Nem só de terríveis sustos vive o homem, mas de boas conversas
Por: Mary Ellen Farias dos Santos e Helder Miranda
Em novembro de 2007
Eles te assustaram nos 20 anos das Noites do Terror do Playcenter e agora estão aqui para mostrar o quão humanos são.
Zumbis, vampiros, serial-killers, bruxas, mortos-vivos, estátuas macabras, guardiões do mal e até personagens universais que fazem parte do imaginário tenebroso da população estiveram à solta no mês de setembro e outubro de 2007 perambulando em São Paulo. Todo dizem que quem procura, acha. Este é o "X" da questão: encontrar! Porque é no cair da noite que você vê muitos e muitos monstros por toda parte de um parque que beira 40 anos de existência, localizado no meio da agitada cidade de São Paulo, na Barra Funda: o Playcenter.
Não há como fugir destes seres da escuridão! Escapar do Necrotério, da Passagem Nosferatus e da Vila das Trevas algo tão impossível de fazer quanto sair impune do Rio Estige, do Portal do Inferno, da Cidade de Dite e da Masmorra, além de não adiantar ter boas e longas pernas para correr o mais rápido possível por dentro do Pavilhão dos Condenados, do Cemitério, do Cine Terror, da Peste Negra, dos Vampiros do Rio Douro e do Santuário Satânico. O que fazer? Você é um intruso no habitat destes governantes do mal. A dica é: una diversão e sustos, e assim, tire muitas fotos!
2007: Neste ano o parque abrigou terríveis monstros para celebrar os 20 anos das Noites do Terror. Tanta produção não poderia ficar somente na lembrança daqueles que puderam viver momentos de tensão, de descontração, e claro, do maior e mais profundo terror.
O site cultural Resenhando.com busca eternizar esta grandiosa festa e, para tanto, traz no mês de novembro um R.G. especial com dois atores que fizeram parte deste grande evento: eles que deram vida aos seres de outro mundo.
Um foi o Zumbi Rodolfo que rastejava com o bolo dos 20 anos de Noites do Terror nas mãos (Alaní Santiago), enquanto que o maléfico Guardião do Cemitério (Ricardo Fernandez) deu uma nova "cara" para Fernandez, ator que participa das Noites do Terror do Playcenter desde a primeira edição do evento.
Confira agora o R.G. especial com os atores Alaní e Ricardo dois integrantes desta equipe que divertiram a todos os visitantes do Playcenter nesta festa do outro mundo. Saiba mais daqueles que ajudaram a fazer destes 20 anos de Noites do Terror algo para ser lembrado para sempre. Seja curioso e siga em frente nesta viagem sem volta!
RESENHANDO - Fale um pouco sobre a sua trajetória, antes de tornar-se "monstro" das "Noites do Terror".
Alaní/Zumbi 20 anos - Comecei a atuar aos treze anos de idade, e desde de então procurei me especializar na área. Acho que aos 15,16 anos eu fui pela primeira vez ao Playcenter - "Noites do Terror" - e gostei muito do que vi lá, então coloquei na cabeça que gostaria muito de um dia poder participar, pois achava tudo aquilo muito lúdico, lindo e encantador. Enfim, eu queria fazer Noites do Terror. Era um objetivo, um sonho!
Em 2005 soube que a Agência Space estaria fazendo os testes para o evento Noites do Terror. Não pensei duas vezes. Lá estava eu, com mais 200 pessoas e somente quatro vagas. Sem contar que no dia anterior já havia tido outros testes. Lembro que eu fiz o teste para fazer o Diabo, as outras pessoas que também fizeram eram ótimas. No término dos testes eles anunciaram quatro pessoas, eu lembro até hoje. Aprovados: eu, Ligia Campos, Borba e o Ezequiel. Nossa, na hora eu nem acreditei, fiquei super feliz saí pulando na rua de tanta alegria. Então, ali, começou a minha carreira de monstro do Playcenter. Em 2006, fui chamado para trabalhar com a Energia e diretamente com o diretor Valter Seben. Foi muito, mas muito gratificante poder trabalhar com esse diretor maravilhoso, "realmente uma aula" e estou até hoje com eles e muito feliz!!
Ricardo Fernandez/Guardião do Cemitério - Bem eu era uma pessoa comum. Sempre gostei do lado artístico, estava no meu sangue. Eu trabalhava na Secretaria da Cultura, Assessoria de Imprensa. Eu fazia de tudo, mas o que mais gostava era quando tinha que cobrir algum show e me escalavam. Estava no meu mundo, mesmo estando na coxia. Trabalhei também em uma estamparia, era legal por causa dos amigos, mas não era isso que eu queria, e, sim o lado artístico... sempre gostei de assistir filmes de terror, suspense.
