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sábado, 19 de abril de 2025

.: Entrevista com Rosane Svartman, autora de "Dona de Mim", próxima novela das sete


Em "Dona de Mim", Rosane Svartman promete mais uma vez envolver os telespectadores com uma história poderosa, que reflete sonhos, desafios e a força de protagonistas femininas. Foto: Globo/ Débora Santiago

Rosane Svartman, conhecida pelo talento e sensibilidade ao contar histórias, é a autora de "Dona de Mim", a nova novela das sete da TV Globo, que estreia no dia 28 de abril. A trama chega cercada de grandes expectativas, já que Rosane é responsável por sucessos como "Totalmente Demais", "Bom Sucesso" e "Vai na Fé", novelas que conquistaram o público e a crítica com enredos emocionantes, personagens marcantes e diálogos afiados.

Com uma sólida trajetória como autora, diretora e produtora, Rosane tem se destacado por abordar temas atuais com profundidade e leveza, sempre colocando em cena representatividade e questões sociais relevantes. Agora, com "Dona de Mim", ela promete mais uma vez envolver os telespectadores com uma história poderosa, que reflete sonhos, desafios e a força de protagonistas femininas. A estreia marca mais um capítulo importante na carreira da autora, que tem se firmado como uma das principais vozes da teledramaturgia brasileira contemporânea.

O que a inspirou para criar a história de "Dona de Mim"?
Rosane Svartman - Acredito que a criação está ligada ao instinto. O desafio é ter a sensibilidade de intuir o espírito do momento, os assuntos de interesse, as trajetórias e os personagens que a sociedade deseja acompanhar. E, assim, contamos histórias. Leona é uma personagem que entra em um buraco e sai gigante. Como ela fará isso é a sua trajetória na novela. O título está relacionado a esse esforço de tentar tomar as rédeas de sua vida em uma sociedade acelerada e repleta de violências.


Qual são os temas centrais de "Dona de Mim"? 
Rosane Svartman
 - Através da Leona (Clara Moneke), a história fala sobre a maternidade de forma prismática, abordando diferentes possibilidades do que é ser mãe, inclusive a escolha de não ser, e o seu impacto direto na vida das mulheres da trama. A Leo é uma mulher que passou pelo trauma de ter uma gravidez tardia interrompida. Ela já tinha comprado roupinha, feito chá de fralda, já se sentia mãe. E, quando ela perde essa criança, abre mão de tudo. Do casamento, da faculdade, ela realmente não consegue seguir adiante. Mas isso é a história pregressa da Leo. Quando a trama começa, ela é uma mulher batalhadora e alto-astral que tenta esconder sua dor, mas nem sempre consegue. Ela quer não só ajudar a família dela, mas também superar esse trauma. Ela não sabe, mas a felicidade sempre encontra um caminho, e conhecer Sofia é o começo de uma grande transformação. Além desse conflito em relação à maternidade da Leo (Clara Moneke), a gente tem os encontros e desencontros amorosos, claro. A gente tem conflitos da sociedade, também, e pela sucessão da fábrica de lingeries Boaz, que se torna uma grande briga por poder em família. 

  

Como você acha que esses temas vão se conectar com o público? 
Rosane Svartman - Eu acho que o desafio de qualquer pessoa que cria, que faz novela, é justamente trazer temas que o público vai curtir e comentar depois que o capítulo terminar. Eu acredito que o poder está sempre no espectador. É ele que vai pegar qualquer cena que eu colocar numa novela e fazer uma leitura de acordo com a sua própria trajetória, com a sua própria experiência de vida. Além das diversas formas de maternidade, vamos falar de segurança pública, envelhecimento, saúde mental, esporte e outros temas que provocam conversa, mostrando pontos de vista e reflexões. Tudo isso sem deixar de lado o entretenimento e o objetivo de contar uma boa história. 
 

Pode falar mais sobre a relação especial entre a Leo (Clara Moneke) e a Sofia (Elis Cabral)? 
Rosane Svartman - Por um lado, a Sofia vive em uma “ilha”, em vários sentidos. Ela mora numa casa dentro de um condomínio, cercada por adultos. Por causa disso, no começo da novela, para chamar atenção, ela faz muita bagunça e traquinagem, principalmente com as babás. Os adultos estão muito ocupados, ninguém tem realmente tempo para ela. E, por outro lado, a Leo é essa mulher que já quis muito ser mãe, que teve um trauma enorme e tem medo de voltar a engravidar. Com a Sofia, ela começa uma relação de afeto que, aos poucos, vai ajudá-la a superar esse trauma. 

E o que você destaca na relação entre a Sofia (Elis Cabral) e o Abel (Tony Ramos), que não é o pai biológico dela? 
Rosane Svartman - O Abel promete para Ellen (Camila Pitanga) que vai ser o melhor pai que ele consegue ser para a Sofia. E ele é. O problema é que ele não tem tempo para essa menina, mas ele a ama, se considera o pai dela e quer o seu bem. Mas é claro, o pai biológico vai aparecer em algum momento. Então, isso vai se tornar um desafio para Abel. 


Quais são os principais desafios que Abel (Tony Ramos) e Filipa (Cláudia Abreu) enfrentam como casal na trama? 
Rosane Svartman - O Abel cursava Letras, pertencia a um grupo de poesia na faculdade, mas precisou abandonar tudo para cuidar do chão de fábrica na Boaz. Ele tem saudades dessa época. Conheceu a Filipa num sarau, e, em seis meses, já estavam com o casamento marcado. No dia da cerimônia, Ellen (Camila Pitanga) chega com Sofia no colo, à beira da morte. Abel assumiu a criança e nunca contou para Filipa que não era o pai biológico de Sofia. Já Filipa teve de aceitar de uma hora para outra ser madrasta de uma bebê de colo. Isso mudou completamente a relação deles. A Filipa tem uma filha que foi morar em Portugal com a avó, e ela acaba se frustrando novamente por não conseguir ser mãe, cuidar de Sofia. O Abel, neste casamento, sente muita falta dos olhos brilhando, da felicidade da mulher com quem ele se casou, e ele não sabe o que fazer para trazer isso de volta. 
 

Sobre a amizade entre Leo (Clara Moneke), Kami (Giovanna Lancellotti) e Pam (Haonê Thinar), que é um ponto central da novela: como descreveria cada uma? 
Rosane Svartman - Kami é uma periguete vencida, de bom coração; Leo é a enrolada que tenta ajudar todo mundo; e a Pam, a amiga gentil, mas que não leva desaforo para casa. É muito legal poder falar de amizade feminina. São mulheres jovens, amigas de colégio, uma relação de longa data. O que traz muita intimidade, mas, ao mesmo tempo, também faz com que seja mais fácil se machucarem. 

 
Em resumo, o que o público pode esperar de "Dona de Mim"? 
Rosane Svartman - O que o público pode esperar de uma novela: entretenimento, diversão, romance, informação, temas relevantes, identificação, um pouco de escapismo, talvez. A gente gosta de assistir a uma história e se imaginar em outro lugar. E digo a gente porque sou noveleira e, para mim, "Dona de Mim" traz os ingredientes que eu também gosto em uma novela.

sábado, 1 de março de 2025

.: Vem aí: em "Vale Tudo", o requintado e intrigante mundo dos Roitman


Na imagem, Heleninha (Paolla Oliveira) e Eugênio (Luis Salem) nos papéis que foram de Renata Sorrah e Sérgio Mamberti na primeira versão. Foto: Globo/ Marcos Serra Lima


Na novela "Vale Tudo", no alto de uma mansão na zona central do Rio, vivem os Roitman, uma das famílias mais ricas e poderosas do Brasil. Se, para uns, o sobrenome Roitman é símbolo de poder e requinte, para outros, é sinônimo de ambição, manipulação e falta de escrúpulos. Isso graças à fama de Odete Roitman (Débora Bloch), uma viúva intrigante, de uma frieza extrema, que faz de tudo para conseguir o que deseja, muitas vezes usando métodos cruéis e antiéticos.  

Dona do Grupo Almeida Roitman, que herdou do marido, Odete é a soberba em pessoa. Mesmo já tendo vencido na vida, a vilã sente necessidade de odiar tudo o que tenha ar popular e detesta o Brasil, que julga “tupiniquim” demais para o seu gosto. Por isso, mora no exterior e só coloca os pés no país quando realmente é necessário. A empresária joga o jogo sujo dos que não têm caráter, dá seus golpes com muita classe e é temida por muitos. Até pelos próprios filhos.   

“A Odete tem um certo complexo de vira-lata como brasileira. Ela subestima tudo o que é nacional e acha que o mundo civilizado está na Europa. Não sabe reconhecer o valor do Brasil e despreza tudo o que é daqui. Talvez, porque é onde estão os filhos dela, que considera um problema”, conta Débora. 

Como Odete nunca teve tempo nem paciência para a maternidade, coube a sua irmã, Celina Junqueira (Malu Galli), dona da mansão, criar Afonso (Humberto Carrão), Heleninha (Paolla Oliveira) e o filho mais velho, morto tragicamente num acidente de carro. Viúva e sem filhos, Celina vive uma vida tranquila e dedica o tempo que tem de sobra ao cuidado dos jardins da casa e a trabalhos sociais. Sempre presente e permissiva com os sobrinhos, faz todas as vontades de Afonso e Heleninha para compensar a ausência dos pais na vida deles e conta com a primorosa ajuda de Eugênio (Luis Salem), mordomo da família Junqueira-Roitman, que está sempre pronto para servir e cuidar dos seus patrões. 

