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sexta-feira, 18 de abril de 2025

.: Festival serrote apresenta debate com jornalistas do The New York Times


O evento acontece nos dias 25 e 26 de abril no IMS Paulista. A programação inclui também uma mesa sobre desigualdade de gênero e a apresentação serrote ao vivo, que une leituras e música, com nomes como Amara Moira e Lilia Guerra. Na imagem, Kate Conger e Ryan Mac. Foto: divulgação


Nos dias 25 e 26 de abril, acontece a oitava edição do Festival serrote, organizado pela revista de ensaios do Instituto Moreira Salles. Com entrada gratuita, o evento será realizado no IMS Paulista, em São Paulo, e reunirá escritores, jornalistas e artistas para debates e apresentações sobre temas como as conexões entre política e redes sociais, as relações de gênero e as contradições enfrentadas pela classe média negra brasileira. Entre os participantes, estão os jornalistas do The New York Times Kate Conger e Ryan Mac, autores do livro "Limite de Caracteres: como Elon Musk Destruiu o Twitter", lançado em 2024 pela editora Todavia; os escritores Evandro Cruz Silva, Amara Moira e Lilia Guerra e a artista Tetê; entre outros.

A programação começa no dia na sexta-feira, dia 25 de abril, às 20h00, com a serrote ao vivo, uma edição especial da revista concebida para o palco, com leituras, música, performances e artes visuais. Esta edição terá apresentações das escritoras Amara Moira, Lilia Guerra e Maria Isabela Moraes e das artistas Emilia Estrada e Tetê. A banda Hurtmold é responsável pelo acompanhamento musical.

No sábado, dia 26 de abril, o evento terá três atividades. Às 15h00, a artista pernambucana Tetê e a antropóloga mineira Camila de Caux, vencedoras da última edição do concurso de ensaísmo serrote, conversam com Amara Moira sobre as vidas de personalidades que desafiaram barreiras de gênero ao longo da história, dos tempos do Brasil colônia até o século 21.

Às 17h00, será a vez de Kate Conger e Ryan Mac, repórteres de tecnologia do The New York Times, debaterem política internacional e redes sociais a partir da atuação do empresário Elon Musk. No livro-reportagem "Limite de Caracteres: como Elon Musk Destruiu o Twitter", publicado pela editora Todavia no Brasil em 2024, os dois reconstituem o polêmico processo de aquisição do Twitter por Musk, o homem mais rico do mundo. No festival, a dupla discutirá como o cenário descrito no livro foi atualizado com a chegada de Musk ao governo de Donald Trump. A mediação será da jornalista Natalia Viana, diretora executiva da Agência Pública.

O festival termina às 19h00 com a apresentação do monólogo teatral "Eu, Minhas Convicções e Um Moleque Preto com Arma na Mão", inspirado no ensaio homônimo do sociólogo e escritor Evandro Cruz Silva, publicado na serrote #44. A partir de um assalto que sofreu em Salvador, o autor reflete sobre as tensões entre ascensão social, racismo e o discurso da segurança. O ator Rafael Cristiano fará o monólogo, com direção de Lucas Mayor. Após a apresentação, Evandro e o diretor conversam com o público. 

A partir de um assalto que sofreu em Salvador, Evandro Cruz Silva reflete sobre as tensões entre ascensão social, racismo e o discurso da segurança. Foto: Luiza Sigulem 


Serviço Festival serrote
Sexta-feira e sábado, dias 25 e 26 de abril
Auditório do IMS Paulista
145 lugares
Entrada gratuita, com distribuição de senhas.
Para o dia 25 de abril, sexta | Distribuição de senhas 1 hora antes do evento, com limite de 1 senha por pessoa.
Para o dia 26 de abril, sábado | Distribuição de senhas para qualquer uma das mesas a partir das 12h. Limite de 1 senha por mesa para cada pessoa.
Evento com interpretação em Libras.
IMS Paulista
Avenida Paulista, 2424. São Paulo
Tel.: 11 2842-9120


Programação completa

25 de abril, sexta-feira
20h00 | serrote ao vivo, com Amara Moira, Emilia Estrada, Hurtmold, Lilia Guerra, Maria Isabela Moraes e Tetê

26 de abril, sábado
15h00 | Mesa Corpos transgressores, com Camila de Caux, Tetê e mediação de Amara Moira
17h00 | Mesa O mundo segundo Musk, com Kate Conger, Ryan Mac e mediação de Natalia Viana
19h00 | Eu, minhas convicções e um moleque preto com arma na mão: um monólogo. Evandro Cruz Silva (texto), Lucas Mayor (direção), Rafael Cristiano (atuação) e Gustavo Rocha (arte sonora). A apresentação será seguida por um debate com o autor e o diretor.


Sobre os participantes
Amara Moira (1985)
é escritora, ativista, professora de literatura e doutora em teoria literária pela Unicamp. É autora do romance "Neca" (Companhia das Letras), que teve um primeiro trecho apresentado no Festival serrote em 2018, e coordenadora do Museu da Diversidade Sexual, em São Paulo.

Camila de Caux (1982) é antropóloga, trabalha junto à etnia Araweté e com materiais de arquivo sobre os povos Tupi quinhentistas. Foi uma das ganhadoras do Concurso serrote em 2024 com o ensaio “Vestígios da Natureza” (#48). Publicou, com Eduardo Viveiros de Castro e Guilherme Heurich, o livro "Araweté: um Povo da Amazônia" (Sesc).

Emilia Estrada (1989) é artista visual, nasceu em Córdoba (Argentina) e vive no Rio de Janeiro. Seu trabalho investiga o território simbólico da América Latina, como no ensaio visual “O Interior É Uma Invenção das Beiras”, publicado na serrote #49.

Evandro Cruz Silva (1992) é sociólogo e escritor. Autor do romance "O Embranquecimento" e do livro de contos "Praia Artificial" (ambos pela Patuá). Foi um dos ganhadores do Concurso serrote em 2020, já publicou na revista “Orfeu Enfrenta o Genocídio Negro” (#35-36), “G de Genocídio” (#38) e “Eu, Minhas Convicções e Um Moleque Preto com Arma na Mão” (#44).

Lilia Guerra (1976) é escritora e trabalha como auxiliar de enfermagem em São Paulo. É autora de "O Céu para os Bastardos" e "Perifobia" (ambos pela Todavia).

Lucas Mayor (1982) é dramaturgo, diretor e professor em São Paulo. É autor dos livros de crônicas "Viagem ao Redor da Sala", "Little Italy" e "Coisas pelas quais Vale a Pena Viver" (todos pela Bar Editora).

Kate Conger (1989) é repórter do The New York Times e vive em São Francisco. Escreve sobre o antigo Twitter, hoje X, e seu proprietário, Elon Musk, e há mais de uma década cobre o setor de tecnologia. É autora de "Limite de Caracteres: como Elon Musk Destruiu o Twitter" (Todavia), com Ryan Mac.

Maria Isabela Moraes (1990) nasceu em Aracaju e vive em Porto Alegre, onde estuda escrita criativa. Foi uma das ganhadoras do Concurso serrote 2024, com “Memorabília” (#48). É autora de "Fraturas Repentinas" (edições blague) e trabalha em sua "Trilogia da Vertigem".

Natalia Viana (1979) é diretora executiva da Agência Pública e autora do livro "O Vazamento".

Ryan Mac é repórter de tecnologia do The New York Times e trabalha em Los Angeles. Passou mais de uma década cobrindo os ricos e poderosos do Vale do Silício, primeiro na Forbes e depois no BuzzFeed News. É autor de "Limite de Caracteres: como Elon Musk Destruiu o Twitter" (Todavia), com Kate Conger.

Tetê (1998) é poeta e artista visual, nasceu em Marabá (PA) e vive no Recife, onde estuda arquitetura e urbanismo. Foi uma das ganhadoras do Concurso serrote 2024 com “Políticas do Afeto” (#48) e já integrou antologias de arte e poesia (Garupa Edições, Propágulo).

quinta-feira, 17 de abril de 2025

.: Chimamanda Ngozi Adichie volta ao Brasil para lançar romance


Em junho, a escritora estará presente no evento "Fronteiras do Pensamento", em São Paulo, e também marcará presença na cerimônia de abertura da Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro. Foto: Manny Jefferson.


Após três anos desde a última passagem pelo Brasil, a escritora Chimamanda Ngozi Adichie retorna ao país em junho de 2025. Durante a visita, ela participará de encontros literários em São Paulo, no dia 16, como parte da programação do Fronteiras do Pensamento, e no Rio de Janeiro, no dia 13, para abrir oficialmente a Bienal do Livro Rio. Essas participações coincidem com o lançamento de seu novo livro, "A Contagem dos Sonhos", pela Companhia das Letras, o primeiro romance de Chimamanda em mais de dez anos.

Essa nova obra marca o reencontro da autora com a ficção de fôlego, após o sucesso mundial de "Americanah". Em "A Contagem dos Sonhos", ela se volta para a vida de quatro mulheres: uma autora de guias de viagem que revisita as próprias memórias; uma advogada bem-sucedida que enfrenta a dor de um coração partido; uma brilhante profissional das finanças na Nigéria em crise de identidade; e uma trabalhadora que cria com dedicação a filha nos Estados Unidos. Embora diferentes em classe social, vivências e personalidades, essas mulheres compartilham dores, sonhos e desejos que se entrelaçam profundamente.

Depois de publicar "Notas Sobre o Luto", uma homenagem ao pai falecido, Chimamanda mergulha agora em narrativas inspiradas na própria vivência com a perda da mãe - sendo uma das personagens baseada em uma história real. O resultado é um romance contemporâneo, emocionante e sensível, que explora as alegrias e os desafios de ser mulher, celebrando os laços da maternidade e da amizade. "A Contagem dos Sonhos" oferece uma análise poderosa sobre as escolhas que fazemos, as que nos são impostas, e as conexões entre mães e filhas em um mundo globalizado. A obra transborda emoção e é permeada por reflexões intensas sobre a natureza humana, apresentadas em uma linguagem ao mesmo tempo bela e impactante.

O romance levanta perguntas profundas: Para onde vão os anos se não vivemos plenamente? Como o tempo transforma a união entre duas almas? O que acontece quando alguém se despedaça por dentro? Até que ponto é preciso ser verdadeira consigo mesma para amar e permitir ser amada? Em busca de respostas, Chimamanda explora a essência do amor com sensibilidade e profundidade. Compre o livro "A Contagem dos Sonhos" neste link.


