paulo em janeiro após uma temporada carioca  de muito sucesso entre os meses de julho a outubro, seguida de passagens por cidades de Minas Gerais, Porto Alegre, Brasília e Ribeirão Preto.   


Ficha Técnica:  

Dramaturgia: Isabel Teixeira, Mateus Solano e Miguel Thiré. Atuação: Mateus Solano. Direção: Miguel Thiré. Direção de Produção: Carlos Grun. Direção de Movimento: Toni Rodrigues Desenho de Luz: Daniela Sanches. Direção Musical e Trilha Original: João Thiré. Design Gráfico: Rita Ariani. Desenho de Som: João Thiré. Fotos: Guto Costa. Equipe de Produção: Flavia Espírito Santo, Glauce Guima, Kakau Berredo e Cleidinaldo Alves. Idealização e Realização: Mateus Solano, Miguel Thiré e Carlos Grun. Produção: Bem Legal Produções. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli.  


Miguel Thiré – Diretor e Coautor  

Miguel Thiré, nascido em 1982 no Rio de Janeiro, é filho do ator Cecil Thiré e da atriz Tônia Carrero. Desde os 10 anos, iniciou sua formação no teatro n’O Tablado e, desde então, vem se destacando nas artes cênicas, com passagens por teatro, cinema e TV.  

No teatro, trabalhou em peças como Tango, Bolero e Chá-chá-chá e A Babá, ambas sob direção de Bibi Ferreira, e em Otelo, dirigida e estrelada por Diogo Vilela. Também atuou em Série 21, dirigida por Jefferson Miranda, e em Macbeth, sob a direção de Aderbal Freire-Filho. Outros trabalhos notáveis incluem Os Altruístas e O Homem Travesseiro, pelo qual ganhou o prêmio de melhor ator coadjuvante no FITA 2013.  

Na TV, esteve presente em novelas como Porto dos Milagres, Malhação, Em Família, Paixões Proibidas e Poder Paralelo, além da série Copa Hotel. Como diretor, sua carreira inclui peças como Doutor, minha filha não para de dançar ao lado de Mateus Solano, e a criação de Superiores, premiada no festival de Campos dos Goytacazes.  

Isabel Teixeira– Coautora  

Isabel Teixeira é diretora, dramaturga e atriz, formada pela EAD. Fundadora da Cia. Livre de Teatro, se destacou em peças como Toda Nudez Será Castigada e Um Bonde Chamado Desejo, sendo indicada ao prêmio Shell de melhor atriz em 2002. Em 2005, coordenou o projeto Arena Conta Arena 50 Anos, premiado com o Shell e o APCA.  

Ela também atuou em peças como Gaivota, Rainha[(S)] (prêmio Shell de melhor atriz em 2009), e O Livro de Itens do Paciente Estevão. Em 2013, dirigiu o monólogo Desarticulações, com Regina Braga, e o show Tudo Esclarecido, com Zélia Duncan.  

Como diretora, seus projetos incluem Puzzle (a, b, c e d), Fim de Jogo, com Renato Borghi, e Lovlovlov, peça com texto de Teixeira, Diego Marchioro e Fernando de Proença. Entre 2014 e 2020, fez turnê com a peça E Se Elas Fossem para Moscou?, que foi exibida em diversos países. Atualmente, em 2024, Teixeira dirige a Cia Munguzá no projeto Linhas e colabora na dramaturgia de O Figurante.  

Mateus Solano – Ator e Autor  

Mateus Solano é um dos mais premiados atores da televisão e teatro. Ele recebeu dois Troféus Imprensa, um Prêmio APCA e o Prêmio Bibi Ferreira. Formado em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, iniciou sua carreira no teatro com O Homem que Era Sábado, de Pedro Brício, em 2003.  

Solano se tornou um nome conhecido ao interpretar Ronaldo Bôscoli na minissérie Maysa - Quando Fala o Coração (2009). No mesmo ano, iniciou sua trajetória nas novelas com os gêmeos Jorge e Miguel em Viver a Vida. Outros destaques na TV incluem Morde & Assopra, Gabriela, Amor à Vida (onde interpretou o vilão Félix, marcando a história da teledramaturgia) e Elas Por Elas.  

Nos palcos, Mateus esteve em peças como Tudo é Permitido, O Perfeito Cozinheiro das Almas desse Mundo e 2 p/ Viagem (com Miguel Thiré), além de atuar em Hamlet e Selfie. No cinema, participou de Linha de Passe (2008), exibido em Cannes, e recebeu prêmios de Melhor Ator em festivais de cinema. Solano também estrelou filmes como Confia em Mim e Benzinho.   


Serviço:  

O Figurante  

Temporada prorrogada até 29 de junho.  

Sextas às 21h, sábados às 19h e domingos às 17h.  

Duração: 70 minutos.  

Ingressos: Disponíveis no site do Olha o Ingresso  

R$150,00 (inteira) R$75,00 (meia)  


Teatro Renaissance  

Alameda Santos 2233 - Jardim Paulista, Piso E1  

Bilheteria de sexta a domingo das 14h ao início do espetáculo  

Site: teatrorenaissance.com.br    

.: Teatro: Beth Goulart retorna com “Simplesmente eu, Clarice Lispector”

Em comemoração aos 50 anos de carreira Beth Goulart retorna com o premiadíssimo espetáculo, visto por mais de 1 milhão de pessoas em mais de 280 cidades,  que fica em curta temporada no Rio de Janeiro. "Simplesmente eu, Clarice Lispector". Fotoo: Fabian


Com atuação, direção e adaptação de Beth Goulart, e supervisão de direção de Amir Haddad, o espetáculo “Simplesmente eu, Clarice Lispector”, retorna aos palcos após 10 anos. Agora, o espetáculo chega ao Teatro I Love PRIO, no Rio de Janeiro, como celebração aos 50 anos de carreira de Beth Goulart, entre os dias 14 e 30 de março, de sexta a domingo (sexta e sábado às 20h e, domingo, às 19h) como parte da programação do Mês da Mulher. Ingressos aqui. 

'Simplesmente eu, Clarice Lispector' é uma ode ao amor, quando vou de encontro ao viés mais presente e importante da obra da Clarice na busca por esse sentimento, o mais sublime do ser humano”, reflete Beth Goulart, premiada como “Melhor Atriz” com o “Shell 2009”, “APTR”, “Revista Contigo” e “Qualidade Brasil”, este último, que também premiou a montagem como “Melhor Espetáculo”, que passou dois anos debruçada na obra da autora, mergulhada em extensa pesquisa.

E foi a partir de uma identificação profunda com a obra de Clarice Lispector que Beth Goulart trouxe aos palcos o monólogo que conduz o público pelo universo da escritora, revelando facetas de sua personalidade e de seus personagens. "A arte é o vazio que a gente entendeu", disse Clarice, e Beth busca, no teatro, refletir essa profundidade, trazendo a escritora para o palco com voz, corpo e emoção.

Extraído de depoimentos, entrevistas, correspondências e depoimentos de Lispector, assim como fragmentos de suas obras mais emblemáticas, como "Perto do Coração Selvagem", "Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres", e os contos "Amor" e "Perdoando Deus", que se constrói a narrativa de “Simplesmente eu, Clarice Lispector”. Beth entrelaça a autora e as vozes de quatro personagens femininas, Joana, Lori, Ana e mulher sem nome, que representam diferentes momentos da vida e do pensamento de Clarice. A cenografia minimalista e a iluminação, meticulosamente desenhada, criam um espaço onírico, onde a autora e suas personagens dialogam sobre amor, silêncio, solidão e o mistério da existência.

A montagem conta com um time de renomados parceiros artísticos. Amir Haddad assina a supervisão de direção, desafiando Beth a explorar ainda mais a comunicação com o público. A trilha sonora original de Alfredo Sertã, inspirada em compositores como Erik Satie, Arvo Pärt e Astor Piazzolla, guia a atmosfera sensorial da obra. A iluminação de Maneco Quinderé e a direção de movimento de Márcia Rubin, assim como a preparação vocal conduzida por Rose Gonçalves, adicionam camadas de expressividade à encenação. O cenário, assinado por Ronald Teixeira e Leobruno Gama, evoca um vazio branco, que acolhe e transforma o espaço cênico com a luz e os movimentos da atriz. O figurino de Beth Filipecki reforça a elegância e simplicidade de Clarice e seus personagens. Com visagismo de Westerley Dornellas e uma programação visual elaborada por Carol Vasconcellos.

Na montagem de "Simplesmente eu, Clarice Lispector", a essência da literatura de uma das mais importantes escritoras do século XX, dona de uma obra que cruza fronteiras geográficas e de gênero, em direção ao entendimento do amor, de seu universo, suas dúvidas e contradições.

"Simplesmente eu, Clarice Lispector" chega ao Teatro I Love PRIO para emocionar o público carioca, e também, fomentar a leitura. Para isso, após cada apresentação, Beth Goulart realiza o sorteio de dois livros, um da obra de Clarice Lispector e outro de sua própria autoria.


Serviço:

“Simplesmente eu, Clarice Lispector” @ Teatro I Love PRIO

Data: 14 a 30 de março de 2025 | sexta a domingo

Horários: Sextas e sábados às 20h, domingos às 19h

Classificação: 12 anos

Duração: 60 minutos  

Capacidade: 352

Ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/102761/d/300858/s/2053466 

 


Sinopse:

Clarice Lispector conversa com o público sendo ela mesma e suas personagens, quatro mulheres que, para Beth Goulart, representam as várias facetas de Clarice: Joana, que representa impulso criativo selvagem de “Perto do Coração Selvagem”; Ana, do conto “Amor”, que representa a fase da autora dedicada ao marido e aos filhos; Lori, da obra “Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres, uma professora primária que se prepara para descobrir e se entregar ao amor; e uma personagem sem nome do conto "Perdoando Deus, com sua ironia, inteligência e humor.