Depois da morte do filho mais velho, é em Afonso que Odete deposita todas as esperanças de um sucessor no Grupo Almeida Roitman, mesmo achando que falta ambição e sobra consciência social nele. Como sempre teve tudo que quis na vida, a forma que Afonso encontrou de se desafiar foi como triatleta. Mas seu maior desafio mesmo é no campo profissional. Ao voltar ao Brasil, depois de uma temporada em Paris, Afonso tenta convencer Odete a tornar a TCA, empresa de aviação do grupo, mais justa, inclusiva e ecológica e contraria a mãe quando insiste em assumir as decisões da empresa no Brasil e não no exterior.

Filha mais velha de Odete, Heleninha é a personalidade mais frágil da família. Dona de um talento único para pintura, ela vive entre idas e vindas em clínicas de reabilitação e se mostra despreparada para os desafios da vida, marcada por tragédias e uso excessivo de álcool. De volta de um longo período de reabilitação, Heleninha começa a trama determinada a reconquistar a guarda do filho Tiago (Pedro Waddington), fruto do seu casamento com Marco Aurélio (Alexandre Nero), diretor na TCA, e homem de confiança de Odete. 

“A Heleninha é uma personagem bastante complexa que faz parte dessa família disfuncional que são os Roitman. A relação dela com a mãe é conturbada. A Odete é rígida, tem um amor frio. E a Heleninha tenta preencher isso nas artes, no amor pelo filho, amando tudo em volta com muita intensidade. E, por ser alcoolista, todos os problemas dela giram em torno disso. Quero contar como a Heleninha sobrevive a ao alcoolismo todos os dias por meio das brechas que essa doença dá quando não aparece”, diz Paolla. O público vai levar cerca de um mês para ver Odete Roitman no ar. Sua primeira aparição em cena está prevista para o capítulo 24, que vai ao ar no dia 26 de abril, data do aniversário de 60 anos da TV Globo.

Com expectativa de estreia para março, "Vale Tudo" é uma novela escrita por Manuela Dias, com colaboração de Aline Maia, Claudia Gomes, Márcio Haiduck, Pedro Barros e Sérgio Marques, baseada na obra de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères. A direção artística é de Paulo Silvestrini, direção geral de Cristiano Marques, direção de Augusto Lana, Fábio Rodrigo, Isabella Teixeira, Matheus Senra e Thomaz Cividanes. A produção é de Luciana Monteiro, a produção executiva de Lucas Zardo e a direção de gênero de José Luiz Villamarim.

domingo, 23 de fevereiro de 2025

.: Entrevista: Lucinha Lins retorna às novelas como Ruth em "Volta por Cima"


Guilherme Weber, Lucinha Lins e Rodrigo Fagundes posam caracterizados como Marco, Ruth e Gigi, respectivamente. Foto: Globo/ Manoella Mello

A atriz Lucinha Lins passa a integrar o elenco de "Volta por Cima" como Ruth, personagem que marca o retorno da atriz às novelas da Globo. "Acho que o universo andou me ouvindo", diz ela ao falar sobre a personagem que trabalhava em um cassino clandestino e era amante do contraventor Rodolfo (José de Abreu), que retirou de seus braços o filho que tiveram. Tudo aconteceu quando Marco (Guilherme Weber) ainda era um bebê e Rodolfo casado com a mãe de Gerson (Enrique Diaz).  Desde que soube que era filho de Rodolfo, Marco fica decidido a encontrar a mãe e pede a ajuda de Belisa (Betty Faria) para buscar pistas sobre seu paradeiro. Ruth surge na trama em cenas previstas para o final da próxima semana. Na entrevista abaixo, Lucinha Lins conta mais sobre o novo trabalho na novela de Claudia Souto.


Qual foi o sentimento de receber o convite para participar da novela?
Lucinha Lins - 
Acho que o universo andou me ouvindo. Fiz um comentário recente dizendo que estava com saudades de novela. Eu gosto daquele encontro, eu gosto da família que se reúne todos os dias, dos papos, das brincadeiras... E aí o universo ouviu esse meu comentário e mandou um convite delicioso desse. Uma novela de sucesso, ótima, que eu tenho acompanhado. E estarei ao lado de atores que respeito demais, com gente com quem eu trabalhei e de uma garotada nova linda que está botando pra quebrar. Eu fiquei muito feliz com esse convite.

Sua última novela na Globo foi "Chocolate com Pimenta". Como está sua expectativa para esse retorno?
Lucinha Lins - 
Faz tempo que eu não gravo novela na TV Globo. É um recomeço, mas um recomeço diferente porque agora a gente já tem uma certa experiência, são 50 anos de carreira, mas sempre dá aquele frio na barriga. Estou nervosa, ansiosa e entrando em uma novela que já está nos trilhos há muito tempo, com um elenco muito afiado e trazendo uma personagem que eu estou tendo que criar para começar a gravar. Eu estou muito feliz com isso, espero que dê tudo certo.

Sua personagem contracena com José de Abreu, Betty Faria... nomes, assim como você, consagrados na dramaturgia. O que esse encontro representa para você?
Lucinha Lins - 
Eu estou me encontrando com pessoas que eu respeito, admiro, amo, gente que eu trabalhei. O meu abraço com Betty Faria foi encantador. Eu me senti muito bem-vinda, fiquei emocionada com a minha chegada na Globo para começar esse trabalho, ver figurino, conhecer a direção, a produção. Tudo é muito novo e eu me senti muito acolhida. Foi emocionante e será emocionante daqui para frente todos os dias. Porque eu tenho muito a aprender ainda, e fazer uma novela sempre é um aprendizado muito grande, é uma descoberta muito grande. Então, vamos descobrir quem é esta mulher e aprender com ela e com os meus colegas maravilhosos os caminhos que nós vamos seguir.


"Volta por Cima" é criada e escrita por Claudia Souto, com colaboração de Wendell Bendelack, Julia laks, Isadora Wilkinson e Juliana Peres. A novela tem direção artística de André Câmara e direção geral de Caetano Caruso. A produção é de Andrea Kelly e Lucas Zardo, e a direção de gênero, de José Luiz Villamarim.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

.: Entrevista com Carla Marins, a garota rebelde de "História de Amor"


Carla Marins celebra o retorno da marcante Joyce de "História de Amor". Na imagem, a atriz caracterizada com o a personagem. Foto: TV Globo / Arley Alves


Um dos maiores sucessos de Manoel Carlos, "História de Amor" estará de volta a partir do dia 10 de fevereiro, no "Edição Especial", quase 30 anos após a exibição original. A adolescente Joyce, vivida por Carla Marins, é um dos grandes destaques da trama e da carreira da atriz, que começou na TV no início da década de 1980. Rebelde e de atitudes explosivas, a personagem vivia uma relação conturbada com a mãe, Helena (Regina Duarte), especialmente após engravidar do namorado Caio (Angelo Paes Leme). 

"Joyce foi um desafio para mim quando me vi escalada pelo diretor Paulo Ubiratan para viver essa adolescente de 17 anos que engravida do primeiro namorado, do alto dos meus 27 anos na época. Com muitas cenas fortes de embate e emoção com a mãe, ele precisava de uma atriz experiente para o papel", conta Carla. O reconhecimento nas ruas foi imediato e até hoje a personagem é lembrada. "Sem dúvida esse papel foi um marco, em uma década de ótimas tramas na TV brasileira. Mães me paravam na rua pra falar sobre a rebeldia da Joyce, ela era um exemplo a não ser seguido", relembra, aos risos. Na entrevista abaixo, Carla Marins comenta um pouco mais sobre o trabalho em "História de Amor".


Qual foi a sensação ao saber que "História de Amor" iria voltar?
Carla Marins - Fiquei muito feliz com a reexibição de "História de Amor", vejo como uma homenagem da Globo ao Maneco, por sua contribuição inestimável para a teledramaturgia brasileira e pelos seus 92 anos. Tenho uma enorme admiração e gratidão por ele.

O que esse trabalho representa na sua carreira?
Carla Marins - Sem dúvida foi um marco, em uma década de ótimas tramas na TV brasileira. Mães me paravam na rua pra falar sobre a rebeldia da Joyce, ela era um exemplo a não ser seguido (risos).

Considerava um desafio desse trabalho?Carla Marins - Joyce foi um desafio para mim quando me vi escalada pelo diretor artístico Paulo Ubiratan para viver essa adolescente de 17 anos que engravida do primeiro namorado, do alto dos meus 27 anos na época. Com muitas cenas fortes de embate e emoção com a mãe, ele precisava de uma atriz experiente para o papel.


E como foi o processo de criação da personagem, especialmente para interpretar uma jovem grávida?
Carla Marins - Trabalhamos com afinco na composição da Joyce pra ser o mais verossímil possível. Engordei um pouquinho porque já começava a trama grávida, cortei o cabelo e fazia cachinhos para parecer mais menina. No entanto, ao estudar as cenas sentia uma enorme facilidade devido ao texto do Maneco. Ele vinha realmente pronto, era uma adolescente falando, reagindo, tudo absolutamente coerente.

Quais as lembranças que guarda dos bastidores de gravação e do convívio com o elenco?
Carla Marins - Os bastidores eram ótimos, muito trabalho, muito texto. O diretor-geral Ricardo Waddington era detalhista e perfeccionista na direção, tinha muita troca entre os atores, nos divertíamos e conversávamos muito. 

E quais são os seus próximos projetos?
Carla Marins - 
Estou com projetos no teatro e cinema, mas ainda embrionários. Essa década que estou vivendo, dos 50, é muito interessante para avaliar o caminho percorrido e traçar novos desafios. Estou arrumando “a casinha” (cabeça e corpo) pra viver com autenticidade e vigor as próximas décadas que virão.