.: Mariana Salomão Carrara estará na Biblioteca do Sesc na próxima quinta


Mariana Salomão Carrara é um dos nomes mais celebrados da literatura brasileira contemporânea. Foto: divulgação.

Dentro da programação do projeto "Da Palavra ao Palco", a escritora Mariana Salomão Carrara lança o romance "A Árvore Mais Sozinha do Mundo" na próxima quinta-feira, dia 24 de abril, às 20h00, na Biblioteca do Sesc Santos. A mediação da conversa com o público, antes dos autógrafos, será do escritor e livreiro José Luiz Tahan, autor de "Um Intrépido Livreiro nos Trópicos - Crônicas, Causos e Resmungos".

Publicado pela editora Todavia em agosto do ano passado, "A Árvore Mais Sozinha do Mundo" gira em torno das nuances da convivência familiar e os desafios - sociais e climáticos - que assombram o trabalho com a terra. Nesta obra, Carrara se reafirma como uma das escritoras mais talentosas da nova literatura brasileira, abordando temas densos como a exploração do trabalho familiar e o abuso de agrotóxicos nas lavouras. 

O centro da trama de "A Árvore Mais Sozinha do Mundo" é ocupado por Guerlinda e Carlos, casal que vive com os filhos em uma pequena roça no Rio Grande do Sul e se dedica ao cultivo do tabaco. Na dura época da colheita, a mãe de Guerlinda é chamada para ajudar nos trabalhos, e sua chegada transforma os já desgastados contornos da rotina familiar.

Com uma escrita engenhosa, a autora joga com as formas narrativas e constrói um enredo a partir da visão de objetos que rodeiam a casa: o espelho lusitano na sala; a roupa de proteção que acompanha os filhos na lida com os defensivos agrícolas; a velha caminhonete Rural da família; e a árvore que observa tudo do alto, no quintal em frente à propriedade.  


Sobre a autora
Mariana Salomão Carrara nasceu em 1986, em São Paulo. Defensora pública, é autora de "Fadas e Copos no Canto da Casa" (Quintal Edições), "Se Deus me Chamar Não Vou" (editora Nós, indicado ao Jabuti 2020) e "É Sempre a Hora da Nossa Morte Amém" (editora Nós, indicado ao Jabuti 2022 e ao Prêmio São Paulo de Literatura 2022). Pela Todavia, publicou "Não Fossem as Sílabas do Sábado", vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura 2023 na categoria Melhor Romance.

Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida - Santos / SP. Telefone: (13) 3278-9800. Site do Sesc SP.  Instagram. Facebook. @sescsantos. YouTube /sescemsantos.

quarta-feira, 9 de abril de 2025

.: Monja Coen e Gustavo Arns promovem diálogo sobre felicidade em São Paulo


A partir da obra "Ser Feliz: é Possível? Um Diálogo entre Ciência e Espiritualidade", dois dos principais pensadores contemporâneos da atualidade, Monja Coen e Gustavo Arns recebem o público em sessão de autógrafos e compartilham experiências e reflexões que conectam ciência e espiritualidade de forma prática e inspiradora. O evento acontece no dia 16 de abril, a partir das 19h00, na Livraria da Alma, em São Paulo.

O ingresso de entrada é a compra do livro neste link. Monja Coen, missionária da tradição zen-budista, e Gustavo Arns, idealizador do Congresso Internacional de Felicidade, prometem uma imersão ousada e renovadora em busca da plenitude. Compre o livro "Ser Feliz: é Possível? Um Diálogo entre Ciência e Espiritualidade" neste link.


Sinopse de “Ser feliz: é Possível? Um Diálogo entre Ciência e Espiritualidade”
O livro é um convite ao autoconhecimento e à reflexão sobre como a felicidade pode ser construída a partir de escolhas conscientes, equilíbrio emocional e propósito de vida. Monja Coen explora a transitoriedade da felicidade, enquanto Gustavo Arns destaca como ela pode ser desenvolvida como uma habilidade. 


Sobre Alma Talks
Projeto de palestras que percorre todo o Brasil, reunindo dezenas de palestrantes para encontros transformadores sobre filosofia, psicologia, autoconhecimento, desenvolvimento humano e saúde mental. Agora, o projeto expande seu alcance internacionalmente, levando suas reflexões para novos públicos ao redor do mundo. Além das palestras, os encontros contam com a Livraria da Alma, que acompanha o projeto de forma itinerante. Com sede física em São Paulo, no bairro de Pinheiros, a livraria leva aos participantes um acervo cuidadosamente selecionado, permitindo que o conhecimento continue para além dos encontros.

Serviço: 
Lançamento – Ser feliz: É possível? Um diálogo entre ciência e espiritualidade
Data: 16 de abril
Horário: abertura das portas às 19h00 e início do evento às 20h00
Local: Livraria da Alma 
Endereço: R. Simão Álvares, 923 – Pinheiros – São Paulo (SP)
Ingressos: compra do livro, pelo site do Sympla. Vagas limitadas.

domingo, 6 de abril de 2025

.: Paulo Leminski será o homenageado da Flip e "Toda Poesia" revela o porquê


Neste ano, a Flip - Festa Literária Internacional de Paraty irá homenagear o poeta, romancista, compositor, biógrafo e ensaísta Paulo Leminski. O evento acontece de 30 de julho a 3 de agosto, mas você pode entrar no clima lendo a obra desse autor surpreendente, marcada pela experimentação e coloquialidade. Lançado pela Companhia das Letras em fevereiro de 2013, o livro "Toda Poesia" a obra poética completa revela - Entre haikais e canções, poemas concretos e líricos - por que Paulo Leminski é um dos poetas brasileiros mais lidos das últimas décadas. A capa do livro é de Elisa von Randow.

Paulo Leminski foi corajoso o bastante para se equilibrar entre duas enormes construções que rivalizavam na década de 1970, quando publicava seus primeiros versos: a poesia concreta, de feição mais erudita e superinformada, e a lírica que florescia entre os jovens de vinte e poucos anos da chamada "geração mimeógrafo".

Ao conciliar a rigidez da construção formal e o mais genuíno coloquialismo, o autor praticou ao longo de sua vida um jogo de gato e rato com leitores e críticos. Se por um lado tinha pleno conhecimento do que se produzira de melhor na poesia - do Ocidente e do Oriente -, por outro parecia comprazer-se em mostrar um "à vontade" que não raro beirava o improviso, dando um nó na cabeça dos mais conservadores. Pura artimanha de um poeta consciente e dotado das melhores ferramentas para escrever versos.

Entre sua estreia na poesia, em 1976, e sua morte, em 1989, a poucos meses de completar 45 anos, Leminski iria ocupar uma zona fronteiriça única na poesia contemporânea brasileira, pela qual transitariam, de forma legítima ou como contrabando, o erudito e o pop, o ultraconcentrado e a matéria mais prosaica. Não à toa, um dos títulos mais felizes de sua bibliografia é Caprichos & relaxos: uma fórmula e um programa poético encapsulados com maestria.

Este volume percorre, pela primeira vez, a trajetória poética completa do autor curitibano, mestre do verso lapidar e da astúcia. Livros hoje clássicos como Distraídos venceremos e La vie en close, além de raridades como Quarenta clics em Curitiba e versos já fora de catálogo estão agora novamente à disposição dos leitores, com inédito apuro editorial.

O haikai, a poesia concreta, o poema-piada oswaldiano, o slogan e a canção - nada parece ter escapado ao "samurai malandro", que demonstra, com beleza e vigor, por que tem sido um dos poetas brasileiros mais lidos e celebrados das últimas décadas. Com apresentação da poeta (e sua companheira por duas décadas) Alice Ruiz S, posfácio do crítico e compositor José Miguel Wisnik, e um apêndice que reúne textos de, entre outros, Caetano Veloso, Haroldo de Campos e Leyla Perrone-Moisés, "Toda Poesia" é uma verdadeira aventura - para a inteligência e a sensibilidade. Compre o livro "Toda Poesia", escrito por Paulo Leminski, neste link.


Sobre o autor
Paulo Leminski 
nasceu em Curitiba. Foi poeta, romancista, tradutor, compositor, biógrafo e ensaísta - além de faixa preta de judô. É autor de "Caprichos e Relaxos" e "Catatau", entre outros. Teve composições gravadas por artistas como Caetano Veloso, Ney Matogrosso, Arnaldo Antunes e Itamar Assumpção. Em 2013, a Companhia das Letras publicou "Toda Poesia", uma reunião de sua obra poética completa. Garanta o seu exemplar de "Toda Poesia", escrito por Paulo Leminski, neste link.


Ficha técnica
Livro "Toda Poesia"
Número de páginas: 424
Formato: 14.00 X 21.00 cm
Peso: 0.51 kg
Acabamento: livro brochura
Lançamento: ISBN: 978-85-3592-223-3
Capa: Elisa von Randow
Selo: Companhia das Letras
Compre o livro neste link.

sábado, 5 de abril de 2025

.: Japan House São Paulo em abril tem workshop e atividades literárias


Instituição apresenta programação gratuita ligada às temáticas das exposições "A Vida Que Se Revela" e "Princípios japoneses: design e recursos", além de atividades literárias e infantis.


Em abril, a Japan House São Paulo apresenta uma programação para todos os gostos, com atividades ligadas às exposições em cartaz “Princípios japoneses: design e recursos” e “A Vida Que Se Revela”, rodas de conversas sobre obras da literatura japonesa, e oficinas para todos os públicos. Pensando em proporcionar uma melhor experiência aos visitantes e evitar a necessidade de chegar com muita antecedência à JHSP para retirada de senha, a participação das sessões e atividades presenciais e gratuitas estão com uma nova dinâmica: agora os acessos acontecem a partir da validação de QRCode disponibilizado ao final da inscrição virtual na plataforma Hoppin, evitando esperas e filas. Mais informações sobre as inscrições estão disponíveis no site da instituição.

Abrindo a programação do mês, a JHSP promove visitas mediadas à exposição “A Vida Que Se Revela”, que acontecem nos dias 9, 23 e 30 de abril, às 11h00 e às 15h00; no dia 15, às 15h00; e nos dias 12 e 26 de abril, às 11h00. Durante as atividades, os participantes poderão conhecer mais sobre os trabalhos sensíveis das fotógrafas Tokuko Ushioda (1940) e Rinko Kawauchi (1972), que retratam seus cotidianos familiares de forma poética ao longo dos anos. As imagens presentes na exposição em cartaz no segundo andar da instituição, que foi prorrogada até 4 de maio, foram destaque no Festival Internacional de Fotografia KYOTOGRAPHIE 2024, reconhecido como um dos mais prestigiados eventos do gênero no Japão.