Beth Goulart sobre sua relação com Clarice Lispector e o viés da dramaturgia de “Simplesmente eu, Clarice Lispector”:

Para o monólogo que atua e dirige, Beth Goulart passou dois anos mergulhada numa extensa pesquisa. Com narrativa que se constrói a partir de trechos de entrevistas, depoimentos e correspondências. Segundo Beth, toda essa ligação se dá por uma única linha: o amor: “Clarice falava sobre o amor maternal, o relacionamento, o amor a Deus, à natureza, ao próximo. Escolhi esse viés para apresentá-la ao público."

Joana, uma mulher inquieta, que representa o impulso criativo selvagem e foi a primeira personagem de Clarice Lispector que Beth Goulart conheceu, no auge da adolescência, ao ler “Perto do Coração Selvagem”, romance de estreia da autora. Sua identificação foi inevitável: "Eu achava que não era compreendida. O que fazer com isso tudo dentro de mim, com esse processo criativo? Só Clarice me entendia", confessa a atriz.

Já Ana, do conto "Amor", leva uma vida simples, dedicada ao marido e aos filhos e tem a rotina quebrada ao se impressionar com a magia do Jardim Botânico: “Ela representa a fase em que Clarice se dedicou totalmente ao marido e aos filhos”, destaca a diretora.

Lóri, da obra “Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres” é uma professora primária que mora sozinha e se prepara para descobrir e se entregar ao amor.: “Toda a obra de Clarice é uma ode ao amor, o sentimento mais transformador do ser humano”, declara Beth.

Há ainda outra mulher sem nome, que, no conto "Perdoando Deus", se deixa mergulhar na liberdade enquanto passeia por Copacabana: “Essa personagem sem nome representa a ironia, a inteligência e o humor na obra de Clarice. Essas quatro mulheres representam algumas facetas da própria Clarice e foram escolhidas para apresentar ao público a obra de um dos maiores nomes da literatura brasileira”, sentencia Beth Goulart.

A atriz interpreta, além da escritora e suas personagens, fragmentos que reconhece em si mesma: "Usando as palavras dela, eu também estou falando de mim, eu me revelo através de minhas escolhas.

Na peça, Beth faz reflexões sobre temas como criação, vida e morte, Deus, cotidiano, solidão, arte, aceitação e entendimento e trabalha pontos característicos da obra de Lispector, como o vazio, o silêncio e o instante-já,: "Aquele momento único, que é como um flash, um insight, em que tudo se esclarece", explica a atriz.

Para a Beth, representar Clarice Lispector é realizar um antigo desejo: "Eu sempre acalentei essa vontade de um dia poder dar meu corpo, minha voz, minhas emoções para colocá-la viva em cena."

A caracterização foi feita de forma cuidadosa. Detalhes como a maquiagem ganharam tratamento especial de Beth Goulart, que optou por um caminho neutro para passear livremente pela pele das personagens e da autora: "O espetáculo todo é como se fosse uma grande folha em branco a ser escrita por essas personagens, pelos movimentos, pelas ações, pelos sentimentos, pela luz."


 


FICHA TÉCNICA 

Texto: Clarice Lispector

Adaptação, Interpretação e Direção: Beth Goulart

Supervisão de direção: Amir Haddad

Gênero: Espetáculo Poema

Iluminação: Maneco Quinderé

Operadora de Luz: Diana Cruz  

Trilha Sonora Original: Alfredo Sertã

Operador de Som: Paulo Mendes

Figurino: Beth Filipecki

Camareira: Flávia Cotta

Cenografia: Ronald Teixeira e Leobruno Gama

Diretor de Cena: Guaraci Ribeiro

Assessoria de imprensa: Silvana Cardoso E. Santo (Passarim Comunicação)

Programação visual: Studio C Comunicação

Produção Executiva: André Filippe Oliveira

Direção de Produção: Pierina Morais

Realização: Self Produções Artísticas LTDA.

Classificação: 12 anos

Duração: 60 minutos

quarta-feira, 5 de março de 2025

.: Musical "TV Colosso" estreia no teatro após 30 anos de sucesso na televisão


Celebrando os 30 anos de um dos programas mais icônicos da TV brasileira, espetáculo inédito, com Priscila e os personagens originais da série, chega ao Teatro Bravos, no dia 8 de março, com uma história emocionante e cheia de aventura. Foto: Luiz Ferré


"TV Colosso", programa infantil da TV Globo, conhecido por sua criatividade e originalidade, tornou-se um fenômeno de audiência e um marco cultural atemporal para diversas gerações. Reviva a magia dos anos 90 com "TV Colosso - O Musical", sob a direção artística de Luiz Ferré, o criador dos personagens originais da série. Com roteiros de Adão Iturrusgarai e André Catarinacho, com colaboração final de Thereza Falcão.

Uma emocionante homenagem a um dos programas mais amados da televisão brasileira, que encantou milhões de pessoas no Brasil com seus personagens cativantes. Adultos revivem a infância ao reencontrar esses queridos amigos, enquanto as crianças exploram o universo da "TV Colosso" pela primeira vez, com muitas risadas, lições e números musicais vibrantes que recriam a nostalgia do programa. Participe dessa celebração dos 30 anos de afeto e diversão, compartilhando memórias com as futuras gerações. O espetáculo é uma realização da Globo em parceria com Criadores e Criaturas, Inova Brand, Ziss Produções, e Everybody Entretenimento, apresentado e patrocinado pelo Ministério da Cultura e pela Brasilprev, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

"'TV Colosso' é um exemplo de sucesso brasileiro que conquistou milhões de fãs e permanece vivo na memória afetiva de gerações. Aqui na Brasilprev, temos o orgulho de apoiar produções como essa, que celebram a riqueza da cultura nacional e valorizam marcos importantes da nossa história", destaca Ivan Kosmack Ribeiro, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da empresa. "Somos reconhecidos como uma das empresas que mais investem em iniciativas culturais no país, e projetos como este refletem nossa dedicação em promover e preservar o que é genuinamente nosso".


"TV Colosso - O Musical"
Ao som das trilhas icônicas do universo Colossal, os personagens favoritos da "TV Colosso" se reúnem para enfrentar uma ameaça: uma invasão de cães cibernéticos comandados pelo terrível Vira-Lata de Aço, vindo do futuro para levar o Gilmar das Candongas para o ano de 2090 e resolver a "TV Colosso das Galáxias", uma versão altamente tecnológica e sem humor. Em cena, momentos marcantes como o “Bom dia, Galera!“ e o clássico “Tá na hora de matar a fomeee!” ganham vida. Priscila, ao lado dos Gilmares, convoca a turma para enfrentar os caninos espaciais, que acabam descobrindo que a verdadeira magia da "TV Colosso" está na bagunça e amizade da equipe. Será que a "TV Colosso" volta ao passado, ou o futuro está a caminho? Todos correm para salvar a "TV Colosso" – afinal, ainda bem que já é hora do almoço!

terça-feira, 4 de março de 2025

.: Inspirado em HQ sueca, peça investiga amor e desafios dos relacionamentos


A trama mergulha nas transformações dos relacionamentos na era digital e no impacto do capitalismo sobre o amor. A montagem estreia no Sesc Santana com adaptação de Bianca Lopresti e Ale Paschoalini. Foto: Helena Wolfenson


O espetáculo "A Rosa Mais Vermelha Desabrocha" traz aos palcos uma adaptação da aclamada HQ sueca de Liv Strömquist. No centro da montagem, quatro atrizes exploram, com intensidade e humor, as complexidades dos relacionamentos contemporâneos. Bianca Lopresti, Carolina Splendore, Fernanda Viacava e Lenise Oliveira criam uma dinâmica única, costurando a narrativa com suas distintas perspectivas sobre o amor e a paixão. A estreia será de 6 a 16 de março, no Sesc Santana, em  apresentações às quintas, sextas e sábados às 20h00 e aos domingos às 18h00.

No espetáculo, quatro mulheres com diferentes maneiras de amar retratam como os relacionamentos evoluíram ao longo da história. Em esquetes ficcionais, baseadas em romances reais, a peça investiga o por quê as pessoas se apaixonam tão raramente hoje em dia. Com concepção e dramaturgia de Bianca Lopresti e Ale Paschoalini - que também assina a direção -, a peça se divide em três atos, abordando como o capitalismo e a internet expandiram as opções e expectativas nos relacionamentos. 

A montagem também discute o impacto do crescimento feminino no mercado de trabalho e as consequências dessa mudança no comportamento masculino, além de questionar por que as pessoas se desapaixonam e como manter o amor vivo a longo prazo. A adaptação respeita a essência da obra original, explorando novas possibilidades cênicas para envolver o público. “Comecei transcrevendo todo o texto da HQ e organizando-o em possíveis cenas. O próprio quadrinho sugere sequências e diálogos, então fui estruturando a adaptação a partir disso. Depois, passei o material para Ale Paschoalini, que revisava e trazia novas sugestões. Esse processo aconteceu ao longo de várias versões”, conta Bianca Lopresti. Compre a HQ "A Rosa Mais Vermelha Desabrocha" neste link.

Uma dramaturgia feminina e plural
Em esquetes ficcionais, as atrizes interpretam várias personagens com uma abordagem singular sobre as relações afetivas. Entre as histórias, Bianca Lopresti interpreta uma monogâmica confluente que questiona o amor romântico. Carolina Splendore vive uma apaixonada, mas que nunca se envolveu com alguém por mais de dois anos.  Fernanda Viacava faz uma mulher que foi casada por duas décadas e agora enfrenta a solteirice. E Lenise Oliveira, vive um relacionamento aberto e defende sua liberdade amorosa. Juntas, as histórias instigam reflexões sobre os desafios do amor na atualidade.