Com estreia em 10 de fevereiro, após o "Jornal Hoje", no "Edição Especial", a novela "História de Amor" é uma obra de Manoel Carlos. A novela tem direção artística de Paulo Ubiratan, direção geral de Ricardo Waddington e direção de Roberto Naar e Alexandre Avancini.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

.: A estreia do escritor Raphael Montes como novelista em "Beleza Fatal"


Raphael Montes nos bastidores de "Beleza Fatal"

Roteirista, escritor de livros, séries, filmes e, agora, novelas, Raphael Montes atinge um feito inédito na dramaturgia brasileira: a obra "Beleza Fatal", criada por ele, é a primeira novela brasileira do streaming da MAX. Consolidado no meio literário, o multifacetado artista é conhecido por livros como "Dias Perfeitos", "Jantar Secreto", "Uma Família Feliz" e pela série "Bom Dia, Verônica". Montes celebra sua mais nova criação dizendo ser “apaixonado por melodrama. E acho que todas as minhas histórias – mesmo as mais carregadas de suspense e policial – têm forte carga melodramática. Além disso, o alcance da TV me interessa. Não gosto de escrever para mim mesmo, gosto de me comunicar, de provocar e de instigar o público. Gosto de ser popular e de contar histórias que prendam os espectadores”.

Raphael Montes explica que "Beleza Fatal" é uma novela que sempre sonhou em escrever e que tem muito de sua identidade nela, exaltando a liberdade que a Max deu em seu processo criativo. O autor diz que “sem dúvida, quem conhece e gosta dos meus livros vai adorar 'Beleza Fatal'. Meus livros são conhecidos pelo suspense, pelos temas polêmicos, pelos plot-twists e pelos finais surpreendentes. 'Beleza Fatal' tem tudo isso. Talvez por ser a primeira novela da Max, tive total liberdade para escrever a história como eu pensava”.

Na história, a pequena Sofia vê a mãe ser presa injustamente por causa de sua tia, Lola. Ao mesmo tempo, a família Paixão - uma família amorosa que luta para sobreviver e pagar as contas - perde a filha numa cirurgia plástica mal-sucedida realizada por dois médicos de qualidade duvidosa. Unidas pela dor e pela indignação, Sofia e a família Paixão decidem se vingar. “É uma trama de vingança bem diferente do que estamos acostumados a ver. Ao contrário do que geralmente acontece em novelas, a vingança não demora a acontecer, e o que me interessa é o que vem depois. Como todos reagem? Em que momento a vingança acaba?”

O elenco reúne nomes consolidados da dramaturgia brasileira, como Camila Pitanga, Giovanna Antonelli, Camila Queiroz, Herson Capri e Caio Blat. Camila Pitanga interpreta Lola, uma vilã ambiciosa e carismática que promete cativar o público. Guerreira, Lola sonha em ser a “rainha da beleza”. Para isso, ela está disposta a passar por cima de tudo e de todos. Anos depois, ela chega aonde quer: é dona da Lolaland – uma clínica de estética cafonérrima, toda cor-de-rosa – e uma influencer com muitos seguidores nas redes sociais. “Queria explorar o embate atual entre cirurgiões plásticos e essas clínicas de estética que se proliferam, com procedimentos realizados por enfermeiros, dentistas, biomédicos e esteticistas. É um assunto quentíssimo, sabe? Essas harmonizações faciais que, às vezes, criam deformidades…”, comenta o autor.

Raphael Montes destaca as parcerias com grandes nomes da dramaturgia brasileira em sua jornada, como João Emanuel Carneiro, autor de uma de suas novelas favoritas, "A Favorita". Com Carneiro, Montes trabalhou no início de sua carreira, ele relembra que  quando teve a chance de trabalhar com ele, foi uma alegria. "Aprendi muito. Eu chegava na casa dele depois do almoço e a gente trabalhava até de madrugada, escrevendo as escaletas (a estrutura de cada capítulo, cena a cena). Só parávamos pra jantar e assistir ao capítulo no ar”. Anos se passaram e, em sua primeira novela, Montes teve a oportunidade de trabalhar com Silvio de Abreu, que foi seu supervisor. “Foi um luxo, um mestrado e um doutorado em como escrever novelas! Com frequência, eu chegava com uma ideia mais ousada, de algo que nunca vi acontecer numa novela, e apresentava a proposta ao Silvio. Para minha surpresa, ele sempre topava”. Além disso, Montes traz uma informação peculiar envolvendo Abreu, Carneiro e ele: “João aprendeu a escrever escaleta de novela com o Silvio, e eu aprendi com o João. Então, quando escrevi as primeiras escaletas de 'Beleza Fatal', o Silvio ficou surpreso: ‘Caramba, você faz exatamente como eu fazia’”.

A vontade de fazer uma novela começou há anos. Quando Raphael Montes tinha 25 anos, ele entrou na TV Globo como roteirista de série e se apresentou para Monica Albuquerque, que era executiva de talentos na época. Anos depois, ela estaria na Max sendo responsável pelo núcleo de novelas na América Latina e ligou para Montes dizendo que gostaria de ouvir o que ele tinha para oferecer, pois o momento dele fazer uma novela tinha chegado.

Com estreia programada para toda a América Latina, Portugal e Estados Unidos, "Beleza Fatal" é a primeira aposta original do streaming MAX no formato novela, trazendo esse gênero que faz tanto sucesso no Brasil agora para o público global. Nesta terça-feira (28), a novela é a Top1 no streaming. Raphael Montes celebra a estreia e vê o projeto como uma oportunidade de mostrar a força desse gênero tão enraizado na cultura brasileira. “Espero que 'Beleza Fatal' abra portas para muitas outras novelas no streaming e alcance um público ainda maior”, conclui. Com criação e roteiro de Raphael Montes e direção geral de Maria de Médicis, a produção da novela é da Coração da Selva para a Warner Bros. Discovery.

Sobre Raphael Montes
Raphael Montes nasceu em 1990, no Rio de Janeiro. É criador, roteirista-chefe e produtor-executivo da primeira novela da Warner Bros. Discovery, "Beleza Fatal", e da série "Bom Dia, Verônica" na Netflix, vencedora do prêmio APCA 2020. Escreveu os romances "Suicidas", "Dias Perfeitos", "O Vilarejo", "Jantar Secreto", "Bom Dia, Verônica", "Uma Mulher no Escuro" (vencedor do Prêmio Jabuti 2020), "A Mágica Mortal" e "Uma Família Feliz", sucessos de público e de crítica, traduzidos em mais de 25 países e com os direitos de adaptação vendidos para o cinema. Escreveu roteiros para cinema, como “Uma Família Feliz”, a franquia “A Menina que Matou Os Pais”, sucesso no Amazon Prime Video e “Praça Paris”. Em 2020, Raphael criou a Casa Montes, uma produtora de desenvolvimento com foco em projetos de crime, terror e suspense.

.: Tudo sobre "Dona de Mim", a próxima novela das sete


Elenco da próxima novela das sete se reuniu para um workshop nos Estúdios Globo. Na imagem, Clara Moneke, Elis Cabral e Tony Ramos. Foto: Globo/ Manoella Mello


Foi dada a largada para "Dona de Mim", a nova novela de Rosane Svartman! Nesta semana, começam as gravações das primeiras cenas da próxima novela das sete da TV Globo, que tem previsão de estreia em abril. Na sexta-feira, 24, um workshop de imersão no universo da trama reuniu o elenco e a equipe de produção nos Estúdios Globo. O evento marcou o início dos trabalhos e trouxe um pocket show de forró, duelos de kickboxing e batalhas de rima, territórios que fazem parte da obra. Nomes como Clara Moneke, Tony Ramos, Cláudia Abreu, Suely Franco, Marcello Novaes, Marcos Pasquim, Rafa Vitti, Giovanna Lancellotti, L7nnon, entre outros talentos, além da autora Rosane Svartman, do diretor artístico Allan Fiterman e de suas equipes, estiveram presentes.

Um dos momentos mais emocionantes do dia foi a fala do veterano Tony Ramos, que destacou o papel do ator para além da televisão. “Estou muito feliz de estar aqui, nesse trabalho com a Rosane e Allan. Sou um ator de ofício há 60 anos, que vive e respeita a profissão. Para mim, fazer novela é continuar acreditando no produto, sabendo que ele fornece empregos e entretenimento para tantas pessoas. Penso na minha querida mãe, que tem 95 anos, e vê televisão nesse horário das sete. Faço novela pensando nela e em tantas outras pessoas... Nossa missão é maior do que vocês imaginam. Devemos dar o nosso melhor, com a disciplina agradável do humor”, disse Tony. 

Conheça a história de "Dona de Mim"
Todo mundo tem feridas que só o amor consegue remendar. São as mais profundas, aquelas que sempre tentamos esconder, mas que nos acompanham dia e noite. Leona (Clara Moneke) é uma jovem alto astral e de coração gigante, que vive na correria, sempre enrolada com grana. Ela convive com uma dor imensa que tenta a todo custo não revelar. Moradora do bairro de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, Leo era estudante de Publicidade, quando ia se casar com Marlon (Humberto Morais), grávida de seis meses de Sophya, sua primeira filha, quando viu seu mundo desabar em uma sala de ultrassonografia. Desde a perda gestacional, nada mais foi igual. 

Agora, sete anos depois, ela ocupa a cabeça enquanto tenta equilibrar as contas da casa em que mora com a avó Yara (Cyda Moreno) e irmã Stephany (Nykolly Fernandes). Empoderada e dona de si, a jovem sempre tem boas intenções, mas acaba se metendo em diversas enrascadas. Diante do aperto financeiro e vendo a irmã querer desistir da faculdade de Enfermagem para ajudar em casa, Leo arranja emprego como babá na mansão da família Boaz, donos da tradicional marca de lingerie de fabricação própria, sediada em São Cristóvão, que ela mesma costumava revender. É assim que ela conhece Sofia (Elis Cabral), a filha de oito anos do patrão, Abel (Tony Ramos),  e uma das herdeiras da fortuna da família Boaz.

