Por Helder Miranda, em junho de 2017.
A sensação de assistir "Mulher Maravilha" é a de estar testemunhando um movimento em prol da igualdade que ainda está por vir e estourar, e a evolução da história no que diz respeito ao sexo feminino e a cultura pop.
Nós, do Resenhando.com, assistimos a pré-estreia do filme no Cine Roxy 5, quarta-feira passada em Santos, em 3D e, por mais que esse cinema crie todo um ambiente para que você realmente embarque no filme, esse não aconteceria se não fosse realmente bom.
A sutileza da israelense Gal Gadot comprova que ela é a Mulher Maravilha perfeita. Se comparada com Lynda Carter, intérprete da personagem na década de 70, de beleza clássica e indiscutível, a escalação da atriz que atualmente defende o posto da heroína causa estranheza. Gal é bela, mas não de uma beleza tão óbvia quanto à veterana. Gadot é apaixonante à segunda vista, é uma mulher que não chama a atenção do espectador de primeira, o que a torna tão mais interessante.
Mas falar de apenas beleza quando o filme, a atriz e a personagem são muito mais do que isso torna esse texto, embora não intencionalmente, machista. Então, é preciso falar sobre empoderamento e o que representa para as mulheres, pela primeira vez na sétima arte, ter uma personalidade feminina dos quadrinhos sendo o carro-chefe de um filme sobre super-heróis.
Diana Prince é uma personagem feminista porque quebra paradigmas simplesmente porque existe, porque enfrenta, porque não precisa da autorização de homens para seguir a sua intuição... Que bom ser dessa maneira.
Como espectador, é bom estar atento em um tempo de mudanças. Estar consciente para documentar, para a posteridade, o que vi dentro da sala daquele cinema, é uma espécie de catarse em relação a tudo o que foi lutado e sofrido pelas mulheres até aqui.
Mas não se engane: "Mulher Maravilha", embora represente um passo gigantesco para as causas femininas - em um mundo em que mulheres ainda ganham menos atuando na mesma função profissional, fazem dupla jornada de trabalho, e dificilmente são respeitadas nos cargos de liderança ou ocupam posições que superem a de homens na mesma faixa etária - não deixa de ser apenas o primeiro passo para muitas lutas e conquistas que podem vir ou não.
Obviamente, o filme terá sequências. É ótimo, é incrível, é inspirador e teve gente que não gosta dos filmes da DC Comics que saiu do cinema afirmando que o filme "é tão bom que parece ser da Marvel". Vou além disso: "Mulher Maravilha" é melhor do que a maioria dos filmes da Marvel, tirando a trilogia do "Homem-Aranha" estrelada por Tobey Naguire e Kirsten Dunst. Mas os tempos são outros e isso torna esse longa-metragem tão mais importante.
Razões para isso não faltam. Seja por tudo o que representa, ou porque qualquer leigo em histórias em quadrinhos, como eu, consiga entender, sem que para isso seja didático ou maçante. São duas horas e 20 minutos que você não vê passar, encantando-se com Gal Gadot tentando salvar o mundo.
Mas o maior mérito desse filme é fazer com que o espectador perceba o quanto o mundo evoluiu e o quanto ainda precisa percorrer para que outras gerações desfrutem desse "mundo melhor". Logo, só a realização desse filme é um serviço para a humanidade.
Filme: Mulher Maravilha (Wonder Woman, EUA)
Ano produção 2017
Direção: Patty Jenkins
Estreia: 1 de Junho de 2017 ( Brasil )
Duração: 141 minutos
Gênero: Ação, aventura, fantasia, guerra
Elenco: Gal Gadot, Chris Pine, Robin Wright, Danny Huston, David Thewlis, Connie Nielsen, Elena Anaya
Mas o maior mérito desse filme é fazer com que o espectador perceba o quanto o mundo evoluiu e o quanto ainda precisa percorrer para que outras gerações desfrutem desse "mundo melhor". Logo, só a realização desse filme é um serviço para a humanidade.
Filme: Mulher Maravilha (Wonder Woman, EUA)
Ano produção 2017
Direção: Patty Jenkins
Estreia: 1 de Junho de 2017 ( Brasil )
Duração: 141 minutos
Gênero: Ação, aventura, fantasia, guerra
Elenco: Gal Gadot, Chris Pine, Robin Wright, Danny Huston, David Thewlis, Connie Nielsen, Elena Anaya
Sobre o Cine Roxy: Em oito décadas, o Roxy é caso raro de cinema que acompanhou a transformação da maneira de se exibir um filme: dos primeiros e grandes rolos de película ao sistema digital. A rica trajetória se deve à perseverança e o senso empreendedor da família Campos: de pai para filho, chegou ao atual diretor do Roxy, Antônio Campos Neto, o Toninho Campos. A modernização, aliada à tradição, transformou o Roxy no principal cinema do litoral paulista, fato que rendeu a Toninho o Prêmio ED 2013 na categoria Exibição -Destaque Profissional de Programação, considerado o principal do país nos segmentos de exibição e distribuição. E o convite para ser diretor cultural do Santos & Região Convention Visitors Bureau.
Trailer
Gal é trilhões de vezes mais linda que a Lynda Carter.
ResponderExcluirTem que ser muito fudido e inconfiável pra não achar isso.
A história é boa e bastante divertida. Sinceramente os filmes de ação não são o meu gênero preferido, mas devo reconhecer que Mulher Maravilha superou minhas expectativas, é uma história sobre sacrifício, empoderamento feminino e um sutil lembrete para nós, humanos, do que somos capazes de fazer uns com os outros. É um dos melhores filmes de ação em 2017 adorei está história, por que além das cenas cheias de ação extrema e efeitos especiais, realmente teve um roteiro decente, elemento que nem todos os filmes deste gênero tem. É impossível não se deixar levar pelo ritmo da historia. Eu recomendo muito e estou segura de que se converterá numa das minhas preferidas.
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