Com forte apelo visual, a montagem mescla projeções, trilha sonora contemporânea e um perfume criado especialmente para a peça, ampliando a experiência sensorial. O dinamismo cênico mescla comédia e drama, mantendo um ritmo intenso ao longo dos atos. “O perfume da peça foi concebido como uma extensão sensorial da experiência de se apaixonar”, explica Ale Paschoalini. Criado por Cristian Alori, da International Flavors & Fragrances, o aroma reforça a imprevisibilidade do sentimento amoroso.

Um boneco de madeira representa um “homem objeto” trazendo uma crítica visual ao comportamento emocional contemporâneo. Para Ale Paschoalini, o boneco sintetiza a apatia afetiva e a superficialidade das relações, além de funcionar como um potente elemento cômico. “Criado para representar um ator famoso de Hollywood que só namora mulheres até 25 anos de idade, o boneco também existe para sintetizar o comportamento das pessoas contemporâneas, que comunicam pouco ou nada seus sentimentos, e que ainda, segundo a teoria da autora, pararam de sentir. No espetáculo, sua presença se desdobra em diferentes personagens masculinos, ampliando a reflexão sobre masculinidade e afetividade na sociedade atual”, conta Ale.

A peça também carrega elementos autobiográficos, segundo Bianca Lopresti: "A inspiração dessas quatro personagens vem muito das nossas experiências de vida também. Parece que estamos vendo todos os relacionamentos que já tivemos, tanto os bons quanto os ruins. 'A Rosa Mais Vermelha Desabrocha' não é apenas um espetáculo sobre amor. É um convite para o público se reconhecer, rir e se emocionar com histórias que refletem os desafios de amar no século 21”, conclui Bianca Lopresti.

O projeto também inclui debates sobre relacionamentos sob o olhar da psicanálise e filosofia com o Letramento Amoroso. No dia 8 de março, Renato Noguera (filósofo) e Geni Núñez (psicóloga) conversam - Para descolonizar o coração. No dia 15 de março, Christian Dunker (psicanalista) e Carol Tilkian (psicanalista) abordam - Para além do amor romântico. Os encontros ocorrem aos sábados, das 16h às 17h30. Ingressos disponíveis mediante agendamento.

Mariana Cassa, produtora do espetáculo, ressalta que “a combinação da equipe técnica entre profissionais do teatro e do audiovisual traz pluralidade ao projeto, e também o desejo do grupo de proporcionar uma experiência completa para o público,  com a ação complementar do Letramento Amoroso”. Além disso, a peça contará com uma marca própria e produtos licenciados com as artes e desenhos da autora, Liv Strömquist, e fragmentos do espetáculo e em colab com a loja Vulva Cósmica. Compre a HQ "A Rosa Mais Vermelha Desabrocha" neste link.

Sobre o livro
Publicado no Brasil pela Companhia das Letras - Quadrinhos na Cia, a HQ de Liv Strömquist foi um dos livros mais vendidos de 2021 e recebeu críticas positivas em veículos como O Globo, Folha de S.Paulo, Omelete e Revista Bravo!. "A Rosa Mais Vermelha Desabrocha" foi traduzida para diversos idiomas, consolidando a autora como uma das principais vozes dos quadrinhos contemporâneos. Siga a peça no Instagram @arosamaisvermelhadesabrocha

Ficha técnica
Espetáculo "A Rosa Mais Vermelha Desabrocha". HQ ORIGINAL: Liv Strömquist. CONCEPÇÃO & DRAMATURGIA: Bianca Lopresti e Ale Paschoalini. PRODUÇÃO: Mariana Cassa. COLABORAÇÃO DRAMATÚRGICA: Ligia Souza. DRAMATURGISTA: Fernanda Rocha. DIRETOR ARTÍSTICO: Ale Paschoalini. ASSISTENTE DE DIREÇÃO: Isabel Wolfenson. ATRIZES: Bianca Lopresti,  Carolina Splendore, Fernanda Viacava e Lenise  Oliveira. DIRETORA DE MOVIMENTO: Paula Picarelli. DIRETORA DE ARTE: Fabiana Egrejas. FIGURINO: Julia Cassa. Maquiagem & Cabelo: Daniela Gonc & João Marcos Oliveira. Assistente:  Karina Martins. ILUMINAÇÃO: Lui Seixas. PROJEÇÃO: Ivan Soares. SOM: Leandro Simões. PERFUMISTA: Cristian Alori – IFF ( International Flavors & Fragrances). FOTO STILL CARTAZ: Helena Wolfenson. ASSESSORIA DE IMPRENSA: Adriana Balsanelli. APOIO: Escola de Teatro Célia Helena, Otzi Arts e Centro Cultural Marieta. AGRADECIMENTO: Mayra Gama e Luana Tanaka. REALIZAÇÃO: Cuco Filmes.


Serviço
Espetáculo 
"A Rosa Mais Vermelha Desabrocha"
Estreia dia 6 de março, quinta, às 20h, no Sesc Santana.
Teatro Sesc Santana - Av. Luiz Dumont Villares, 579 - Santana / São Paulo
De 6 a 16 de março de 2025 - Quinta a sábado, às 20h e domingo, às 18h.
Duração: 80 minutos. Classificação: 12 anos. Gênero: Drama, comédia.
Capacidade: 330 lugares
Ingressos: R$60 (inteira), R$30 (meia-entrada) e R$18,00 (credencial plena).
https://www.sescsp.org.br/programacao/a-rosa-mais-vermelha-desabrocha/
Transporte público: Estação mais  próxima: Jardim São Paulo-Ayrton Senna


"Letramento Amoroso - Para Descolonizar o Coração"
Com Renato Noguera (filósofo) e Geni Núñez (psicóloga)
Dia 8 de março.  Sábado, às 16h00.
Geni Núñez e Renato Noguera unem cosmovisões indígenas e filosofia afro-brasileira para repensar os afetos e questionar as marcas coloniais no amor. A reflexão se conecta à poética de "A Rosa Mais Vermelha Desabrocha", peça baseada na HQ de Liv Strömquist, que revela as contradições do amor romântico e inspira novos caminhos afetivos.

"Letramento Amoroso - Para Além do Amor Romântico"
Com Christian Dunker (psicanalista) e Carol Tilkian (psicanalista).
Dia 15 de março. Sábado, às 16h.
Carol Tilkian e Christian Dunker exploram as complexidades das relações humanas, repensando o amor como um modo de vida para além dos moldes tradicionais. A reflexão encontra eco na peça "A Rosa Mais Vermelha Desabrocha", inspirada na HQ de Liv Strömquist, que questiona as ilusões do amor romântico e propõe novas formas de se conectar e amar.

Teatro Sesc Santana (330 lugares). Livre. Grátis. Av. Luiz Dumont Villares, 579 - Santana / São Paulo.

.: “Passaporte para o Amor” reestreia no Teatro Itália para três apresentações


Após temporada de sucesso no Teatro Arthur Azevedo, espetáculo “Passaporte para o Amor”, fará somente três apresentações no mês de março no Teatro Itália. Foto: Hudson Senna


Reestreia no dia 7 de março, no Teatro Itália o espetáculo “Passaporte para o Amor”, protagonizado pela atriz Marjorie Gerardi e pelo ator Stephano Matolla, com texto de Dan Rosseto, que também assina a direção junto com Viviane Figueiredo. Essa é a primeira comédia romântica de Rosseto. “Passaporte para o Amor” é uma comédia romântica repleta de humor e amor que conta a história de Ângelo e Marina. Eles se conhecem por um acaso do destino no saguão de um aeroporto. Ela é aeromoça e ele um passageiro; que perderam o horário de voo e terão que passar a noite juntos até que a cia aérea os coloquem num outro avião. 

A mulher tem rompantes de humor e desconfia da presença do homem, tentando mantê-lo distante para sua própria segurança. Mas ele não dá trégua e faz questão de ficar por perto tentando criar laços de amizade. Durante a madrugada eles se tornam cúmplices e trocam confidências pessoais e amorosas, até que se dão conta que ambos têm mais afinidades do que imaginavam ao se conhecerem horas antes. A peça aborda assuntos relacionados ao amor, a reconquista e o luto. 

O amor está presente nas trocas diárias entre familiares, amigos e casais. A importância da afetividade para que se tenha um bom convívio social. A reconquista diária do afeto aparece de forma divertida e lúdica, com as pequenas coisas do dia a dia, dando valor nas pequenas vitórias, como um sorriso. O luto é mostrado na maneira como Ângelo e Marina lidam com a perda de formas opostas apresentando as diferentes catarses que as pessoas têm. Todo mundo já perdeu algo ou alguém que provocou uma dor em sua alma.

O espetáculo faz uma reflexão sobre a afetividade, apresentando momentos divertidos e românticos, mesclando humor e poesia com um toque de drama, criando no público vínculos com as suas próprias vidas. O autor e diretor Dan Rosseto, nos últimos anos além da escrita em espetáculos de drama, tem se dedicado também às comédias e a importância de as pessoas darem risada. “O riso melhora a resposta imunológica do organismo, estreita as relações sociais, atenua dores, diminui o stress, estimula o cérebro e aumenta a qualidade de nossa vida. O riso é inerente ao homem, assim como a arte. Através do riso, assuntos que poderiam ser difíceis de serem discutidos, são colocados num patamar de fácil compreensão. A realidade deve ser oferecida ao público em doses homeopáticas, alternando o humor, a poesia e a crítica. A partir desta premissa é que contaremos um encontro entre duas almas gêmeas no saguão de um aeroporto”, conta Rosseto.