Em abril os visitantes também podem conhecer mais detalhes sobre a exposição “Princípios Japoneses: design e Recursos”, em cartaz no andar térreo, até 4 de maio. Nos dias 10, 17 e 24 de abril, a equipe do Educativo da JHSP realiza sessões às 11h00 e às 15h00; e no dia 19, às 11h00. Durante as visitas, os participantes poderão explorar os 16 projetos voltados para a sustentabilidade e o máximo aproveitamento de recursos e materiais, feitos por 14 criadores japoneses. Também serão abordadas iniciativas de valorização de técnicas tradicionais nipônicas, como o bashōfu (tecido feito a partir da fibra de bananeira), o aizome (técnica de tingimento natural com índigo) e o kayabuki (tradicionais telhados de casas japonesas feitos comumente de palha), além da importância do elemento mottainai na cultura japonesa, que pode ser traduzido como o “não desperdício” e norteia todo o conceito da exposição.

A exposição também apresenta ao público a “Paper Log House”, projeto do arquiteto japonês vencedor do prêmio Pritzker 2014 Shigeru Ban, pensada para servir como habitação temporária em situações emergenciais, como em casos de desastres naturais. Construída em colaboração com estudantes e voluntários, utiliza materiais de fácil acesso como tubos de papelão, madeiras e engradados de plástico. A versão apresentada na área externa da JHSP é baseada no modelo construído em Kobe após o Grande Sismo de Hanshi-Awaji de 1995.

Seguindo os exemplos presentes na mostra o Restaurante Aizomê, no segundo andar da JHSP, criou uma versão do korokke (croquete japonês) utilizando o okara, resíduo muito saboroso e rico em nutrientes obtido no processo de fabricação do tofu a partir do leite de soja, e que usualmente é descartado. A receita une os conceitos do mottainai com a valorização dos ingredientes disponíveis, propondo a utilização integral dos alimentos.

Para os amantes da fotografia e das artes cênicas, a dica é participar da “Experiência A vida Que Se Revela: Corpo, Imagem, Histórias”, no dia 5 de abril, às 10h30. Aqui o público é convidado a refletir sobre as fotografias da mostra “A Vida Que Se Revela”, por meio de práticas do teatro e da dança em um evento imersivo, compartilhando histórias a partir dos temas capturados nas imagens de Rinko Kawauchi e Tokuko Ushioda. Para participar da oficina presencial, é necessário realizar inscrição prévia pelo Hoppin.

Para as crianças, a JHSP oferece a “Oficina Infantil Shiori Ningyo: boneca de papel”, no dia 6 de abril, às 11h00 e às 14h00. Nesse encontro, a equipe do Educativo irá contar para os pequenos mais detalhes sobre as delicadas bonecas de papel “Shiori Ningyo”, utilizadas na decoração de cadernos e como marca-páginas. Os participantes também aprenderão a criar suas próprias bonecas, explorando padrões coloridos e formas, enquanto descobrem mais sobre essa figura da cultura japonesa. Para participar da experiência presencialmente, é necessária inscrição prévia pelo Hopping.

No dia 13 de abril, às 10h30, 10h50, 11h10, 11h30, 14, 14h20, 14h40 e 15h, a JHSP promove uma “Gincana do Arroz”, convidando crianças de todas as idades a conhecerem mais sobre o ciclo do arroz e do conceito mottainai. No Japão, cada parte do arroz tem um uso: os grãos alimentam, a palha pode ser usada para fazer telhados, e até sua casca pode ser reaproveitada em tingimentos. Para participar da experiência presencialmente, é necessária inscrição prévia pelo Hoppin.

Já para os amantes dos quadrinhos japoneses, a JHSP convida para mais uma edição do Ciclo de Mangá, que acontece no dia 12 de abril, a partir das 15h. Esse mês, o bate-papo abordará os detalhes da obra “Diário de uma cidade litorânea”, escrito e ilustrado por Akimi Yoshida, que narra a história de três irmãs que vivem juntas e, após a morte do pai, precisam aprender a conviver com a meia-irmã mais nova recém-chegada. A história aborda temas sobre o cotidiano japonês e sobre as pequenas mudanças na vida, e traça uma narrativa delicada sobre laços familiares. A atividade é recomendada para maiores de 16 anos. Para participar da experiência presencialmente, é necessária inscrição prévia pelo Hopping.

Ainda dentro do universo literário do Japão contemporâneo, a JHSP realiza o Clube de Leitura JHSP + Quatro Cinco Um, no dia 24 de abril, às 19h00. Sob mediação da diretora cultural da JHSP, Natasha Barzaghi Geenen, e do editor da revista literária Quatro Cinco Um, Paulo Werneck, o bate-papo irá discutir detalhes da obra “Neve de Primavera”, primeiro volume da tetralogia “Mar da Fertilidade”, do escritor Yukio Mishima. A história acompanha o jovem aristocrata Kiyoaki Matsugae em sua transição entre a escola e a faculdade, nos momentos finais da era Meiji e iniciais da era Taisho. 

A narrativa aborda temas recorrentes na ficção japonesa moderna, como questões de classe, religião, a ocidentalização e o contato com o estrangeiro, além de relacionamentos, amor, e diferenças geracionais causadas pelas guerras. Para participar da atividade virtual de qualquer lugar do mundo, é necessário realizar uma inscrição prévia gratuitamente pela plataforma Sympla. Todos os participantes do Clube podem adquirir o livro com 30% de desconto pelo site da Estação Liberdade usando o cupom JHSP451ABR25, válido até 26 de abril de 2025.

Para os amantes das artes manuais, o representante da Tsutsumi Asakichi Uruchi, empresa especializada na manufatura da laca japonesa (urushi), Takuya Tsutsumi, e o shaper e professor de marcenaria japonesa, Rodrigo Matsuda, ministram o Workshop de Hashi com acabamento em Urushi no dia 22 de abril, em duas sessões: às 10h30 e 15h30. Aqui o público poderá conhecer em detalhes essa resina natural, extraída da árvore da laca e nativa do continente asiático, que é utilizada há mais de 10 mil anos para envernizar utensílios e objetos de decoração de forma sustentável. Ao final da atividade, os participantes aprenderão o método fuki urushi (polimento com urushi), colocando em prática no acabamento de um hashi de madeira que poderão levar para casa. Para participar da experiência presencialmente, é necessário realizar inscrição prévia pelo Hopping.

Encerrando a programação do mês, no dia 24 de abril, às 17h00, a JHSP recebe o vencedor do 1° Masterchef Confeitaria Cesar Yukio durante a Palestra Viagem Sensorial com Cesar Yukio: Como a comida japonesa conta histórias e conecta pessoas. Durante o bate-papo, que acontece de maneira híbrida com transmissão pelo Youtube da Japan House SP, o Chef abordará assuntos como a adaptação de pratos japoneses no Brasil, as diferenças culturais e regionais que influenciam a culinária, e sua experiência como convidado do governo japonês pelo Programa de Convite ao Japão para os Descendentes de Japoneses da América Latina. Após a palestra, Cesar Yukio estará disponível para assinar o livro de sua autoria “Do Mundo ao Japão: Segredos da Confeitaria Yogashi”. Para participar da experiência presencialmente, é necessário realizar inscrição prévia pelo Hopping.


Serviço
Japan House São Paulo
Avenida Paulista, 52 - São Paulo/SP 
Horário de funcionamento: de terça a sexta, das 10h às 18h e sábados, domingos e feriados, das 10h00 às 19h00.
Entrada gratuita. Reserva online (opcional): https://agendamento.japanhousesp.com.br/  


Exposição “A Vida Que Se Revela”
Período prorrogado até 4 de maio de 2025
Exposição “Princípios Japoneses: design e Recursos”
Período: até 4 de maio de 2025


Visitas mediadas à exposição "A Vida Que Se Revela" (presencial) 
Dias 9, 23 e 30 de abril, às 11h00 e às 15h00; 16 de abril, às 15h00; e 12 e 26 de abril, às 11h00
Local: segundo andar da JHSP
Gratuito sem necessidade de inscrição prévia


Visitas mediadas à exposição "Princípios Japoneses: design e Recursos" (presencial) 
Dias 10, 17 e 24 de abril, às 11h00 e às 15h00; e 19 de abril, às 11h00
Local: andar térreo da JHSP
Gratuito sem necessidade de inscrição prévia


Experiência "A Vida Que Se Revela - Corpo, Imagem, Histórias" (presencial)
Dia 5 de abril, às 10h30
Duração: 120 minutos
Classificação indicativa: a partir dos 14 anos
Gratuito mediante inscrição prévia pelo Hopping. Vagas limitadas.


Oficina infantil "Shiori Ningyo: boneca de Papel" (presencial)
Dia 6 de abril, às 11h e 14h
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: crianças entre 4 e 12 anos acompanhadas por adultos
Gratuito mediante inscrição prévia pelo Hopping. Vagas limitadas.


Ciclo de Mangá (presencial)
Diário de uma cidade litorânea, de Akimi Yoshida
Dia 12 de abril, às 15h00
Duração: 90 minutos
Vagas limitadas. Participação mediante inscrição prévia pelo Hopping.
Participantes até 15 anos de idade devem estar acompanhados por um adulto responsável.

Gincana do Arroz (presencial)
Dia 13 de abril, às 10h30, às 10h50, às 11h10, às 11h30, às 14, às 14h20, às 14h40 e às 15h00
Duração: 45 minutos
Classificação indicativa: crianças entre 4 e 12 anos acompanhadas por adultos
Gratuito mediante inscrição prévia pelo Hopping. Vagas limitadas.


Workshop de Hashi com acabamento em Urushi (presencial)
Dia 22 de abril, às 10h30 e 15h30
Duração: 120 minutos
Classificação indicativa: a partir de 16 anos. Como a manipulação do urushi requer cuidados específicos, nesta oficina não serão admitidas crianças nem mesmo como acompanhantes.
Vagas limitadas. Participação gratuita mediante inscrição prévia pelo Hopping.

 
Clube de Leitura JHSP + Quatro Cinco Um (online)
"
Neve de Primavera", de Yukio Mishima
Dia 24 de abril, às 19h00
Duração: 90 minutos
Gratuito mediante inscrição obrigatória prévia no site.
Vagas limitadas.
Transmissão via plataforma Zoom. Acesso liberado aos inscritos via e-mail. 
Participantes do Clube de Leitura JHSP + Quatro Cinco Um têm 30% de desconto na compra do livro pelo site da Estação Liberdade usando o cupom JHSP451ABR25, válido até 26 de abril.