Abel, atual presidente da empresa, registrou Sofia como sua filha quando ela era ainda bebê, após a cobrança de uma dívida de vida que tinha com uma ex-funcionária da fábrica. A mãe da criança morreu logo após entregá-la para o magnata. Solitária em uma mansão cercada por adultos, Sofia desenvolveu seus meios para chamar atenção: adora aprontar diversas peças para assustar as babás que Filipa (Claudia Abreu), esposa de Abel, tenta contratar. A chegada de Leona impacta não só a vida de Sofia, mas também a de seus irmãos, Samuel (Juan Paiva), Davi (Rafa Vitti) e Ayla (Bel Lima). Nas relações que constrói com a menina e com os demais integrantes da família, Leo passa a viver novas experiências e a vislumbrar novos caminhos em sua trajetória.  

"A Sofia gosta de aprontar diversas peças, é a forma dela de chamar atenção. As babás não conseguem ficar na casa porque ela faz traquinagens, até o momento em que Leona conquista o coração dela", conta o diretor artístico Allan Fiterman. “A Leo é a primeira pessoa que entende a Sofia. E, pela primeira vez, ela tem uma babá de quem gosta. É a partir daí que começamos a falar sobre as diversas formas de maternidade, inclusive a não maternidade, amor-próprio, autoestima e diversos outros temas ligados ao feminino. Isso vai fazer parte do universo não só da protagonista, mas das outras personagens da trama. O título ‘Dona de Mim’ diz muito sobre a história que vamos contar: a figura de uma mulher independente que quer tomar as rédeas de sua vida", resume Rosane Svartman, autora da obra.  


"Dona de Mim" é uma novela criada por Rosane Svartman, escrita com Carolina Santos, Jaqueline Vargas, Juan Jullian, Mário Viana, Michel Carvalho e Renata Sofia. A obra tem direção artística de Allan Fiterman, direção geral de Pedro Brenelli e produção de Mariana Pinheiro. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim. 

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

.: Entrevista: Rodrigo Lombardi comenta o retorno de Molina à "Mania de Você"


Ator diz que personagem volta ainda mais vilão e promete muitas surpresas. Foto: Globo/ Manoella Mello

Todos já sabem que Molina (Rodrigo Lombardi) está oficialmente de volta à novela "Mania de Você" e o retorno do personagem promete agitar ainda mais a trama. Após fingir a própria morte, o empresário reaparece de forma surpreendente e estratégica, e seguirá ditando os passos de Mércia (Adriana Esteves), mas, agora, de perto. “Quando recebi a notícia de que voltaria, fiquei muito animado, pois sabia que o retorno dele traria grandes reviravoltas para a trama. O personagem volta ainda mais sombrio e determinado. O público pode esperar um Molina ainda mais calculista e perigoso”, adianta Rodrigo Lombardi.


Seu personagem foi dado como morto logo no início da trama. Como recebeu a notícia?
Rodrigo Lombardi - Quando recebi a notícia que voltaria, fiquei muito animado, pois sabia que o retorno dele traria grandes reviravoltas para a trama. 


O Molina retorna ainda mais vilão do que antes?
Rodrigo Lombardi Sim, o Molina volta ainda mais sombrio e determinado. Enquanto estava “morto”, ele adquiriu muitas informações e observou tudo mesmo de longe, com ajuda da Mércia (Adriana Esteves) e isso o tornou mais implacável. O público pode esperar um Molina ainda mais calculista e perigoso.
 

Qual é a sua expectativa com o retorno do personagem?
Rodrigo Lombardi Minha expectativa é que o retorno do Molina traga uma nova dinâmica para a novela. Espero que o público fique intrigado e ansioso para ver o que ele vai aprontar a seguir. É um personagem complexo, um vilão capaz das maiores atrocidades, um tipo que sempre é interessante interpretar.

 
O que o público pode esperar do Molina nesse momento da história? Ele e Mércia voltam a contracenar bastante?
Rodrigo Lombardi O público pode esperar muitas surpresas e reviravoltas. O Molina e a Mércia têm uma relação intensa e cheia de conflitos, então certamente haverá muitas cenas emocionantes entre eles. A química entre os personagens é algo que sempre gostei de explorar.


E a relação dele com Mavi?
Rodrigo Lombardi A relação do Molina com Mavi é complicada. Eles têm uma história que ainda não foi totalmente revelada, sequer vivida direito, que é a relação entre pai e filho, e isso vai trazer muitos conflitos. Será interessante acompanhar como essa relação se desenvolve e afeta os outros personagens.

 

"Mania de Você" é uma novela criada e escrita por João Emanuel Carneiro, com colaboração de Vincent Villari, Marcia Prates, Eliane Garcia, Marina Luísa Silva e Zé Dassilva, e pesquisa de texto de Marta Rangel. A novela tem direção artística de Carlos Araujo, direção geral de Noa Bressane e direção de Walter Carvalho, Guilherme Azevedo, Philippe Barcinski e Igor Verde. A produção é de Gustavo Rebelo, Luís Otávio Cabral e Lucas Zardo, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim. 

.: Clássico de Manoel Carlos, "História de Amor" será reprisada de tarde

Clássico de Manoel Carlos, "História de Amor" é a próxima trama do "Edição Especial". Na imagem, Carla Marins interpreta Joyce, uma das controversas filhas das Helenas de Maneco. Foto: Globo/Divulgação


Uma das obras mais marcantes da carreira de Manoel Carlos, "História de Amor" é a próxima novela que irá ao ar no "Edição Especial", a partir de 10 de fevereiro. A exibição da trama, apresentada originalmente entre julho de 1995 e março de 1996, é uma homenagem ao autor, criador de mais de 15 novelas e nove Helenas. "História de Amor" traz a terceira Helena criada pelo autor e a primeira vivida por Regina Duarte, que interpretou mais duas, em "Por Amor" e "Páginas Vida".

Na trama, Helena é uma mulher batalhadora e enfrenta a gravidez prematura de sua filha Joyce (Carla Marins), abandonada pelo namorado Caio (Angelo Paes Leme). Pai da moça e ex-marido de Helena, Assunção (Nuno Leal Maia), homem conservador e moralista, não se conforma com a situação da filha. Sentindo-se solitária, Helena se apaixona pelo famoso endocrinologista Carlos Alberto Moretti (José Mayer), que também se encanta por ela imediatamente. Carlos, contudo, é casado com a possessiva Paula (Carolina Ferraz) e teve um relacionamento de dez anos com Sheila (Lilia Cabral), sócia dele na clínica. Ela investe, a qualquer custo, em uma reaproximação. Esse quadrilátero amoroso movimenta a história, especialmente quando o médico se envolve com Helena, o que não impede Sheila e Paula de continuarem a disputá-lo.

Ambientada no Rio de Janeiro, a novela mostra o cotidiano da Zona Sul da cidade, especialmente do bairro Jardim Botânico, onde teve muitas externas gravadas, e também se passa na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. A abordagem de temas sociais, outra marca do trabalho de Manoel Carlos, está bastante presente em "História de Amor". Por meio da personagem Marta (Bia Nunes), vizinha e comadre de Helena, que luta contra um câncer de mama, a novela reforçou as campanhas de prevenção e conscientização. Enquanto a obra esteve no ar, registrou-se o aumento no número de exames preventivos pelo Instituto Nacional do Câncer. 

Manoel Carlos considerou importante tratar do câncer de mama no horário das 18h, dominado pelo público feminino. A partir da personagem Mariana (Monique Curi), o autor também abordou o drama de mulheres que têm dificuldades para engravidar, apesar de não serem estéreis. O personagem Assunção fica paraplégico após um acidente de carro, recuperando a vontade de viver através do esporte. Pelé, que na época era Ministro do Esporte, participou da trama sendo entrevistado por Assunção, já famoso em seu programa esportivo.

A trilha sonora de "História de Amor", especialmente pela música de abertura "Lembra de Mim", de Ivan Lins e Vitor Martins, ficou marcada na memória do público. Outros sucessos como "Futuros Amantes", de Chico Buarque, na voz de Gal Costa, "Saber Amar", composição de Herbert Vianna, de Os Paralamas do Sucesso, e "Uma História de Amor", do grupo Fanzine, compunham a trilha nacional. A obra foi vendida para cerca de 30 países, entre eles Angola, Jordânia, Marrocos, Panamá, Polônia e Rússia. 

O elenco repleto de nomes de peso contava também com Eva Wilma, José de Abreu, Yara Cortes, Ana Rosa, Claudio Lins, Claudia Lira, Cristina Mullins, Fabio Junqueira, Flávia Alessandra, Maria Ribeiro, Cláudia Mauro, Umberto Magnani, entre outros.   Com estreia em 10 de fevereiro, após o "Jornal Hoje", no "Edição Especial", "História de Amor" é uma obra de Manoel Carlos. A novela tem direção artística de Paulo Ubiratan e direção de Ricardo Waddington, Roberto Naar e Alexandre Avancini.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

.: Débora Bloch aparece como Odete Roitman pela 1‭ᵃ vez: "Ela está chegando"


Débora Bloch posa com novo cabelo para viver Odete Roitman em "Vale Tudo". Foto: Globo/ Catarina Ribeiro

Reserva a suíte presidencial de um hotel limpinho que lá vem ela! Prestes a dar vida a uma das personagens mais icônicas da teledramaturgia, Débora Bloch posa pela primeira vez de cabelo novo para interpretar a vilã Odete Roitman em "Vale Tudo", nova novela das nove da TV Globo. "Começando a mudança. Mas é só o começo! Ela está chegando”, anuncia a atriz. O corte foi realizado, no último sábado, dia 18 de janeiro, pelo cabelereiro Vini Kilesse e a cor ficou por conta do colorista Amadeu Marins.