Ficha técnica
Espetáculo “Passaporte para o Amor”
Texto: Dan Rosseto
Direção: Dan Rosseto e Viviane Figueiredo
Direção de produção: Fabio Camara
Elenco: Marjorie Gerardi e Stephano Matolla
Participação em áudio: Regiane Alves
Assistente de produção: Mayara Mariotto
Preparação vocal: Gilberto Chaves
Figurino e cenário: Dan Rosseto, Fabio Camara e Viviane Figueiredo
Costureira: Sueli da Silva
Cenotécnico: Matheus Fiorentino Nanci
Iluminador: Vini Hideki
Operador de luz: Jorge Leal
Arte gráfica: Erik Almeida
Fotos arte: Hudson Senna
Fotos de cena: Rafa Marques
Redes sociais: Stephano Matolla
Assessoria de imprensa: Fabio Camara
Produtora associada: Girassol em Cena Produções e NYN Realizações
Realização: Applauzo e Lugibi Produções


Serviço
Espetáculo “Passaporte para o Amor”
Teatro Itália, (Av. Ipiranga 344 – República). 290 lugares.
De 7 de março até 21 de março. Sextas-feiras, às 20h00.
Informações: (11) 5468 8382
Vendas pela internet: https://bileto.sympla.com.br/event/103327/d/304168/s/2074274
Ingressos: R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia).
Duração: 70 minutos
Classificação: 12 anos

.: "O Mar", do uruguaio Federico Roca, faz circulação por teatros municipais de SP


Espetáculo dirigido por Fernando Nitsch propõe reflexão sobre a paz e a possível união entre pessoas que vivem em lados opostos de uma guerra. Foto: Tita Couto

"O Mar é um chamado à paz, um chamado ao amor, um chamado a reconhecer que mesmo nos contextos mais difíceis, sempre há muito mais o que nos une do que o que nos separa" – Federico Roca

O que move a humanidade? Onde menos se espera, em meio ao caos e a barbárie, será que é possível encontrar uma ponta de esperança, um resquício de luz que nos indicará um caminho a seguir? Questões como essas são o ponto de partida de "O Mar", do dramaturgo uruguaio Federico Roca, que estreou em 2023, sob a direção de Fernando Nitsch. Em cena, estão Bete Dorgam, Laura La Padula e Yael Pecarovich, Na trama, as palestinas Adila e sua neta Farida chegam ao escritório da advogada israelense Dania, que defende mulheres israelenses presas por levarem palestinas para conhecer o mar. A avó tem um pedido: sua neta quer conhecer o mar. Um acontecimento inesperado obriga as três a permanecerem juntas e a descobrirem possibilidades de relação.

Agora, o espetáculo ganha uma temporada gratuita de circulação pelos Teatros Municipais Alfredo Mesquita (de 7 a 16 de março), Teatro Paulo Eiró ( de 21 a 30 de março), e entre abril e maio nos Teatros Cacilda Becker e Arthur de Azevedo. A peça “O Mar” de Federico Roca nos coloca diante do conflito entre Israel e palestinos através do olhar feminino. As sutilezas nos gestos e palavras de três mulheres pairam sobre um território em disputa, um espaço fragmentado e controlado rigidamente.

De forma poética, a peça apresenta uma perspectiva de diálogo entre mulheres que estão em lados opostos no conflito. As personagens convidam o público a pensar sobre o quanto o ser humano tem dentro de si a força necessária para não sucumbir diante do ódio e da intolerância. Na trama, as palestinas Adila e sua neta Farida chegam ao escritório da advogada israelense Dania, que defende mulheres israelenses presas por levarem palestinas para conhecer o mar. A avó tem um pedido: sua neta quer conhecer o mar. Um acontecimento inesperado obriga as três a permanecerem juntas e a descobrirem possibilidades de relação.

Segundo Roca, "O Mar" é uma homenagem a essas mulheres e à história das tradições de um lado e do outro, tradições que mais aproximam do que afastam essas culturas. A montagem brasileira tem direção de movimento de Marina Caron, direção musical de Sonia Goussinsky, figurinos de Daniel Infantini, cenografia de Márcio Macena e iluminação de Wagner Pinto. A realização do espetáculo foi possível graças a um projeto contemplado pela 19° edição do Prêmio Zé Renato de Teatro para a cidade de São Paulo.


Ficha técnica
Espetáculo "O Mar"
Texto: Federico Roca
Tradução: Yael Pecarovich
Direção: Fernando Nitsch
Assistente de direção: Tita Couto
Elenco: Bete Dorgam, Laura La Padula e Yael Pecarovich
Direção de movimento: Marina Caron
Cenografia: Marcio Macena
Assistente de cenografia: Morena Carvalho
Cenotécnico: Alexandre Rodrigues
Pintura artística do cenário: Carol Carreiro e Marcio Macena
Figurinos: Daniel Infantini
Costureira: Neiva Varone
Iluminação: Wagner Pinto
Direção musical e Trilha Original: Sonia Goussinsky
Técnico de som: Ivan Garro e Gylez Batista
Fotos: Tita Couto
Vozes em off: Alexandre D'Antonio, Beatriz Melo, Daves Otani, Eleonor Pelliciari, Estela Gontow Goussinsky, Flavio Tolezani, Lorenzo Saliba, Manoel Candeias, Monica Petrin e Roseli Papaiz
Direção de produção: Gustavo Sanna
Produção executiva: Fernanda Assef
Designer gráfico: Carol Coelho
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Assessoria em mídias digitais: Caró Comunicação Digital
Realização: Complementar Produções Artísticas


Serviço
Espetáculo "O Mar", de Federico Roca
Classificação: 12 anos
Duração: 70 minutos


Teatro Alfredo Mesquita
Endereço: Av. Santos Dumont, 1770 - Santana, São Paulo
Quando: de 7 a 16 de março
Às sextas e aos sábados, às 20h00, e aos domingos, às 19h00
Ingressos: grátis
Reservas em https://www.sympla.com.br/ 
* Dia 15 de março sessão com tradução em libras e audiodescrição


Teatro Paulo Eiró
Endereço: Av. Adolfo Pinheiro, 765 - Santo Amaro
De 21 a 30 de março
Às sextas e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h
Ingressos: grátis
Reservas em https://www.sympla.com.br/
* Dia 29 de março sessão com tradução em libras e audiodescrição

.: Solo "Tybyra - Uma Tragédia Indígena Brasileira" no Sesc Avenida Paulista


Espetáculo falado em Tupi-potyguara conta a história do primeiro caso de LGBTfobia de uma pessoa nativa documentado no Brasil, no Maranhão, entre 1613-1614. O artista pede ao público que traga uma pena para que, no final da temporada, um manto possa ser criado de forma coletiva. Foto: Matheus José Maria

“A árvore, quando está sendo cortada, observa com tristeza que o cabo do machado é de madeira.” (Provérbio popular)


 A peça "Tybyra - Uma Tragédia Indígena Brasileira", do artista potyguara Juão Nyn, narra o primeiro caso real de LGBTfobia no Brasil, ocorrido entre 1613 e 1614, quando um indígena tupinambá foi morto por soldados franceses, preso à boca de um canhão, após ser acusado de sodomia. O texto, lançado em 2020 pela editora Selo do Burro, ganha o palco do Sesc Avenida Paulista entre os dias 7 de março e 6 de abril após ter feito, no ano passado, seis apresentações em aldeias indígenas em São Paulo, por meio do edital Funarte Retomada 2023. O espetáculo tem idealização, dramaturgia e atuação do próprio Nyn, direção artística de Renato Carrera e trilha sonora original de Clara Potiguara.

Em 1614, em São Luís do Maranhão, Brasil, preso à boca de um canhão, prestes a ser executado por sodomia por soldados franceses, Tybyra, indígena Tupinambá, propaga as últimas palavras, como se depois de relâmpagos, o som dos trovões saíssem de sua boca. Dramaturgia de estreia do artista potyguara Juão Nyn, uma ficção sobre o primeiro caso de LGBTfobia, com um corpo nativo, documentado no país.

A história do indígena foi registrada no livro "Viagem ao Norte do Brasil - Feita nos Anos de 1613 a 1614", de Frei Yves D'Évreux. Transmitida oralmente em diversos territórios indígenas, foi o antropólogo e ativista LGBT Luiz Mott quem o nomeou Tybyra, termo derivado de "tebiró", que significa "homossexual passivo". O dramaturgo Juão Nyn relata que, ao descobrir essa história, sentiu a necessidade urgente de criar uma obra a partir dela. Sua pesquisa revelou detalhes ainda mais chocantes, como o fato de a identidade do indígena assassinado ser desconhecida, enquanto o nome do responsável por acender o canhão, Caruatapirã, foi registrado.

Diante disso, Nyn decidiu adicionar uma camada narrativa à peça, transformando o algoz em irmão de Tybyra, numa referência à história bíblica de Caim e Abel. O autor explica que gosta de se apropriar de mitologias cristãs para subverter o imaginário, especialmente pelo fato de o cristianismo ter se apropriado de diversas histórias pagãs.


Sobre a encenação
Para dar o  tom da peça, a trilha sonora, criada pela artista paraibana Clara Potiguara, está presente em toda a encenação. As músicas são executadas ao vivo por ela - e algumas delas têm letras em Tupi-Potiguara. “Trouxemos ela de João Pessoa justamente para fazer esse trabalho único para a peça. O resultado ficou lindo e foi a estreia dela no teatro”, afirma o diretor. 