Palestra Viagem Sensorial com Cesar Yukio: Como a comida japonesa conta histórias e conecta pessoas
Dia 24 de abril, às 17h00
Duração: 60 minutos
Gratuito mediante inscrição obrigatória prévia no Hopping.
Transmissão simultânea via YouTube
Todas as atividades do Educativo da JHSP contam com incentivos do ProAC, Programa de Ação Cultural, lei de incentivo à cultura do estado de São Paulo.

sábado, 29 de março de 2025

.: Caetano W. Galindo lança "Na Ponta da Língua" no Museu da Língua Portuguesa


"Fala Falar Falares" tem curadoria da cineasta e cenógrafa DanielaThomas e do escritor e linguista Caetano W. Galindo. A mostra abre para o público está em cartaz no Museu da Língua Portuguesa. Foto: Wellington Almeida

Como parte da programação de abertura da exposição "Fala Falar Falares", o escritor e linguista Caetano W. Galindo lança o livro "Na Ponta da Língua", publicado pela Companhia das Letras, neste sábado, dia 29 de março, às 17h00, no Museu da Língua Portuguesa, localizado na Estação da Luz, em São Paulo. O livro propõe compartilhar instrumentos para que os leitores sejam investigadores da história da língua portuguesa tendo o corpo humano como base. Numa jornada que vai da cabeça aos pés, o autor ensina os processos históricos que explicam por que nosso pescoço deixou de ser "poscoço" e a ligação inusitada entre o joelho e uma almofada. Com curadoria da cenógrafa e cineasta Daniela Thomas e do próprio Galindo, a exposição fica em cartaz até setembro.

Enquanto o leitor se diverte com o humor constante da prosa de Galindo, que corre quase como uma performance cômica, mal se nota que se aprende os complexos mecanismos que regem as mudanças da língua ao longo dos séculos e os processos ocultos por trás da formação das palavras. Ao final da leitura, nunca mais se olhará um diminutivo "inho" da mesma forma. Uma aula magistral de etimologia sem a menor dor de cabeça - que, aliás, vem do latim capitia e tem a mesma origem de "chefe". O evento acontece no auditório do Museu da Língua Portuguesa, incluindo bate-papo com o autor e sessão de autógrafos. Neste dia, a visita ao museu é gratuita, então a dica é chegar mais cedo para conferir a exposição e esticar até o lançamento. Compre o livro "Na Ponta da Língua" neste link.

Já parou para pensar que o simples ato de falar é um superpoder da espécie humana? Para pronunciar uma única palavra, acionamos todo o corpo – o cérebro, os pulmões, as cordas vocais, a boca. Quando o som que corta o ar encontra outra pessoa, esta operação se completa na forma de uma conversa, de música ou de protesto. "Fala Falar Falares" é a nova exposição temporária do Museu da Língua Portuguesa. A mostra aborda a fantástica capacidade de se manipular o som a partir do corpo, sob uma perspectiva mais do que especial: a do português falado no Brasil e de sua variedade. 

“'Fala Falar Falares' é um mosaico de vozes e sotaques que celebram a diversidade do Brasil. No Museu da Língua Portuguesa, acreditamos que a língua é um espaço de encontro e de inclusão, onde todas as formas de falar têm seu lugar e sua importância”, afirma a diretora técnica da instituição, Roberta Saraiva. A exposição tem o objetivo de fazer o público pensar no quanto é especial a capacidade de falar – e, com a fala, criar música, cultura e se expressar de maneiras tão diferentes dentro da mesma língua.

Daniela Thomas explica que a ideia do percurso é provocar uma autoconsciência inédita para o público. “Se tudo der certo, o visitante deverá despertar-se para os inúmeros mecanismos e histórias envolvidas na própria ideia que faz de si mesmo, sempre mediada pela língua que usa para pensar, se comunicar e se identificar no mundo". A primeira parte é dedicada a mostrar como o fenômeno da fala acontece dentro do corpo a partir de coisas essenciais para a vida: o ar e a respiração. “O sistema da língua ‘rouba’ órgãos que não foram feitos para a fala, mas a gente está tão familiarizado com isso que não paramos para pensar o quanto é fascinante e maravilhoso”, diz Caetano W. Galindo.

Em uma das instalações, os visitantes serão convidados a usar um microfone que foi calibrado para captar apenas sons de pessoas respirando – e que está ligado a uma projeção de luz que pulsa conforme este som. Outra experiência mostra imagens captadas por uma máquina de ressonância magnética, onde é possível observar como se movimenta o interior de um corpo humano quando fala algumas frases conhecidas de canções brasileiras. Uma curiosidade é que essas imagens foram gravadas na Alemanha: a equipe da exposição descobriu a existência de um aparelho disponível e de um engenheiro brasileiro que topou se gravar enquanto entoava as frases escolhidas.

Assim, "Fala Falar Falares" começa a mostrara relação dos brasileiros com a língua portuguesa, expressa na exposição como uma grande celebração das diferentes formas de se falar em todos os cantos do país. O público vai encontrar os mais diversos sotaques em diálogo com experiências participativas que são uma das marcas do trabalho de Daniela Thomas em exposições. Depois disso, os visitantes poderão acionar com seus próprios movimentos a imagem de um corpo todo composto de informações a respeito da origem e da formação das palavras que dão nome aos nossos órgãos e membros.

Num outro momento, os visitantes vão se ver diante de um mapa-múndi que, com o Brasil cravado no centro da imagem, permite demonstrar os caminhos que certas palavras, escolhidas em uma mesa, tiveram que traçar até chegar ao nosso vocabulário cotidiano. “O Brasil é um caleidoscópio de diferenças”, afirma Galindo. E isso ficará bem demonstrado em um quiz em que os visitantes vão testar se conhecem mesmo os diferentes sotaques falados pelo Brasil afora. 

O quiz funciona a partir de vídeos gravados com dezenas de pessoas de todo o país. O desafio é ouvi-las e tentar adivinhar de onde são. Os curadores garantem: é muito mais difícil do que parece, demonstrando que os estereótipos sobre os sotaques brasileiros muitas vezes mascaram uma diversidade ainda maior. Em outro ponto da exposição, o público poderá ficar no centro de uma conversa entre doze pessoas de diferentes origens que falam de sua relação com língua, linguagem e sotaque. Em uma instalação circular, com telas de TV que retratam, cada uma, um interlocutor, os visitantes vão se surpreender com histórias de orgulho, pertencimento, estranhamento, humor e também de preconceito com determinados jeitos de falar.

Outra curiosidade: os diálogos foram gravados em grupos de quatro pessoas, mas a mágica da exposição fará a conversa parecer sincronizada entre os 12 participantes. A diversidade da língua portuguesa do Brasil se expressa também nos nomes dos 5.571 municípios brasileiros. Alguns deles poderão ser ouvidos nos elevadores de acesso à sala de exposições temporárias e estarão nas paredes da exposição, formando um poema com cerca de 500 nomes selecionados por Caetano W. Galindo entre os mais curiosos e encantadores.

Para os curadores a exposição deve provocar no público uma sensação de maravilhamento com a diversidade brasileira expressa através do simples ato de falar. "Fala Falar Falares" tem sua origem em uma experiência da exposição principal do Museu da Língua Portuguesa: "Falares", no terceiro andar, é uma coleção de depoimentos de pessoas de todo o Brasil, de diferentes idades, origens, religiões, etnias e profissões, que falam de sua relação com a língua portuguesa. Criada para a nova exposição principal, inaugurada em 2021, Falares é um rico retrato da diversidade brasileira que atravessa e é atravessada pela expressão oral.

O Museu da Língua Portuguesa é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo de São Paulo. A mostra conta com patrocínio máster da Petrobras e do Grupo CCR, por meio do Instituto CCR; patrocínio do Instituto Cultural Vale; apoio do Grupo Ultra e do Itaú Unibanco – todos por meio da Lei Rouanet. A temporada 2025 é uma realização do Ministério da Cultura.


Serviço
Exposição temporária "Fala Falar Falares"
De 28 de março a setembro
De terça a domingo, das 9h00 às 16h30 (com permanência até as 18h) R$ 24 (inteira); R$ 12 (meia)
Grátis para crianças até sete anos. Grátis aos sábados e aos domingos.
Venda de ingressos na bilheteria e pela internet neste link

Museu da Língua Portuguesa
Estação da Luz – Luz - São Paulo
Acesso pelo Portão A

.: Invenção, memória, resistência: grupo "Mulheres em Letras" lança antologia


Organizado pelo grupo liderado por Constância Lima Duarte, o livro "Escritoras Mineiras Contemporâneas – Invenção, Memória, Resistência" será lançado na Academia Mineira de Letras, após a apresentação da antologia por suas organizadoras. Evento gratuito


O livro "Escritoras Mineiras Contemporâneas – Invenção, Memória, Resistência" chegará às mãos dos leitores no próximo sábado, dia 5 de abril, a partir das 10h00. O livro organizado pelo grupo de pesquisa "Mulheres em Letras" (UFMG/CNPq) será lançado na Academia Mineira de Letras. O grupo foi criado em 2006, na Faculdade de Letras da UFMG, pela Prof.ª Dr.ª Constância Lima Duarte, e reúne mestres, doutoras e estudantes de pós-graduação. Na ocasião, autoras e algumas das homenageadas se reunirão para celebrar o lançamento da obra. 

Resultado dos esforços do Mulheres em Letras em se manterem pesquisando e divulgando a literatura de autoria feminina, a antologia traz ao público 22 textos que apresentam ensaios críticos e biobibliográficos de autoras contemporâneas nascidas ou radicadas em Minas Gerais. Algumas mais conhecidas do público, outras menos. De diferentes partes de Minas, com diferentes propostas de escrita. Apenas uma pequena amostragem da diversidade que constitui a literatura produzida por mulheres em Minas Gerais.