Rosemary Paiva, responsável pela caracterização da novela, ao lado de Marcelo Dias, conta que o loiro tinha sido uma cor descartada para a personagem, mas que, ao longo do processo, voltou a ser considerado: "Queríamos ela fria, para ajudar na imagem de cruel da Odete. Essa construção é muito orgânica e, às vezes, surpreende".

Com previsão de estreia em março, "Vale Tudo" é uma novela escrita por Manuela Dias, com colaboração de Aline Maia, Claudia Gomes, Márcio Haiduck, Pedro Barros e Sérgio Marques, baseada na obra de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères. A direção artística é de Paulo Silvestrini, direção geral de Cristiano Marques, direção de Augusto Lana, Fábio Rodrigo, Isabella Teixeira, Matheus Senra e Thomaz Cividanes. A produção é de Luciana Monteiro, a produção executiva de Lucas Zardo e a direção de gênero de José Luiz Villamarim.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

.: "Vale Tudo" e os valores que moldaram a honesta Raquel


Na imagem, Antonio Pitanga, Bella Campos e Taís Araujo nos bastidores da gravação.  Foto: Manoella Mello

Ter um trabalho digno e ganhar a vida honestamente. É assim que Raquel (Taís Araujo), uma mulher alto astral e batalhadora, acredita ser o melhor caminho para vencer na vida, em "Vale Tudo", nova novela das nove da TV Globo. Filha única, Raquel foi criada com amor e atenção pelo pai Salvador (Antonio Pitanga) na casa que ele comprou com o suor do seu trabalho em Foz do Iguaçu, no Paraná. De uma retidão absoluta de caráter, Salvador é um homem íntegro que honra cada dia trabalhado na alfândega brasileira no Paraguai. 

Essa forma de levar a vida, valorizando a honestidade acima de tudo, foi passada a Raquel, que começa a trama como suplente de guia de turismo em um hotel simples da cidade. “A Raquel é essa mulher que vive no corre e que tem a ética, a honestidade e a dignidade como um norte na vida dela. É uma mãe solo, típica brasileira, que trabalhou muito para criar a filha, inclusive, abrindo mão dos seus próprios desejos”, define Taís Araujo. 

Criada sobre as mais rígidas regras de moral e ética, Raquel tenta educar a filha, Maria de Fátima (Bella Campos) da mesma forma. A jovem, no entanto, acha Foz do Iguaçu pequena para seus planos. Ambiciosa, ela tem uma visão completamente oposta à da mãe sobre o caminho para se vencer na vida e não mede esforços para ascender socialmente.  

Prestes a dar vida à sua primeira protagonista, Bella Campos comenta sobre a personagem: “A Maria de Fátima sonha grande e não mede esforços para alcançar o sucesso. Ao mesmo tempo, é uma personagem cheia de camadas, que carrega suas dores e vulnerabilidades, o que a torna tão fascinante. Ela faz escolhas que muitas vezes vão contra os valores das pessoas ao seu redor, o que gera bastante conflito. Mas o que mais me encanta nela é essa força, essa coragem de seguir em frente, mesmo que isso signifique enfrentar julgamentos”

Maria de Fátima é fruto do antigo casamento de Raquel com Rubinho (Júlio Andrade), um músico boêmio e sonhador, que vive de tocar seu piano em bares e restaurantes. Quando começa a trama, Rubinho mora no Rio de Janeiro e não vê a filha há dez anos, apesar de se falarem por mensagens e ligações em datas especiais. 

Com um golpe que deixa a mãe para atrás sem explicações, Fátima se muda para a cidade carioca em busca de dinheiro, fama, bajulação, e acaba se aproximando novamente do pai. Raquel, por sua vez, mesmo machucada, também se muda, na esperança de reencontrar e resgatar a índole da filha, que acredita ter sido mal influenciada. E, lá, precisa lutar para sobreviver. 

Com previsão de estreia em março, "Vale Tudo" é uma novela escrita por Manuela Dias, com colaboração de Aline Maia, Claudia Gomes, Márcio Haiduck, Pedro Barros e Sérgio Marques, baseada na obra de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères. A direção artística é de Paulo Silvestrini, direção geral de Cristiano Marques, direção de Augusto Lana, Fábio Rodrigo, Isabella Teixeira, Matheus Senra e Thomaz Cividanes. A produção é de Luciana Monteiro, a produção executiva de Lucas Zardo e a direção de gênero de José Luiz Villamarim. 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

.: Entrevista: Paulo Betti relembra o sucesso como Timóteo na novela "Tieta"


Sucesso como Timóteo em "Tieta", Paulo Betti comenta o trabalho na novela. Na imagem, 
Paulo Betti com a atriz Tássia Camargo, que interpretou a personagem Elisa. Foto: TV Globo / Bazilio Calazans

Dos muitos personagens cômicos que Paulo Betti interpretou em sua carreira, o Timóteo, da novela "Tieta", está entre os mais lembrados do ator pela personalidade malandra e pelos bordões. Na trama, Timóteo é marido de Elisa (Tássia Camargo), e dono de uma loja de tecidos que herdou do pai. Quando solteiro, levava uma vida boêmia e frequentava a Casa da Luz Vermelha, rotina que renunciou ao se casar, mas sua saúde cobrou uma conta: ficou fraco do estômago e, a cada situação complicada que enfrenta, tem ataques que o fazem desmaiar. 

Assim como a mulher, é vagamente infeliz no casamento. Nostálgico, manteve um único vínculo com a vida de antes: continua sendo um dos quatro Cavaleiros do Apocalipse, junto a Osnar (José Mayer), Ascânio (Reginaldo Faria) e Amintas (Roberto Bonfim), que se reúnem no Bar do Crescente para torneios periódicos de bilhar.

Paulo relembra o sucesso que o personagem fez entre o público com jeito único de falar. “O Timóteo era um personagem muito engraçado e com diversos bordões. 'Nos trinques’, eu me lembro que pegou muito. O outro era 'de jeito nenhum!'. E tinha também o jeito que ele pronunciava 'São Paulo' e ‘É lisa’. Foi um momento muito intenso da carreira e eu tinha um envolvimento muito forte com o personagem”. Livremente inspirada no romance "Tieta do Agreste", de Jorge Amado, a obra de Aguinaldo SilvaAna Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares cativou o público com seu humor irreverente, personagens e atuações inesquecíveis há 35 anos e segue viva no coração dos brasileiros. Na entrevista abaixo, Paulo Betti relembra um pouco mais sobre o trabalho em "Tieta".


Qual foi a sensação ao saber que "Tieta" iria voltar no "Vale a Pena Ver de Novo"? Gosta de rever trabalhos antigos?
Paulo Betti - Fiquei muito feliz com a notícia, porque foi um trabalho muito importante para mim. O Timóteo era um personagem muito engraçado e que fez muito sucesso na novela, com diversos bordões. "Nos trinques" eu me lembro que pegou muito. Outro era "de jeito nenhum!", e tinha também o jeito que ele pronunciava "São Paulo". Então, imagina, eu tinha três bordões na novela. Foi um momento muito intenso da carreira e eu tinha um envolvimento muito forte com o personagem. 
 

Como foi a repercussão do seu personagem, o Timóteo, na época?
Paulo Betti - O Timóteo marcou muito. Naquele verão, eu me lembro de os jornais falarem que foi o verão "nos trinques". Eu tenho guardada uma revista que escreveu "o verão nos trinques". E era o bordão do meu personagem, assim como o desejo dele ir para São Paulo, e o jeito dele falar “Élisa” (nome da personagem de Tássia Camargo), que também virou bordão.  

Quais as principais lembranças que guarda desse trabalho e da rotina de gravação?
Paulo Betti - Uma coisa muito curiosa é que o Timóteo não tinha troca de figurinos, ele usava sempre a mesma roupa, um colete e uma camisa de manga curta ou então só a camisa de manga curta. Eu me lembro do saudoso diretor Paulo Ubiratan dizendo que o personagem teria uma troca de roupa só. Outra coisa que também pegou no personagem foi que quando ele falava "nos trinques", ele fazia um gesto com a mão, esse gesto também fazia parte da composição do personagem. 


Como foi a parceria com o elenco?
Paulo Betti - Houve uma integração muito grande do elenco. Eu sou muito amigo da Tássia Camargo, que fazia o papel da Elisa. Até hoje a gente se entende muito bem. O ator Renato Consorte ficou o tempo todo de gravação da novela morando na minha casa, ele simplesmente não queria ir morar no hotel que tinha direito, pois vivia em São Paulo, preferia ficar comigo.
 

E quais são os seus projetos atuais? 
Paulo Betti - No momento eu estou fazendo a minha peça teatral, "Autobiografia Autorizada". Ao mesmo tempo estou fazendo uma turnê com "Os Mambembes", uma peça de teatro que percorre praças do Brasil. A gente vai com o ônibus, é um projeto muito bonito, que tem além de mim no elenco Cláudia Abreu, Júlia Lemmertz, Deborah Evelyn, Orã Figueiredo, Leandro Santana e Caio Padilha. Ao mesmo tempo está já em pré-venda o livro de "Autobiografia Autorizada", que é o texto da peça.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

.: Ney Latorraca: porque ele é um dos maiores atores de todos os tempos


Ney Latorraca caracterizado como o vampiro Vlad, Conde Vladymir Polanski. Foto: 
Nelson Di Rago 

Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

“Para sobreviver, eu preciso representar. Trabalhando é que eu sobrevivo”, declarou Ney Latorraca, falecido aos 80 anos, em 26 de dezembro de 2024, em uma das muitas entrevistas que concedeu. Não é exagero dizer que ele foi um dos maiores atores brasileiros de todos os tempos. A extensa trajetória na televisão, no teatro e no cinema deixou um legado que marcou gerações e consolidou o lugar dele no coração do público. O artista estava internado Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, desde o último dia 20 de dezembro. Ele foi diagnosticado com câncer de próstata em 2019 e deixa o marido, o ator Edi Botelho, com quem era casado há 30 anos. 