O cenário confeccionado por Zé Valdir Albuquerque tem fundo e chão vermelhos. O destaque fica para uma Igaçaba (jarro) de dois metros de altura que se descobre ser uma urna funerária e também a boca do canhão. Tanto os grafismos quanto os figurinos são feitos por Mara Carvalho. Haverá também projeções mapeadas desenvolvidas por Flávio Alziro MSilva.

“Meu teatro se define como contra-colonial, ou seja, tenho o objetivo de utilizar essa linguagem para devolver a dignidade para os corpos, línguas e culturas indígenas. Por isso, este espetáculo não quer servir ao colonizador e é totalmente falado em Tupi-Potiguara - apenas algumas partes têm legenda em português”, comenta Nyn. 

Para Renato Carrera, é simbólico que Tybyra ressurja das cinzas na Avenida Paulista, local que também é palco de violências contra a população LGBTQIAP+. Em 2010, alguns jovens agrediram um homem gay com uma lâmpada. “Queremos dar destaque para essas histórias para que elas não se repitam”, defende. 


Manto
Os mantos Tupi faziam parte de rituais coletivos dos povos de mesmo tronco linguístico. Na dramaturgia original "Tybyra - Uma Tragédia Indígena Brasileira", o autor Juão Nyn propõe que o artista em cena retorne para agradecer ao público vestindo um manto Tupi, em referência à personagem Tupinambá.

Atualmente, a tradição de confeccionar mantos tem sido retomada por artistas indígenas, como Amotara e Célia, ambasTupinambá. Além disso, um dos doze mantos roubados pelos europeus retornou ao Brasil em 2024, ano em que se iniciou a montagem de "Tybyra". Inspirado por esse movimento, o artista potyguara concebeu a ideia de um manto construído coletivamente.

Assim, o público é convidado a levar uma pena, que será incorporada ao manto ao final de cada apresentação. Dessa forma, a peça transforma-se em um espaço de colaboração e resgate cultural, reafirmando a importância desse símbolo ancestral.


Sobre Juão Nyn
Juão Nyn é um multiartista, e a grafia com "y" em "potyguar" destaca sua origem no Rio Grande do Norte. Por outro lado, Clara, responsável pela trilha sonora original do espetáculo, nasceu na Paraíba e assina "potiguara" com "i". Essa diferença na escrita também reflete a identidade étnica. Juão é militante do Movimento Indígena, como comunicador da APIRN (Articulação dos Povos Indígenas do Rio Grande do Norte), integrante do Coletivo Estopô Balaio de Criação, Memória e Narrativa e vocalista/compositor da banda Androyde Sem Par. Formado em Licenciatura em Teatro pela UFRN, transita há dez anos entre Rio Grande do Norte e São Paulo. Foi Mestre na Escola Livre de Teatro de Santo André no Terreiro Teatro Contracolonyal entre 2022 e 2024.

Escrito por Juão Nyn, o texto "Tybyra - Uma Tragédia Indígena Brasileira", lançado em 2020 pela editora Selo do Burro, foi um dos contemplados do edital PROAC Dramaturgias de 2019, sendo distribuído para oito aldeias de São Paulo. Na época, também foram vendidos mais de 2 mil exemplares do livro. Durante a temporada no Sesc Avenida Paulista será feito o relançamento, desta vez em português e Tupi-Potiguara e com dois capítulos extras. 


Ficha técnica
Espetáculo "Tybyra - Uma Tragédia Indígena Brasileira"
Idealização, dramaturgia e atuação: Juão Nyn
Direção: Renato Carrera
Trilha sonora original: Clara Potiguara
Direção de movimento e preparação corporal: Castilho
Assistência de direção: Jessica Marcele
Concepção de cenário: Juão Nyn e Zé Valdir Albuquerque
Confecção de cenário: Zé Valdir Albuquerque
Figurino, adereços e grafismo: Mara Carvalho
Desenho de luz: Matheus Brant
Desenho de som: Jhow Flor
Produtor musical: Nelson D
Videomaker e projeção mapeada: Flávio Alziro Msilva
Captação de vídeos: Flávio Alziro Msilva e GO Sound Productions
Consultoria de vídeo-projeção: Flávio Barollo
Comunicação Visual e Designer gráfico: Leo Akio
Visagismo: Edgard Pimenta
Assistente de maquiagem: Júpiter
Trama Manto Tupi: use.agemó
Criação do calçado: Lucas Regal
Costureiras: Lucidalva Silva Souza e Oscarina
Contrarregragem: Zé Valdir Albuquerque
Técnica e operadora de som: Naomi Nega Preta
Assistência e Operação de luz: Juliana Jesus
Consultoria e tradução para Tupi-Potiguara: Romildo Araújo
Voz em off: Flavio Francciulli
Fotos divulgação: Matheus José Maria
Assessoria de imprensa: Canal Aberto - Márcia Marques, Daniele Valério e Flávia Fontes
Produção geral: Tati Caltabiano
Realização: Sesc


Serviço
Espetáculo "Tybyra - Uma Tragédia Indígena Brasileira" 
De 7 de março a 6 de abril de 2025. Quinta a sábado, às 20h. Domingo, às 18h. Sessão extra no dia 2 de abril, quarta, às 20h00. Sessões com acessibilidade: audiodescrição, 20 de março, quinta, às 20h00; libras, de 21 a 23 de março, sexta a domingo, às 20h00. 
Local: Arte II (13º andar)
Duração: 60 minutos
Capacidade: 80 pessoas   
Classificação indicativa: 16 anos
Ingressos: R$ 50,00 (inteira), R$ 25,00 (meia-entrada) e R$ 12,00 (credencial plena).
Venda de ingressos on-line a partir de 18 de fevereiro, às 17h00, e nas bilheterias das unidades a partir de 19 de fevereiro, às 17h00. 
Sesc Avenida Paulista. Avenida Paulista, 119, Bela Vista / São Paulo
Telefone: (11) 3170-0800
Transporte público: Estação Brigadeiro do Metrô – 350m
Horário de funcionamento da unidade: terça a sexta, das 10h00 às 21h30. Sábados, das 10h00 às 19h30. Domingos e feriados, das 10h00 às 18h30.

.: Espetáculo "Quem Casa Quer Casa 4.0" revisita a obra de Martins Pena


Na versão 4.0, a dramaturga Adriane Hintze preserva a essência da trama original, mas reinterpreta o texto para dialogar com questões contemporâneas. Foto: Julio Aracack


Primeira montagem do Escaldapé Coletivo de Teatro, "Quem Casa Quer Casa 4.0" atualiza a clássica comédia de Martins Pena, trazendo novos debates sobre convivência familiar e aceitação, agora sob a perspectiva de um casal LGBT+. Considerado o precursor da comédia de costumes no Brasil, Martins Pena (1815-1848) retratou em suas peças o cotidiano da sociedade brasileira do século XIX, satirizando valores, hipocrisias e conflitos domésticos. Em "Quem Casa Quer Casa", escrita em 1845, ele expõe as tensões geracionais quando um jovem casal é forçado a dividir o lar com a família, gerando embates que mesclam humor e crítica social.

Na versão 4.0, a dramaturga Adriane Hintze preserva a essência da trama original, mas reinterpreta o texto para dialogar com questões contemporâneas. O casal protagonista é formado por Sabrina, uma mulher cis, e Paulina, uma mulher trans, cuja relação desafia a aceitação da matriarca da família. “Mantivemos o embate central, onde a matriarca da casa confronta a nora, mas ampliamos os conflitos para refletir os desafios enfrentados por casais LGBTQIAPN+ no contexto familiar”, explica Hintze.

Inspirado na Indústria 4.0 (também chamado de Quarta Revolução Industrial, o termo diz respeito à modernização das fábricas com tecnologias como inteligência artificial, robôs e internet das coisas), o texto reflete a influência da tecnologia, das redes sociais e das novas formas de relacionamento sem perder a essência cômica da história.

O diretor da montagem reforça que a nova adaptação não apenas revisita Martins Pena, mas também presta homenagem ao seu legado, resgatando os elementos da farsa e do humor crítico característicos do autor. "Quem Casa Quer Casa 4.0" reafirma a atualidade da comédia de costumes, usando-a como ferramenta para discutir as transformações sociais e a pluralidade de relações na contemporaneidade.


Ficha técnica
Espetáculo "Quem Casa Quer Casa 4.0"
Texto: adaptação coletiva da obra de Martins Pena
Direção: Bryan Parasky
Dramaturgia: Adriane Hintze
Elenco: Camila Johann (Sabrina), Giovana T. S. (Fernanda), João Alves (Leonardo), Marc Pereira (Sebastião), Rafaela Gimenez (Paulina) e Sophia Dário (Eulália)


Serviço
Espetáculo "Quem Casa Quer Casa 4.0"
Temporada: de 8 a 30 de março. Sábados, às 21h00, e domingos, às 20h00
Local: Teatro Paiol Cultural. Rua Amaral Gurgel, 164 - Vila Buarque / São Paulo
Duração: 70 minutos.
Classificação indicativa: 14 anos.
Capacidade: 200 lugares.
Ingressos: de R$ 25,00 a R$ 50,00, pelo Sympla.

domingo, 2 de março de 2025

.: Daniel Rocha, Ton Prado, Fefe, Conrado Caputo em "O Marido da Minha Mulher"


Daniel Rocha, Fefe, Ton Prado e Conrado Caputo estrelam a nova temporada da comédia de sucesso “O Marido da Minha Mulher”. Com situações hilariantes e surpresas, o espetáculo estreia dia 7 de março, no Teatro Uol, em São Paulo. Foto: Ronaldo Gutierrez


Fenômeno de gargalhadas, o espetáculo de sucesso "O Marido da Minha Mulher" - encenado pela primeira vez há 10 anos - ganha uma novíssima montagem e com um elenco estelar. Desta vez, o personagem-título, o fanfarrão incorrigível Alex, cabe ao ator Daniel Rocha. Na hilária trama, após um trágico acidente, ele morre, mas volta como fantasma e tem como objetivo fazer de tudo para que sua mulher, Bruna, vivida pela atriz e influencer Fefe, não se case com seu maior desafeto: Nico (Conrado Caputo), um mauricinho convicto. Para isso, Alex contará com a ajuda de seu melhor amigo, Paulo (Ton Prado). Dirigida por Carlinhos Machado e produzida pela Foco 3, a estreia da comédia acontecerá no dia 7 de março, no Teatro Uol, em São Paulo.