Nas trilhas literárias de Minas
Dividida por temática, a antologia se desdobra em três abordagens, cujas textualidades fazem emergir sentidos da existência/resistência feminina na literatura. Em “Cartografias da Memória”, encontram-se autoras que tratam a memória como o fio condutor para sua obra, como Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Flávia de Queiroz Lima, Carmem Quintão de Castro, Luciana Pimenta, Rachel Jardim e Jussara Santos. Em “Paisagens íntimas” reúnem-se textos sobre autoras que revelam ao leitor outra marca da literatura produzida em Minas, o intimismo, como Angélica Amâncio, Lina Tâmega, Stella Maris, Rita Schultz, Paula Pimenta, Dagmar Braga e Simone Teodoro. Já em “Geografia da Linguagem”, a obra aborda a construção literária de Ana Martins Marques, Ana Elisa Ribeiro, Nívea Sabino, Maria Zélia Vale de Oliveira, Alice Spíndola, Cidinha da Silva, Madu Costa e Patrícia Santana, evidenciando a potencialização da palavra encarnada em letras e imagens, sensações e trajetórias.

Para as organizadoras da obra, integrantes do Mulheres em Letras, diversas razões significativas motivam o grupo a organizar uma antologia de mulheres. Elas destacam que "as mulheres, historicamente, ficaram de fora das antologias na historiografia literária, mesmo tendo uma produção importante. Esse, por si só, seria um motivo que justifica nosso interesse nesse trabalho. Contudo, outras questões se apresentam quando realizamos pesquisas sobre autoria feminina. Muitos nomes de mulheres escritoras ainda são pouco conhecidos, muitas são as dificuldades de publicar, de distribuição e de reconhecimento". O evento de lançamento de "Escritoras Mineiras Contemporâneas – Invenção, Memória, Resistência" será aberto ao público. A Academia Mineira de Letras fica na Rua da Bahia, 1466.


Escritoras contempladas
Alice Spíndola; Ana Elisa Ribeiro; Ana Martins Marques; Angélica Amâncio; Carolina Maria de Jesus; Carmem Quintão de Castro; Cidinha da Silva; Conceição Evaristo; Dagmar Braga; Flávia de Queiroz Lima; Jussara Santos; Lina Tâmega; Luciana Pimenta; Madu Costa; Maria Zélia Vale de Oliveira; Nívea Sabino; Patrícia Santana; Paula Pimenta; Rachel Jardim; Rita Schultz; Simone Teodoro; e Stella Maris Rezende.


Instituto Unimed-BH
O Instituto Unimed-BH completou 21 anos em 2024 e conta com o apoio de mais de 5,7 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. A associação sem fins lucrativos foi criada em 2003 e, desde então, desenvolve projetos socioculturais e socioambientais visando à formação da cidadania, estimulando o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentando a economia criativa, valorizando espaços públicos e o meio ambiente, através de projetos patrocinados em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.


Serviço
Apresentação e lançamento da antologia "Escritoras Mineiras Contemporâneas – Invenção, Memória, Resistência" (Ed. Toda Voz, 2025)

Organizadoras: Constância Lima Duarte; Ângela Laguardia; Imaculada Nascimento; Kellen Benfenatti Paiva. Grupo de Pesquisa Mulheres em Letras (UFMG/CNPq).
Data: 5 de abril, às 10h00
Local: Academia Mineira de Letras [Rua da Bahia, 1466 - Centro, Belo Horizonte

quarta-feira, 26 de março de 2025

.: A Feira do Livro anuncia primeira leva de autores convidados


Em sua quarta edição e de volta ao feriado de Corpus Christi, o festival literário paulistano levará ao Pacaembu destaques nacionais e internacionais da literatura, da poesia e da não ficção para debates gratuitos e encontros com o público. Mais novidades serão divulgadas nas próximas semanas. Foto: Filipe Redondo


A Feira do Livro, festival literário a céu aberto realizado pela Associação Quatro Cinco Um e pela Maré Produções, anuncia a sua primeira leva de autores confirmados para a sua quarta edição, que vai acontecer de 14 a 22 de junho, na praça Charles Miller, no Pacaembu, em São Paulo. Criado em 2022 a partir de contribuições de editores e livreiros, o festival literário paulistano é realizado com apoio da Lei Rouanet – Incentivo a Projetos Culturais, da Prefeitura de São Paulo, de patrocinadores como CCR e Itaú, de apoiadores como Pinheiro Neto Advogados, além de parceiros institucionais como o Museu do Futebol e dos mais de 150 expositores que se reunirão durante os nove dias de debates e atividades gratuitas em torno da cultura do livro. Segundo o editor Paulo Werneck e o arquiteto Álvaro Razuk, organizadores de A Feira do Livro, o retorno do evento ao feriadão de Corpus Christi promete “uma edição histórica” do festival. 

A programação oficial é realizada simultaneamente em dois pontos: o Palco da Praça, montado diante da fachada histórica do Estádio do Pacaembu, num espaço normalmente destinado ao estacionamento de carros, e no Auditório Armando Nogueira, que integra o Museu do Futebol, parceiro d’A Feira do Livro desde a primeira edição. Além dos dois palcos, que têm entrada gratuita, outros três espaços menores, espalhados por mais de 15 mil metros quadrados, abrigam a programação paralela, que é pautada pelos expositores: os Tablados Literários. Esses espaços terão sua programação divulgada no final do mês de abril.

Autoras e autores
Entre os 40 autores e autoras anunciados agora — número que corresponde a cerca de um quarto da lista final — estão destaques da literatura brasileira e internacional de diferentes gêneros literários, origens e sensibilidades. 

A Feira do Livro 2025 promete ser palco de grandes encontros entre o público e os mais queridos escritores de ficção e de não ficção, além de nomes referenciais da cultura brasileira. Estão na lista inicial de autores as romancistas Aline Bei, Amara Moira, Bia Bracher, Tati Bernardi e Veronica Stigger, os romancistas Edyr Augusto, Ignácio de Loyola Brandão, Marcelo Rubens Paiva e Oscar Nakasato, os cronistas Cidinha da Silva e Ricardo Terto, o contista Vinicius Portella, a filósofa Marilena Chaui, o médico e escritor Drauzio Varella, o ator e escritor Lázaro Ramos, o economista e filósofo Eduardo Giannetti — e até mesmo um defunto autor, Machado de Assis, cujo aniversário de nascimento será celebrado numa mesa com o crítico Hélio de Seixas Guimarães.

A poesia contemporânea brasileira será um dos principais eixos da curadoria, com a presença confirmada de nomes como Adriana Lisboa, Cuti, Leonardo Fróes, Laura Liuzzi, Paloma Vidal e Paulo Henriques Britto. A lista de nomes estrangeiros traz uma forte presença de autores portugueses, como a romancista Lídia Jorge, o escritor Afonso Cruz, a jornalista e romancista Alexandra Lucas Coelho e o historiador Fernando Rosas. Entre os autores de língua espanhola que estarão no festival literário paulistano estão a chilena Lina Meruane e o argentino Pedro Mairal. Dos Estados Unidos, vem a geógrafa Ruth Wilson Gilmore. Mais autores e autoras estrangeiros serão divulgados nas próximas semanas. 

Autores de livros de não-ficção que discutem temas da cultura e da sociedade brasileira a partir de obras influentes levarão para A Feira do Livro um panorama das ideias e debates urgentes para o país: a jornalista Aline Midlej e o empreendedor social Edu Lyra, autores de um livro sobre a inovação e o combate à pobreza; a maternidade e a vida em família, com a atriz e escritora Martha Nowill; a preservação do meio ambiente nas cidades e nos biomas brasileiros, com o botânico e paisagista Ricardo Cardim; a alimentação e a vida em comunidade, com a nutricionista Neide Rigo; as relações de gênero no ambiente profissional e na vida privada, com a advogada Mayra Cotta; o lugar das religiões no Brasil de hoje, com o teólogo Ronilso Pacheco; e a educação, com a educadora e romancista Lavínia Rocha e a psicanalista e romancista Elisama Santos. O pensamento indígena, destaque n’A Feira do Livro desde a primeira edição, será abordado este ano pelo escritor Yamaluí Kuikuro Mehinaku. 

Como ocorreu nas edições anteriores d’A Feira do Livro, a curadoria aposta na pluralidade de ideias, gerações e pontos de vista, buscando uma mistura entre perspectivas culturais, raciais, intelectuais, sociais e literárias. Segundo Werneck, a ideia é fornecer um apanhado do melhor da produção editorial brasileira na ficção, na poesia e na não ficção. “Sendo o festival literário de São Paulo, desde a primeira edição temos uma atenção à multiplicidade de vozes e também aos autores paulistanos. Este ano estamos felizes em anunciar a presença de um grupo representativo dos escritores que nasceram ou fizeram sua carreira na cidade, ou a representaram em seus livros.” Nativos ou adotivos, já foram anunciados na brigada paulistana d’A Feira os escritores Ignácio de Loyola Brandão, Bia Bracher, Tati Bernardi, Oscar Nakasato, Marcelo Rubens Paiva, Ricardo Terto, Neide Rigo, Ricardo Cardim, Martha Nowill, Cidinha da Silva, Marilena Chaui e Amara Moira.


Bibliodiversidade e democracia
Em 2024, mais de 170 autores se apresentaram nos nove dias de festival, com um público auditado de 64 mil pessoas. Segundo os organizadores, a expectativa é que em 2025 esses números sejam superados com a inauguração de novos núcleos de programação e o retorno ao feriadão de Corpus Christi — o que não foi possível em 2024 em razão das obras na praça. Com o público extra que o feriadão deverá proporcionar, os organizadores estimam que A Feira do Livro poderá atrair até 110 mil pessoas durante os nove dias de atividades. “Teremos mais dias livres para o público fruir A Feira do Livro e esperamos um público recorde”, afirma Werneck. Nas próximas semanas a organização deverá divulgar mais nomes confirmados. 

Além de ficção e poesia, a programação final terá entre seus principais eixos os 40 anos da redemocratização no país. “Se em 2024 lembramos os 60 anos do Golpe de 1964, em 2025 vamos celebrar o retorno da democracia, que teve na mesma praça Charles Miller um de seus palcos mais importantes”, diz Werneck. “A Feira do Livro chega em sua 4ª edição com enorme adesão do público, imprensa e mercado editorial. Um exemplo notável de uso do espaço público por pedestres, de forma segura e gratuita. Um grande exercício de cidadania”, completa Razuk. 