Desde cedo, demonstrou talento e paixão pelas artes. Filho de pais artistas, iniciou a trajetória artística ainda na infância, com participações na Rádio Record aos seis anos. Antonio Ney Latorraca nasceu em Santos, no dia 25 de julho de 1944. Filho de pais artistas - um crooner e uma corista - teve como padrinho de batismo o ator Grande Otelo e costumava dizer que “o ator já nasce ator”. Os pais dele trabalhavam em cassinos, até que o jogo foi proibido no país. Atuou no teatro estudantil e, aos 19 anos, passou no primeiro teste que fez para “Pluft, o Fantasminha”, de Maria Clara Machado. Teve sua primeira oportunidade profissional ao ser aprovado para o elenco da peça “Reportagem de Um Tempo Mau”, em 1965. Logo após a estreia no Teatro Arena, o governo militar proibiu o espetáculo e prendeu o elenco. 

Obrigado a voltar para Santos, Ney Latorraca se dedicou ao estudo de artes cênicas. Entrou para o Teatro da Faculdade de Filosofia de Santos (TEFF). No ano seguinte, ingressava na Escola de Arte Dramática da USP (EAD). Primeiro aluno da turma, formou-se com nota dez em drama e comédia, apadrinhado por Marília Pêra.  Enquanto estudava, Ney morava em pensão e trabalhava durante o dia. Durante esta época, foi bancário, balconista, gerente de loja de roupas e vendedor de joias. Ainda em 1969, encenou "O Balcão", de Jean Genet, dirigido por Victor Garcia. No ano seguinte, apresentou-se no musical "Hair"

Ney Latorraca estreou na televisão como figurante na TV Tupi e o primeiro papel de destaque foi na novela "Beto Rockfeller" (1968). A estreia na Globo aconteceu em 1975, em outro folhetim, “Escalada”, em que fez par romântico com Nathalia Timberg e deu o que falar a partir da história do romance entre uma mulher 15 anos mais velha que enfrentou muitas barreiras no Brasil daquela época. Polêmico, esse trabalho iniciou a trajetória de 50 anos de trabalho na emissora. 

Depois, brilhou como o rebelde Mederiquis de "Estúpido Cupido" (1976) e marcou época na novela “Vamp” (1991), quando interpretou o Conde Vlad, um dos vilões mais emblemáticos da teledramaturgia brasileira - que era para ser apenas uma participação especial e ficou até o fim devido ao talento do intérprete. 

Ney Latorraca, ao lado de Marco Nanini, marcaram a história do teatro brasileiro com a primeira montagem brasileira de "O Mistério de Irma Vap", com direção de Marília Pêra. O espetáculo estreou em 1986 e ficou em cartaz durante 11 anos consecutivos, o que garantiu a entrada no livro Guiness World Records. A peça ficou marcada por uma espécie de gincana de troca de figurinos feita pelos atores

De volta à televisão, os trabalhos humorísticos, como o "velho" Barbosa em “TV Pirata” (1988) e o Cornélio da novela "O Cravo e a Rosa" (2000), de Walcyr Carrasco. Voltou a interpretar um vampiro na novela "O Beijo do Vampiro" (2002). Na trama de Antônio Calmon, o mesmo autor de "Vamp", ele foi Nosferatu (Ney Latorraca), o grande rival e inimigo de Bóris (Tarcísio Meira), tendo como meta eliminar o seu reinado entre os vampiros. Em seguida, fez uma parceria hilária com Maitê Proença na novela "Da Cor do Pecado" (2004) que arrancou várias risadas dos telespectadores. 

No cinema, participou de filmes marcantes, como “O Beijo no Asfalto” (1980), dirigido por Bruno Barreto, com roteiro de Doc Comparato baseado na peça de Nelson Rodrigues, ao lado de Tarcísio Meira. Um de seus últimos trabalhos na TV Globo foi uma participação como Conde Vlad na série "Cine Holliúdy", em 2019. 

A trajetória do artista também foi de superação. De origem humilde, Ney Latorraca enfrentou desafios financeiros e sociais com resiliência e criatividade, transformando a arte em sua razão de viver. O humor refinado e a capacidade de encantar o público em papéis dramáticos ou cômicos o tornaram um artista completo. “Aprendi desde pequeno que precisava representar para sobreviver, o que nunca me deixou um trauma, pelo contrário. Sempre fui uma criança diferente das outras. Às vezes, eu tinha que dormir cedo porque não havia o que comer em casa. Então, até hoje, para mim, estou no lucro. Minha vida é sempre lucro”, analisava Ney Latorraca, alguém que sempre será lembrado como um artista único e grande ser humano.

.: Entrevista: Joana de Verona fala sobre a chegada de Filipa ao Brasil


Joana de Verona fala sobre a chegada de Filipa ao Brasil e os desdobramentos que sua personagem provoca na trama Filipa (Joana de Verona), magoada com Rudá (Nicolas Prattes), aceita o plano de Mavi (Chay Suede). Foto: Globo/ Manoella 
Mello

A chegada de Filipa (Joana de Verona) grávida ao Brasil vai movimentar a trama da novela das nove, "Mania de Você". Nos próximos capítulos, após Filipa ser rejeitada por Rudá (Nicolas Prattes), Mavi (Chay Suede) propõe uma parceria a portuguesa para se vingar do caiçara. Inicialmente, ela hesita e constata que Mavi é mesmo o manipulador que Rudá tanto alertou. Mas a revolta que sente é tanta que ela volta atrás e decide fechar uma parceria com o vilão para colocar o pai de seu filho de vez na cadeia, resultando em uma série de consequências que prometem mudar os rumos da história.


Fale da Filipa, como você a descreve?
Joana de Verona -
Uma mulher com personalidade forte, honesta com os seus desejos. Uma vez que é fisioterapeuta, é cuidadora nata e sabe ler as pessoas. Tem uma pulsão muito forte de conseguir o que deseja.

 
Como tem sido o retorno à novela, os bastidores de gravação?
Joana de Verona -
Tem sido ótimo, cenas intensas, dias bem preenchidos de gravações e uma equipe com quem gosto muito de trabalhar, que grande parte já conhecia da novela "Éramos seis", e tem muitas pessoas que estou gostando de conhecer.


O retorno de sua personagem vai movimentar bastante a história. Como você avalia esse retorno?Joana de Verona - Sim, vai. É um retorno em que a personagem traz inquietação e levanta questões. Vai separar personagens, vai fazer questionamentos, é um passado que reaparece para trazer reflexão e conflito.
 

Acredita que Filipa é uma vilã? Ou ela está agindo sem pensar, movida pelo sentimento de vingança?
Joana de Verona -
Ela não está agindo sem pensar. A vontade dela não é agir assim, ela quer recuperar o namorado e a relação feliz que tiveram juntos. Ela não é movida pela vingança, ela se vinga porque motor dela é a mágoa, o sofrimento que sentiu e sente. A falta de respeito e de honestidade do personagem Rudá com ela, faz com que Filipa se sinta abandonada, sozinha e enganada. Isso agregado à enorme frustação e desamparo que sente quando entende que não vai estar com ele novamente como casal, fazem com que ela perca a noção do bom senso, e ultrapasse um grande limite. E acabe tendo ações más, de ética duvidosa. Não creio que ela seja uma vilã na sua essência. Porém, ela também tem o seu grau de obsessão.

Acredita que ela pode se redimir no futuro?
Joana de Verona -
Talvez sim. Mas só o autor sabe. (risos)
 

O que o público pode esperar dos próximos capítulos da novela e das ações de Filipa?
Joana de Verona -
Pode esperar uma mulher que continua batalhando de diversas formas pela pessoa que ama, e que é o Pai do filho dela. Serão ações movidas por paixão, intensidade, alguma obsessão e esperança também, de não ter apenas o pai do filho, mas sim um companheiro, que traiu ela, que mentiu, que a fez sofrer após a ter abandonado, porém ela ainda quer se relacionar e construir família com ele.


terça-feira, 24 de dezembro de 2024

.: Entrevista: Arlete Salles recorda a personagem Carmosina, de "Tieta"


Arlete Salles recorda sua personagem em ‘Tieta’. Na imagem, as atrizes Arlete Salles e Betty Faria caracterizadas como Carmosina e Tieta. Foto: TV Globo / Bazilio Calazans

Um dos maiores sucessos da teledramaturgia brasileira, "Tieta" está de volta a partir do dia 2 de dezembro, no "Vale a Pena Ver de Novo". Arlete Salles, que viveu a boa-praça Carmosina, relembra o papel. “Era uma personagem doce, ingênua, mas tinha o seu defeito, que era abrir a correspondência alheia, para conhecer os segredos das pessoas. Era uma solteirona à espera de um amor que demorava”, relembra. Livremente inspirada no romance "Tieta do Agreste", de Jorge Amado, a obra de Aguinaldo SilvaAna Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares cativou o público com seu humor irreverente, personagens e atuações inesquecíveis há 35 anos e segue viva no coração dos brasileiros. 

Na trama, Carmosina é filha de Dona Milú (Miriam Pires) e grande amiga de Tieta (Betty Faria) desde a juventude, sendo uma das poucas que a defendia. Como uma agente dos Correios, usa o antigo e tradicional método do bico de chaleira para ler todas as cartas que chegam ou saem da cidade. Mas, embora seja a senhora de todos os segredos de Santana, se faz um "túmulo" quando necessário. Excelente cozinheira, culta e de grande caráter, também é sujeita a duras provações, como a sua longa solteirice e a paixão secreta que nutre.