Machista e equivocado, o personagem vivido por Daniel Rocha, ele garante, em nada tem a ver com o ator. "É um cara bem diferente de mim, um torcedor inflamado do Corinthians, completamente apaixonado pelo seu time. Ele inclusive deixa de viver momentos familiares e importantes com o filho e a mulher para estar na rua com os amigos e com a torcida organizada. Faz escolhas bem erradas a meu ver”, analisa. Daniel, que já está habituado a personagens cômicos no teatro, na TV e no cinema, vai contracenar com Fefe, que faz sua estreia no palco, e com Ton Prado, intérprete de Paulo também nas duas primeiras montagens da peça. Para a atriz e influencer, que acumula mais de 17 milhões de seguidores em seu canal do TikTok e 7 milhões no Instagram, o novo trabalho, no teatro, traz aquele clássico friozinho na barriga.

“O maior desafio no momento é conter a expectativa para estrear a peça e ver a reação do público. É um misto de animação e frio na barriga. Acho esse contato direto com as pessoas incrível, é como um feedback em tempo real, e estou muito ansiosa para viver isso”, afirma a atriz, que acredita que seus seguidores terão uma surpresa ao vê-la em cena. “Com certeza! Atuar no teatro é muito diferente de atuar no cinema e na TV, e absolutamente diferente de produzir conteúdo para internet. Mesmo os seguidores que já assistiram aos filmes em que atuei vão ficar surpresos, porque muda tudo: a postura, o timing, a linguagem”, analisa ela.

⁠Já Ton Prado, que está se preparando para a terceira montagem da comédia, vibra com essas novidades todas no elenco. “Já passaram atores incríveis pelo elenco. Porém, esta montagem promete ser algo bem diferente do que o público já assistiu. O elenco traz um outro frescor para estes personagens, numa construção atual, com linguagem divertida e responsável. O público sempre amou a peça, era sucesso garantido por onde a gente passava. E agora é repetir a receita em 2025 para uma nova geração”, acredita.

Por isso mesmo, para esta nova encarnação do personagem Paulo, o ator está animadíssimo para o jogo de cena com os novos colegas. “Pude aproveitar outras ferramentas de humor que meus amigos me trazem. Além do personagem estar mais maduro, afinal já faz 10 anos da primeira montagem. A comédia só cresceu”, assegura. O empurrãozinho paranormal que a dramaturgia oferece é outro motivo para muitas gargalhadas e algumas reflexões acerca do tema. “⁠Não acredito em fantasmas como a fantasia nos conta, porém acredito muito em experiências paranormais. Creio e entendo toda a questão de intuição que muitas pessoas têm”, diz Ton. “Acredito que, além dessa vida, há outro lugar, para que a alma evolua e se liberte. Mas não tive experiências sobrenaturais. Adoraria”, espera Conrado.

O único que parece ter tido mesmo algum contato com o sobrenatural é Daniel Rocha, que dá vida ao fantasma no texto de Sérgio Abritta. “Eu estava gravando uma série para a HBO Max em Paranapiacaba, uma das cidades mais assombradas do Brasil, e era uma cena em um trem. Aí uma senhorinha limpou o vagão e todos os vidros das janelas e depois trancou tudo. Não entrou ninguém no set de gravação e do nada apareceu uma mão no vidro, uma mão pequenininha e a gente nem tinha crianças naquele dia de gravação. Foi bem estranho”, lembra o ator, que agora, vai assombrar e divertir muito, pelo menos na ficção.


Sinopse
Uma das comédias de maior sucesso está de volta! “O Marido da Minha Mulher” conta a história de Alex (Daniel Rocha) um fanfarrão convicto e incorrigível, casado com Bruna (Fefe), uma dona de casa bonita e inteligente, que vive solitária. Numa de suas farras, Alex acaba sofrendo um acidente deixando viúva a bela esposa. Após a morte dele, a jovem viúva será disputada por Nico (Conrado Caputo), um mauricinho convicto, e por Paulo (Ton Prado), melhor amigo de Alex. Para impedir que ela se case com seu desafeto, o morto volta à Terra e pede ajuda a seu melhor amigo. Assim se desenrola uma trama de confusões hilariantes, cheia de surpresas.


Ficha técnica
Espetáculo "O Marido da Minha Mulher"
Texto: Sérgio Abritta
Direção: Carlinhos Machado
Assistente de direção: José Grando
Elenco: Conrado Caputo, Fefe, Daniel Rocha e Ton Prado.
Desenho de luz: Cesar Pivetti
Trilha sonora: Charles Dalla
Operação de luz: Gabriel Oliveira
Operação de som: Kaique Andrade
Diretor de palco: Bruno Caraíba
Cenário: Thiago Wenzler
Cenotécnico: Tony Medugno
Fotografia: Ronaldo Gutierrez
Mídias sociais: Ton Prado
Assessoria de imprensa: Dobbs Scarpa Multiplataformas


Serviço
Espetáculo "O Marido da Minha Mulher"
Temporada: de 7 de março a 1° de junho
Horário: Sextas, sábados e domingos às 20h00
Local: Teatro Uol (Shopping Higienópolis)
Duração: 75 minutos
Classificação: 12 anos
Ingressos: a partir de R$ 30,00
Bilheteria: segundas, das 13h00 às 15h00. Terças, quartas, quintas e sextas-feiras, das 13h00 às 20h00. Sábados, das 13h00 às 22h00. Domingos, das 13h00 às 20h00.

.: Mariana Muniz reestreia "Das Tripas: sete Histórias" no Teatro Sérgio Cardoso


Com direção de Clara Carvalho, espetáculo é uma construção coreográfica e teatral inspirada no livro Das Tripas Coração, da autora pernambucana Ezter Liu. Foto: 
Cláudio Gimenez

A atriz Mariana Muniz investiga o universo dos contos da pernambucana Ezter Liu em "Das Tripas: sete Histórias", inspirado no livro "Das Tripas Coração", que rendeu à escritora o V Prêmio Pernambuco de Literatura, em 2018. O espetáculo reestreia em curta temporada na no Teatro Sérgio Cardoso, entre os dias 7 e 16 de março, com apresentações de sexta a domingo, às 19h00. Com direção de Clara Carvalho e interpretação de Mariana Muniz, o espetáculo é uma construção coreográfica e teatral, na qual os movimentos e palavras dão voz e corpo ao universo poético e profundamente feminino retratado pela escrita de Liu.

Em 2019, Mariana Muniz, que também é pernambucana, fez uma abertura de processo de criação em dança-teatro que envolveu a adaptação de alguns dos contos do livro, dirigida por Carvalho. A apresentação foi realizada via zoom e veiculada pelo Grupo Tapa em seu Festival de Inverno de 2021, com o título “Sete Histórias”. Agora, o que a Cia Mariana Muniz de Dança e Teatro propõe é o aprofundamento das descobertas cênicas desde essa abertura.

Os contos escolhidos do livro têm em comum a temática feminina e se expandem em narrativas cênicas. Suas histórias, cheias de peripécias inusitadas e concretas, nos convidam a mergulhar no universo poético da dança-teatro. Segundo a autora, desses contos “vieram da imaginação mesmo, já outros são mais empíricos, mas nada autobiograficamente descarado”.

O espetáculo ainda é a possibilidade de uma grande parcela do público jovem e amante das artes cênicas ter acesso direto às experimentações, vivências e processos de criação da Cia Mariana Muniz de Dança e Teatro. E nasce de inquietações como: Quando os movimentos e os gestos dançados são fundamentais para fazer emergir no corpo do espectador sensações e pensamentos que o coloquem em sintonia com a estrutura narrativa escolhida? Quando o texto falado, a rede de palavras se torna imprescindível para dar clareza e sentido à dramaturgia? Como constituímos uma trama de palavras e movimentos que expressam caminhos comunicantes, sem perder a conexão com o espírito de cada conto selecionado?

Em sua escrita, Ezter Liu nos apresenta o "ser mulher" com uma força que se expande em múltiplas direções; são personas que coabitam e se revezam para descobrir o que faz de cada uma a protagonista da sua própria trama. A mulher que se sente deus, a mulher que escreve; a mulher que foge, a que acende fogueiras, que se torna parafuso, são algumas das várias faces do feminino que protagonizam as histórias criadas pela autora, que além de poeta é uma policial em Carpina, cidade da zona da Mata de Pernambuco.

“Assim como a autora escolhe criar uma narrativa sem vírgulas, apontando para a necessidade de um contar sem pausas, nós acreditamos na força da tradução deste movimento literário em ação cênica, tirando da adversidade a sua força e atravessando os próprios limites para dizer o que precisa ser dito sobre a questão do feminino, num país onde o feminicídio é uma realidade muito cruel e que continua fazendo milhares de vítimas por minuto”, revela Mariana Muniz. 

Sobre Ezter Liu
Ezter Liu nasceu no Recife e mora em Carpina. É graduada em Letras e destaca-se como escritora de prosa e poesia. Seus textos são publicados desde 2015 em coletâneas na região e no estado de Pernambuco. É policial e poeta e vencedora do título maior do Prêmio Pernambucano de Literatura. Das Tripas Coração é seu segundo livro publicado. “Todos os contos são sobre mulheres. Todos são em terceira pessoa. Retratos de universos femininos diferentes. Sobre amor, violência, angústias, realizações...”.