Uma das grandes manifestações pelas Diretas foi realizada no Pacaembu, no mesmo local onde se realizaria A Feira do Livro quatro décadas depois. A desigualdade brasileira, a sustentabilidade ambiental, a divulgação científica, a produção infantojuvenil, a cultura afro-brasileira são outros eixos da programação. Já estão confirmados até o momento cerca de 150 expositores, entre editoras, livrarias e instituições ligadas ao livro e à leitura. O perfil diverso dos expositores, que vão das editoras multinacionais às artesanais, com ênfase nas independentes, mostra o bom momento cultural do mercado editorial brasileiro, que vive uma efervescência com novas editoras, livrarias, coleções, clubes de leitura e autores. A Feira do Livro reflete esse dinamismo e o empreendedorismo do setor. 

Segundo Paulo Werneck, A Feira do Livro busca demonstrar a relação direta entre bibliodiversidade, circulação de livros e democracia. “Falar sobre livros em espaço público e a céu aberto, sem cobrança de entrada e diante de um patrimônio histórico tão importante para o Brasil, mostra o espírito de cultura democrática que buscamos durante esses nove dias”, diz Werneck.

A prática democrática também está na arquitetura d’A Feira do Livro, que vai trazer mais novidades e aprimoramentos, a serem divulgados em detalhes nas próximas semanas, como a inauguração de um palco voltado para os autores infantojuvenis. A equipe do arquiteto Álvaro Razuk elaborou o projeto a partir de uma escuta dos expositores e do público, buscando aperfeiçoar a experiência de todos e corrigir os problemas apontados nas edições anteriores. Segundo a organização, ter adiantado o início dos trabalhos em alguns meses em relação à edição anterior vai trazer melhorias em todos os setores, da programação de autores à arquitetura. 

A presença dos autores anunciados nesta leva tem apoio das editoras Autêntica, Arquipélago, Bazar do Tempo, Boitempo, Companhia das Letras, DBA, Dublinense, Fósforo, Editora 34, Global, Olhares, Planeta, Record, Relicário, Tinta-da-China Brasil, Todavia e Ubu, além do Instituto Camões, do Instituto Cervantes e da Bienal do Rio. 

Em 2025, A Feira do Livro reafirma sua relevância no cenário de eventos literários do país, com o patrocínio do Grupo CCR, por meio do Instituto CCR, pelo segundo ano, e do Itaú, pelo terceiro ano consecutivo. Nesta edição, destacamos ainda a chegada do Pinheiro Neto Advogados como novo apoiador e a seleção no edital Petrobras Cultural, com o patrocínio em fase final de negociação. Em 2024, A Feira do Livro teve patrocínio do Grupo CCR, do Itaú Unibanco e Rede, da TV Brasil e da Rádio Nacional de São Paulo. 

A Feira do Livro é uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet – Incentivo a Projetos Culturais, Associação Quatro Cinco Um, organização sem fins lucrativos dedicada à difusão do livro e da leitura no Brasil, Maré Produções, especializada em exposições e feiras culturais e em parceria com a Prefeitura de São Paulo.

terça-feira, 18 de março de 2025

.: Focado na cultura africana, livro é escolhido para exposição em Bolonha


O Grupo Ciranda Cultural marca presença na Feira do Livro Infantil de Bolonha 2025 com a seleção do livro "Antes que o Mar Silencie", lançado pelo selo Principis, para a exposição BRAW Amazing Bookshelf. A obra, de autoria do poeta baiano Lucas de Matos, se une a uma curadoria global de 150 livros infantis na categoria especial de sustentabilidade, que enfatiza os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU. O livro estará exposto no Hall 30 da feira, entre os dias 31 de março e 3 de abril. 

Os poemas de Antes que o mar silencie convidam o leitor a refletir sobre identidade, existência e meio ambiente, explorando um letramento socioambiental pautado pela cultura baiana e afrodescendente do autor. Além da BRAW Amazing Bookshelf, a Ciranda Cultural levará esta e outras obras para o estande coletivo do Brasil. 

“É uma alegria imensa ter o reconhecimento internacional para o meu livro, sobretudo numa lista que enfatiza livros relacionados à sustentabilidade, tema basilar para os nossos tempos”, expressa Lucas de Matos. “É mais uma maneira de colocar a arte e, neste caso, a poesia, a serviço da humanidade. Espero que o livro alcance ainda mais pessoas com este marco”, completa. 

O projeto gráfico do livro também se destaca pelo trabalho artesanal da designer Natália Calamari, que criou uma fonte exclusiva para o título inspirada na arte africana dos adinkras. As ilustrações são resultado de um processo de corte a laser em madeira MDF e tinta tipográfica. Compre o livro "Antes que o Mar Silencie" neste link.


Sinopse de "Antes que o Mar Silencie"
Assim como o mar, a escrita de Lucas de Matos tem uma força e um movimento belo, pedagógico e ancestral que nos instiga tanto a boiar na calmaria quanto a mergulhar no agito das suas ondas-palavras. Antes que o mar silencie é um chamado para atentar questões de ser e estar, a partir de versos cheios de ousadia, consciência de si e letramento socioambiental. Vale a pena tirar as boias e se jogar nesse mar poético encantador de um poeta que exala sede de vida. Mergulhemos nessas águas! Garanta o seu exemplar de "Antes que o Mar Silencie" neste link. 


Serviço
BRAW Amazing Bookshelf na Feira do Livro Infantil de Bolonha
Data: 31 de março a 3 de abril
Local: Bolonha, Itália
Contato: +39 051 282 242 / bookfair@bolognafiere.it
Mais informações: https://www.bolognachildrensbookfair.com/ 

domingo, 16 de março de 2025

.: “É Nós”: o polifônico grito poético que transcende máscaras e fronteiras


Wagner Ramos Campos lança obra visceral no Salão do Livro de Genebra e promete cativar leitores com sua poesia de vozes múltiplas e pulsante relevância social.

A voz poética do carioca Wagner Ramos Campos transcende fronteiras culturais e geográficas com o lançamento de “é nóS”, publicado pela Helvetia Edições. A obra será apresentada ao público internacional no prestigiado Salão do Livro de Genebra, nos dias 21 e 22 de março, onde o autor também concorrerá ao prêmio Talentos Helvéticos brasileiros. Após essa estreia, o poeta trará o livro para o Brasil com eventos no Rio de Janeiro em abril.

Mais do que um livro de poesias, “é nóS” é uma experiência literária que desafia o leitor a percorrer as nuances de um monólogo polifônico dividido em três atos: "Voz do Banzo", "Voos da Folia" e "Vós do Cativeiro". Com cadências que oscilam entre a oralidade coloquial e a complexidade imagética, a obra descortina reflexões intimistas e sátiras sociais, em um misto de humor sarcástico, engajamento político e lirismo pungente.

Wagner, que reside na Itália, descreve o livro como resultado de uma disciplina criativa desenvolvida durante os lockdowns da pandemia. “Foi um processo de autodescoberta e resistência” , explica ele. Entre as diversas inspirações que moldaram sua escrita estão a ancestralidade brasileira, a música e autores como Mário Quintana, Fernando Pessoa e Conceição Evaristo.

Com “é nóS”, Wagner Campos não só entrega poesia, mas também um convite ao leitor para desatar os nós da linguagem e da vida, explorando o espírito de coletividade que permeia sua obra. A escolha do título reflete essa plurissignificação: um jogo entre máscaras, identidade e o entrelaçar de vozes como fios de uma corda, ou como um bloco de carnaval que pulsa em união.


Serviço:
Agenda de Lançamentos do livro "é nóS"
Autor: Wagner Ramos Campos
Editora: Helvetia Editions

Evento internacional:
Salão do Livro de Genebra
Datas: 21 e 22 de março
Local: Palexpo, Genebra, Suíça

Lançamentos no Brasil:
12 de abril: Bairro Araújo, Campo Grande (RJ)
Lançamento em livraria tradicional do Rio de Janeiro com data a definir

.: "Encontro com os Escritores" recebe o físico George Matsas


Evento será realizado em 18 de março na Biblioteca Mário de Andrade, na região central de SP, e terá entrada gratuita; inscrições prévias podem ser feitas pelo site da Universidade do Livro. Imagem: Equipe de Arte / FEU com ACI Unesp


Na abertura da temporada de 2025, a série "Encontro com os Escritores" receberá na próxima terça-feira, 18 de março, às 19h00, o físico George Matsas, professor do Instituto de Física Teórica (IFT) da Unesp, para discorrer sobre os buracos negros, o avanço do conhecimento humano e da forma como entendemos o universo. O evento mantém este ano a parceria com a Biblioteca Mário de Andrade, na região central de São Paulo. A entrada é gratuita, mediante inscrição prévia, e o evento inclui sessão de autógrafos com o autor.

Matsas é coautor do livro "Buracos Negros: rompendo os Limites da Ficção", ao lado de André Landulfo e Daniel Vanzella. O professor titular do IFT vai compartilhar com o público parte das reflexões feitas na obra, situar as mais recentes descobertas científicas sobre esses enigmas cósmicos e explorar desde as origens do conceito de gravidade até as teorias revolucionárias de Albert Einstein. Além disso, George Matsas pretende abordar os debates contemporâneos relacionados envolvendo renomados cientistas, tais como Stephen Hawking, John Preskill e Kip Thorne.

A mediação desta edição do Encontro com os Escritores será realizada pelo jornalista Pablo Nogueira Gonçalves Diogo, editor-chefe do Jornal da Unesp e especializado na cobertura de ciência. As inscrições prévias para o evento podem ser feitas pelo site da Universidade do Livro, braço educacional da Fundação Editora da Unesp (FEU). 

O objetivo do programa "Encontro com os Escritores" é reunir autores e leitores para aprofundar discussões sobre produção e leitura de livros no Brasil, além de refletir sobre os temas de cada obra. A série já recebeu os escritores Ana Maria Machado, Cristovão Tezza, Ignácio de Loyola Brandão, Laerte e Luiz Gê, Laurentino Gomes, Luis Fernando Verissimo, Maria Valéria Rezende, Marina Colasanti, Mary Del Priore, Milton Hatoum, Milton Jung, Pedro Bandeira, Rodrigo Lacerda, Ruth Rocha, Rubens Ricupero e James Green. 

A Universidade do Livro, vinculada à Fundação Editora da Unesp, retomou o programa Encontro com os Escritores em 2024, após interrupção causada pela pandemia de covid-19. Nessa nova fase, juntam-se a ela na organização a Assessoria de Comunicação e Imprensa (ACI) da Unesp e a Biblioteca Municipal Mário de Andrade, local que passa a ser a sede dos eventos, na região central da capital paulista. Compre o livro "Buracos Negros: rompendo os Limites da Ficção" neste link.