RESENHANDO - As "Noites do Terror" do parque de diversões, Playcenter, completou 20 anos de existência neste ano. Como foi trabalhar nesta comemoração de arrepiar?
Alaní/Zumbi 20 anos - Para mim foi ótimo, principalmente por estar carregando o tema do evento! Foi muito bom, mas ao mesmo tempo um grande desafio, aliás o evento girava em torno do meu personagem, né... Graças a Deus eu consegui criar um personagem onde eu tive um grande retorno do público do parque e do próprio Valter Seben. Não poderia ser melhor!
Ricardo Fernandez/Guardião do Cemitério - É uma vida, é uma satisfação e uma honra. Você faz tantos amigos, você vê tantos amigos irem embora, mas para quem gosta, tira de letra. Uma dica vou dar para quem sonha em atuar nas Noites do Terror... Não vá querer trabalhar pensando no dinheiro e sim se realmente está no seu sangue entrar para uma família de atores, pois lá dentro não é para qualquer um... Entrar pode até ser, mas o difícil é permanecer...
RESENHANDO - Já participou de outras edições das "Noites do Terror" e/ou eventos similares em outros parques? Como foi esta participação?
Alaní/Zumbi 20 anos - Participo deste evento desde 2005, e pra mim é sempre um desafio diferente, um personagem diferente, uma vida diferente! É sempre ótimo, porque uma coisa eu digo... "Noites do Terror" não é pra qualquer um, é pra quem gosta meeeesmo. Para quem ama!
Ricardo Fernandez/Guardião do Cemitério - Não, sempre fui fiel ao Playcenter.
RESENHANDO - Que personagem e/ou de que outra forma participou das "Noites do Terror"? Dentre tais colaborações para o evento, qual mais lhe agradou fazer? Por que?
Alaní/Zumbi 20 anos - Olha para mim. Todos os personagens foram gostosos de trabalhar, ideologias, criações, figurinos, objetivos diferentes. Acho que o Rodolfo - "Zumbi Rodolfo" - personagem que eu fiz esse ano de 2007, foi o que mais marcou pra mim. Foi um desafio maior, pois os outros personagens anteriores a ele tinham adereços, eu podia falar, enfim era outra idéia. Agora o Rodolfo não, ele era totalmente expressão corporal, era um zumbi, eles não falam, eu tinha que mostrar todo o sofrimento dele, o porque dele estar com um bolo na mão, mostrar para as pessoas um verdadeiro zumbi. Acho que consegui passar isso para as pessoas, então, o Rodolfo marcou!!
Ricardo Fernandez/Guardião do Cemitério - Cada ano é diferente, uns dos outros. Como eu falei, eu amo o que faço e curto todas as personagens, porque até agora não repeti nenhum e já vi outro ator fazer o meu personagem do passado... fiquei muito feliz e honrado...
RESENHANDO - Para você, como foi toda a preparação ao transformar-se em "monstro"? Quanto tempo leva para chegar à um resultado plausível, entre maquiagem e figurino?
Alaní/Zumbi 20 anos - Eu digo que a preparação para todo esse espetáculo é um ritual. (risos) Eu adoro! Olha quem foi meu maquiador desse ano de 2007! Rogério Maldonato! Ele era super ágil e fantástico, adorava o trabalho que fazia, ele deixava minha make pronta em torno de uns 15, 20 minutos, e ficava muito bom, era exatamente o que eu queria. Agora para por o figurino, ai já era um pouco mais demorado (risos), eu colocava uma peça, conversava, colocava outra e ia dar uma volta, e ai iaaaa... (risos) como eu disse era todo um ritual que só pra quem ama mesmo. (risos)
Ricardo Fernandez/Guardião do Cemitério - Faço pesquisa, assisto filmes e faço laboratório, leio bastante e se não tem onde encontrar eu mesmo construo de como deveria de fazê-lo e como o público iria recebe-lo. Depende da personagem que vou fazer, pois vai de um para outro, já fiz maquiagem que fiquei na cadeira do maquiador mais de 30 minutos. Quero destacar que o meu maquiador deste ano (Rodrigo Uchoa) está me maquiando há 5 anos. E voltando ao assunto em pauta: Este ano eu ficava pronto para atuar em 1:30 horas....