Liu diz que escreve desde que se entende por gente, mas não mostrava para ninguém. Diz que era uma escritora enrustida. A autora mantém o blog “Pancada do Vento”, mas não faz publicações constantes. Em 2018, Liu alcançou um marco em sua trajetória: tornou-se a primeira mulher a ganhar o Prêmio Pernambucano de Literatura com o livro "Das Tripas Coração". Publicou depois as "Breves Fogueiras" (2021), e já está planejando o próximo lançamento.


Ficha técnica
Solo "Das Tripas: sete Histórias". Intérprete: Mariana Muniz | Direção: Clara Carvalho | Assistência de direção: Marcella Vicentini | Iluminação: Wagner Pinto | Espaço Cênico: Júlio Dojcsar | Trilha Sonora: Mau Machado | Figurino: Marichilene Artisevskis | Fotos: Cláudio Gimenez | Assessoria de Imprensa: Pombo Correio | Coordenação Geral: Mariana Muniz e Cláudio Gimenez | Produção Geral: MoviCena Produções | Coordenação de Produção: Rafael Petri | Realização: Cia Mariana Muniz de Dança e Teatro e MoviCena Produções | Agradecimentos: Maria Lúcia Lee e Luis Roberto Lee.


Serviço
Solo "Das Tripas: sete Histórias"
Temporada: 7 a 16 de março de 2025
Sextas, sábados e domingos às 19h00
Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno – Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista / São Paulo
Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada)
Vendas online em Sympla.com
Classificação: 12 anos
Duração: 60 minutos
Acessibilidade: rampa de acesso, banheiros acessíveis e plateia com reserva de lugares

.: Uol: Clássico da literatura, "Memórias Póstumas de Brás Cubas" reestreia


Adaptação da obra homônima de Machado de Assis rendeu ao intérprete Marcos Damigo indicações aos prêmios APCA e Aplauso Brasil. Foto: divulgação


Com direção de Regina Galdino e interpretação de Marcos Damigo, a comédia musical "Memórias Póstumas de Brás Cubas" reestreia no dia 5 de março, quarta, no Teatro Uol, em São Paulo. A temporada segue até o dia 10 de abril com sessões às quartas e quintas, às 20 horas. Adaptado pela diretora, o texto de Machado de Assis destaca a trajetória do anti-herói Brás Cubas, símbolo do homem burguês, sem escrúpulos e sem ética, que nos revela a continuidade de um comportamento oportunista que persiste no Brasil, desde o século XIX.

Brás Cubas, o "defunto autor", se assume como tendo sido um aristocrata medíocre em vida, mas mesmo assim consegue, através do riso e da sedução, conquistar a empatia do público. Ele pertence a uma elite aventureira, dividida entre o desejo liberal e a prática escravocrata. A montagem traz uma visão moderna do romance baseada na carnavalização, salientando seu aspecto cômico-fantástico. A encenação realiza uma “conversa” entre quatro artes: o teatro, a literatura, a dança e a música.

Em um solo vibrante, Marcos Damigo vive um Brás Cubas bem-humorado, irreverente, egoísta e amoral. Com uma narrativa não linear e fiel à obra original, o personagem dialoga com a plateia, canta, dança, discorre sobre seus envolvimentos amorosos e episódios de sua vida enquanto passeia pelas agruras da sociedade de seu tempo. “A recepção do público sempre foi ótima: uma plateia muito jovem, evidentemente interessada pela obra por causa do vestibular, misturou-se a espectadores maduros, admiradores de Machado de Assis, e foi unânime o impacto causado pelo trabalho de Damigo, ator que está na plenitude do uso de seus recursos vocais e corporais para interpretar o imprevisível Brás Cubas, em cenas ora sérias, ora cômicas, ora fantásticas, ora musicais. Tanto na adaptação quanto na direção, minha concepção brechtiana - com destaque para os aspectos filosóficos da obra - exige do ator experiência, inteligência, despojamento e versatilidade, e Marcos Damigo está impressionante no papel do irônico defunto”, afirma Regina Galdino.

O monólogo traz à tona toda a atualidade deste livro genial de Machado de Assis, oferecendo ao público um olhar agudo sobre a sociedade brasileira do século XIX. A equipe conta com profissionais já conhecidos da cena paulistana: além de Damigo, que tem mais de 30 anos de experiência nos palcos, o diretor musical e arranjador Pedro Paulo Bogossian, que trabalhou as músicas originais da peça criadas por Mário Manga, do antológico Premeditando o Breque, e Fábio Namatame no figurino. Regina Galdino assinou e dirigiu, em 1998, uma montagem desta mesma adaptação, interpretada por Cássio Scapin, quando o espetáculo recebeu vários prêmios e elogios da crítica.


Ficha técnica
Comédia musical "Memórias Póstumas de Brás Cubas". Direção e adaptação de texto: Regina Galdino. Elenco: Marcos Damigo. Música original: Mário Manga. Direção musical, arranjos e trilha sonora: Pedro Paulo Bogossian. Figurino: Fábio Namatame. Coreografia: Marcos Damigo. Consultoria de movimento: Roberto Alencar. Iluminação e cenografia: Regina Galdino. Execução cenográfica: Luis Rossi. Fotos: Alex Silva Jr.. Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação. Realização: Oasis Empreendimentos Artísticos e Damigo Produções Artísticas. Estreia oficial: 20/07/2017 (Teatro Eva Herz, SP).


Serviço
Comédia musical "Memórias Póstumas de Brás Cubas"
Temporada: 5 de março a 10 de abril de 2025
Dias/horário: quartas e quintas, às 20h00
Ingressos: R$ 100,00 (meia-entrada R$ 50,00).
Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube UOL, Clube Folha e Vivo Valoriza - 50% desconto.
Lotes promocionais: R$ 20,00 e R$ 30,00 (limite de 30 ingressos por sessão).
Duração: 85 minutos. Gênero: comédia musical. Classificação: 14 anos.

Teatro Uol
Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço. SP/SP.
Tel.: (11) 3823-2323 - 300 lugares. Acessibilidade. Ar-condicionado.
Televendas: (11) 3823-2423 / 3823-2737 / 3823-2323.
Vendas on-line: www.teatrouol.com.br.
Bilheteria: Terças a sextas - 17h às 20h; sábados - 13h às 22h; domingos - 13h às 20h.
Aceita PIX e cartões - Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex.
Estacionamento do Shopping: consultar valor pelo tel. (11) 4040-2004.
Venda/espetáculos para grupos/escolas: bel@conteudoteatral.com.br, (11)3661-5896 e (11) 99605-3094.
Patrocínio do Teatro UOL: UOL, Folha de S. Paulo, Bain Company, Genesys, John John e MetLife.

Teaser de "Memórias Póstumas de Brás Cubas"

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

.: Celso Frateschi e Zécarlos Machado: "Dois Papas" em montagem inédita


Com direção original de Munir Kanaan, o espetáculo leva aos palcos o embate entre o Papa Bento XVI, um teólogo conservador vivido por Zécarlos Machado, e o carismático cardeal argentino Jorge Bergoglio, de visão progressista e futuro Papa Francisco, interpretado por Celso Frateschi.  A peça ganhou a sua primeira montagem em 2019, na Inglaterra, baseada no livro homônimo de Anthony McCarten, que também inspirou a adaptação cinematográfica da Netflix dirigida pelo brasileiro Fernando Meirelles. Dois Papas marca um reencontro de Celso Frateschi e Zécarlos Machado nos palcos. A dupla esteve junta em Santa Joana, de Bernard Shaw, na década de 80. Foto: Ale Catan

O espetáculo "Dois Papas" leva ao palco um confronto de ideias, respeito e amizade e toques de humor entre o cardeal Jorge Bergoglio e o Papa Bento XVI, dois homens com visões de mundo diferentes. Interpretados por Celso Frateschi e Zécarlos Machado, que contam com mais de 50 anos de carreira, o espetáculo estreia em 7 de março no Sesc Guarulhos (sextas e sábados, às 20h00, e aos domingos, às 18h00, até 16 de março). A partir de 21 de março, segue para nova temporada no Sesc Santo Amaro (sextas e sábados, às 20h00, e aos domingos, às 18h00, até 27 de abril). A dramaturgia de Anthony McCarten chega ao Brasil em sua primeira montagem internacional, com direção original de Munir Kanaan. O elenco também conta com Carol Godoy e Eliana Guttman. A produção é da Gengibre Multimídia e Zug Produções. 

A história traz, de um lado, um refinado teólogo representante da tradição e dos velhos costumes da Igreja; do outro, um religioso carismático e com fama de rebelde disposto a construir pontes com as mudanças do mundo moderno. O cardeal argentino Jorge Bergoglio está decidido a pedir sua aposentadoria devido a divergências sobre a forma como o Papa Bento XVI tem conduzido a Igreja. No entanto, ele é surpreendido por um convite pessoal que mudará seu destino: um encontro com o próprio Papa. 

Bento XVI considera renunciar ao papado diante das crescentes pressões e desafios enfrentados pela Igreja. Enquanto isso, Bergoglio, prestes a anunciar sua própria saída, torna-se um candidato improvável à sucessão. Agora, juntos, eles precisam superar suas diferenças e encontrar um novo caminho. Nesse encontro fascinante, visões de mundo se confrontam, segredos são revelados e a trama toma um rumo inesperado, levando Bergoglio a uma decisão que pode mudar não apenas o destino da Igreja, mas também o de sua própria vida. 