Serviço
"Encontro com os Escritores" na Biblioteca Mário de Andrade
Encontro com George Matsas
Terça-feira, dia 18 de março de 2025, das 19h00 às 21h00
Auditório da Biblioteca Mário de Andrade - Rua da Consolação, 94 - 1º andar - República, São Paulo - SP (próximo às estações de metrô Anhangabaú e República)
Entrada gratuita: inscrições prévias neste link

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

.: “A Fábrica”, de Hiroko Oyamada, é tema do Clube de Leitura JHSP + 451


A literatura é destaque na programação da Japan House São Paulo. Seguindo o propósito de divulgar expoentes contemporâneos e consagrados da literatura nipônica, o Clube de Leitura JHSP + Quatro Cinco Um promove um encontro na quinta-feira pré-Carnaval, 27 de fevereiro, a partir das 19h00, para comentar o lançamento “A Fábrica”, de Hiroko Oyamada, publicado no Brasil pela editora Todavia, com tradução de Jefferson José Teixeira e arte da capa de Julia Masagão. Sob a mediação da diretora cultural da JHSP, Natasha Barzaghi Geenen, e do editor da revista literária Quatro Cinco Um, Paulo Werneck, os participantes vão conhecer mais a fundo a história dos três jovens que desejam trabalhar na Fábrica, empresa que mais se parece com uma cidade: tem supermercados, agências de viagens, postos de combustível, conjuntos habitacionais e até mesmo pontes, condicionando-os a uma liturgia industrial. O livro retrata o ecossistema da vida profissional moderna, que consome a existência humana.

Por sua escrita imaginativa, que combina o estilo perturbador e surreal de Haruki Murakami com a precisão satírica de Franz Kafka, Oyamada é considerada uma das vozes mais potentes e singulares da nova ficção japonesa. Para participar do bate-papo online via plataforma Zoom, que contará com a participação especial da escritora e pesquisadora Sofia Nestrovski, os interessados devem realizar inscrição prévia no site da Japan House São Paulo. Os participantes do clube literário ainda têm 20% de desconto na compra do livro no site da livraria Martins Fontes Paulista por meio do cupom JHSP451FABRICA, até o dia 28 de fevereiro.

Para proporcionar uma melhor experiência aos visitantes, a partir de fevereiro, a JHSP apresenta uma novidade na dinâmica para a participação das atividades presenciais: a inscrição virtual prévia via plataforma Hoppin, substituindo a retirada de senhas na recepção da instituição. O acesso às atividades, que permanecem gratuitas, será mediante apresentação do QRCode disponibilizado após a inscrição no site ou no aplicativo da plataforma no início de cada sessão, evitando a necessidade dos participantes chegarem com muita antecedência à JHSP. Compre o livro “A Fábrica”, de Hiroko Oyamada, neste link.


Sobre a Japan House São Paulo (JHSP)
A Japan House é uma iniciativa internacional com a finalidade de ampliar o conhecimento sobre a cultura japonesa da atualidade e divulgar políticas governamentais. Inaugurada em 30 de abril de 2017, a Japan House São Paulo foi a primeira a abrir suas portas, seguida pelas unidades de Londres e Los Angeles. Estabelecida como um dos principais pontos de interesse da celebrada Avenida Paulista, a JHSP destaca em sua fachada proposta pelo arquiteto Kengo Kuma, a arte japonesa do encaixe usando a madeira Hinoki. Desde 2017, a instituição promoveu mais de 48 exposições e cerca de mil eventos em áreas como arquitetura, tecnologia, gastronomia, moda e arte, para os quais recebeu mais de 3,5 milhões de visitantes. A oferta digital da instituição foi impulsionada e diversificada durante a Pandemia de Covid-19, atingindo mais de sete milhões de pessoas em 2020. No mesmo ano, expandiu geograficamente suas atividades para outros estados brasileiros e países da América Latina. A JHSP é certificada pelo LEED na categoria Platinum, o mais alto nível de sustentabilidade de edificações. Garanta o seu exemplar de “A Fábrica”, de Hiroko Oyamada, neste link.


Serviço
Japan House São Paulo
Endereço: Avenida Paulista, 52 - São Paulo  
Horário de funcionamento: de terça a sexta, das 10h00 às 18h00 e sábados, domingos e feriados, das 10h00 às 19h00.
Entrada gratuita. Reserva on-line (opcional): https://agendamento.japanhousesp.com.br/  


Clube de Leitura JHSP + Quatro Cinco Um (on-line)
"A Fábrica", de Hiroko Oyamada
Quando: 27 de fevereiro, às 19h00
Duração: 90 minutos
Gratuito mediante inscrição obrigatória prévia no site.
Vagas limitadas.

sábado, 15 de fevereiro de 2025

.: Revista "Artéria" faz 50 anos com lançamento de filme e revista em SP


Longa-metragem documental "Artéria: poesia em Revista", que narra cinco décadas de história da revista de poesia experimental mais longeva do país, será lançado no dia 20 de fevereiro de 2025, no Canal Curta!, ficando disponível na plataforma de streaming do canal

De todas as revistas independentes de veiculação poética que surgiram a partir da década de 1970 no Brasil, "Artéria" é a única sobrevivente, ainda em atividade. Veiculou trabalhos inéditos de importantes personalidades como Augusto de Campos, Décio Pignatari, Julio Plaza, Regina Silveira, Arnaldo Antunes, Lenora de Barros e muito mais, reunindo mais de 200 colaboradores ao longo de sua existência.

Resistindo como a revista de poesia experimental mais longeva do país, editada sempre de modo independente pelos poetas Omar Khouri e Paulo Miranda, a revista "Artéria" completa 50 anos em 2025. Ao longo de sua trajetória, foram publicados 11 números e, a cada edição, assumiu um novo formato: foi sacola, fita cassete, caixa de poemas, caderno e website. Para comemoração de seus 50 anos, a revista traz nova edição em dois volumes, 1 e 2, que performam a Artéria 12, abrigados por uma luva, com participações de Augusto de Campos, Regina Silveira, Arnaldo Antunes, Alice Ruiz, Lenora de Barros, Tadeu Jungle, Walter Silveira e outros.

Nomes que também participam do documentário “Artéria: poesia em Revista”, dirigido por Bruna Callegari, produzido em parceria com o Canal Curta!. O filme resgata a história da publicação, perpassando suas edições e os mais significativos poemas publicados, ao mesmo tempo em que propõe um mergulho na cena de revistas que eclodiu nos anos 1970, com títulos memoráveis como "Navilouca", "Código", "Qorpo Estranho", "Poesia em Greve", "Muda" e outras. “Os maiores poetas (escritos) dos anos 70 não são gente: são revistas”, a frase dita por Paulo Leminski resume a efervescência da produção editorial independente nesse período.

“Tais publicações, hoje lendárias, veicularam a mais inventiva poesia que se fez no Brasil, quiçá no mundo. E Artéria segue fazendo isso até hoje. É um biscoito fino do gênero, absolutamente histórica! Uma revista que merecia uma maior circulação. O filme tem essa missão: além de revisitar a memória da poesia de invenção brasileira, também divulgá-la para um público mais amplo”, conta a diretora Bruna Callegari, que entrevistou 22 personalidades, destacando o poeta concreto Augusto de Campos, cujo legado é um dos assuntos centrais do documentário.

Com rico material de arquivo, músicas de Itamar Assumpção, Walter Franco e Arnaldo Antunes, além de trilha sonora original de Cid Campos, o filme resgata histórias de figuras importantes como Paulo Leminski, Waly Salomão, Antonio Risério, Ivan Cardoso, Julio Plaza, Erthos Albino de Souza, e do famoso Trio Noigandres, apresentando imagens inéditas e pouco conhecidas dos poetas Augusto de Campos, Haroldo de Campos e Décio Pignatari. Encontros na casa de Augusto de Campos e Lygia Azeredo. Material inédito do filme.

Em certa altura do filme, Augusto de Campos reflete: “Foram revistas como a 'Artéria' que nos acolheram. Poderiam não ter acolhido, poderiam ter publicado somente a obra dos jovens, mas havia uma afinidade de projeto literário muito grande entre nós, e a nossa produção fluiu através delas, alcançando as gerações que vieram depois de nós”.


Depoimento de Augusto de Campos (93) é destaque do documentário
A realização do filme, pautada por uma pesquisa cuidadosa, levou dez anos até a sua conclusão. O projeto contou com apoio do Canal Curta! e fomento do Fundo Setorial do Audiovisual, por meio da Ancine e do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). A produção é da Espaço Líquido Audiovisual.


Serviço
Sessões do documentário, lançamento da revista Artéria #12 e bate papo com equipe

Sesc Belenzinho,  São Paulo
20 de fevereiro – Quinta-feira – às 19h30
Lançamento da revista e exibição do filme, seguidos de bate-papo.
Sujeito à lotação. Os ingressos serão distribuídos 1 hora antes da sessão.
R. Padre Adelino, 1000 – Belenzinho – Gratuito – Classificação Livre

Estreia no canal Curta!
20/02 – Quinta-feira – às 22h20
Reprises: 21/02 às 16h20, 22/02 às 15h30, 23/02 às 22h30, 24/02 às 10h20

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

.: Festa com DJ set de Letrux marca o lançamento do selo Bloom Brasil


O Bailinho acontece no Valentine’s Day, 14 de fevereiro, em São Paulo. Letrux, Tatiany Leite, DJazz Kamau e DJ Daniel Forn estão entre as atrações da noite


A editora Bloom Brasil está chegando no país, e a Companhia das Letras celebra a ocasião com uma festa especial no Valentine's Day, 14 de fevereiro, dedicada a quem mais importa: os fãs. "O Bailinho" - que une literatura, música e cultura pop - acontece no Cineclube Cortina, em São Paulo, a partir das 21h, e promete uma experiência imersiva e afetiva. Com DJ set exclusivo da cantora Letrux, entre outras atrações, os ingressos já estão à venda para o público geral na Sympla.

Além da presença de Letrux, a noite também contará com correio elegante comandado por Taty Leite e projeções de comédias românticas clássicas ao longo da festa. A trilha sonora d'O Bailinho será conduzida por DJazz Kamau e pelo DJ Daniel Forn, da Festa Voraz, garantindo um clima vibrante para a celebração. Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 60,00 (entrada) ou R$ 80,00 (entrada + um livro de Scarlett St. Clair à escolha). Não haverá venda de ingressos no local, e os livros não estarão disponíveis para compra durante o evento.