Por ser uma novela ambientada no Nordeste brasileiro, na fictícia Santana do Agreste, as gravações traziam menos dificuldades para Arlete, natural de Pernambuco, que podia fazer uso do seu sotaque na produção. “A Carmosina foi uma personagem que me levou de volta para a minha terra. Sou nordestina e nesse trabalho tive a tranquilidade de liberar o meu sotaque, eu não precisava disfarçá-lo, era muito bom”, comenta a atriz. 


Qual foi a sensação ao saber que "Tieta" iria voltar no "Vale a Pena Ver de Novo"?
Arlete Salles - Eu recebi a notícia com muita alegria, foi uma bela surpresa. Fiquei contente de poder rever a Carmosina, uma personagem que deixou lembranças muito queridas no meu coração.


De que forma essa reprise mexe com você?
Arlete Salles Foi uma novela que fez muito sucesso e eu espero que ela consiga encantar e divertir o público outra vez. A trama tinha tópicos muito engraçados, até mesmo vindo da vilã Perpétua (Joana Fomm). E da própria Carmosina! Eu acho que a novela vai fazer uma apresentação bonita.

Como foi a repercussão da sua personagem, a Carmosina, na época?
Arlete Salles Foi muito bacana. Era uma personagem doce, ingênua, mas tinha o seu defeito, que era abrir a correspondência alheia, para conhecer os segredos das pessoas. Era uma solteirona à espera de um amor que demorava. Estou ansiosa para ver o percurso da personagem agora, com essa nova exibição.

Quais as principais lembranças que guarda desse trabalho e da rotina de gravação?
Arlete Salles A Carmosina foi uma personagem que me levou de volta para a minha terra. Sou nordestina e nesse trabalho tive a tranquilidade de liberar o meu sotaque, eu não precisava disfarçá-lo, era muito bom. Também me lembro de Bettinha (Betty Faria) fazendo a Tieta lindamente. Eu me lembro muito da Joana Fomm, que brilhou nessa novela, fez um trabalho incrível. Essas são algumas das lembranças que eu guardei desse trabalho.

Você se recorda da cena mais desafiadora que fez em 'Tieta'?
Arlete Salles Eu lembro de uma. A Carmosina era apaixonada pelo personagem Osnar, interpretado pelo José Mayer, e era uma paixão calada, sufocada. Mas um belo dia ela bebe em uma festa, encontra com ele e faz um grande desabafo, para a surpresa dele, que não sabia o que ocorria dentro do coração dela para gerar aquele descarrego.

E quais são os seus próximos projetos?
Arlete Salles Eu estou em turnê no espetáculo "Ninguém Dirá Que É Tarde Demais", escrito pelo meu neto, Pedro Medina. É um texto lindo, sensível, delicado, engraçado, e é uma delícia contracenar com Edwin Luisi, um grande ator e que tem um jogo bonito em cena. Depois dessa excursão que termina no ano que vem, eu vou descansar um pouquinho para pensar no próximo trabalho.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

.: Entrevista: Cássio Gabus Mendes comemora o retorno da novela "Tieta"


Em entrevista, ator relembra gravações e comenta sobre a importância da novela em sua vida. Foto: Globo/ Divulgação


"Tieta", uma das novelas mais assistidas da história da televisão brasileira vem fazendo sucesso TV Globo, no "Vale a Pena Ver de Novo". Livremente inspirada no romance "Tieta do Agreste", de Jorge Amado, a obra de Aguinaldo SilvaAna Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares cativou o público com seu humor irreverente, personagens e atuações inesquecíveis há 35 anos e segue viva no coração dos brasileiros. Cássio Gabus Mendes, que viveu um dos personagens mais importantes de sua carreira na novela, Ricardo, comemora a nova exibição da novela. “É importante uma reprise como essa. Uma obra-prima de Jorge Amado, adaptada com excelência e muito, muito talento pelo Aguinaldo Silva. É uma oportunidade de as novas gerações terem acesso”, comenta.

Na trama, Ricardo é filho de Perpétua (Joana Fomm) e irmão de Peto (Danton Mello). Jovem tímido, buscava viver uma juventude tranquila, mas como foi prometido aos céus por sua mãe, faz o possível para não a frustrar, seguindo então uma trajetória como seminarista. Por seu compromisso religioso, tenta não cair em tentação e procura se manter distante das mulheres. Ao mesmo tempo, é romântico, um leitor de clássicos, ligado em grandes amores. Em determinado momento da trama, seduzido, dá uma guinada na vida, deixando vir à tona o grande amante que é. Na entrevista abaixo, Cássio Gabus Mendes relembra um pouco mais sobre o trabalho em "Tieta". 


Qual foi a sensação ao saber que "Tieta" voltaria ao ar no "Vale a Pena Ver de Novo"?
Cássio Gabus Mendes - 
Foi uma sensação muito boa. É importante uma reprise como essa. Uma obra-prima de Jorge Amado, adaptada com excelência e muito, muito talento pelo Aguinaldo Silva. É uma oportunidade de as novas gerações terem acesso. Sei que hoje em dia temos o Globoplay, o Viva, e que a novela foi disponibilizada em ambos há um tempo, mas muitas pessoas não têm acesso às plataformas de streaming e canais pagos, por isso a TV aberta é sempre diferente, ela possibilita esse alcance. Quem já viu, vai poder rever, e quem ainda não assistiu, poderá conhecer agora esse primor de novela. Eu realmente acho que "Tieta" é uma das melhores novelas para se assistir, e com certeza uma das melhores que eu tive o privilégio de fazer.


Qual é a importância do Ricardo para a sua trajetória profissional?
Cássio Gabus Mendes - 
"Tieta" foi uma das novelas mais importantes que eu fiz. Tive o privilégio de ter sido convidado para participar e interpretar o Ricardo, um dos protagonistas, que é um personagem cheio de conflitos e atritos, o que foi muito valioso para mim. O Aguinaldo estruturou magnificamente a obra de Jorge Amado para a televisão, a história de todos os núcleos é muito rica. É uma novela que eu sempre gostei muito de ter feito, de assistir, é um prazer muito grande.


Você se recorda da sequência mais desafiadora que fez na novela?
Cássio Gabus Mendes - 
Eu começo a recordar com mais facilidade quando volto a rever o trabalho, o que eu vou tentar fazer agora com a reprise. Apesar de ser um prazer enorme fazer novela, o dia a dia de gravações é bastante trabalhoso. Todos os atores que fazem esse formato sabem como é. Mas um exemplo que eu lembro foram as sequências que tivemos que gravar nas dunas. Foram takes complicados. Assim como as cenas andando a cavalo, por conta do meu receio pessoal. Eu acho um animal lindo, maravilhoso, só tenho um pouco de receio. Mas não foi uma questão.


E quais são os seus próximos projetos?
Cássio Gabus Mendes - 
Estou voltando a fazer teatro agora. Fui convidado para a peça "Uma Ideia Brilhante" e os ensaios começam nos próximos dias. É uma comédia francesa, de Sébastien Castro, que atualmente está em cartaz em Paris e esse ano ganhou dois prêmios Molières, é um sucesso por lá. A peça vai ser dirigida por Alexandre Heineck, com produção do Sandro Chaim e no elenco também estão a Zezeh Barbosa, Suzy Rêgo e Ary França. Estreia no final de janeiro, no Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

.: Entrevista: Claudia Ohana comemora retorno de "Tieta" e relembra gravações


Atriz revela que, antes de receber o convite para a novela, estava se preparando para viver uma versão italiana da personagem; Foto: TV Globo / Bazilio Calazans

A novela "Tieta" está de volta nesta segunda-feira, dia 2 de dezembro, no "Vale a Pena Ver de Novo". Livremente inspirada no romance "Tieta do Agreste", de Jorge Amado, a obra de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares, que completou 35 anos em 2024, nunca saiu da memória do público. Claudia Ohana, que dá vida à protagonista homônima na primeira fase da novela, celebra a volta da obra. “Fico muito feliz em saber que uma nova geração vai assistir a essa novela que marcou época. Para mim, 'Tieta' só traz boas lembranças. Não sou de assistir aos meus trabalhos antigos, mas com certeza não vou resistir”, comenta a atriz.

A novela tem direção geral de Paulo Ubiratan e direção de Reynaldo Boury, Ricardo Waddington e Luiz Fernando Carvalho. Antes de retornar rica para Santana do Agreste, Tieta sofreu maus bocados, o que lhe trouxe muita experiência de vida e sabedoria. Bonita, vistosa, passional, mas também debochada, desbocada e rebelde, foi expulsa da cidade aos 18 anos. O comportamento da jovem acaba levando o pai, Zé Esteves (Sebastião Vasconcelos), irritado e influenciado pelas intrigas de sua outra filha, Perpétua (Adriana Canabrava), a escorraçar Tieta de Santana. Humilhada e abandonada pela família, ela segue para São Paulo, fugindo do conservadorismo de sua terra natal. Volta 25 anos depois com o firme propósito de se vingar de toda a hipocrisia da cidade. Na entrevista abaixo, Claudia Ohana relembra um pouco mais sobre o trabalho em "Tieta".

Qual foi a sensação ao saber que "Tieta" iria voltar no "Vale a Pena Ver de Novo"?
Claudia Ohana - Fico muito feliz em saber que uma nova geração vai assistir essa novela que marcou a época. Para mim, 'Tieta' só traz boas lembranças. As gravações nas dunas de Mangue Seco e esse personagem maravilhoso que é a Tieta em si. Não sou de assistir aos meus trabalhos antigos, mas com certeza não vou resistir!