“Em cena, é como se estivessem quatro papas. Temos em segundo plano o Papa Bento XVI e o futuro Papa Francisco, que são os papas públicos, conhecidos pelos grandes eventos e cerimônias, vistos pela TV e pela internet. E temos o mais interessante, o que busquei iluminar, a intimidade desses dois homens, aquilo que não vemos. A possibilidade do diálogo é o que move essa história, são duas visões de vida completamente diferentes. Apesar de Bento XVI ser mais conservador, é ele quem chama Bergoglio para a conversa, que apesar de ser um homem mais aberto, chega hesitante para ter esse papo reto. São as complexidades desse encontro que conduzem o diálogo sobre a necessidade de mudanças”, enfatiza o diretor Munir Kanaan. 

A montagem possui uma série de recursos que contribuem visualmente para contar a história no palco. O cenário é uma instalação cênica onde predomina o branco, ganhando camadas por meio das cores dos figurinos religiosos ou de vestes do cotidiano, e dos objetos em cena. Os artifícios cenográficos constroem/desconstroem ao trazer cenas sacras e, principalmente, os momentos mais íntimos dos personagens. O videomapping busca trazer informações documentais, além de agregar uma força estética em um dos encontros mais emblemáticos entre os protagonistas. Já a trilha sonora tem como missão criar as ambientações e compor as transições.  

Os dois papas
“A cidade treme com vozes discordantes – marxistas, liberais, conservadores, ateus, agnósticos, místicos – e em cada peito o grito universal: “Eu falo a verdade!”. Essa é uma das frases do Papa Bento XVI que mais impressiona Zécarlos Machado em seu papel. Para o ator, a ideia do texto dialoga em cheio com a contemporaneidade. Bento XVI, ou Joseph Ratzinger, é um homem que tem responsabilidades enormes, pois a Igreja tem bilhões de fiéis, um líder com responsabilidades maiores que certos presidentes de alguns países. 

Ele é um homem com suas virtudes e contradições dentro do mundo religioso. Está em um momento de fragilidade física diante desse cargo que exige tanto. Apesar de ser um intelectual, ele tem muito humor, características que vão humanizando essa figura. Estamos em uma época em que cada um tem sua verdade. As discordâncias se acirram e se tornam, inclusive, violentas. Se tornam perversas, desrespeitosas, doentias, trazendo uma noção de desumanidade em altíssimo grau. As vozes são discordantes de Bento XVI e de Francisco, mas quando se reconhece o lado humano e se tem uma boa vontade, é possível encontrar um caminho em que a humanidade, de fato, se estabeleça. É uma peça que nos leva a um processo de avaliação desse mundo caótico atual." 

Celso Frateschi encarna o cardeal argentino Jorge Bergoglio e volta a trabalhar com temas que permeiam a Igreja Católica, como ocorreu nas peças "O Grande Inquisidor" (adaptação de um trecho do romance "Os Irmãos Karamazov", de Fiódor Dostoiévski) e "Processo de Giordano Bruno" (texto do italiano Mário Moretti). O ator reforça que "Dois Papas" é bem construído dramaticamente e abre questões filosóficas que não ficam restritas somente ao mundo religioso. “São visões de mundo completamente diferentes, por mais que ambos sejam da mesma religião. Essa dramaturgia acaba falando de nós nesse exato momento em meio às discussões envolvendo polarização.” 

Para construir o seu personagem, Frateschi relembra de sua criação católica que dialoga bem com as diretrizes do futuro Papa Francisco na peça. “Ele é um homem que retomou os rumos da Igreja, não tem nenhum limite em avaliar a si mesmo com transparência, possui uma capacidade de mudança e transformação, características que vão continuar durante o seu papado.”  

Ambos os papas são cercados por personagens femininas que fazem parte de suas escolhas na tomada de decisões. Carol Godoy vive a Irmã Sophia, uma jovem freira argentina que teve sua trajetória transformada pelos ensinamentos do cardeal Jorge Bergoglio. Já a Irmã Brigitta é uma editora de livros religiosos, intelectual e amiga mais próxima de Bento XVI, que conhece suas angústias diante das pressões do cargo.  

"Dois Papas" marca um reencontro de Celso Frateschi e Zécarlos Machado nos palcos. A dupla esteve junta em Santa Joana, de Bernard Shaw, direção de José Possi Neto na década de 80. Os dois atuaram juntos na TV em alguns episódios da série Sessão de Terapia, exibida originalmente pela GNT. 

A peça teve sua estreia mundial em junho de 2019, no Royal & Derngate Theatre, na Inglaterra, a partir de seu livro homônimo; e também ganhou versão cinematográfica adaptada pelo próprio autor, produzida pela Netflix, com direção do brasileiro Fernando Meirelles. O filme recebeu 3 indicações ao Oscar, 4 indicações ao Globo de Ouro e 5 indicações ao BAFTA, incluindo nas 3 premiações Anthony McCarten na categoria de melhor roteiro. 


Ficha Técnica 
Espetáculo "Dois Papas"
Idealização: Munir Kanaan e Rafa Steinhauser
Dramaturgia: Anthony McCarten
Tradução: Rui Xavier
Direção: Munir Kanaan
Diretor assistente: Gustavo Trestini
Elenco: Celso Frateschi (Cardeal Bergoglio, futuro Papa Francisco), Zécarlos Machado (Papa Bento), Carol Godoy (Irmã Sofia) e Eliana Guttman (Irmã Brigitta)
Participação em vídeo: Rafa Steinhauser
Supervisão de Produção: Carol Godoy 
Coordenação de produção: Ana Elisa Mattos e Rita Batata
Produtor: Eurico Malagodi (fase 1)
Iluminação: Beto Bruel
Assistência e operação de luz: Rodrigo Silbat
Montagem e programação de luz: Rodrigo Caetano
Arquitetura cenográfica: Eric Lenate
Adereços e produção de objetos: Jorge Luiz Alves
Cenotecnia: Casa Malagueta
Equipe de Cenotecnia: Alício Silva e Giorgia Massetani
Contrarregra: Rui Xavier
Trilha sonora original e desenho de surround: Dan Maia
Instalação técnica de áudio e mixagem da trilha sonora no espaço cênico: L.P. Daniel
Operação de som: Natalia Francischini
Microfonação: LABSOM - Julia Mauro e Camila Cruz
Direção de imagem e videomapping: André Grynwask e Pri Argoud (Um Cafofo)
Figurino: Carol Roz
Visagismo: Anderson Bueno   
Equipe de Cabelo e Maquiagem: Luciano De Lima / Sueli Madeira
Camareira: Liduina Aires
Costureira: Bruna Sartini
Diretor de palco: Evas Carretero
Montagem: Sérgio Karioka
Estagiária: Tori Moraes
Fotografia e criação: Ale Catan
Programação visual e criação: Carlos Nunes
Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes
Gestão de Performance e Redes Sociais: Lead Performance
Produção: Gengibre Multimídia e Zug Produções
Patrocínio: Equifax / Boa Vista
Apoio Cultural: Molinos Rio de la Plata 


Serviço:
Espetáculo "Dois Papas"  
Duração: 135 minutos (com  intervalo de 15 minutos) . Classificação: 16 anos
Sesc Guarulhos
R. Guilherme Lino dos Santos, 1.200. Jardim Flor do Campo, Guarulhos. Tel: (11) 2475-5550
De 7 a 16 de março. Sextas e sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h.
Local: Teatro. 349 lugares.
Ingressos: R$18 (credencial plena), R$30 (meia entrada) e R$60 (inteira)
Link: Venda disponível online pelo aplicativo Credencial Sesc SP ou pelo site https://www.sescsp.org.br/programacao/dois-papas, a partir de 18/02, ou nas bilheterias das unidades, a partir de 19/02.
* Haverá sessões com audiodescrição nos dias 08, 09, 14 e 16/03; e sessões com interpretação de LIBRAS nos dias 09, 14 e 15/03 
Horário de funcionamento: terça a sexta, das 09h às 21h30 | Sábado, das 09h às 20h | Domingo e feriado, das 09h às 18h00. 

Acesso para pessoas com deficiência
Estacionamento - R$ 15,50 (não credenciados) R$ 8,50 (credenciados)
Paraciclo: gratuito (obs.: é necessário a utilização travas de seguranças). 248 vagas   

Sesc Santo Amaro  
Rua Amador Bueno, 505, Santo Amaro, São Paulo (SP) 
De 21 de março a 27 de abril. Sextas e sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h. Dias 11 e 24/4, sexta e quinta, às 15h. No dia 18/4 não haverá sessão.
Ingressos: R$18 (credencial plena), R$30 (meia entrada) e R$60 (inteira) 

Venda disponível on-line pelo aplicativo Credencial Sesc SP ou pelo site https://centralrelacionamento.sescsp.org.br/, a partir de 11/3, ou nas bilheterias das unidades, a partir de 12/3.
* Haverá sessões com audiodescrição nos dias 22, 23, 28 e 30/3 e 5, 6, 11 (às 15h), 13, 19, 24 e 26/4; e sessões com interpretação de LIBRAS nos dias 29/3 e 4, 11 (às 15h), 12, 20, 24 (às 15h), 25 e 27/4.
Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 21h30 | Sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h30. 
Como Chegar de Transporte Público: 300m a pé da Estação Largo Treze (metrô), 900m a pé da Estação Santo Amaro (CPTM), 350m a pé do Terminal Santo Amaro (ônibus).
Acessibilidade: A praça dá acesso a todos os andares (subsolo | térreo | 1º pav. | 2º pav.) do prédio e aos espaços de atividades por meio de dois elevadores. A Unidade possui banheiros e vestiários adaptados para pessoas com mobilidade reduzida, espaço reservado no Teatro e conta com seis vagas especiais no estacionamento.

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