Sobre a Bloom Brasil
O universo dos romances contemporâneos acaba de ganhar um novo capítulo com a Bloom Brasil. Voltada especialmente para os aficionados por histórias apaixonantes e personagens envolventes, a editora já chega com autoras amadas e aguardadas pela comunidade leitora, como Scarlett St. Clair, Chloe Walsh, Jennifer L. Armentrout e Lucy Score.

O primeiro lançamento — os três livros iniciais da série best-seller "Hades & Perséfone", de Scarlett St. Clair - também será no dia 14 de fevereiro de 2025, no Valentine’s Day, Dia de São Valentim, padroeiro dos namorados. A escolha da data reforça a estratégia global da marca, que tem como um dos pilares aproximar leitores de diferentes lugares a autoras e histórias que já conquistaram uma forte base de fãs ao redor do mundo.


Serviço
Festa  "O Bailinho"
Data: 14 de fevereiro de 2025
Horário: 21h00 às 2h00
Local: Cineclube Cortina – Rua Araújo, 62, República, São Paulo
Ingressos: R$ 60 (entrada) | R$ 80 (entrada + livro)
Classificação: 18 anos

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

.: HQ "As Confissões da Bahia" será homenageada no 36º Troféu HQMix


O mês de dezembro consagra “As Confissões da Bahia em Quadrinhos” - primeira HQ a abordar a intervenção do Santo Ofício no Brasil no cenário literário e cultural. Após vencer o Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica 2024 em Porto Alegre, a obra vencedora da categoria “Melhor Projeto Editorial” será homenageada na cerimônia do 36º Troféu HQMix, o maior prêmio do mercado de quadrinhos no Brasil, nesta terça-feira, dia 11 de dezembro.

A obra, escrita por Alexey Dodsworth e Cristina Lasaitis, narra a chegada do padre Heitor Furtado de Mendonça à Bahia em 1591, enviado pelo Tribunal do Santo Ofício. Ao instituir o “tempo da graça” permitia que pecados confessados fossem perdoados, mas também instaurava um clima de medo e paranoia, onde traições e acusações eram constantes. Com ilustrações de sete artistas talentosos - Alson Castro, David Arievilo, Débora Santos, Isaque Sagara, Kirnna Schaun, Roberta Cirne e Tunak - e 112 páginas de narrativa instigante e classificação indicativa para maiores de 18 anos, a história em quadrinhos aborda um capítulo sombrio da história brasileira, resgatando memórias e incentivando importantes reflexões. 

Para o roteirista Alexey Dodsworth, estas validações nos mostram que histórias difíceis, mas necessárias, têm espaço e relevância. "‘As Confissões da Bahia em Quadrinho’ é uma ponte entre o passado e o presente, e tanto o HQMix quanto a Odisseia celebram essa capacidade dos quadrinhos de impactar e transformar. Ganhar o HQMix valida todo o esforço da equipe e a repercussão da obra no público. É uma honra enorme estar ao lado de tantos talentos que ajudam a elevar o quadrinho nacional”.

No fim de semana, Dodsworth fará uma sessão de autógrafos no Festival do Vale - feira de artes impressas com artistas LGBTQIA+ - nos dias 14 e 15 de dezembro, no SESC 24 de Maio, em São Paulo. Na ocasião, será possível interagir e dialogar sobre os bastidores do processo criativo, a história, a arte e a fantasia. “O festival será um espaço incrível para fazer conexões. A obra é um convite para leitores adultos revisitarem o passado e questionarem as narrativas que construíram nossa identidade”, afirma.

O prestigiado quadrinho se consolidou como um marco no mercado nacional ao revisitar de forma inédita o impacto da Inquisição na Bahia no final do século XVI. Representada pelo roteirista no Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica – um dos eventos mais importantes do cenário cultural brasileiro –, a obra passou a ganhar cada vez mais reconhecimento.

“Quero agradecer a minha equipe criativa. É muito difícil quando você roteiriza um quadrinho e não sabe desenhar nem um boneco de palito. Aí você tem artistas que traduzem aquilo que você roteirizou tão brilhantemente. Agradeço também a minha parceira Cristina Lasaitis que foi co-roteirista comigo neste trabalho”, disse alegre, o roteirista que também mencionou o importante apoio da Fundação Sacar.

“O evento marcou de várias formas, primeiro pela premiação e também porque eu nunca voltei pra casa com a mala vazia, vendi todos os quadrinhos que eu levei a Porto Alegre. Então, penso que estou fazendo a coisa certa”, conta entusiasmado Dodsworth.  Compre a HQ "As Confissões da Bahia em Quadrinhos" neste link.


36º Troféu HQMix
No dia 11 de dezembro, como vencedor da categoria “Melhor Projeto Editorial”, “As Confissões da Bahia em Quadrinhos” será homenageado na cerimônia do 36º Troféu HQMix, o maior prêmio do mercado de quadrinhos no Brasil. O evento, também aberto ao público, será realizado no SESC 14 Bis, em São Paulo, com apresentação de Serginho Groisman.

O 36º Troféu HQ Mix (também grafado como Troféu HQMIX) é um evento organizado pela Associação dos Cartunistas do Brasil (ACB) e pelo Instituto do Memorial das Artes Gráficas do Brasil (IMAG) com o propósito de premiar as melhores publicações brasileiras de quadrinhos de 2023 em diferentes categorias.


Festival do Vale
Para encerrar o ano, nos dias 14 e 15 de dezembro, “As Confissões da Bahia em Quadrinhos” estará no Festival do Vale, no Sesc 24 de Maio, em São Paulo, evento gratuito que celebra a criatividade e a diversidade dos quadrinhos. Nele, Alexey Dodsworth realizará uma sessão de autógrafos e oferecerá aos fãs a chance de adquirir exemplares autografados e conversar sobre a obra.


Sobre “As Confissões da Bahia em Quadrinhos"
Ambientado em 1591, o quadrinho narra a chegada do padre Heitor Furtado de Mendonça à Bahia, enviado pelo Tribunal do Santo Ofício para instaurar o “tempo da graça”. Este período permitia que os pecadores confessassem suas culpas e fossem perdoados, mas também gerava um ambiente de medo, denúncias e traições.

Com roteiro de Alexey Dodsworth e Cristina Lasaitis, e ilustrações de Alson Castro, David Arievilo, Débora Santos, Isaque Sagara, Kirnna Schaun, Roberta Cirne e Tunak,  a obra resgata um capítulo pouco explorado da história brasileira em 112 páginas, com classificação indicativa para maiores de 18 anos. Garanta o seu exemplar da HQ "As Confissões da Bahia em Quadrinhos" neste link.


Ficha técnica
“As Confissões da Bahia em Quadrinhos”
Roteiro herético de Alexey Dodsworth e Cristina Lasaitis
Ilustração: Alson Castro, David Arievilo, Débora Santos, Isaque Sagara, Kirnna Schaun, Roberta Cirne e Tunak.
Editora: Independentes
Formato: 22 x 28 cm
Número de páginas: 56
ISBN: 9786500809541
Compre a HQ neste link.


Serviço:
36º Troféu HQMix
Data: 11 de dezembro
Horário: 19h
Local: Teatro Raul Cortez, no SESC 14 Bis
Endereço: Rua Dr. Plínio Barreto, 285, Bela Vista / São Paulo

Festival do Vale
Sessão de autógrafos do “As Confissões da Bahia em Quadrinhos”
Data: 14 e 15 de dezembro
Horário: 10h às 18h
Local: SESC 24 de Maio
Endereço: Rua 24 de Maio, 109, Centro, São Paulo/ SP
Entrada gratuita
Informações: https://www.instagram.com/poc_con/

domingo, 8 de dezembro de 2024

.: Maria José Silveira encerra a 12ª temporada do Paiol Literário


Escritora goiana participa do encontro online na próxima segunda-feira, dia 9 de dezembro, às 19h30, pelo YouTube


O Paiol Literário encerra sua 12ª temporada na próxima segunda-feira, dia 9 de dezembro, com a conversa entre Maria José Silveira e o jornalista e escritor Rogério Pereira, coordenador e criador do projeto. A partir das 19h30, o público poderá assistir ao encontro ao vivo, em formato on-line, no canal do YouTube do Paiol, e participar enviando perguntas à escritora convidada por meio do chat.

Ao todo, quatro escritores foram convidados a passar pela sabatina nesta temporada: além de Silveira, Paula Fábrio, Rafael Gallo e Sidney Rocha. Os encontros seguem disponíveis no canal do YouTube, e as versões transcritas publicadas nas edições de dezembro e janeiro do jornal Rascunho, além do site do projeto. A 12ª temporada do Paiol Literário conta com o patrocínio da Redecard, empresa do grupo Itaú, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.


Sobre a convidada
Maria José Silveira
nasceu em Jaraguá (GO), em 1947. Vive atualmente em São Paulo (SP). É formada em comunicação e em antropologia, e mestre em ciências políticas. Tem dez romances publicados, entre eles A mãe da mãe de sua mãe e suas filhas, com o qual recebeu o Prêmio Revelação da APCA, 2002, e foi publicado nos Estados Unidos, na França, na Itália e em Taiwan; "O Fantasma de Luís Buñuel" (2004), menção honrosa do Prêmio Nestlé; "Eleanor Marx, filha de Karl" (2021), publicado na Espanha e no Chile; "Pauliceia de Mil Dentes" (2012), semifinalista do prêmio Portugal Telecom, "Maria Altamira" (2023), finalista dos prêmios Jabuti, Oceanos e São Paulo. Publicou o livro de contos "Felizes Poucos", e mais de 20 livros para jovens e crianças, vários dos quais receberam o Prêmio FNLIJ. Também é autora de peças teatrais. Compre os livros de Maria José Silveira neste link.


Sobre o Paiol Literário
Realizado em Curitiba desde 2006, o Paiol Literário soma 87 escritores brasileiros em sua lista de convidados, entre eles Ignácio de Loyola Brandão, Nélida Piñon, Ruy Castro, Ana Maria Machado, Milton Hatoum, Marina Colasanti, Julián Fuks, Cida Pedrosa, Andrea Del Fuego, Edney Silvestre. Desde 2021, os encontros passaram a ser online, por conta da pandemia, e o formato permanece, uma vez que aumenta significativamente a abrangência e o acesso ao conteúdo.


Serviço
Encerramento da 12ª edição do Paiol Literário, com Maria José Silveira
Segunda-feira, dia 9 de dezembro de 2024, às 19h30
Canal do Paiol Literário no YouTube
https://www.youtube.com/@paiolliterario9866
www.paiolliterario.com.br

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