Desde a exibição original da novela, há 35 anos, "Tieta" é lembrada como uma das protagonistas mais marcantes da teledramaturgia. A personagem-título era vistosa, sensual, passional, desbocada, obstinada, e na primeira fase, uma jovem rebelde. Como foi a experiência de dar vida a uma personagem com uma personalidade tão forte?
Claudia Ohana - Quando o diretor Paulo Ubiratan me chamou para fazer a Tieta, não pensei duas vezes. Eu já tinha estudado a personagem porque eu ia fazer o filme sobre ela na Itália, mas o projeto acabou não acontecendo. Então, quando veio esse convite, eu pude finalmente viver a minha Tieta, esse personagem icônico do Jorge Amado. Eu fiz de uma maneira bem simples, conforme o texto e a direção me induziam.

Você se recorda da cena mais desafiadora, e também a mais divertida, que fez na novela?
Claudia Ohana - As cenas rodadas em Mangue Seco foram tranquilas, lúdicas e maravilhosas. Lá tudo era muito mágico. Sobre a cena mais desafiadora, com certeza a da praça, onde Tieta é espancada pelo pai. Foi a cena mais forte que eu fiz na novela.

E quais são os seus próximos projetos?
Claudia Ohana - No momento estou com um espetáculo em São Paulo, "Toc Toc".

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

.: Autora do remake de "Vale Tudo", Manuela Dias está no "Provoca" de terça


O apresentador Marcelo Tas conversa no "Provoca" desta terça-feira (19/11) com a roteirista que representa a renovação da teledramaturgia brasileira, Manuela Dias. Autora da novela "Amor de Mãe", da série "Justiça", e agora do remake da histórica novela "Vale Tudo", ela fala que sempre quis fazer novela e que a televisão aberta não vai acabar, que acorda todos os dias para mudar o mundo, sobre a necessidade de atualizar o texto de "Vale Tudo", e muito mais. Vai ao ar na TV Cultura, às 22h00.

Tas começa a edição perguntando quem é ela e o que faz. “Eu acho que eu sou uma pessoa que acorda para mudar o mundo, todo dia”, diz Manuela. "Caramba, que tarefa é essa, hein?", indaga Tas. “Dos meus jeitinhos, né? Porque eu acho que mudar o mundo é uma coisa grande e pontual ao mesmo tempo. Então acho que tem a ver desde um plástico que você deixa de usar até a forma como eu vou escrever, até a forma como eu me alimento, até a forma como eu me divirto”, explica.

Em outro momento do bate-papo, a roteirista responde à pergunta de um internauta sobre o fim da TV aberta. “Jamais. Há um tempo, com o boom dos streamings, ficou uma sensação de que a TV ia morrer, e agora a gente está vendo que não (...) a maior audiência da televisão americana é o Super Bowl. Eles entregam uma vez por ano essa audiência, 30, 40 milhões, acho, de pessoas. A gente entrega isso todo dia a dia. Todo dia é um Super Bowl!”, diz.

"É preciso atualizar a novela 'Vale Tudo?’", pergunta Tas. “Muita coisa (...) existe tipo uma revolução, mesmo, na dramaturgia e na própria história, com 'H' maiúsculo, que a gente agora está muito em busca desse contraplano histórico. A gente cansou da história da princesa, e agora a gente quer a história da ama. E dar essa profundidade para essas pessoas que são tratadas no dia a dia como funções é essencial (...) a representação tem esse poder. Muita gente consegue ver a babá que trabalha na própria casa quando consegue ver a Dona Lurdes (...) ninguém quer ser uma função”, comenta.

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

.: Acabou o mistério: "Tieta" é a próxima novela do "Vale a Pena Ver de Novo"


Grande sucesso adaptado do romance 'Tieta do Agreste', de Jorge Amado, está de volta em dezembro. Betty Faria comenta o retorno da obra. Na imagem, Betty Faria como "Tieta". Foto: Globo/Divulgação

Uma das novelas mais assistidas da história da televisão brasileira, "Tieta" está de volta ao "Vale a Pena Ver de Novo" a partir de 2 de dezembro. Livremente inspirada no romance "Tieta do Agreste", de Jorge Amado, a obra de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares cativou o público com seu humor irreverente, personagens e atuações inesquecíveis. Em 2024, a novela completou 35 anos desde a primeira exibição, entre 1989 e 1990, e segue viva na memória afetiva dos noveleiros. Tanto que nas redes sociais muitos desejaram que a trama fosse a substituta de "Alma Gêmea" no horário. Dez pessoas que acertaram a obra como a próxima a ser exibida foram presenteadas com um aparelho de televisão pela TV Globo, em uma iniciativa que remete à cena icônica da volta de Tieta do Agreste a sua terra natal distribuindo televisores para a população.

Ambientada na fictícia Santana do Agreste, no Nordeste brasileiro, a trama começa quando Tieta, interpretada na primeira fase por Claudia Ohana, é escorraçada da cidade pelo pai, Zé Esteves (Sebastião Vasconcelos), indignado com o comportamento liberal da jovem e influenciado pelas intrigas de sua outra filha, Perpétua, vivida por Adriana Canabrava. Humilhada, ela segue para São Paulo e 25 anos depois, Tieta, agora interpretada por Betty Faria, reaparece em Santana do Agreste rica, exuberante e decidida a se vingar das pessoas que a maltrataram. No dia de sua chegada, ela diz que veio para ficar e acaba mudando a rotina de todos os moradores da pequena cidade.

Para incomodar a família, ela se envolve com o sobrinho, o jovem seminarista Ricardo (Cássio Gabus Mendes), filho de sua traiçoeira irmã Perpétua, agora vivida por Joana Fomm, cuja brilhante atuação fez da beata, que vivia em um eterno luto, uma das grandes vilãs da teledramaturgia. Os habitantes ainda se veem às voltas com a instalação de uma fábrica de dióxido de titânio na cidade, que, se por um lado trará desenvolvimento, por outro causará um forte impacto ambiental na região. Santana do Agreste, próxima de Aracaju e Salvador, estava parada no tempo até que Ascânio Trindade (Reginaldo Faria), que foi embora de lá quando jovem, volta com o objetivo de trazer o progresso e a civilização ao local. Ele se torna secretário da Prefeitura e, junto com Tieta, promove a modernização da cidade.

Comemorando a volta da obra que foi um grande marco em sua carreira, Betty Faria ressalta a personalidade visionária de Tieta como a característica que mais admirava. "Tenho orgulho do que ela representava. Tieta era muito moderna, hoje ainda é revolucionária. Era uma pessoa do bem, cheia de amor, que chega na cidade para ajudar a melhorar a situação, sempre trazendo ideias novas e derrubando preconceitos", define a atriz, que se emocionou quando soube que a novela seria reexibida no ''Vale a Pena Ver de Novo'. "Fiquei feliz demais porque é um trabalho que entrou no coração do público e ficou. Foi um grande sucesso da minha maturidade como atriz, que me trouxe muita felicidade, e uma novela exibida em muitos países, sempre muito bem-recebida", relembra.   

Betty encabeçava um elenco de peso, com interpretações memoráveis de personagens carismáticos e cheios de humor. Quem não se recorda de Tonha (Yoná Magalhães), Carmosina (Arlete Salles), Imaculada (Luciana Braga), Timóteo (Paulo Betti), Osnar (José Mayer), Coronel Artur da Tapitanga (Ary Fontoura), Modesto Pires (Armando Bógus), Dona Milu (Mirian Pires), Amorzinho (Lilia Cabral), Cinira (Rosane Gofman) e Bafo de Bode (Bemvindo Sequeira), entre outros? Foram muitos os bordões lançados em "Tieta". A começar pela protagonista e seu "Eta, lelê!". Dona Milú pontuava as frases com "Mistééério!". Tonha (Yoná Magalhães) se despedia com um divertido "Te-chau!". A expressão "Nos trinques!", usada por Timóteo (Paulo Betti) para demonstrar que algo estava do seu agrado, ganhou o Brasil. E Amorzinho (Lilia Cabral) gritava: "Ciniiiiiiira!" sempre que queria repreender a amiga interpretada por Rosane Gofman.

Além da trama, elenco, personagens, expressões e sotaques, a obra também tinha como pontos fortes, a caracterização, o figurino - mais de mil figurinos foram produzidos especialmente para a novela -, cenários - a fictícia Santana do Agreste, construída numa área de 10.000m2 em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, era composta por 46 prédios, duas igrejas, oito ruas, duas praças, um circo abandonado e quinze ruínas - e a trilha sonora.

"Tieta", interpretada por Luiz Caldas, foi o tema de abertura da novela. A trilha contava com sucessos de Fagner, Djavan, Roberta Miranda, entre outros artistas. A abertura, que misturava elementos da natureza com a beleza feminina, representada pela modelo Isadora Ribeiro, e encerrava com o nome da novela aparecendo escrito na areia da praia de Mangue Seco, também ficou marcada na memória de quem assistiu à novela.

Sucesso internacional, 'Tieta' foi transmitida no México, Chile, Guatemala, Peru, Portugal, República Dominicana e no Uruguai, entre outros países. Em 1996, Cacá Diegues produziu "Tieta" para o cinema, com Sônia Braga no papel principal, e Marília Pêra como Perpétua. Com estreia em 2 de dezembro, após o "Sessão da Tarde", "Tieta" é uma obra de Aguinaldo Silva, Ricardo Linhares e Ana Maria Moretzsohn livremente inspirada no romance 'Tieta do Agreste', de Jorge Amado. A novela tem direção geral de Paulo Ubiratan e direção de Reynaldo Boury e Luiz Fernando Carvalho.

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