RESENHANDO - No dia 28 de setembro de 2007, um garoto de 15 anos teve problemas de saúde no parque de diversões, Hopi Hari, veio a falecer e a causa da morte ainda não foi explicada. Após este acontecido você passou a ter receio em assustar os visitantes? Por que?
Alaní/Zumbi 20 anos - Não me causou receio em assustar ninguém, pois quando eu me
concentrava na minha personagem, não conseguia pensar em mais nada do que no mundo do Rodolfo. (risos)
Ricardo Fernandez/Guardião do Cemitério - Não. Sabe de uma coisa, quando estamos na personagem, não pensamos como nós e sim como o Monstro. Acidentes acontecem em qualquer lugar, com qualquer um, sabe pode até acontecer com você. (risos)
RESENHANDO - Enquanto "monstro" no parque já lhe ocorreram momentos curiosos? Comente alguma curiosidade que lhe aconteceu.
Alaní/Zumbi 20 anos - Sim uma vez em 2005 uma criança que tinha um problema de
paralisia ficou encantada com a minha personagem. Ela queria por que queria ficar do meu lado, e começou a tirar fotos e queria me abraçar toda hora. Disse que gostava de mim, falava que eu era bonito, ficou me elogiando muito e passou a noite toda ali na sua cadeiras de roda observando o meu trabalho, só foi embora quando eu fui. Isso marcou muito. Foi lindo!
Ricardo Fernandez/Guardião do Cemitério - Muitas vezes, vou lhe contar uma deste ano que foi hilário. Como sabe eu era o Guardião do Cemitério e comigo sempre estava o Portela, ele que fazia a Pirofagia. Um dia estávamos eu e o Portela no túmulo, ele de pé e eu sentado nos pés dele, quando chegou um visitante e perguntou ao Portela: Quem é você? Ele respondeu: Eu sou Jesus Cristo! O visitante olhou para mim e não contente me perguntou: E você? Eu rapidamente apontei para o Portela e respondi: Maria... Mãe dele... E ai não deu saímos da personagem e entramos no Mausoléu para cair na gargalhada, isso porque logo em seguida a Dama de Vermelho veio até nós e disse que tinham atirado pedra nela. Bastou. O grupo estava feito... Jesus, Maria e Maria Madalena. Bem, pena que o espaço é pequeno pois tenho um arquivo dentro de mim de 20 anos e muitas histórias... Quando precisar sabe onde me achar!
Por: Mary Ellen Farias dos Santos e Helder Miranda
Em novembro de 2007
Eles te assustaram nos 20 anos das Noites do Terror do Playcenter e agora estão aqui para mostrar o quão humanos são.
Zumbis, vampiros, serial-killers, bruxas, mortos-vivos, estátuas macabras, guardiões do mal e até personagens universais que fazem parte do imaginário tenebroso da população estiveram à solta no mês de setembro e outubro de 2007 perambulando em São Paulo. Todo dizem que quem procura, acha. Este é o "X" da questão: encontrar! Porque é no cair da noite que você vê muitos e muitos monstros por toda parte de um parque que beira 40 anos de existência, localizado no meio da agitada cidade de São Paulo, na Barra Funda: o Playcenter.
Não há como fugir destes seres da escuridão! Escapar do Necrotério, da Passagem Nosferatus e da Vila das Trevas algo tão impossível de fazer quanto sair impune do Rio Estige, do Portal do Inferno, da Cidade de Dite e da Masmorra, além de não adiantar ter boas e longas pernas para correr o mais rápido possível por dentro do Pavilhão dos Condenados, do Cemitério, do Cine Terror, da Peste Negra, dos Vampiros do Rio Douro e do Santuário Satânico. O que fazer? Você é um intruso no habitat destes governantes do mal. A dica é: una diversão e sustos, e assim, tire muitas fotos!
2007: Neste ano o parque abrigou terríveis monstros para celebrar os 20 anos das Noites do Terror. Tanta produção não poderia ficar somente na lembrança daqueles que puderam viver momentos de tensão, de descontração, e claro, do maior e mais profundo terror.
O site cultural Resenhando.com busca eternizar esta grandiosa festa e, para tanto, traz no mês de novembro um R.G. especial com dois atores que fizeram parte deste grande evento: eles que deram vida aos seres de outro mundo.
Um foi o Zumbi Rodolfo que rastejava com o bolo dos 20 anos de Noites do Terror nas mãos (Alaní Santiago), enquanto que o maléfico Guardião do Cemitério (Ricardo Fernandez) deu uma nova "cara" para Fernandez, ator que participa das Noites do Terror do Playcenter desde a primeira edição do evento.
