.: Resenha do filme de ficção científica: "Sharknado", de Anthony C. Ferrante

Tornado recheado de tubarões famintos e ardilosos

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em outubro de 2014


Filme para a TV que virou febre nas redes sociais, apresenta uma narrativa inusitada.



Sucesso absoluto no Twitter, em 2013. O longa-metragem da Asylum, pautado em tubarões, "Sharknado", não tem qualquer pretensão em levar um Oscar, assim como os outros filmes de mesma temática do estúdio. Feito para a TV, com direção de Anthony C. Ferrante, em "Sharknado", tudo começa com um grupo de tubarões que nada a toda velocidade, na tentativa de fugir de um tornado, em alto mar. Um pouco mais distante dali, em um navio, a ambição entre dois homens impera, mas o tornado e os tubarões aparecem para dar fim ao embate da ganância. Tudo acontece em meios a efeitos bem toscos.

De repente, uma praia fabulosa com um sol que dá um colorido especial em seus banhistas, enquanto surgem nomes como o de Tara Reid, Cassie Scerbo e Jason Matthew Simmons. No litoral de Santa Mônica, Califórnia, o famoso surfista Fin (Ian Ziering, ator de Barrados no Baile ou, se preferir, Beverly Hills 90210) curte todo o agito de um belo dia de verão. Antes de "pegar ondas", na tentativa de dar um gancho na história, ele comenta com o amigo a respeito de um tornado que está mudando o clima e que parece estar se aproximando da região em que estão.

No noticiário, Fin toma conhecimento de que a destruição está apenas começando. Acompanhado de três amigos que conquistou no bar que administra, o surfista segue em busca de mulher e filha. Obstinado, mesmo estando separado de April (Tara Reid), o quarteto deixa o pier de Santa Mônica e parte para Beverly Hills. 

Eis que o fenômeno natural iniciado em alto mar, "arrasta" milhares de tubarões do oceano e os arremessa em toda Los Angeles. No meio da trama, o público fica sabendo que Fin e April também tem um filho, que, claro, está bem distante de Beverly Hills. Assim, na esperança de impedir que o tornado cause ainda mais estragos e mortes, Fin embarca em uma caçada inusitada.

Apesar de "Sharknado" ter um enredo totalmente fora do comum, o longa de ficção científica apresenta efeitos especiais nada convincentes, nem mesmo para jogos de computador. Piorando a situação, tais imagens pipocam na tela ao longo dos 86 minutos de filme. Até o tamanho dos tubarões computadorizados não condizem com as imagens de animais reais que são mescladas, na edição. O resultado? Hilário. É claro que não há preocupação alguma em tornar as cenas, no mínimo, aceitáveis. 

Embora os tubarões -somente esta espécie- tenham sido sugados pelos tornados, mesmo fora d´água, estes, animais resistentes e vorazes, sabem escolher bem os seus petiscos. Sim! Ao serem arremessados para fora dos tornados, seguem o voo e abocanham alguma vítima. Sempre certeiros!


Dentro do carro, que tem a parte elétrica protegida por silicone, Fin e seus amigos enfrentam ruas inundadas, na altura do pneu dos carros. Dramático? Ainda tem mais. Há tubarões brancos gigantes sempre querendo alguém de aperitivo. Sim! Os peixões até dão encontrões no carro dos personagens. Sem contar os locais que estavam submersos e, na cena seguinte, aparecem intactos e sequinhos, inclusive as roupas e cabelos dos personagens. 

Enfim, não está interessado em ver um filmão, mas quer ficar impressionado com uma história absurda? Divirta-se com "Sharknado". Caso contrário, aprecie o talento vocal de Cassie Scerbo.

Filme: Sharknado (Sharknado, EUA)
Ano: 2013 
Gênero: Ficção científica , Terror
Duração: 1h26min
Direção: Anthony C. Ferrante
Elenco: Ian Ziering, Tara Reid, John Heard, Cassie Scerbo,  Jason Matthew Simmons

Categorias: Mary Ellen Miranda, Resenhas de filmes