Antes, a obra foi publicada em Portugal, pela Chiado Editora. Segundo o autor, a opção pela editora lusitana veio quase por acaso, por indicação de amigos. "Ironicamente, foi uma escolha que veio a casar com o projeto do livro, que começa em Portugal e se inspira também em algumas de suas lendas”, explica.
A obra, que segue um itinerante cosmopolita, já foi lançada em Lisboa e Óbidos (em Portugal), São Paulo, João Pessoa e Campina Grande. A edição brasileira conta com um depoimento da historiadora Mary Del Priore na contracapa. "Li de um só fôlego. O sistema de `bonecas russas´e histórias encaixadas não me deixou respirar. Hélder Moura trouxe de volta os heróis pícaros do Renascimento ibérico e francês num cenário fantástico, onde óbito e Óbido se confundem, fazendo rir, viajar e pensar", conclui.
O livro vem fazendo uma carreira bem-sucedida na imprensa. Já foi destaque no programa “Mais Você”, da Rede Globo. O professor professor português Luis Pinto, da Universidade Sênior de Nazaré e do Museu de Nazaré, que escreveu a orelha do livro salienta que escrever bem não é para todos. "O personagem principal, já falecido na primeira página da ficção, está, todavia, sempre presente ao longo do livro e , muito embora o autor chame atenção para o inverossímil da trama, o leitor é desde logo convidado a prosseguir na leitura porque as palavras acontecem simples, escorreitas e no lugar onde devem estar. Saber contar uma história, de tal modo que esta tenha vida, é também, e só, para alguns", finaliza.
O posfácio é da escritora santista Maria Valéria Rezende, que vive em João Pessoa. "Como cabe ao bom ficcionista, Hélder Moura, através de mentiras bem urdidas, começa a nos induzir a crer que vai contar uma história 'de época' romanceando episódios escandalosos e burlescos da história de Portugal", escreveu.
“O Incrível Testamento de Dom Agápito” gira em torno de Agapito, em Óbidos, a partir de um assassinato cometido pelo pai. Os dois, então, fogem e se instalam numa pequena cidade do interior do Brasil. Agapito morre e deixa um testamento, exigindo que os bens sejam divididos entre as principais autoridades locais (juiz, delegado, alcaide e vigário) e todas as pessoas que, convocadas publicamente, se apresentarem para relatar possíveis relações com ele.
Forma-se, então, uma imensa fila, que gera curiosos e surpreendentes depoimentos, motivados por ambição, vaidade e paixão, revelam surpresas, mistérios, revelações, verdades e mentiras, estremecendo a pacata cidade e abalando os alicerces morais para um desfecho inesperado. É um retrato irônico dos valores e comportamentos humanos, quando despertados pela possibilidade da riqueza. convergem para o inesperado desfecho da história.
Sobre o Autor
Nascido em 1957, em Campina Grande, na Paraíba, o jornalista Hélder Moura assina um blog no portal do "Jornal da Paraíba" (Rede Globo), sobre política e também sobre viagens, humor e literatura.
Ingressou no jornalismo em 1983, na "Gazeta do Sertão", onde se tornou editor-chefe, atuando sempre no colunismo político. Venceu prêmios de poesia e, em 1985, lançou o livro "Coração de Cedro". Já em João Pessoa, em 1992, tornou-se colunista do jornal "Correio da Paraíba" e, em seguida, apresentador da "TV Correio" (Rede Record), onde ganhou vários prêmios de imprensa. É também professor universitário do Instituto Federal da Paraíba, onde leciona sobre algoritmos e lógica.
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