Confira agora o R.G. especial com os atores Alaní e Ricardo dois integrantes desta equipe que divertiram a todos os visitantes do Playcenter nesta festa do outro mundo. Saiba mais daqueles que ajudaram a fazer destes 20 anos de Noites do Terror algo para ser lembrado para sempre. Seja curioso e siga em frente nesta viagem sem volta!
RESENHANDO - Fale um pouco sobre a sua trajetória, antes de tornar-se "monstro" das "Noites do Terror".
Alaní/Zumbi 20 anos - Comecei a atuar aos treze anos de idade, e desde de então procurei me especializar na área. Acho que aos 15,16 anos eu fui pela primeira vez ao Playcenter - "Noites do Terror" - e gostei muito do que vi lá, então coloquei na cabeça que gostaria muito de um dia poder participar, pois achava tudo aquilo muito lúdico, lindo e encantador. Enfim, eu queria fazer Noites do Terror. Era um objetivo, um sonho!
Em 2005 soube que a Agência Space estaria fazendo os testes para o evento Noites do Terror. Não pensei duas vezes. Lá estava eu, com mais 200 pessoas e somente quatro vagas. Sem contar que no dia anterior já havia tido outros testes. Lembro que eu fiz o teste para fazer o Diabo, as outras pessoas que também fizeram eram ótimas. No término dos testes eles anunciaram quatro pessoas, eu lembro até hoje. Aprovados: eu, Ligia Campos, Borba e o Ezequiel. Nossa, na hora eu nem acreditei, fiquei super feliz saí pulando na rua de tanta alegria. Então, ali, começou a minha carreira de monstro do Playcenter. Em 2006, fui chamado para trabalhar com a Energia e diretamente com o diretor Valter Seben. Foi muito, mas muito gratificante poder trabalhar com esse diretor maravilhoso, "realmente uma aula" e estou até hoje com eles e muito feliz!!
Ricardo Fernandez/Guardião do Cemitério - Bem eu era uma pessoa comum. Sempre gostei do lado artístico, estava no meu sangue. Eu trabalhava na Secretaria da Cultura, Assessoria de Imprensa. Eu fazia de tudo, mas o que mais gostava era quando tinha que cobrir algum show e me escalavam. Estava no meu mundo, mesmo estando na coxia. Trabalhei também em uma estamparia, era legal por causa dos amigos, mas não era isso que eu queria, e, sim o lado artístico... sempre gostei de assistir filmes de terror, suspense.
RESENHANDO - As "Noites do Terror" do parque de diversões, Playcenter, completou 20 anos de existência neste ano. Como foi trabalhar nesta comemoração de arrepiar?
Alaní/Zumbi 20 anos - Para mim foi ótimo, principalmente por estar carregando o tema do evento! Foi muito bom, mas ao mesmo tempo um grande desafio, aliás o evento girava em torno do meu personagem, né... Graças a Deus eu consegui criar um personagem onde eu tive um grande retorno do público do parque e do próprio Valter Seben. Não poderia ser melhor!
Ricardo Fernandez/Guardião do Cemitério - É uma vida, é uma satisfação e uma honra. Você faz tantos amigos, você vê tantos amigos irem embora, mas para quem gosta, tira de letra. Uma dica vou dar para quem sonha em atuar nas Noites do Terror... Não vá querer trabalhar pensando no dinheiro e sim se realmente está no seu sangue entrar para uma família de atores, pois lá dentro não é para qualquer um... Entrar pode até ser, mas o difícil é permanecer...
RESENHANDO - Já participou de outras edições das "Noites do Terror" e/ou eventos similares em outros parques? Como foi esta participação?
Alaní/Zumbi 20 anos - Participo deste evento desde 2005, e pra mim é sempre um desafio diferente, um personagem diferente, uma vida diferente! É sempre ótimo, porque uma coisa eu digo... "Noites do Terror" não é pra qualquer um, é pra quem gosta meeeesmo. Para quem ama!
Ricardo Fernandez/Guardião do Cemitério - Não, sempre fui fiel ao Playcenter.
RESENHANDO - Que personagem e/ou de que outra forma participou das "Noites do Terror"? Dentre tais colaborações para o evento, qual mais lhe agradou fazer? Por que?
Alaní/Zumbi 20 anos - Olha para mim. Todos os personagens foram gostosos de trabalhar, ideologias, criações, figurinos, objetivos diferentes. Acho que o Rodolfo - "Zumbi Rodolfo" - personagem que eu fiz esse ano de 2007, foi o que mais marcou pra mim. Foi um desafio maior, pois os outros personagens anteriores a ele tinham adereços, eu podia falar, enfim era outra idéia. Agora o Rodolfo não, ele era totalmente expressão corporal, era um zumbi, eles não falam, eu tinha que mostrar todo o sofrimento dele, o porque dele estar com um bolo na mão, mostrar para as pessoas um verdadeiro zumbi. Acho que consegui passar isso para as pessoas, então, o Rodolfo marcou!!
Ricardo Fernandez/Guardião do Cemitério - Cada ano é diferente, uns dos outros. Como eu falei, eu amo o que faço e curto todas as personagens, porque até agora não repeti nenhum e já vi outro ator fazer o meu personagem do passado... fiquei muito feliz e honrado...
RESENHANDO - Para você, como foi toda a preparação ao transformar-se em "monstro"? Quanto tempo leva para chegar à um resultado plausível, entre maquiagem e figurino?
Alaní/Zumbi 20 anos - Eu digo que a preparação para todo esse espetáculo é um ritual. (risos) Eu adoro! Olha quem foi meu maquiador desse ano de 2007! Rogério Maldonato! Ele era super ágil e fantástico, adorava o trabalho que fazia, ele deixava minha make pronta em torno de uns 15, 20 minutos, e ficava muito bom, era exatamente o que eu queria. Agora para por o figurino, ai já era um pouco mais demorado (risos), eu colocava uma peça, conversava, colocava outra e ia dar uma volta, e ai iaaaa... (risos) como eu disse era todo um ritual que só pra quem ama mesmo. (risos)
Ricardo Fernandez/Guardião do Cemitério - Faço pesquisa, assisto filmes e faço laboratório, leio bastante e se não tem onde encontrar eu mesmo construo de como deveria de fazê-lo e como o público iria recebe-lo. Depende da personagem que vou fazer, pois vai de um para outro, já fiz maquiagem que fiquei na cadeira do maquiador mais de 30 minutos. Quero destacar que o meu maquiador deste ano (Rodrigo Uchoa) está me maquiando há 5 anos. E voltando ao assunto em pauta: Este ano eu ficava pronto para atuar em 1:30 horas....
RESENHANDO - No dia 28 de setembro de 2007, um garoto de 15 anos teve problemas de saúde no parque de diversões, Hopi Hari, veio a falecer e a causa da morte ainda não foi explicada. Após este acontecido você passou a ter receio em assustar os visitantes? Por que?
Alaní/Zumbi 20 anos - Não me causou receio em assustar ninguém, pois quando eu me
concentrava na minha personagem, não conseguia pensar em mais nada do que no mundo do Rodolfo. (risos)
Ricardo Fernandez/Guardião do Cemitério - Não. Sabe de uma coisa, quando estamos na personagem, não pensamos como nós e sim como o Monstro. Acidentes acontecem em qualquer lugar, com qualquer um, sabe pode até acontecer com você. (risos)
RESENHANDO - Enquanto "monstro" no parque já lhe ocorreram momentos curiosos? Comente alguma curiosidade que lhe aconteceu.
Alaní/Zumbi 20 anos - Sim uma vez em 2005 uma criança que tinha um problema de
paralisia ficou encantada com a minha personagem. Ela queria por que queria ficar do meu lado, e começou a tirar fotos e queria me abraçar toda hora. Disse que gostava de mim, falava que eu era bonito, ficou me elogiando muito e passou a noite toda ali na sua cadeiras de roda observando o meu trabalho, só foi embora quando eu fui. Isso marcou muito. Foi lindo!
Ricardo Fernandez/Guardião do Cemitério - Muitas vezes, vou lhe contar uma deste ano que foi hilário. Como sabe eu era o Guardião do Cemitério e comigo sempre estava o Portela, ele que fazia a Pirofagia. Um dia estávamos eu e o Portela no túmulo, ele de pé e eu sentado nos pés dele, quando chegou um visitante e perguntou ao Portela: Quem é você? Ele respondeu: Eu sou Jesus Cristo! O visitante olhou para mim e não contente me perguntou: E você? Eu rapidamente apontei para o Portela e respondi: Maria... Mãe dele... E ai não deu saímos da personagem e entramos no Mausoléu para cair na gargalhada, isso porque logo em seguida a Dama de Vermelho veio até nós e disse que tinham atirado pedra nela. Bastou. O grupo estava feito... Jesus, Maria e Maria Madalena. Bem, pena que o espaço é pequeno pois tenho um arquivo dentro de mim de 20 anos e muitas histórias... Quando precisar sabe onde me achar!
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